Gênesis 32 Estudo: A Luta de Jacó com Deus

Neste capítulo de Gênesis 42 estudo, Jacó, seguindo seu caminho, após encontrar anjos de Deus, manda mensageiros à seu irmão, Esaú, comunicando sua história e tudo que conquistou, intentando ser bem recebido por ele.

O mensageiro retorna e comunica que Esaú vinha ao encontro deles com quatrocentos homens. Jacó teme e clama a proteção divina. Então, divide seu povo em dois grupos, a fim de possibilitar escape a um deles, em eventual luta.

Após mandar mensageiros com presentes, adiante, ao encontro de Esaú, transpõe o vau de Jaboque, com sua família e, em determinado momento, ficando só, luta, insistentemente, com Deus, para ser abençoado. Deus então o abençoa.

Gênesis 32 estudo: Contexto histórico

Anteriormente, no capítulo 31, de Gênesis, Labão não se mostra mais favorável à Jacó, oportunidade em que Deus lhe orienta a partir. Após expor tudo o que amargara na mão do sogro às suas esposas, elas concordam com a partida.

Raquel furta os ídolos de seu pai. Após três dias da partida, que ocorreu às escondidas, Labão, ao saber, parte em direção a eles. Ao dormir, o Senhor o manda não fazer mal a Jacó.

Após, ao alcançá-los, questiona a fuga e o furto. Jacó expõe-lhe seus motivos e manda que procure seus deuses, os quais não são encontrados, vez que Raquel os esconde. Jacó e Labão fazem uma aliança.



Capítulo 1-7

1 E JACÓ também seguiu o seu caminho, e lhe saíram ao encontro dos Anjos de Deus (ao obedecer ao Senhor, o Patriarca tem a segurança da proteção dos Anjos).

2 E disse Jacó quando os viu (O Senhor tira o véu do mundo espiritual, e permite a Jacó ver as Hostes de Anjos que o acompanharão): Este é o exército de Deus; e chamou o nome daquele lugar Maanaim (em Betel, uns vinte anos antes, suas posses consistiam em uma vara; mas, agora, chegaram a ser um acampamento; “Maanaim” significa “dois acampamentos” – o seu acampamento débil e o acampamento rodeado de poderosos Anjos de Deus”).

3 E enviou Jacó Mensageiros adiante de si a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, território de Edom (alguns acreditam que Esaú foi o fundador da antiga cidade de Petra, e possivelmente estava ali quando Jacó o despachou).

6 E os mensageiros voltaram para Jacó, dizendo: Fomos a teu irmão Esaú, e ele também veio a te receber,e com ele quatrocentos homens. (ninguém levaria consigo tantos homens, para levar uma simples saudação. É bem possível que Esaú tinha outras coisas em mente, e que elas não eram destinadas a ser agradáveis.)

7 Então Jacó teve grande temor, e se angustiou (não se lembrou do acampamento de Anjos que o rodeava! Mas, antes que critiquemos Jacó, devemos, também nos examinar); e repartiu o povo que tinha consigo, e as ovelhas, e as vacas, e os camelos, em duas equipes;

E disse mais Jacó

9 Deus de meu pai Abraão e de meu pai Isaque, ó SENHOR que me disse: Volta-te para a tua terra,e para a tua parentela, e eu te farei bem; (Como muitos hoje em dia, Jacó faz os seus planos primeiro e depois ora! Ele deveria fazer o oposto.


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Mas o fato de ter agido mal naqueles anos anteriores a respeito de seu irmão Esaú, enche o coração dele com mil temores. Fatos como este roubam do Cristão a confiança e a dignidade do homem.)

10 Não sou merecedor de todas as misericórdias (esta é a primeira oração de Jacó registrada na Bíblia), e de toda a verdade que tens feito para com o teu servo; porque com o meu cajado passei este Jordão; e agora me tornei em duas equipes. (Sua oração foi correta, mas a sua fé, até aqui, não o era!)

11 Livra-me, Te peço, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque eu o temo; para que porventura não venha, e me fira juntamente com a mãe e os filhos. (Jacó rogou ao Senhor para que o libertasse, mas, em seguida, volta, e tenta apaziguar Esaú com um presente.

Estava Jacó colocando mais confiança em umas ovelhas do que no Senhor, a Quem acabava de entregar-se? Mas, como dissemos, antes que o critiquemos, devemos olhar dentro do mesmo quadro em nosso próprio coração.)

E dormiu ali

13 E dormiu ali aquela noite, e tirou do que lhe veio à sua mão um presente para seu irmão Esaú (em relação a isto, Mackintosh diz: “Agora, a oração e o planejamento nunca se juntam. Se eu planejar, dependo mais ou menos de meu próprio plano; mas, quando oro, deve depender exclusivamente de Deus.

Portanto, as duas coisas são totalmente incompatíveis; virtualmente anulam uma à outra. Quando os meus olhos se ocupam com o meu próprio manejo das coisas, não estou preparado para ver Deus agindo a meu favor; e, neste caso, a oração não é uma expressão da minha necessidade; é simplesmente o desempenho supersticioso de algo que eu acredito que deve ser feito, ou pode ser que eu esteja pedindo que Deus santifique os meus planos.


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Isso ele nunca fará. A vida de Fé não consiste em pedir que Deus santifique e abençoe os meus meios, mas sim é rogar que Ele faça tudo por Si mesmo”);

20 E direis também: Eis que o teu servo Jacó vem atrás de nós. Porque dizia: Eu apaziguaria a sua ira com o presente que vai adiante de mim, depois verei o seu rosto; e possivelmente ele me aceitará. (Na moeda de 2003, estes presentes somariam um valor mais de $100,000. A ideia de Jacó era que os presentes enviados a Esaú seriam entregues manada por manada.

Se ele os aceitasse, isto significaria que ele vinha a Jacó em paz. Assim que o Patriarca parou de orar e começou a planejar, ele, na realidade, demonstrou que não estava confiando no Senhor como deveria fazer.)

21 E assim passou o presente adiante dele; e ele, porém, dormiu aquela noite no acampamento (com a sua família).

23 Tomou-os sou o ribeiro, e fez passar tudo o que tinha. (O ribeiro de Jaboque cruza o Jordão cerca de 48 quilômetros [30 milhas] ao norte do Mar Morto.)

ISRAEL

24 Jacó,  porém, ficou sozinho;e lutou com ele um Varão até que raiou a alvorada. (Neste Capítulo e em Oséias [Cap. 12], este Varão é chamado de Deus, o Anjo, Elohim Sabaoth e Jeová. Neste cenário, constatamos que não era com Esaú, seu irmão, que Jacó tinha que lutar, e sim com Jeová . É sempre o mesmo caso com todo Crente.)

25 E como Ele viu (o Senhor viu) que não podia prevalecer contra ele (contra Jacó), Ele tocou na área do encaixe de sua coxa (da coxa de Jacó), e se desconjuntou a coxa de Jacó enquanto lutava com Ele. (O grande princípio de que Deus não pode dar a Vitória à carne aparece nesta cena, de noite.

É o coração quebrantado que começa a experimentar o que significa o Poder Divino, Melhor que se levante o sol sobre um Israel que manqueja do que se ponha sobre um Jacó mentiroso. Jacó, por sua má conduta, foi exilado da Terra Prometida, com nada menos que seu cajado.

Ele retorna como um príncipe rico, mas coxo. Então, Israel, lançado da Terra de Jeová por seu pecado, retorna com abundância, mas quebrantado e contrito de espírito.)

26 E Ele disse (o Senhor disse) : Me deixes ir, porque já a alvorada subiu. Porém ele disse (Jacó disse) : Não Te deixarei ir, se não me abençoares. (Williams diz: “Quando foi quebrantado por essa Mão poderosa, Jacó deixa de lutar e se apega com prantos e súplicas ao mesmo Deus Que lhe tinha ferido, então, ele recebe a vitória e o glorioso nome de Israel”.)

E o Senhor disse

27 E Ele (o Senhor) disse-lhe: Qual o teu nome? E ele respondeu: Jacó. (Certamente, o Senhor já sabia o nome de Jacó. Então, por que insistiu para que Jacó pronunciasse o seu nome? Ele queria que Jacó admitisse quem é o que ele era na realidade, o que o nome de Jacó descreve bem. A verdadeira Fé requer que admitamos o que somos, antes que recebamos o que Ele é!)

28 Então Ele (o Senhor) disse: Não se chamará mais o teu nome Jacó (que significa enganador ou suplantador), e sim Israel (um Príncipe de Deus); porque lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste (como veremos, a mudança do nome de Jacó foi instantânea, no tanto a mudança propriamente dita [dele] foi gradativa).

29 Então Jacó lhe perguntou, e disse: Declara-me agora o Teu Nome. E Ele respondeu: Porque perguntas pelo meu nome? (A resposta do Senhor é reveladora, pois Ele responde com outra pergunta. A ideia é que Jacó pare agora, pois já conhece Aquele com quem esteve lutando. E as seguintes declarações prova isso.) E Ele (o Senhor) abençoou-o (a Jacó) ali (deu-lhe poder para com Deus e para com os homens).

30 E chamou Jacó o nome daquele lugar, Peniel (significa “o Rosto de Deus”), porque dizia: Tenho visto Deus cara a cara, e foi libertada a minha alma (Jacó nunca mais será o mesmo).

31 E lhe saiu o sol, quando já havia passado a Peniel; e manquejava do quadril da sua coxa. (O sol está agora reinando, mas sobre um Jacó quebrantado. Se o Senhor se revela a um indivíduo, a carne, como um coxo, tem que ser subjugada. É uma necessidade absoluta!)

32 Por isso os filhos de Israel não comem, até hoje em dia, do tendão que se contraiu, tocou em Jacó neste lugar da sua coxa, no tendão que se contraiu. (Este nervo em particular é o nome do grande tendão que tem sua origem na espinha dorsal e se estende pela coxa até o tornozelo.

É o que os Gregos chamam de “tendão de Aquiles“, porque chega até o tornozelo. Então, o “agarrador do tornozelo” tornou-se um “Príncipe com Deus.”)

Conclusão

Este capítulo traz grandes lições sobre como devemos confiar no dono do plano. Aqui, Jacó, que acabara de encerrar um ciclo difícil, após determinação de Deus, para voltar à Canaã, encontraria seu irmão, Esaú, no caminho. Jacó não apenas encararia seu irmão, mas encararia seu erro, sua culpa, seus conflitos.

O Vau de Jaboque expõe a precipitação de Jacó e seu entendimento de que apenas Deus o poderia abençoar.

Outrora, ele enganara o pai e se aproveitara do irmão, a fim de receber a bênção da primogenitura, mesmo Deus já havendo revelado, à sua mãe, que ele é quem lideraria o povo.

Quão amargas não foram as consequências dessa precipitação: um sogro enganador e aproveitador, um irmão irado, medo, angústia, sofrimento.

Neste momento, Jacó havia descoberto que, a bênção que ele precisava, não poderia ser “roubada”, ela precisava ser concedida por Deus. Então, nesta teofania, Deus o abençoa, finalmente, e muda sua identidade.

Ele não seria mais lembrado por uma bênção “roubada”, mas por uma bênção concedida pelo Senhor. Com isso, aprendemos que Deus, o dono do plano, é quem o executará. Nosso trabalho é apenas descansar e esperar.

Gênesis 32 estudo.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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