Filipenses 4 Estudo: A Satisfação de Viver em Cristo

Em Filipenses 4, veremos que é tratado de uma exortação de Paulo aos moradores de Filipos, e eles alegram-se no Senhor Jesus Cristo e a perseverar em oração. Ele argumenta e estimula para que as pessoas aprendam a viver as situações que se apresentam com fé em Cristo.

O Senhor Jesus ensinou a Paulo através da vivencia e da experiência a ser resistente e resiliente, sempre com fé em Deus. Viver em Cristo nos dá força para continuar e para suportar e vencer todas as adversidades.

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Contexto histórico

Nesse contexto, trata-se de um encerramento das seções anteriores por Paulo, e logo em seguida introduz exortações subsequentes.

O apóstolo considerava a vida dos amados filipenses como alegria e aconselha a todos a estarem firmes, e que estejam sempre com boas ações. Acompanhe a seguir o estudo completo de Filipenses 4.



(Fp 4:1) Estejam firmes no Senhor

v. 1 Portanto, meus amados e muito queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, meus amados. 

Estai assim firmes faz lembrar os soldados romanos que nunca recuavam por medo de serem mortos por seus comandantes.

(Fp 4:2) A importância da união

v. 2 Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sejam da mesma mente no Senhor.

Evódia e Síntique eram influentes, assim como muitas mulheres da igreja de Filipenses (Atos 16). Não há evidências de que elas tinham cargos na igreja.

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Rogo aprece duas vezes, uma com cada nome, evitando favoritismo. Que sejam da mesma mente traduz a palavra grega phrronõ, muito comum nesta carta (Fp 2:1-11).

Essa desunião não deve ter sido um problema sério, já que Paulo deixou sua exortação para o final da carta. Não se tratava de um problema moral em teológico.

(Fp 4:3) O verdadeiro companheiro

v. 3 E admoesto-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e também com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.

Admoesto-te é menos autoritário que “rogo” (v. 2). Verdadeiro companheiro está no singular. Alguém de autoridade (o pastor) seria o mediador no conflito.


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Em outras passagens, “companheiro” é traduzido como “comunhão”. Era o companheiro de trabalho, alguém corresponsável pela obra. Paulo deu dois motivos para ajudar estas mulheres.

Primeiro, elas trabalham ao lado dele (termo desportivo). Segundo, elas combateram junto com Clemente (desconhecido) e os colaboradores de Paulo.

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O livro da vida, raramente mencionado no Novo Testamento (Ap 3:5), (Fp 20:15), diz respeito àqueles que estão listados entre os salvos.

Fp 4:4-9 – Introdução

Nesta seção, Paulo aborda a paz partindo de duas perspectivas-paz em meio a circunstâncias problemáticas e construindo um ambiente pacífico (v. 8-9).

(Fp 4:4-5) Regozijai-vos

v. 4 Regozijai-vos sempre no Senhor; e outra vez digo: Regozijai-vos.
v. 5 Seja a vossa moderação notória a todos os homens. O Senhor está próximo. 

Moderação é altruísmo e respeito pelos outros (Fp 2:1-4). Raramente mencionada nos escritos de Paulo, a amabilidade é algo que se espera dos cristãos e dos líderes da igreja (1Tm 3:3), (Tito 3:2).

Notória indica que a moderação faz parte da reputação da igreja. O Senhor está próximo lembrou os cristãos de Filipos da presença invisível de Cristo.


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(Fp 4:6-7) Confia no Senhor diante da ansiedade

v. 6 Por nada estejais ansiosos; mas em tudo, pela oração e súplica com ação de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus.
v. 7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes, através de Cristo Jesus.

Ansiosos é o mesmo que preocupados (Mt 6:25-34). O antídoto da ansiedade é a oração. Três palavras expressam diferentes aspectos da oração: oração (atitude de adoração), súplica (necessidades) e petições (uma preocupação específica).

A ação de graças molda as orações com gratidão. Em resposta, a paz de Deus traz poder para resistir. A paz excede o entendimento, acalmando situações problemáticas em que nem as explicações funcionam. Além disso, a paz guarda mantendo o coração (escolhas) e a mente (atitudes) livres de ansiedade.

(Fp 4:8-9) A honestidade e justiça divina

v. 8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se  alguma virtude, e se  algum louvor, nisso pensai.

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v. 9 Estas coisas que aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco. 

Sete qualidades criam um ambiente de paz. Verdadeiro é eticamente “autêntico”. Honesto é “honrado”, algo de respeito.

Ser justo é dar às pessoas aquilo que elas merecem. Puro é algo santo diante de Deus. Amável, mencionado apena aqui no Novo Testamento, é cativante.

De boa fama, também usado apena aqui no Novo Testamento, é o mesmo que louvável. Virtude diz respeito a excelência moral.

Louvor é fazer com que Deus seja louvado. O Deus da paz complementa “a paz de Deus” (v. 7) no sentido de que a vida que possui estas características promove a presença de Deus.

(Fp 4:10) O florescer do cuidado

v. 10 Regozijei-me grandemente no Senhor, porque finalmente o vosso cuidado por mim floresceu novamente; porque já éreis cuidadosos, mas vos faltava oportunidade. 

Floresceu indica que houve um espaço de tempo entre as ofertas anteriores dos cristãos de Filipos (2Co 8) e os encaminhamentos de Epafrodito a Paulo em Roma (Fp 2:25-30). Como Paulo não tinha necessidade, eles não tinham oportunidade de ofertar.

(Fp 4:11) A confiança em Cristo

v. 11 Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi, seja qual for o meu estado, a estar contente com isso

Aprendi (pretérito perfeito no grego) denota uma lição que gera um conhecimento ainda maior. Seja qual for meu estado (“depender de mim mesmo”) é a autossuficiência que vem da confiança em Cristo.

(Fp 4:12) Fé mesmo diante das adversidades

v. 12 Eu sei como estar humilhado e sei também como ter abundância; em todo lugar e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a sofrer necessidade. 

Sei é resultado de experimentar várias circunstâncias. As circunstâncias difíceis foram: estar com fome e passando necessidades.

As circunstâncias boas em contraste foram: ter abundância, estar ter fartura e ter abundância. Juntas elas ensinaram Paulo a viver contente.

(Fp 4:13) Cristo nos possibilita todas as coisas

v. 13 Eu posso fazer todas as coisas por meio de Cristo, que me fortalece. 

Todas as coisas se refere às flutuações econômicas da vida (v. 12). Por meio de Cristo, que me fortalece ensina que Cristo capacita os crentes a viverem a vontade de Deus.

Paradoxalmente, Paulo era forte quando estava fraco. Ele só era independente quando dependia de Deus. Essa é a vida do discípulo de Jesus.

(Fp 4:14) A importância de compartilhar

v. 14 Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição. 

Tomar parte é a palavra que corresponde a “cooperação” (Fp1:5). Aflição é o mesmo que “dificuldades”. Os verdadeiros parceiros compartilham as dificuldades.

(Fp 4:15) O amor de Paulo pela igreja

v. 15 E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente. 

No princípio do evangelho se refere á época em que Paulo partiu de Filipos a fim de continuar pregando na Europa.

Mais uma vez, comunicou é “cooperação” (Fp 1:5). Outras igrejas tinham um relacionamento de mão única com Paulo, só recebendo e não dando.

Senão vós somente revela um dos motivos pelo qual Paulo amava a igreja de Filipos. Eles faziam aquilo que os outros não faziam.

(Fp 4:16) As ofertas enviadas a Tessalônica

v. 16 Porque até mesmo em Tessalônica, me enviaste uma e outra vez à minha necessidade.

Após deixar Filipos, Paulo entro em Tessalônica e imediatamente os cristãos de Filipos começaram mandar-lhe ofertas, o que se manteve de forma constante uma e outra vez.

(Fp 4:17) O desejo pelos frutos

v. 17 Não que deseje dádivas, mas desejo o fruto que aumente a vossa conta. 

Paulo tinha contentamento e capacidade de adaptação (v. 12); ele não estava procurando dádivas. Fazer isso seria abusar de sus convertidos e comprometer sua condição de servo.

A motivação de Paulo era superior, espiritual, ele buscava que aumente a vossa conta. Usando termos diferentes financeiros, Paulo declarou que este “lucro” provinha de uma ação.

“Aumente” são os juros que isso creditaria na conta dos cristãos filipenses. Dar, ato físico e material, é uma transação espiritual.

(Fp 4:18-20) Deus suprirá todas as tuas necessidades

v. 18 Mas tenho tudo e em abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito as coisas que me foram enviadas por vós, como cheiro de suavidade e sacrifício aceitável e aprazível a Deus.

v. 19 O meu Deus, suprirá todas as vossas necessidades, segundo as suas riquezas, em glória, por Cristo Jesus.

v. 20 Ora, ao nosso Deus e Pai seja a glória para todo o sempre. Amém.

Continuando com a linguagem financeira, Paulo tinha recebido tudo. Qualquer que fosse a dívida dos filipenses com ele, ela fora paga. O fato de Epafrodito estar ali era em abundância.

O apoio material dos filipenses era como cheiro de suavidade e um sacrifício aceitável porque atendeu ás necessidades de Paulo e foi aprazível a Deus (Rm 12:1-2). Dar sempre faz mais bem a quem dá do que a quem recebe.

(Fp 4:21-23) A saudação dos nossos irmãos

v. 21 Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam. 

Os que são da casa de César indica que alguns cristãos de Roma tinham ligação com o imperador. “No palácio” provavelmente indica que eles não eram da família imediata de César; talvez fossem membros da guarda civil.

5 importantes lições que podemos aprender em Filipenses 4

  1. Alegria e Contentamento em Todas as Circunstâncias: Paulo ensina sobre a importância de encontrar contentamento em todas as situações, seja em abundância ou escassez. Isso nos lembra de cultivar uma mentalidade de gratidão e confiança em Deus, independentemente das circunstâncias externas.
  2. O Poder da Oração e da Suplicação: Paulo encoraja os crentes a apresentarem suas preocupações a Deus em oração, com ação de graças. Ele destaca que a paz de Deus guardará os corações e mentes daqueles que confiam Nele. Isso nos incentiva a buscar a presença de Deus em nossas vidas por meio da oração constante.
  3. Mente Renovada em Cristo: Paulo exorta os crentes a pensarem em coisas verdadeiras, nobres, justas, puras, amáveis, de boa fama, virtuosas e dignas de louvor. Isso nos desafia a renovar nossa mente segundo os princípios do Evangelho, buscando a verdade e a santidade em todas as áreas de nossas vidas.
  4. Dependência de Deus para Suprimento de Necessidades: Paulo reconhece a provisão de Deus em suprir todas as nossas necessidades de acordo com Suas riquezas em glória. Isso nos ensina a confiar na provisão divina e a viver com generosidade, sabendo que Deus cuida de nós e suprirá todas as nossas necessidades.
  5. Comunidade e Parceria no Evangelho: Paulo expressa gratidão pela generosidade dos filipenses em parceria com ele no evangelho. Isso destaca a importância da comunhão e da colaboração na obra de Deus, mostrando que somos chamados a apoiar uns aos outros na fé e a trabalhar juntos para o avanço do Reino de Deus.

Conclusão

Portanto, devemos aprender com Paulo a expressar nossa gratidão a Deus sua generosidade e cuidado para conosco.

Devemos aprender a importância das pessoas que servem ao evangelho de maneira verdadeira, pois elas ajudam que o ministério tenha prosperidade.

A confiança em Deus e o direcionamento dos nossos caminhos para com Cristo é a melhor escolha, pois ele sim estará ao nosso lado hoje e sempre, nos protegendo, nos cuidando, atendendo nossas necessidades, e nós como bons filhos, devemos agradecer e retribuir!

Filipenses 4 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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