Romanos 13 Estudo: A Sujeição as Autoridades e o Amor Cumprindo a Lei

Em Romanos 13, veremos que Paulo nos aconselhará: Sujeitai-vos aos ministros de Deus; guardai os mandamentos; amai-vos uns aos outros; a retidão conduz à salvação. Neste capítulo Paulo abordará um tema complexo: a sujeição as autoridades. Em seus dias, os seguidores de Cristo viviam sob a opressão do império romano e muitos eram mortos, torturados ou lançados aos leões nas arenas para divertir ao povo.

O ensino que Paulo ensinará utilizará o exemplo de Cristo, que se sujeitou mesmo sendo inocente, confiando sua vida somente a Deus. Ele mostrará também que o amor é o único caminho para agradar a Deus e para cumprir a lei, o amor é o cumprimento total da Lei.

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Contexto histórico

No capítulo 12, Paulo aconselhou os seguidores de Jesus a apresentarem o seu corpo como um sacrifício vivo e agradável, usando os dons concedidos pela graça, vivendo com santidade.

Ele nos ensinou a vontade de Deus, mostrando que para viver o melhor de Deus devemos entregar nossas vidas e abandonar o pecado completamente, e nos ensina que no cristianismo não existem celebridades ou postos de destaque, mas que todos são parte do corpo.



Para o crescimento e fortalecimento da comunhão da igreja, os dons do Espírito foram distribuídos a todos. Acompanhe a seguir o estudo completo de Romanos 13.

Romanos 13:1-7

A relação da igreja com o Estado é uma questão controversa e interminável. Israel pelejou sob o domínio de vários impérios mundiais e, no período do Novo Testamento , estava sob o jugo de Roma.

Como o povo de Deus devia se relacionar com governos ímpios? Certa vez, Jesus tratou desse assunto ao dizer: “Dai, portanto, a César as coisas que são de César, e a Deus as coisas que são de Deus” (Mt 22:21).

O governo é uma instituição ordenada por Deus para o benefício do homem, mas ele pode ser corrompido e desfigurado quanto à sua própria função.

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Nesses poucos versículos de Paulo não tratou de algumas perguntas que podíamos lhe fazer, mas, evidentemente, ele queria que os cristãos de Roma fosse bons cidadãos.

Todavia, esse mesmo governo executou o nosso Senhor (Jo 19:10-11) e matou Pedro e Paulo. Esse mesmo governo está em vista em Apocalipse 13. Portanto, o cristão deve tomar cuidado para discernir possíveis casos em que a obediência ao governo acarreta desobediência a Deus.

(Romanos 13:1) Sedes sujeitos as autoridades

v. 1 Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades existentes foram ordenadas por Deus.

 O fato de não existir autoridade que não venha de Deus indica a soberania do Senhor sobre os assuntos humano.


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Mostra também por que razão uma rebelião injustificada contra o governo é de fato uma rebelião contra Deus (v. 2).

(Romanos 13:2-4) Não se rebelem

v. 2 Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem receberão sobre si mesmos a condenação.

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v. 3 Porque os governantes não são terror para as boas obras, mas para as más. Tu então não queres temer a autoridade? Faze o que é bom e terás louvor dela.

v. 4 Porque ela é o ministro de Deus para o teu bem. Mas se tu fizeres o que é mau, teme, pois ela não traz a espada em vão; porque é ministro de Deus e vingador para executar a ira contra aquele que pratica o mal. 

 A nação judaica se rebelou contra Roma em duas guerra dispendiosas, trazendo condenação sobre si mesma a um custo de mais de um milhão de vidas.

O governo é ordenado por Deus para recompensar o bem e punir o mal, provendo paz e ordem para aqueles a quem ele serve. A espada faz referência à pena capital.

Um governo que recompensa o mal e pune o bem não sobreviverá por muito tempo, pois o mal é naturalmente destrutivo. “Se um governante ouvir mentiras, todos os seus servos serão perversos” (Pv 29:12).


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(Romanos 13:5-7) Pela consciência

v. 5 Portanto, é necessário que estejais sujeitos, não somente pela ira, mas também por causa da consciência. 
v. 6 E também por esta razão pagais tributos, porque eles são ministros de Deus, atendendo continuamente sobre esta mesma coisa.
v. 7 Portanto, dai a cada um o que deveis; a quem deveis tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.

Uma vez que o governo civil é ordenado por Deus e nos concede certos benefícios, devemos ser sujeitos a ele, Devemos pagar imposto para sustentá-lo, com honra e temor.

Os cristãos primitivos se recusaram a adorar o imperador ou o estado, mas eles mostraram seu respeito orando pelas autoridades.

Paulo ensinou: “Exorto-te que antes de tudo se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que “estão em autoridade, para que tenhamos uma vida quieta e” sossegada, em toda a piedade e honestidade” (1Tm 2:1-2).

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(Romanos 13:8-10) Ame ao teu próximo como a ti mesmo

v. 8 A nenhum homem devais coisa alguma, senão o amar-vos uns aos outros, porque quem ama o próximo cumpre a lei. 
v. 9 Por isto: Tu não cometerás adultério, não assassinarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e, se há algum outro mandamento, tudo se resume nesta palavra: Tu amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
v. 10 O amor não faz mal ao próximo; portanto o amor é o cumprimento da lei. 

O cristão deve pagar todas as suas obrigações, mas existe uma dívida que nunca podemos pagar. Essa é a dívida de amor ágape.

Alguns têm interpretado mal esse versículo como se ele estivesse proibindo todo tipo de dívida financeira, inclusive ter uma casa sob hipoteca ou comprar um carro à prestação.

Pode ser sábio nunca entrar em uma dívida financeira, principalmente de longo prazo (“o que toma emprestado é servo do que empresta” Pv 22:7), mas esse versículo tem pouco a ver com métodos modernos de financiamento.

Ele focaliza o cumprimento de todo o tipo de obrigação. Nunca podemos deixar de “amar” (amor ágape) enquanto vivermos. O amor cumpre a lei porque, se amarmos o nosso próximo, não lhe faremos mal.

Cumprimos os primeiros quatro mandamentos amando o Senhor e cumprimos o restante da Lei obedecendo às proibições conforme amamos o nosso próximo.

(Romanos 13:11-14) Rejeitemos as trevas

v. 11 E então, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação agora está mais perto de nós do que quando cremos. 

v. 12 A noite é passada, e o dia é chegado. Portanto, rejeitemos as obras das trevas e vistamo-nos da armadura da luz. 

v. 13 E nós caminhamos honestamente, como de dia, não em tumultos, nem em embriaguez, nem em orgias, nem em devassidão, nem em contendas e inveja. 

v. 14 Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não façam provisão para a carne, para cumprir suas cobiças.

 Os cristãos vivem entre as eras. A velha era está passando e a nova está raiando. Almejamos a vinda da nova era em sua plenitude e reconhecemos que nossa salvação será completada em breve.

Deus “Ele nos livrou do poder das trevas” (Cl 1:13) e da noite do pecado para uma nova esfera de luz. Precisamos despertar da letargia espiritual.

Paulo usa a imagem do deixarmos de lado as velhas vestes da conduta pecaminosa e do revestimos-nos do Senhor Jesus Cristo como nosso modo de vida. Essa passagem é famosa por trazer Agostinho de Hipona à salvação (Confissões, Rm 8:12).

5 importantes lições que podemos aprender em Romanos 13

  1. Obediência às Autoridades Estabelecidas por Deus: Paulo ensina que toda autoridade é estabelecida por Deus e que devemos sujeitar-nos a ela. Isso nos lembra da importância de obedecer às leis e às autoridades civis como um reflexo de nossa submissão a Deus.
  2. A Necessidade de Viver uma Vida Honesta e Justa: Paulo enfatiza a importância de vivermos uma vida honesta e justa diante dos homens, evitando práticas imorais e ilegais. Isso nos exorta a sermos cidadãos responsáveis e exemplares em nossa comunidade.
  3. O Amor como Cumprimento da Lei: Paulo destaca que o amor é o cumprimento da lei e que devemos amar o próximo como a nós mesmos. Isso nos leva a refletir sobre a importância de praticarmos o amor em todas as nossas interações, buscando o bem dos outros e promovendo a paz e a harmonia.
  4. A Urgência do Tempo Presente: Paulo lembra que a salvação está mais próxima agora do que quando inicialmente cremos, incentivando-nos a viver de maneira santa e vigilante, esperando a volta de Cristo. Isso nos desafia a vivermos com diligência e prontidão espiritual em todos os momentos.
  5. Rejeitar as Obras das Trevas: Paulo nos adverte a rejeitar as obras das trevas e a nos revestirmos das armas da luz. Isso nos lembra da necessidade de discernimento espiritual para reconhecer e evitar o pecado, e nos encoraja a buscar a santidade e a retidão em todas as áreas de nossa vida.

Conclusão

Neste capítulo, aprendemos que devemos obedecer e honrarmos as autoridades, a todas elas. O evangelho de Cristo não veio criar rebeliões ou guerras, mas o amor é o cumprimento de toda a lei, pois Deus é amor.

Roma era a capital e como romanos, os primeiros leitores de Paulo eram cientes da glória e da vergonha daquela cidade nos dias do imperador Nero, mas também eram cidadãos do reino celeste.

Assim sendo, Paulo discutiu a relação dos cristãos com o governo e governantes. Um cristão que se rebela contra a autoridade, se rebela contra o que Deus que a instituiu, trazendo julgamento civil e possivelmente divino, sobre si mesmas.

Os que obedecem não precisam temer as autoridades e até são elogiados aqueles que fazem o bem. Sejamos exemplos como Jesus o foi. Amém!

Romanos 13 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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