Mateus 18 Estudo: O Reino dos Céus

Mateus 18, traz ensinamentos importantes de Jesus sobre a humildade, a reconciliação e a importância das relações interpessoais na comunidade cristã. Neste capítulo, Jesus instrui seus discípulos a respeito da grandeza no Reino dos Céus, enfatizando a necessidade de se tornarem como crianças em sua humildade e simplicidade.

Ele também aborda o tema da disciplina dentro da comunidade de fé, destacando a importância da correção amorosa e do perdão mútuo. Além disso, Jesus ensina sobre a responsabilidade de buscar a reconciliação com aqueles que pecaram contra nós, ilustrando a seriedade do perdão e da restauração nas relações humanas.

Este capítulo é rico em lições práticas para a vida cristã e nos desafia a vivermos em harmonia, humildade e amor uns para com os outros. Acompanhe a seguir o estudo completo de Mateus 18.

(Mateus 18:1-5) Os discípulos questionam ao Senhor

v. 1 Naquela mesma hora chegaram-se a Jesus os seus discípulos e perguntaram: Quem é o maior no reino do céu? 
v. 2 E Jesus, chamando uma criancinha, colocou-a no meio deles,



v. 3 e disse: Na verdade eu vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como criancinhas, de modo algum entrareis no reino do céu.

v. 4 Portanto, todo aquele que se humilhar como esta criancinha, esse é o maior no reino do céu.
v. 5 E quem receber em meu nome uma criancinha, tal como esta, recebe a mim.

Geralmente se diz que estes versículos promovem a inocência ou a simplicidade infantil, mas a declaração de Jesus na verdade insta os discípulos a adotarem a humildade infantil.

O desejo de ser o maior no reino revelava um orgulho que era inconsistente com o genuíno discipulado. A humildade é o caminho para a verdadeira grandeza.

Jesus frisou o tratamento bondoso e gracioso ás criancinha ao ensinar que todo aquele que recebe uma criança em Seu nome será recompensado como se tivesse recebido o próprio Messias.

(Mateus 18:6-7) A pedra de moinho

v. 6 Mas, quem ofender um destes pequeninos que creem em mim, seria melhor para ele que pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que se afogasse no fundo do mar.

v. 7 Ai do mundo, por causa das ofensas! Pois é necessário que venham ofensas; mas ai do homem por quem vem a ofensa!

Jesus mudou o tópico de crianças literais para pequenos espirituais que creem em mim, significando Seus discípulos.


Quer Pregar Com Conhecimento Bíblico Profundo, Dominando a Oratória, com boa Dicção, Citando Versículos de Memória, sem Timidez e com total Eloquência?
(Clique Aqui e Sabia Mais)


A pedra de moinho era uma pedra arredondada e grande, girada por um jumento e não a pedra bem menor usada para pulverizar grão manualmente.

O afogamento era um modo particularmente horrível de morrer na mentalidade dos judeus do primeiro século, pois Israel não era uma nação dada á navegação.

(Mateus 18:8-9) O Senhor protege aos seus

v. 8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te ofender, corta-o, e lança-o para longe de ti; é melhor para ti entrar na vida coxo ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.

v. 9 E, se o teu olho te ofender, arranca-o, e lança-o para longe de ti; é melhor para ti entrar na vida com um olho só, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.

Aqueles que fazem os discípulos de Jesus pecar enfrentarão severa punição. Contudo, os discípulos são responsáveis por suas próprias ações e devem se empenhar pela pureza (Mt 5:29-30).

(Mateus 18:10) Os anjos e sua proteção

v. 10 Vede, não desprezeis a nenhum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos no céu sempre veem a face de meu Pai que está no céu.

Daniel 10:10-14 ensina que anjos são designados para representar e proteger as nações. De maneira semelhante, Jesus parece ensinar que anjos são designados para representar os cristãos na presença de Deus.


⚠️ Receba Estudos Exclusivos no Whatsapp:


Jesus disse que estes anjos sempre veem a face de meu Pai, significando que eles têm acesso ao trono celestial e constantemente apresentam as necessidades dos cristãos a Deus.

(Mateus 18:11-14) A vontade de vosso Pai que está no céu

v. 11 Portanto o Filho do homem veio salvar o que estava perdido.
v. 12 O que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, ele não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?

v. 13 E, se porventura a encontra, na verdade eu vos digo que ele se regozijará mais com aquela ovelha, do que pelas noventa e nove que não se desgarraram.
v. 14 Assim também, não é a vontade de vosso Pai que está no céu, que se pereça um destes pequeninos.

Os cristão pecadores que forem restaurados á comunhão da igreja não devem ser recebidos com relutância ou hesitação, mas com o regozijo de um pastor que encontra uma ovelha que se desgarra.

O Pastor celestial não pode aceitar a pedra de nem mesmo um único cristão. Tal como o pastor desta parábola, Ele haverá de resgatar Sua ovelha desgarrada.

(Mateus 18:15-17) O poder da restauração

v. 15  Além disso, se teu irmão pecar contra ti, vai, e diz-lhe a sua culpa entre ti e ele somente; se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.

v. 16 Se, porém, ele não te ouvir, então leva contigo mais um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas cada palavra seja confirmada.

v. 17 E, se ele recusar ouvi-los, dize-o à igreja; mas se recusar ouvir a igreja, seja ele para ti como um homem gentio e um publicano.

Estes versículos delineiam o processo pelo qual os discípulos demonstram a preocupação do Grande Pastor pelas ovelhas desgarradas. As palavras contra ti não aparecem nos mais antigos e melhores manuscritos do versículo 15.

Sendo assim, o processo não é destinado simplesmente para o trato com queixas pessoais, mas sim para qualquer conduta pecaminosa da parte de um irmão (ou irmã) cristão que indica estar se desviando de Cristo. O propósito do processo não é punir, mas restaurar o discípulo pecador (ganhaste a teu irmão).

Se, no passo final do processo, o discípulo professo se recusar a atender á chamada da Igreja para se arrepender, a igreja deve admitir que ele não é um discípulo verdadeiro e deve exclui-lo da comunhão (1Co 5:1-13).

(Mateus 18:18) O céu e a terra estão interligados

v. 18 Na verdade eu vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.

Sobre ligar e desligar, (Mt 16:19). As decisões feitas pela igreja acerca do comportamento permitido ou inaceitável refletem decisões já feitas por Deus no céu.

(Mateus 18:19-20) O Senhor estará onde o procurem

v. 19 Ainda eu vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está no céu.

v. 20 Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles.

Uma interpretação errônea comum defende que estes versículos prometem que Deus fará qualquer coisa que dois ou três cristãos pedirem.

Isso viola o contexto. Há uma clara ligação com a discussão imediatamente precedente acerca da restauração de um discípulo faltoso.

Os versículos 18 e 19 ligam as ações de restauração/disciplina, pelos discípulos de Jesus na terra, ás decisões do Pai que está no céu. A palavra ainda no início do versículo 19 sugere que esta perícope reafirma o princípio do versículo 18.

Os dois ou três mencionados no versículo 20 são, assim, as duas ou três testemunhas que foram primeiramente mencionadas no versículo 16.

Cristo está presente com os Seus discípulos quando eles se reúnem e buscam a Sua liderança a respeito do comportamento preocupante entre os discípulos. Ele responderá a oração deles em favor da restauração do discípulo faltoso.

(Mateus 18:21-22) O Senhor nos ensina a praticar o perdão

v. 21 Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes o meu irmão pecará contra mim, e eu o perdoarei? Até sete vezes?

v. 22 Jesus lhe disse: Eu não te digo que até sete vezes; mas até setenta vezes sete.

Embora perdoar alguém apenas sete vezes possa parecer parcimonioso, este padrão era generoso considerando-se o fato de que alguns rabinos requeriam que seus estudantes perdoassem os ofensores somente três vezes.

Os intérpretes disputam se Jesus exigia que se perdoasse o irmão 77 vezes ou 490 vezes (70 vezes 7), porém o ponto de Jesus era que o perdão deveriam ser ilimitado em havendo arrependimento verdadeiro.

(Mateus 18:23-27) O julgamento divino

v. 23 Portanto, o reino do céu é semelhante a certo rei, que quis acertar contas com os seus servos.
v. 24 E, começando a acertá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.

v. 25 Porém, não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos ele, e sua esposa e seus filhos, e tudo que ele tinha, e que o pagamento fosse feito.

v. 26 Então o servo se prostrou, e o adorou, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, e eu tudo te pagarei.
v. 27 Então, movido de compaixão, o senhor do servo soltou-o e perdoou-lhe a dívida.

Nas parábolas judaicas, um rei simboliza Deus e acertar contas representa o julgamento divino. Os dez mil talentos eram equivalentes ao valor do salário de um bilhão de dias de um lavrador.

Isso era mais dinheiro do que o circulante em toda a Palestina. O talento era a maior unidade de moeda corrente (mais ou menos equivalente ao salário referente a 6.000 dias de trabalho) e 10.000 é o mais lato número individual que pode ser expresso em grego.

Deste modo, vemos que, nesta alegoria, a soma representa a dívida irremediável do pecador para com Deus.

Vender o devedor, sua família e suas posses, dificilmente daria para começar a recuperar esta dívida. Perdoar tamanho empréstimo é um espantoso ato de graça.

(Mateus 18:28-31) Os conservos

v. 28 Saindo, porém, este servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, lançando mão dele, tomou-o pela garganta, dizendo: Paga-me o que tu me deves.

v. 29 Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, pediu-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo.

Cem denários equivaliam a três meses de salário. Isto era insignificante em comparação á dívida do primeiro servo para com rei.

O contraste entre os dez mil talentos e os cem denários mostra que os pecados dos outros contra nós são triviais em comparação com a enormidade de nosso próprios pecados contra Deus.

O conservo implorou ao servo que tivesse paciência, tal como o servo tinha implorado perante ao rei, mas o conservo foi mais honesto em seus apelos e promessas, uma vez que sua dívida era verdadeiramente administrável.

(Mateus 18:32-35) Devemos perdoar da mesma forma que o Senhor nos perdoa

v. 32  Seu senhor então, chamando-o, disse-lhe: Servo perverso, perdoei-te toda aquela dívida, porque tu me suplicaste.

v. 33 Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu conservo, como eu também tive misericórdia de ti?

O ponto da parábola é agora revelado. Visto que Deus tem demonstrado as cristãos tão grande misericórdia ao perdoar os seus pecados, eles deveriam, por sua vez, perdoar de coração os pecados dos outros.

A palavra vez, perdoar de coração os pecados dos outros. A palavra atormentadores significa literalmente “algozes”.

A tortura do devedor continuaria até que a dívida fosse totalmente paga. Uma vez que a dívida era impossível de ser paga, a tortura simboliza uma punição eterna.

5 importantes lições que podemos aprender em Mateus 18

  1. Humildade e Serviço: Jesus ensina a importância da humildade ao colocar uma criança no meio deles como exemplo de quem é o maior no Reino dos Céus. Devemos nos humilhar e servir uns aos outros, renunciando ao orgulho e buscando a grandeza no serviço aos outros.
  2. Perdão e Reconciliação: A parábola do servo incompassivo destaca a importância do perdão. Assim como Deus nos perdoou, devemos perdoar aqueles que nos ofendem. O perdão não só liberta o ofensor, mas também liberta o coração do que foi ofendido, promovendo a reconciliação e restaurando relacionamentos.
  3. Disciplina Fraterna: Jesus instrui sobre a disciplina na comunidade de fé, destacando a responsabilidade dos crentes de corrigir uns aos outros amorosamente quando necessário. Isso visa restaurar o irmão que errou e proteger a comunidade do mal.
  4. A Importância da Oração em Comunidade: Jesus enfatiza o poder da oração em concordância entre os crentes. Quando os discípulos se unem em oração, Deus os ouve e responde. Isso destaca a importância da comunhão na oração entre os seguidores de Cristo.
  5. Cuidado com os Pequeninos: Jesus adverte sobre a seriedade de causar tropeços aos pequeninos na fé. Devemos ter cuidado para não influenciar negativamente aqueles que estão começando a seguir a Cristo, mas sim nutri-los, protegê-los e encorajá-los em sua jornada espiritual.

Conclusão

Concluindo, portanto, a missão de Jesus Cristo envolve principalmente pecadores perdidos e a qualquer um que queira experimentar a misericórdia de Deus e ter um novo começo receberá o perdão de Deus e a oportunidade de fazê-lo.

Além disso, Jesus ensinou seus discípulos como perseverar na construção de bons relacionamentos, evitando hostilidade, intriga e contenda a todo custo, pois embora eles devam evitar a discórdia a todo custo, eles devem ter grande força em termos de consenso. O Senhor nos assegura que qualquer coisa que ligarmos na terra como a igreja será ligada no céu.

Mateus 18 estudo.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.