1 Reis 7 Estudo: Construção do Palácio de Salomão

O capítulo 7 de 1 Reis na Bíblia descreve a construção do magnífico palácio do rei Salomão. Neste capítulo, Salomão conclui a construção do seu próprio palácio, bem como do Templo do Senhor, que é detalhadamente descrito nos capítulos anteriores. O capítulo 7 concentra-se na edificação do palácio real, destacando a habilidade e a sabedoria dos artesãos que trabalharam sob a supervisão de Salomão.

Este capítulo é rico em detalhes arquitetônicos, descrevendo os materiais utilizados, as dimensões dos edifícios e os elaborados acabamentos, refletindo a opulência do reinado de Salomão. Além disso, menciona a construção de um pátio para a filha de Faraó, que Salomão havia tomado como esposa.

1 Reis 7 estudo: Contexto histórico

Assim, o capítulo 7 de 1 Reis fornece uma visão detalhada da grandiosidade do reinado de Salomão, evidenciando tanto sua sabedoria como seu poder na construção de estruturas impressionantes.

1 Reis 7:1

v. 1 Porém, Salomão, estava construindo a sua própria casa, havia treze anos, e ele terminou toda a sua casa. 

 Salomão levou treze anos para construir todo o complexo de seu palácio em contraste com os sete anos para construir o templo.

Essa diferença de tempo não indica necessariamente que Salomão cuidou mais de sua casa do que da casa do Senhor.


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O tempo menor gasto no templo pode refletir a pressa e a intensidade da construção motivadas pela piedade.

Por outro lado, o tempo maior gasto no complexo do palácio pode ser explicado por sua maior complexidade. Ele tinha de atender aos diversos tipos de necessidades para a administração de um império.

1 Reis 7:2-4

v. 2 Ele construiu também a casa da floresta do Líbano; o seu comprimento era de cem côvados, e a sua largura de cinquenta côvados, e a sua altura de trinta côvados, sobre quatro fileiras de pilares de cedro, com vigas de cedro sobre os pilares. 

v. 3 E ela foi coberta com cedro acima das vigas, que se assentam sobre quarenta e cinco pilares, quinze em uma fileira. 

v. 4 E havia janelas em três fileiras, e luz estava contra luz em três fileiras. 

 Se o versículo 8 descreve a residência pessoal de Salomão, onde ele tinha sua “moradia” (ou “habitava”; v. 8), então esses versículos provavelmente descrevem um grande edifício dedicado aos assuntos públicos. A estrutura descrita para a floresta do Líbano é difícil de ser visualizada pelos leitores modernos.


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Os antigos leitores hebreus provavelmente a entenderiam melhor, dada a sua familiaridade com as expressões idiomáticas e os termos hebraicos, além disso, muitos leitores antigos deveriam ter uma memória visual da estrutura, o que diminuía a necessidade do autor descrevê-la de um modo que pudesse ser facilmente visualizada.

Nossa compreensão é ainda dificultada pela possibilidade de os israelitas usarem a mesma palavra hebraica para mais de um aspecto arquitetônico estrangeiro (ver nota no v. 6).

O entendimento dessa descrição envolve a ligação das quatro fileiras de pilares que sustentavam a parte central do edifício (v. 2) com as três fileiras de pilares associadas aos três níveis de telhado (v. 3-4).

No caso de seguirem o modelo da arquitetura egípcia, essas janelas estariam colocadas no teto, onde uma mudança na altura do teto permitia a colocação de janelas entre os pilares e entre os dois níveis diferentes de telhado. A terminologia para essas janelas não é bem compreendida.

Os espaços entre as duas elevações e entre os pilares da fileira deixavam espaço para uma fileira de janelas. Toda a fileira de pilares deixava espaços para uma fileira de janelas.

As três fileiras de pilares totalizando quarenta e cinco pilares, quinze por fileira, se encaixariam bem com as fileiras de janelas, ordenadas em três níveis.

Uma vez que o edifício normalmente seria simétrico, com dois conjuntos de três níveis de frente um para o outro, podemos estar discutindo seis fileiras de janelas confrontantes, três de cada lado da parte elevada central do palácio.

Essas janelas seriam então associadas a seis fileiras de pilares três de cada lado da parte elevada central.

Cada nível de janelas ocupava a elevação entre os dois níveis de teto de alturas diferentes. As estruturas relatadas acima ainda deixam ficar várias características que não estão claramente definidas.

1 Reis 7:5

v. 5 E todas as portas e postes eram quadrados, como as janelas; e luz estava contra luz em três fileiras. 

 Esse versículo parece descrever os três conjuntos de portas ao nivel do chão que ficavam de frente uma para a outra no sentido da largura do edifício, ou três conjuntos harmônicos no sentido da frente do edifício. É possível que as aberturas (v.31) das janelas estivessem em fileiras.

1 Reis 7:6

v. 6 E ele fez um pórtico de pilares; o seu comprimento era de cinquenta côvados, e a sua largura de trinta côvados; e o pórtico estava diante deles; e os outros pilares e a viga grossa estavam diante deles. 

Esse versículo usa a palavra hebraica traduzida como pórtico (Heb. ‘ulam) com dois sentidos diferentes. O primeiro pórtico, traduzido como pórtico de pilares, podia ser outro pátio coberto com pilares (sobre pórtico, ver nota em 1Rs 6:3).

O segundo é, às vezes, traduzido como parede de pilastras com um telhado ou projeção. A BKJ 1611 comunica aproximadamente a mesma ideia por meio de uma cobertura.

Esse contexto indica claramente que o pórtico, o que quer que fosse, era coberto e pode ter tido pilares.


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1 Reis 7:7

v. 7 Então, ele fez um pórtico para o trono onde poderia julgar o pórtico de juízo; e cobriu com cedro de um lado do chão até o outro. 

 O portico para o trono era outra entrada ou portico com pilares. A associação contextual com a floresta do Libano (ver nota nos v. 2-4) dá a entender que essa entrada podia ser a entrada pública do edifício maior, um lugar apropriado para o trono onde as pessoas vinham buscar julgamento.

1 Reis 7:8

v. 8 E a sua casa, onde ele habitava tinha um outro pátio dentro do pórtico, o qual era de feitio semelhante. Salomão também fez uma casa para a filha de Faraó, a quem havia tomado como esposa, semelhante a este pórtico. 

 O palácio onde Salomão faria sua moradia era também outra estrutura entalhada formada por pilares e paredes revestidas de cedro.

A residência pessoal de Salomão e o pátio… para a filha do Faraó tinham o mesmo tipo de 7:9-11 Uma vez descritos os pilares de apoio dos telhados, o versículo 9 descreve as paredes externas e talvez algumas paredes internas desses edifícios.

Essas paredes foram feitas de pedras de boa qualidade cortadas sob medida – serradas com serras – nas superfícies expostas.

Isso provavelmente significava que eram serradas num formato bem aproximado e depois acabadas mediante alguma técnica de polimento. Vigas de cedro também eram usadas em algumas partes superiores das paredes.

1 Reis 7:12

v. 12 E o grande pátio ao redor era de três fileiras de pedras talhadas, e uma fileira de vigas de cedro, tanto no pátio interno da casa do SENHOR, como no pórtico da casa. 

Sobre a construção do pátio da casa do SENHOR, ver nota em 6:36.

1 Reis 7:13-14

v. 13 E o rei Salomão mandou retirar Hirão de Tiro. 
v. 14 Ele era o filho de uma viúva da tribo de Naftali, e o seu pai era um homem de Tiro, um trabalhador do bronze; e era cheio de sabedoria, e entendido e astuto para executar todos os trabalhos em bronze. E ele veio até ao rei Salomão, e executou todo o seu trabalho. 

Para um dedicado seguidor de Yahweh, importar um artífice fenício chamado Hirão (não deve ser confundida com o rei Hirão) era mais aceitável, uma vez que sua mãe era hebréia. A importação de artistas fenícios era uma prática normal no mundo antigo.

1 Reis 7:15-21

 Os pilares tinham oito metros e dez centímetros de altura, com capitéis de dois metros e vinte e cinco centímetros de altura, num total de dez metros e trinta e cinco centímetros. A estrutura dos capitéis e seus ornamentos era decorada por redes de trabalho trançado.

O formato dos capitéis, tanto para esses pilares quanto para pilares do pórtico, era semelhante a uma flor de lírio aberta.

Alguns têm dado um significado cósmico a esses pilares, traduzindo os seus nomes como “Ele estabeleceu/ estabelecerá/estabelece [de Jaquim] em força [de Boaz].

Isso pode ser mais significativo se analisarmos o próprio templo como um símbolo cósmico do universo, como alguns têm feito.

Por outro lado, o “pilar” mencionado em 2Rs 11:14 e 23:3 pode indicar que a dinastia dravídica, mais do que o templo ou o universo, foi estabelecida em força.

1 Reis 7:23-26

v. 23 E ele fez um mar derretido, dez côvados de uma borda até a outra; ele era todo redondo, e a sua altura era de cinco côvados; e uma linha de trinta côvados o envolvia em redor. 

v. 24 E debaixo da sua borda, em redor havia botões que o envolviam, dez por côvado, envolvendo o mar ao seu redor; os botões foram fundidos em duas fileiras, quando ele foi fundido. 

v. 25 Ele se posicionava sobre doze bois, três olhando para o norte, e três olhando para o oeste, e três olhando para o sul, e três olhando para o leste; e o mar foi posto no alto sobre eles, e todas as suas partes traseiras estavam para dentro. 

v. 26 E ele tinha um palmo de espessura, e a sua borda foi confeccionada como a borda de uma taça, com flores de lírios; ele continha dois mil batos. 

Um enorme recipiente de bronze, com capacidade de dois mil batos, (40 mil Lt), servia como reservatório principal de água para uso na purificação.

2 Crônicas 4:6 indica que esse enorme tanque era destinado para a purificação dos sacerdotes, o que podia sugerir que as bases de bronze de água (1Rs 7:27) eram destinados para os levitas.

Não temos certeza do formato dos botões ornamentais, uma vez que os frutos (cabaças) têm muitos formatos.

Visto que uma forma cilíndrica, em contraste com uma forma cônica, é necessária para a capacidade declarada do reservatório, a descrição, como a borda de uma taça, com flores de lírios, pode se referir apenas à borda do reservatório.

1 Reis 7:27-28

v. 27 E ele fez dez bases de bronze; quatro côvados era o comprimento de uma base, e quatro côvados a sua largura, e três côvados a sua altura. 

v. 28 E a obra das bases era desta forma: elas tinham bordas, e as bordas ficavam entre os ressaltos; 

Esta é uma possível compreensão da estrutura das bases de bronze: Elas eram essencialmente caixas sobre rodas para mobilidade. Cada um dos quatro lados tinha duas bordas retangulares com figuras.

Havia ressaltos gravados tanto acima como abaixo das placas. Em cima das armações de cima havia apoios presos (v. 29) presumivelmente para a pia.

1 Reis 7:30

v. 30 E cada base tinha quatro rodas de bronze, e chapas de bronze; e os seus quatro cantos tinham suportes por baixo; debaixo da pia estavam suportes fundidos, ao lado de cada acréscimo. 

 Havia chapas com duas rodas sob cada extremidade de cada base.

1 Reis 7:31-37

 A compreensão mais simples do versículo 31 é que ele descreve uma estrutura circular interna que, com as armações e os quatro suportes nos cantos, apoiavam uma pia de bronze (v. 38) e a mantinham no lugar. Roda de carruagem verdadeira era feita de madeira.

1 Reis 7:38

v. 38 Fez ele, então, dez pias de bronze, uma pia continha quarenta batos; e cada pia era de quatro côvados; sobre cada uma das dez bases uma pia. 

 Em seguida, as pias de bronze foram colocadas nas bases. Se o formato delas fosse mais como um cilindro, uma profundidade de pouco mais de 30 centímetros daria uma capacidade de aproximadamente oitocentos litros.

Uma forma cônica como um lírio exigiria uma profundidade maior, possivelmente uns 90 centímetros.

Ambas ainda podiam se encaixar dentro da base com o nível da água por volta de um metro e trinta e cinco centímetros acima do chão.

1 Reis 7:39

v. 39 E ele pôs cinco bases no lado direito da casa, e cinco no lado esquerdo da casa; e colocou o mar no lado direito da casa, em direção ao oriente, defronte ao sul. 

O lado direito nas descrições da casa do Senhor é o seu lado sul, como se alguém estivesse parado na porta do templo olhando para o leste.

1 Reis 7:40-45

 Esses eram em geral os novos itens que tinham de ser fabricados sob nova forma para um novo contexto.

1 Reis 7 estudo.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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