Mateus 2 Estudo: A Ordem do Rei de Matar as Crianças
Neste capítulo de Mateus 2 estudo, veremos que os magos que vieram visitar Jesus eram, na verdade, magos do Oriente. Eles são reconhecidos como mestres, cientistas, astrônomos e dedicados à pesquisa médica.
Além disso, eles se encontram com Herodes para falar sobre o nascimento de um futuro rei de Israel, o que despertou ciúme e raiva em Herodes, que queria saber onde estava o menino e planejava matá-lo.
Portanto, os sábios visitaram Jesus e lhe deram ouro, incenso e mirra. Estes eram itens bastante caros em seu dia. Depois disso, o anjo do Senhor falou com José em sonho. O objetivo é alertá-los para o plano de matar Jesus e para que eles pudessem fugir. Acompanhe!
Mateus 2 estudo: Contexto histórico
De acordo com o contexto, nessa época o Rei Herodes era bastante severo e costumava colocar fim em toda e qualquer ameaça a seu poder.
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Jesus, portanto, era considerado uma ameaça para ele, e por isso mandou matar todas as crianças de até 2 anos de idade.
(Mateus 2:1) O nascimento de Jesus
v. 1 Ora, tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, eis que alguns homens sábios vieram do Oriente à Jerusalém,
Os homens sábios orientais misturavam zoroastrismo com astrologia e magia negra. Eles são descritos em Dn 2:2, onde aparecem associados a sacerdotes adivinhadores, médiuns, e feiticeiros.
O termo “homem sábio” aparece somente uma vez no novo testamento. Ele descreve o mágico a quem Paulo retrata como um “filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda maldade, inimigo de toda justiça” (At 13:4-10).
O homem sábio de quem Paulo fala poderia ter tido crenças bem semelhantes àquelas dos homens sábios.
Desta maneira, a convocação dos homens sábios para visitar a Jesus demonstra a intenção de Deus de salvar os gentios de suas religiões fúteis.
Quando adulto, Jesus expulsou demônios e rompeu o domínio de Satanás sobre o povo assediado.
Aqui vemos que mesmo em Sua infância, Cristo saqueou o reino de Satanás e libertou cativos. O Oriente pode se referir a Babilônia ou Pérsia.
(Mateus 2:2) Rei dos Judeus?
v. 2 dizendo: Onde está aquele que é nascido REI DOS JUDEUS? Pois nós temos visto a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo.
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A pergunta feita pelos homens sábios constituía um desafio involuntário ao reino de Herodes. Jesus nascido Rei dos Judeus, no sentido de ser Ele da linhagem de Davi e assim Rei por direito de nascimento.
Herodes, entretanto, não era nem um judeu completo, nem um descendente de Davi, e assim não estava genuinamente qualificado para reinar como rei.
A palavra traduzida por estrela pode indicar muitos fenômenos astronômicos, que incluem cometas, meteoros, ou conjunções planetárias.
Mateus mais tarde descreveu a estrela como se movendo através do céu a fim de apontar aos homens sábios a exata localização de Jesus.
Isto indica que não se tratava de uma estrela comum. No Oriente provavelmente significa “em sua ascensão”, indicando que a estrela apareceu de maneira misteriosa no céu do oriente para indicar o nascimento do Messias.
O interesse dos homens sábios em astrologia, uma prática condenada na Bíblia (Is 47:13-15), provavelmente a princípio lhes dirigiu a atenção para a estrela do Messias.
Numa outra profunda manifestação de graça, Deus condescendeu em usar as superstições pagãs dos magos para atraí-los a Jesus.
(Mateus 2:3) Preocupação de Herodes
v. 3 Ouvindo estas coisas, o rei Herodes ficou preocupado, e toda Jerusalém com ele.
Herodes ficou incomodado com as notícias do nascimento de um legítimo pretendente ao seu trono. O povo de Jerusalém ficou igualmente perturbado porque temia o furor paranoico e delirante de Herodes.
No passado ele chegou a matar até mesmo sua esposa favorita com seus filhos a fim de proteger o seu governo.
(Mateus 2:4) O local de nascimento
v. 4 E quando ele tinha reunido todos os principais sacerdotes e escribas do povo, ele exigiu deles onde Cristo deveria nascer.
Herodes convocou escribas especialistas e exigiu-lhes saber o local predito no antigo testamento para o nascimento do Messias.
Até este ponto a estrela tinha guiado os homens sábios a Jesus, mas agora o testemunho das Escrituras era necessário antes que Deus fizesse a estrela reaparecer e indicar com precisão a exata localização do Messias. Desta forma, o valor da revelação bíblica foi confirmado mesmo quando novas revelações despontavam.
(Mateus 2:5-6) Belém foi escolhido como o local de nascimento
v. 5 E disseram-lhe: Em Belém da Judeia; pois assim está escrito pelo profeta:
v. 6 E tu, Belém, na terra de Judá, não és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti virá um Governador que há de governar o meu povo Israel.
Os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo (v. 4) conheciam as Escrituras o suficiente para identificar Belém como o local do nascimento do Messias (Mq 5:2), entretanto, mais tarde eles se apuseram aos Seus ensinos.
O conhecimento das Escrituras não garante que o seu coração esteja reto diante de Deus. A oposição sacerdotal a Jesus é prenunciada aqui pelo de eles não fazerem qualquer esforço para ir visitar o Messias, enquanto os homens sábios experimentavam extrema exaustão em uma longa viagem a fim de o visitar.
Miqueias 5:2 predisse que Belém seria o local do nascimento de um rei, um governante que há de governar o meu povo Israel.
Embora Miqueias tenha dito que o príncipe prometido iria “reger” Israel, a tradução de Mateus afirma que o Messias irá “governar” a nação hebreia.
Mateus provavelmente escolheu esta palavra para refletir o uso de Miqueias em 5:4 e assim mostra que a totalidade de Mq 5 se aplica a Jesus.
Isto indica que Jesus é eterno, uma vez que Miqueias afirma “Cujas saídas tem sido desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. A profecia de Miqueias também afirmou que “agora será engrandecido até aos fins da terra”.
(Mateus 2:7-8) A aparição da estrela para Herodes
v. 7 Então Herodes, chamando os homens sábios em particular, inquiriu diligentemente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
v. 8 E, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino, e quando o achardes, tragam-me a palavra novamente, para que eu também vá e o adore.
Herodes interrogou os homens sábios a respeito do tempo exato em que a estrela tinha aparecido, por presumir que ela aparecera pela primeira vez na ocasião do nascimento da criança.
Com base nesta data, ele ordenou a execução de todos os meninos em Belém de dois anos para baixo.
Isto implica que a viagem dos magos foi demorada e envolveu grande sacrifício. O fingido desejo de Herodes de adorar o Messias ressalta sua falsidade.
(Mateus 2:9-11) A estrela do oriente
v. 9 Tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até chegar e parar por sobre o lugar onde estava o menino.
v. 10 E, vendo a estrela, regozijaram-se com grande júbilo.
v. 11 E, entrando na casa, eles viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.
Em contraste com a estalagem onde Jesus nasceu (Lucas 2), a família de Jesus agora vivia em uma casa. Isto mostra que os homens sábios visitaram Jesus após a visita dos pastores descrita por Lucas.
Os homens sábios adoraram Jesus publicamente, como muitas outras pessoas durante Sua existência (Mt 8:2).
O fato de Jesus receber adoração, reforça Sua identidade como Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1:23).
(Mateus 2:12-14) Revelação de Deus por meio do sonho
v. 12 E sendo avisados por Deus em sonho para que não retornassem para Herodes, eles partiram para a sua terra por outro caminho.
v. 13 E, tendo eles partido, eis que o anjo do Senhor apareceu em sonho a José dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e permanece lá até que eu te informe, pois Herodes há de procurar o menino para matá-lo.
v. 14 Levantando-se, tomou o menino e sua mãe, durante a noite, e foi para o Egito.
O anjo referiu-se a Jesus como o menino ao invés de “teu menino”, ao falar com José porque este não era o pai biológico de Jesus.
Semelhantemente, ele descreveu Maria como sua mãe em vez de “tua esposa” porque ele quis identificá-la em relação ao maior (Jesus) antes que ao menos (José).
José prontamente obedeceu quando lhe foi dito para fugir para o Egito. Ver nota em Mt 1:24-25.
(Mateus 2:15) O cumprimento da palavra de Deus
v. 15 E lá permaneceu até a morte de Herodes, para que pudesse se cumprir o que foi dito pelo Senhor através do profeta, dizendo: Do Egito chamei o meu Filho.
O fato de que o que foi dito tinha que se cumprir indica que a Bíblia é inspirada por Deus e com autoridade sobre a história.
Em seu contexto original, o chamamento do filho do Egito em Os 11 é uma referência ao êxodo de Israel do Egito, não à viagem do jovem Messias de volta para casa.
Mateus compreendia isso, porém, sob a direção do Espírito, ele reconheceu a Jesus como o novo Moisés que conduzirá um novo e climático êxodo.
Tal como Moisés libertou o seu povo da escravidão do Faraó, Jesus libertará o povo da escravidão de Satanás.
Desta maneira, Mateus corretamente considerou Os 11:1 e outras porções do antigo testamento como prefigurações de Jesus e de eventos em Sua vida.
(Mateus 2:16-17) Ordem de matar as crianças
v. 16 Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos homens sábios, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todas as suas fronteiras, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos homens sábios.
v. 17 Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, dizendo:
Os céticos negam que Herodes tenha alguma vez mandado matar os meninos de Belém, visto que nenhuma fonte extrabíblica documenta este evento horroroso.
Os assassinatos, no entanto, são consistentes como o seu comportamento documentado, tal com o homicídio que ele ordenou de sua própria família.
O historiador judeu Josefo relata que Herodes planejou para que muitos nobres judeus fossem assassinados por ocasião de sua morte a fim de assegurar que a terra lamentasse seu falecimento.
O comportamento de Herodes faz lembrar o de Faraó por ocasião do nascimento de Moisés (Êx 1:15-22). Esta e outras admiráveis semelhanças à narrativa do nascimento de Moisés reforça a apresentação que Mateus faz de Jesus como o novo Moisés que Deus prometeu em Dt 18:15-19.
Os judeus antigos consideravam Moisés como um libertador (At 7:25). Ao sublinhar paralelos entre Moisés e Jesus, Mateus mostra que Jesus era o Libertador prometido que haveria de salvar o Seu povo de seus pecados (ver notas em Mt 1:7-16).
Herodes matou todos os meninos de dois anos para baixo em Belém porque a estrela tinha aparecido aos homens sábios dois anos antes, presumivelmente na ocasião do nascimento de Jesus.
(Mateus 2:18) O luto das mães que perderam seus filhos
v. 18 Ouviu-se em Ramá uma voz, lamentação, pranto e grande luto: Raquel chorando por seus filhos, não querendo ser consolada, porque já não existem.
Maus uma vez, Mateus introduz uma citação de tal forma a sugerir que o autor no antigo testamento (Jeremias neste caso) foi usado por Deus para proclamar Sua mensagem.
Esta foi a opinião indisputada entre os judeus religiosos desde os dias dos profetas até os dias de Jesus. No versículo 18 Mateus cita Jr 31:15, que originalmente expressava o lamento de mães que choravam por filhos que foram enviados ao exílio.
A aplicação de Mateus aqui implica que Israel estava novamente no exílio, distanciado de Deus, e carente de redenção.
Uma vez que Jeremias 31 inclui a lamentação e, em seguida, culmina com a jubilosa promessa de que Deus estabeleceria um novo pacto com o Seu povo, no qual Ele perdoaria os seus pecados e escreveria a Sua lei no coração deles, Mateus provavelmente pretende trazer isto à mente e aplicá-la ao massacre em Belém e à vinda de Jesus.
Assim como a lamentação das mães precedeu à promessa do novo pacto em Jr 31, assim agora o choro das mães precede o estabelecimento do novo pacto por intermédio de Jesus (ver nota em Mt 26:28).
(Mateus 2:19) O anjo aparece após a morte de Herodes
v. 19 Mas, tendo Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu para José em um sonho no Egito,
Visto que Herodes morreu em 4 a.C., e que Jesus nasceu aproximadamente dois anos antes de Herodes ter ordenado o massacre dos meninos de Belém, parece provável que Jesus nasceu em 5 ou 6 a.C.
Também é provável que o vergonhoso massacre em Belém foi um dos atos finais de Herodes. Um final apropriado para uma vida de infame violência.
(Mateus 2:20-21) O Senhor ordena que eles devem ir para Israel
v. 20 dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já estão mortos os que buscavam a vida do menino.
v. 21 E ele levantando-se, tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel.
As palavras dos anjos são quase idênticas às palavras do Criador para Moisés desde a sarça ardente (Êx 4:16).
Esta alusão à narrativa de Moisés novamente identifica Jesus como o novo Moisés. Jesus, agora talvez com três anos de idade, retorna do Egito com Sua família.
(Mateus 2:22-23) Desvio para a Galileia
v. 22 Mas ouvindo que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; mas, avisado por Deus em sonho, desviou-se para as partes da Galileia.
v. 23 E, ele veio e habitou em uma cidade chamada Nazaré, para que pudesse se cumprir o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.
Arquelau, filho de Herodes, o Grande, herdou os traços violentos de seu pai. Seu governo na Judeia sinalizou que a família sagrada deveria estabelecer-se em outro lugar, e assim José levou sua família para residir novamente na obscura vila de Nazaré da Galileia, onde José e Maria tinham vivido no passado (Lc 1:26).
Mateus afirma que a decisão foi um cumprimento de uma profecia do antigo testamento de que o Messias será chamado Nazareno.
Nenhum texto específico do antigo testamento profetiza isso explicitamente, e assim Mateus estava apelando a um tema proeminente do antigo testamento em vez de um texto específico.
Especificamente, ele estava provavelmente aludindo às “profecias do Ramo” visto que as consoantes hebraicas nzr (que constituem a palavra “ramo”) são partilhadas pelas palavras “Nazaré” e “Nazareno”.
Estas profecias (Is 4:2) falavam de um descendente justo de Davi cujo governo sábio e justo seria capacitado pelo Espírito, e que traria salvação a Judá.
Deste modo, Mateus vê a cidade natal de Jesus como um indício sutil de Sua identidade como Messias.
Conclusão
Portanto, a obra e a vida de Jesus mudaram a história humana, pois o nascimento de Jesus nos trouxe a esperança e possibilidade de salvação.
Por essa razão, devemos agradecer a Deus e aproveitar a oportunidade nos dada, e desse modo, louvar ao Senhor todos os dias de nossas vidas.
Além disso, devemos procurar andar em retidão diante da presença de Deus.

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