Levítico 21 Estudo: Leis Para o Sacerdócio

Neste capítulo de Levítico 21 estudo, veremos que Deus dá instruções, a Moisés, acerca dos sacerdotes, determinando que estes não se contaminassem com aqueles que morressem entre os seus, com algumas exceções, não podendo, inclusive, cortar a calva na cabeça e as extremidades da barba.

Também, deveriam casar-se com uma virgem, honrada. Caso uma filha se prostituísse, deveria ser queimada. O sumo sacerdote não poderia realizar o ritual de lamentação, tampouco se contaminar com mortos. Também, não poderia sair do santuário.

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Após, Deus orienta que nenhum dos descendentes de Arão, que tivesse algum defeito físico, poderia oferecer ofertas queimadas, mas poderia comer o pão santíssimo.

Levítico 21 estudo: Contexto histórico

Anteriormente, o Senhor advertiu, aos israelitas, quais seriam as punições decorrentes das transgressões aos mandamentos mencionados anteriormente, mais especificamente, no capítulo dezoito.

Levítico 21:1-24 – Padrão de santidade

O padrão de santidade era mais alto para os sacerdotes. Enquanto todos os israelitas eram parte da “nação santa” (Êx 19:5-6), os líderes eram tidos em um padrão mais elevado em questões como lamentação, casamento e família.

Este conceito faz um paralelo ao novo testamento, onde os líderes da igreja (anciãos, bispos e diáconos) eram tidos em altos padrões (Tg 3:1).



(Levítico 21:1-2) Quanto aos mortos

v. 1 E o SENHOR disse a Moisés: fala aos sacerdotes, filhos de Arão, e dize-lhes: ninguém se contaminará por causa do morto entre o seu povo, 

v. 2 salvo por seu parente mais próximo, ou seja, por sua mãe, e por seu pai, e por seu filho, e por sua filha, e por seu irmão, 

Era proibido os sacerdotes se contaminarem tocando em alguém que venha a morrer, exceto no caso de um parente próximo.

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Esta lei era uma controvérsia contrariando o culto dos mortos, bem difundido no antigo Oriente Próximo.

Os egípcios se preocupavam tanto com a morte que seus Faraós gastaram anos preparando suas pirâmides mortuárias.

(Levítico 21:4-5) Quanto aos rituais de lamentação

v. 4 Mas ele não contaminará a si mesmo, sendo o principal homem entre o seu povo, para se profanar. 


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v. 5 Eles não farão calvície sobre a sua cabeça, nem rasparão os cantos da sua barba, nem farão cortes na sua carne. 

Como o contato com mortos tornava as pessoas impuras (Nm 19:11-22), os sacerdotes nem mesmo podiam preparar suas esposas para o enterro, porque não eram parentes de sangue.

Também era proibido que o sacerdote seguisse as leis de lamentação dos cananeus, que mutilam sua carne para mostrar sua tristeza e dor, bem como para venerar os mortos.

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(Levítico 21:7) Quanto ao casamento

v. 7 Eles não tomarão mulher que é prostituta ou profana, nem tomarão mulher repudiada de seu marido, porque ele é santo para o seu Deus. 

No antigo Oriente Próximo, havia dois tipos de prostitutas. As prostitutas comuns eram sexualmente livres e pagas por seus serviços.

Já as prostitutas cultuais, por outro lado, praticavam atos sexuais como adoração a deuses pagãos. A proibição contra casar com uma mulher repudiada se estendeu até as leis do novo testamento acerca de anciãos e diáconos (1Tm 3).


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(Levítico 21:9) A reverberação familiar

v. 9 E a filha de qualquer sacerdote, se ela profanar-se, prostituindo-se, profana a seu pai; com fogo ela será queimada.

Como a família em Israel era uma unidade sólida, as ações de cada membro se refletiam nos outros. A cremação não era uma prática aceita em Israel; logo, provavelmente a punição por ter-se tornado prostituta era a morte por apedrejamento, depois da qual o corpo da filha era queimado.

(Levítico 21:16-23) Quanto à saúde

v. 16 E o SENHOR falou a Moisés, dizendo: 
v. 17 Fala a Arão, dizendo: Quem quer que seja da tua semente, nas suas gerações, que tiver algum defeito, não se aproximará para oferecer o pão do seu Deus.

v. 18 Porque qualquer que seja o homem que tiver defeito não se aproximará: um homem cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou com alguma coisa em excesso; 

v. 19 ou homem que tiver o pé quebrado, ou a mão quebrada, 
v. 20 ou corcunda, ou anão, ou que tiver defeito no olho, ou sarna, ou impigens, ou que tenha suas pedras quebradas. 

v. 21 Nenhum homem da semente de Arão, o sacerdote, que tiver defeito, se chegará para oferecer as ofertas do SENHOR feitas por fogo; ele tem um defeito; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus. 

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v. 22 Ele comerá o pão do seu Deus, tanto do santíssimo como do santo. 

v. 23 Ele apenas não entrará até ao véu, nem se chegará ao altar, porque ele tem um defeito; para que não profane os meus santuários; porque eu, o SENHOR, os santifico.

Um sacerdote em Israel tinha de estar em boas condições físicas e não ter defeito físico. Embora o texto liste 12 defeitos que impediriam uma pessoa de servir como sacerdote, rabinos posteriores ampliaram a lista de defeitos para 142.

O novo testamento não trata de exigências físicas para os ministros, apenas de qualificações espirituais. Apesar de algumas culturas manterem até hoje as exigências do antigo testamento para ministros, a lei levítica não se estende até o novo testamento e não obriga a igreja.

Pedras quebradas, (v.20) pode ser interpretado de várias formas: Alguns dizem que significa o homem que não tem testículos, ou apenas um, outros, que os testículos estão quebrados ou manchados ou são inchados.

Alguns o compreendem como uma “hérnia” ou ruptura. Tudo o que pode ser entendido em um sentido moral e místico para santificar algum defeito, e assim se tornam impróprios para o serviço público no santuário.

Conclusão

Neste capítulo, vislumbram-se diversas orientações acerca da conduta sacerdotal. Essas instruções eram mais rigorosas quando se referiam ao sumo sacerdote.

Não causa estranheza tais exigências, pois as escrituras revelam o princípio, segundo o qual, a quem mais é concedido, mais é cobrado (Lucas 12:48).

Todos aqueles que ouvem o convite de Deus, de igual forma, são chamados a adequarem-se aos preceitos do Reino (Lucas 9:23).

Como sacerdotes (1 Pedro 2:09), igualmente, somos chamados a nos adequarmos ao nível de responsabilidade desta atribuição. O sacerdócio deve refletir a santidade do Criador.

Não causa estranheza, também, as determinações divinas quanto ao requisito de boa saúde para exercer o ofício.

Embora não estejam expressamente relatadas as razões divinas, sabemos que, neste momento, Deus não deseja transmitir inferioridade, mas, sim, demonstrar Sua perfeição, Sua vontade, Sua santidade.

Com o pecado, toda sorte de doenças passou a ser suscetível ao homem, portanto, sendo consequência da desobediência, não refletindo a perfeita vontade do Senhor para a humanidade.

As escrituras, ainda, revelam que, no Reino, nossa natureza será transformada e revestida de incorruptibilidade (1 Coríntio 15:50-54), sendo que esta promessa é para todos os que creem e são fiéis (João 3:18). Ademais, o Senhor não faz acepção de pessoas (Atos 10:34).

O ministério de Jesus foi marcado pela cura aos doentes. Ele não os excluiu de Sua presença, pelo contrário, Ele demonstrou que, em Seu Reino, Eles seriam aproximados e, mais, restaurados, proporcionando, ainda, a comunhão de todos com Deus.

Pelas Suas pisaduras fomos sarados (Isaías 53:5). Graças ao sacrifício de Cristo, o acesso à presença de Deus, desde já, está disponível àqueles que se achegam (Hebreus 4:16).

Levítico 21 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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