João 8 Estudo: Jesus é Misericordioso

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Em João 8, o autor narra o encontro entre Jesus e uma mulher adúltera. Essa mulher havia sido flagrada em traição pelos fariseus, e eles a levaram, porém deixarão que o homem fosse embora.

Os fariseus queriam sua condenação e esperaram para ouvir o que Jesus iria decidir. Entretanto, Jesus com sua imensa misericórdia e sabedoria disse: “aquele que não tiver pecado, que atire a primeira pedra”.

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Isso nos mostra que muitas vezes fazemos o mesmo com as pessoas, assim como os fariseus fizeram, e nem sequer olhamos para nossos próprios atos. Acompanhe!

Contexto histórico

Tratava-se de um contexto onde os fariseus estavam levantando acusações contra Jesus, de ele não era realmente um profeta.



Então, havia muita cobrança nesse sentido e os fariseus tentavam de todas as formas prejudicarem ou fazer com que Jesus entrasse em contradição.

Desse modo, Jesus sempre ficou muito tranquilo em relação a isso, pois ele sabia exatamente quem ele era.

E você? Como age quando alguém te acusa de ser ou não ser algo? Da mesma forma que Jesus fez, devemos fazer! Pois basta que saibamos quem somos. Acompanhe a seguir o estudo completo de João 8.

(João 8:1-12) A mulher adúltera

v. 1 Jesus foi para o monte das Oliveiras.
v. 2 E, pela manhã cedo, ele voltou novamente ao templo, e todo o povo vinha até ele; e, assentando-se, os ensinava.

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v. 3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher pega em adultério, e, colocando-a no meio de todos,

v. 4 disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em adultério, no próprio ato.
v. 5 Ora, Moisés nos ordena na lei que tais sejam apedrejadas; mas tu, o que dizes?

v. 6 Isso eles diziam, tentando-o, para poderem ter do que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, escrevia com seu dedo no chão, como se não os ouvisse.

v. 7 Então, quando eles continuaram a perguntar-lhe, ele levantando-se, disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra.
v. 8 E, tornando a inclinar-se, escrevia no chão.


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v. 9 E eles ouvindo isto, sendo condenados por sua própria consciência, saíram um a um, começando no mais velho, até o último; e Jesus foi deixado sozinho, e a mulher em pé no meio.

v. 10 Tendo Jesus se levantado, e não vendo ninguém senão a mulher, ele disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Nenhum homem te condenou?

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v. 11 E ela disse: Nenhum homem, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.

v. 12 Então, Jesus tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.

Comentário

Jesus como a luz do mundo (Jo 6:35) é um desenvolvimento da afirmação no prólogo de que Jesus era “a luz dos homens” e que “a luz brilha nas trevas” (Jo 1:4-5).

Com base nisso, o Mestre exortou Seus ouvintes a depositar a confiança na luz enquanto eles tinham Jesus entre eles, para que se tornassem “filhos da luz”.

O testemunho final de Jesus é que Ele veio ao mundo como luz para que todo aquele que nele crê não permaneça nas trevas.


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De acordo com o evangelista, entretanto, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas as pessoas amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más (Jo 3:19-21).

(João 8:13-14) Fariseus

v. 13 Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro.
v. 14 Jesus respondeu, e disse-lhes: Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro; porque eu sei de onde vim, e para onde eu vou; mas vós não podeis dizer de onde vim, nem para onde eu vou.

O desafio dos fariseus e a resposta de Jesus continua a aspereza de (Jo 5:31-47). Mais uma vez, as estipulações mosaicas estavam em vista (Dt 17:6), (Jo 19:15).

(João 8:15) Os julgamentos

v. 15 Vós julgais segundo a carne, eu a nenhum homem julgo.

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A declaração de Jesus pode refletir (1Sm 16:7). As pessoas rejeitavam Jesus porque Ele não veio com fanfarra real, pois as aparências podem ser enganosas (Is 53:2-3).

(João 8:16-17) Somente o pai pode julgar

v. 16 E, mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro; porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou.
v. 17 Isto também está escrito na vossa lei, que o testemunho de dois homens é verdadeiro.

Sobre o testemunho de duas testemunhas, ver notas em (Dt 17:6-7), (Jo 19:15).

(João 8:18-20) Não se esqueça de olhar para seu próprio testemunho

v. 18 Sou eu que dou testemunho de mim mesmo, e o Pai que me enviou dá testemunho de mim.
v. 19 Então, lhe disseram: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Vós não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis, também conheceríeis a meu Pai.

v. 20 Essas palavras proferiu Jesus na tesouraria, enquanto ensinava no templo; e nenhum homem lhe pôs as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora.

Sobre o momento certo da hora de Jesus, ver nota em (Jo 2:4).

(João 8:21-28) As dúvidas em relação a quem era de fato Jesus

v. 21 Então, Jesus disse-lhes novamente: Eu vou pelo meu caminho, e buscar-me-eis, e morrereis no vosso pecado; para onde eu vou, vós não podeis ir.

v. 22 Então, disseram os judeus: Será que ele vai matar-se a si mesmo? Porque ele diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir.

v. 23 E ele dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.

v. 24 Por isso, eu vos disse que morrereis em vossos pecados; porque se não crerdes que eu sou ele, morrereis em vossos pecados.

v. 25 Disseram-lhe, então: Quem és tu? E Jesus lhes disse: Isso mesmo que já desde o princípio vos disse.

v. 26 Eu tenho muitas coisas que dizer e julgar sobre vós; mas aquele que me enviou é verdadeiro, e o que dele ouvi, isso eu falo ao mundo.
v. 27 Eles não compreenderam que ele lhes falava do Pai.

v. 28 Disse-lhes, então, Jesus: Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então sabereis que eu sou ele, e que nada faço de mim mesmo; mas como o meu Pai me ensinou, falo estas coisas.

Essas declarações dão a entender a divindade de Jesus (ver nota em Jo 6:35-48). Sobre Jesus ser levantado, ver nota em (Jo 3:14).

(João 8:29-33) Jesus sabe quem é ele

v. 29 E aquele que me enviou está comigo; o Pai não me tem deixado sozinho, porque eu faço sempre as coisas que lhe agradam.
v. 30 Falando ele essas coisas, muitos creram nele.

v. 31 Então, dizia Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos,
v. 32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

v. 33 Eles responderam-lhe: Nós somos a semente de Abraão, e nunca fomos escravos de nenhum homem; como dizes tu: Sereis feito livres?

O Antigo Testamento exalta a bênção de os judeus serem sementes de Abraão (Sl 105:6), (Is 41:8).

(João 8:34-35) O filho e o servo

v. 34 Respondeu-lhes Jesus: Na verdade, na verdade eu vos digo: Todo aquele que comete pecado é servo do pecado.

v. 35 E o servo não permanece para sempre na casa; mas o Filho permanece para sempre.

O contraste entre Filho e servo pode ser uma referência aos filhos de Abraão por meio de Sara e Hagar (Gn 21:1), ver (Êx 21:2).

(João 8:36) A libertação

v. 36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

Sobre Jesus como o Filho que dá vida, ver nota em (Jo 3:16-18).

(João 8:37-38) Descendente de Abraão

v. 37 Eu sei que sois semente de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não encontra lugar em vós.

v. 38 Eu falo do que eu vi com meu Pai; e vós fazeis o que vistes com vosso pai.

Mesmo no Antigo Testamento, ser um descendente natural de Abraão era insuficiente para estabelecer a linhagem de uma pessoa (Jr 9:25-26), (Rm 2:28-29), (Jo 9:7), (Gl 4:21-31).

(João 8:39-41) Os nascidos em Deus

v. 39 Eles responderam e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.

v. 40 Procurais agora matar-me, a mim, o, homem que vos tem dito a verdade, que tenho ouvido de Deus; isso Abraão não fez.

v. 41 Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, então: Nós não nascemos da fornicação, nós temos um Pai, Deus.

Embora o Antigo Testamento chame os israelitas de filhos de Deus (Êx 4:22), (Dt 14:1-2), João afirma que somente os nascidos de Deus (pela fé) são filhos do Senhor (Jo 1:12-13).

(João 8:42-44) O não entendimento da linguagem de Deus

v. 42 Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, vós me amaríeis; pois eu procedo e vim de Deus, não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.

v. 43 Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.

v. 44 Vós sois de vosso pai, o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não permaneceu na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele fala mentira, fala do que lhe é próprio; porque é um mentiroso, e pai dela.

O Diabo é um homicida desde o princípio. Ele incitou Caim a matar Abel (1Jo 3:15). Ele não permaneceu na verdade é uma possível referência á queda de Satanás (Is 14:12).

Quando Adão e Eva pecaram, ele contradisse de maneira ostensiva a palavra de Deus (Gn 3:3-4), (Gn 2:17).

(João 8:45-46) As verdades

v. 45 E porque eu vos digo a verdade, não acreditais em mim.

v. 46 Quem dentre vós me convence de pecado? E se eu vos digo a verdade, por que não credes em mim?

Jesus sempre fazia aquilo que agrada a Deus (v. 29; Is 53:9).

(João 8:47-52) A busca pela glória

v. 47 Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso, vós não as escutais, porque não sois de Deus.

v. 48 Então responderam os judeus e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio?

v. 49 Jesus respondeu: Eu não tenho demônio, mas eu honro a meu Pai, e vós me desonrais.

v. 50 Eu não busco a minha glória; há um que a busque e julgue.

v. 51 Na verdade, na verdade eu vos digo: Se um homem guardar a minha palavra, nunca verá a morte.

v. 52 Então, disseram-lhe os judeus: Agora nós sabemos que tu tens demônio. Morreu Abraão, e os profetas; e tu dizes: Se algum homem guardar a minha palavra, ele nunca provará a morte.

Sobre a acusação de que Jesus estava endemoniado, ver nota em (Jo 7:20).

(João 8:53-56) A morte dos profetas

v. 53 És tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas, que morreram, quem pretendes ser tu?

v. 54 Jesus respondeu: Se eu me honro a mim mesmo, a minha honra nada é; quem me honra é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus.

v. 55 E vós não o conheceis, mas eu conheço-o; e se eu disser que não o conheço, eu serei mentiroso como vós; mas eu conheço-o e guardo a sua palavra.

v. 56 Vosso pai Abraão regozijou-se de ver o meu dia; e viu-o, e alegrou-se.

A declaração de Jesus se refere á jubilosa esperança de Abraão quanto á vinda do Messias. Ver informação em (Jo 12:41) de que Isaías viu a glória de Jesus.

(João 8:57-58) Antes da existência de Abraão

v. 57 Disseram-lhe então os judeus: Tu ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?

v. 58 Disse-lhes Jesus: Na verdade, na verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou.

Sobre as declarações de Jesus com eu sou, ver nota em (Jo 6:35-48).

(João 8:59) O apedrejamento

v. 59 Então eles pegaram pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, indo pelo meio deles, e assim partiu.

O apedrejamento era a punição prescrita para a blasfêmia (Lv 24:16), (Dt 13:6-11). Isso, no entanto, jamais devia ser realizado pela violência de uma multidão (Dt 17:2-7).

No Antigo Testamento, homens justos como Moisés (Êx 17:4), Josué, Calebe (Nm 14:10) e Davi (1Sm 30:6) quase foram apedrejados. Como nas ocasiões anteriores, Jesus escapou de ser preso, (Jo 8:20), ver nota em (Jo 2:4).

Sua retirada do meio dos judeus faz soar uma nota de julgamento, como quando Deus retirou o Seu favor do rei Saul (1Sm 15:23).

5 importantes lições que podemos aprender em João 8

  1. Misericórdia e Perdão: Jesus demonstra misericórdia ao não condenar a mulher pega em adultério e a incentiva a não pecar mais. Isso nos lembra da importância do perdão e da graça, tanto para receber quanto para oferecer aos outros.
  2. Verdade e Liberdade em Cristo: Jesus declara que conhecer a verdade nos libertará. Essa verdade não é apenas um conceito, mas uma pessoa, Jesus Cristo. A fé nele nos liberta do poder do pecado e nos dá uma nova vida em liberdade.
  3. Hipocrisia e Julgamento: Jesus expõe a hipocrisia dos líderes religiosos que queriam apedrejar a mulher, apesar de terem seus próprios pecados. Isso nos lembra de não julgar os outros com base em nossa própria autojustiça, mas de praticar a humildade e a compaixão.
  4. Identidade em Cristo: Jesus se revela como “a luz do mundo” e afirma sua divindade. Ele convida as pessoas a segui-lo e a confiar nele como o Messias. Isso nos desafia a reconhecer a verdadeira identidade de Jesus e a segui-lo como nosso Senhor e Salvador.
  5. Rejeição da Cegueira Espiritual: Alguns dos líderes religiosos se recusam a aceitar a verdade de Jesus, permanecendo espiritualmente cegos. Isso nos lembra da importância de abrir nossos corações e mentes para a verdade de Deus, evitando a cegueira espiritual que nos impede de ver sua obra em nossas vidas.

Conclusão

Portanto, o Senhor encerra suas palavras declarando que antes mesmo de Abraão existir ele já existia, e isso aumentou à ira que os fariseus tinham sobre Jesus.

Então, Jesus com sua imensa sabedoria, não se importou e seguiu o seu caminho sendo exatamente quem ele era sem se importar com os fariseus.

E nós, devemos fazer o mesmo e seguir os passos de Jesus, sempre em conexão com ele, com quem somos e com o que Jesus espera de nós.

João 8 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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