Gênesis 22 Estudo: Deus Prova Abraão
Neste capítulo de Gênesis 22 estudo, vemos Deus provando Abraão, mandando que este tomasse seu filho e o levasse até Moriá, a fim de oferecê-lo como holocausto. Obedecendo, Abraão toma seu filho, um jumento e dois servos.
Ao terceiro dia, Abraão visualiza o local e manda que os servos esperassem que, após adorar, retornariam. Isaque pergunta a seu pai sobre o cordeiro e Abraão menciona que Deus proveria.
No local, Abraão edifica um altar, amarra Isaque e dispõe a lenha, sendo que, ao estender a mão, para imolar seu filho, um anjo o impediu. Deus provê um cordeiro. Deus reforça a promessa feita a Abraão.
Gênesis 22 estudo: Contexto histórico
Anteriormente, no capítulo 21, de Gênesis, nasce Isaque. Após, o menino cresce e, em determinado momento, Sara, ao ver Ismael caçoando de seu filho, pede que Abraão rejeite a serva e o filho.
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Deus manda que Abraão faça conforme o pedido de Sara. Ao vagar pelo deserto, Deus fala com Agar, aduzindo que Ismael seria uma grande nação. Abimeleque procura Abraão e fazem uma aliança.
Capítulo 1-4
1 E ACONTECEU que, depois destas coisas, Deus provou Abraão (É uma alta honra ser provado por Deus), e lhe disse: Abraão!Ele respondeu: Eis-me aqui.
2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu filho único, Isaque, a quem tu amas (a primeira menção ao amor na Bíblia), e vai-te à terra de Moriá (o nome “Moria” significa “Jeová é Provedor );
e oferece-o ali em Holocausto sobre um dos Montes que Eu te mostrarei (o sacrifício humano era abominável à natureza de Jeová, por isso o Patriarca deveria ser agora provado em si mesmo para ver se o que ele estava escutando vinha definitivamente de Deus,
Esta lição, possivelmente a maior na história da humanidade, apresentava a Abraão o meio pelo qual Deus redimiria a humanidade – pela morte; a morte de Seu único Filho, do qual Isaque, como o único filho de Abraão, era um Tipo).
3 E Abraão se levantou muito cedo, de madrugada (obediência rápida), e selou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e cortou lenha para o Holocausto, esse levantou, e foi ao lugar que Deus Te dissera.
(Pela salvação da humanidade, o sacrifício humano era exigido, porque o sangue dos touros e dos cabritos machos não podiam tirar os pecados [Hb 10.4]; teria que ser o sacrifício daquele que é Perfeito; daí, portanto, a necessidade da Encarnação de Cristo [Is 7.14].)
4 Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos,envio lugar longe longe (esses foram, sem dúvida, os três dias mais longos da vida de Abraão).
Então disse Abraão a seus moços:
5 Espereis aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali, e adoraremos (o louvor tem a ver com o que fazemos, enquanto a adoração, com o que somos; cada parte, em particular, de nossa vida e o todo o nosso viver devem ser em adoração ao Senhor; embora toda adoração não seja louvor, todo louvor é definitivamente adoração.
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É a primeira vez que a palavra “adorar” é utilizada na Bíblia), e voltaremos para vós (ele acreditou que Deus ressuscitaria o menino de entre os mortos).
6 E tomou Abraão a lenha do Holocausto, e a posso Isaque seu filho (um símbolo de Cristo levando a Cruz (Jo 19:17]); e ele tomou em sua mão o fogo (tipico do juízo de Deus que cairia sobre Cristo, em lugar do homem pecador)
e o cutelo (simbolo da forma como Cristo morreria); e foram ambos juntos (Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo Consigo [2Co 5.19]).
7 Então falou Isaque a Abraão, seu pai, e lhe disse: Meu pai (Isaque, como o Holocausto submisso, é um Tipo surpreendente daquele que disse: “Eu me deleito em fazer a Tua Vontade, Oh! Meu Deus”)!
E ele respondeu: Eis-me aqui, meu filho. E ele disse:Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o Holocausto? (João, o Batista, responderia a essa pergunta dizendo: “Eis aqui o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” [Jo 1.29].)
8 E respondeu Abraão: Deus proverá para Si o cordeiro para o Holocausto, meu Filho. E assim caminharam juntos. (Isaque era um Tipo do Filho de Deus, [do Cordeiro] provido pelo Senhor, Que redimiria a humanidade ao entregar-se em Sacrifício na Cruz.)
UM CARNEIRO
9 E tendo chegado ao lugar que Deus lhe havia dito (este era o lugar da eira que Davi compraria e onde se construiria o Templo, por Salomão): edificou ali Abraão um Altar (acredita-se que o Lugar Santíssimo, que continha a Arca da Aliança, no Templo, foi construído exatamente sobre este ponto),
e pôs a lenha em ordem (a lenha simboliza a Cruz), atuou Isaque,seu filho (um Tipo de Jesus, quando foi pregado na Cruz), e o pôs sobre o Altar em cima da lenha (um Tipo de Jesus estirado sobre a Cruz).
10 E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo, para imolar o seu filho (talvez o Senhor tenha exigido mais de Abraão do que de qualquer outro homem;quando Abraão tomou o cutelo, sua entrega foi completa).
11 Então o Anjo do Senhor (era o Senhor mesmo) bradou-lhe do céu,e disse: Abraão, Abraão! (o Que disse: “Abraão, Abraão” foi o mesmo Que disse: “Marta, Marta”, “Simão, Simão” e “Saulo, Saulo”; a repetição denota urgência) E ele respondeu: Eis-me aqui. (Deus tinha como propósito a intenção, e não o ato).
12 E disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, nem lhe faças nada (Abraão não teve que matar ao moço para provar a si mesmo a Deus, mas teve a plena intenção de fazê-lo, e demonstrou isto!);
porque já conheci que temes a Deus, e não Me recusaste o teu filho, o teu único filho (deveria ser traduzido como:””porque eu, O Conhecedor [de tudo], sabia que tu temes a Deus, e que não recusariam o teu filho, o teu único filho, a Mim”).
Doutrina da submissão
13 Então elevou Abraão os seus olhos, e olhou; e eis ali um carneiro por de trás dele, preso em um sarçal pelos seus chifres (esta é a Doutrina da Substituição claramente estabelecida; o carneiro foi oferecido em Sacrifício em lugar do filho de Abraão; do mesmo modo, Jesus se ofereceu como nosso Substituto [na Cruz]):
e foi Abraão, e tomou o carneiro, e o ofereceu em Holocausto, em lugar de seu filho (embora a Doutrina da Substituição seja aludida claramente aqui, sua correspondente Doutrina da Identificação não é tão clara, aguardando Moisés [Nm 21.9]; mas, mesmo assim, vemos aqui o coração do Plano de Salvação).
14 E chamou Abraão o nome daquele lugar Jeová-livre (significa “o Senhor proverá”): por isso se diz ate hoje: No monte do SENHOR se proverá (deveria ser: “neste monte, Jeová deve ser visto”; o que se cumpriu em 2 Samuel 24.25; 1 Crônicas 21.26; 2 Crônicas 7.1-3).
A ALIANÇA CONFIRMADA
15 E bradou o Anjo do SENHOR a Abraão pela segunda vez desde o céu (isto implicará em Revelação; entretanto, que o leitor saiba que a “Revelação” é completamente dependente da Substituição; em outras palavras, “Sem a Cruz, não há Revelação!”)
16 E disse: Por Mim Mesmo jurei,diz o SENHOR, que, porquanto tens feito isto, e não me recusaste o teu filho, o teu único filho (embora Isaque não tenha sido sacrificado na realidade, em figura ele foi, e em figura de alguém ressuscitado dentre os mortos [Hb 11.18-19]; em essência, em figura de Cristo).
17 Que deveras te abençoarei,quando te abençoar (a bênção se refere sempre em aumento), e multiplicando-te, multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está à beira do mar (isto inclui a Igreja também, e em todos os tempos);
e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos (refere-se a Jesus Cristo quando derrota a Satanás, e ao fazê-lo, tira o direito legal de Satanás de manter o homem na escravidão; o direito legal é o pecado. Jesus fez isso na Cruz; ali, as portas do Inferno foram derrubadas [Mt 16.18]):
18 E em tua descendência serão benditas todas as nações da Terra (a “Descendência” é o Senhor Jesus Cristo (C1 3.16)); porquanto sobe Deus é o requisito).
19 E então voltou Abraão aos seus criados, que se levantaram e se foram juntos a Berseba; e habitou Abraão em Berseba. (A volta de Abraão para Berseba com Isaque deve ter sido a viagem mais feliz que empreendeu Abraão. Realmente foi uma viagem de vitória.)
20 E aconteceu depois destas coisas, que anunciaram a Abraão, dizendo: Eis que também Milca deu à luz filhos a Naor, teu irmão (este Capítulo é concluído com um relato sobre a família de Naor, que se estabeleceu em HARÃ [Gn 12.1-5].
Nada disto seria relatado, a não ser pela ligação que tinha com a Obra de Deus na Terra. Das pessoas mencionadas aqui, tanto Isaque como Jacó tomaram para si esposas, o que tinha a ver com a formação da nação de Israel e, em última instância, com o nascimento de Cristo).
Conclusão
A experiência narrada neste capítulo, transcende a prova de Deus a Abraão e anuncia a provisão de Deus a seu povo. A palavra revela que Abraão era íntimo de Deus.
Noutro episódio, quando o Senhor revelara que destruiria Sodoma e Gomorra, como num diálogo, Ele interpelava Deus sobre a destruição da cidade, caso houvesse algum justo, e o Senhor o respondia que não destruiria o lugar, em havendo um justo.
Quando as escrituras relatam que o Senhor pede seu único filho em holocausto, Abraão prontamente se dispõe. Quando avista o monte em que sacrificaria o filho, ele fala aos servos para esperarem, que voltariam.
A palavra “voltariam”, no plural, evidencia a confiança de Abraão, que sabia que Deus não tinha prazer algum na morte de um justo, logo, provavelmente, ressuscitaria o menino.
A história revela uma tipologia do sacrifício do Filho Unigênito de Deus. Vemos João dizendo que Jesus era o cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1:29). Percebemos, então, Deus revelando, a seus filhos, os seus planos vindouros, desde o início.
Importante, ainda, observar que, posteriormente, veremos que, de igual forma, Deus provaria os descendentes de Abraão e, logo após, renovaria a aliança com eles, mostrando que esta é uma forma de fortalecimento utilizada pelo Senhor.
As provações produzem perseverança, integridade, amadurecimento (Tiago 1:2-4), sendo imprescindíveis para que permaneçamos Nele. Consideremos, portanto, motivo de alegria sermos provados, vez que esta é a manifestação do cuidado de Deus.

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