Salmo 39 Estudo: A Brevidade e Vaidade do Homem

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Em Salmo 39, Davi nos mostra o quão frágil somo nós seres humanos, a nossa carne possui a tendência de optar pelos prazeres, porém, quem é sábio procura mantar o equilíbrio entre o espiritual e o carnal para evitar cair em pecado.

Entretanto, não é uma missão fácil, é necessária muita oração, comunhão e vigília sobre si mesmo e seus próprios pensamentos. A vida passa de maneira rápida, precisamos aproveitar bem e de maneira sábia o tempo.

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Isto só é possível, quando nossos caminhos são dirigidos pela palavra de Deus, e Davi encerra com súplicas ao Senhor para que o Senhor o ajude. Acompanhe!

Contexto histórico

Nesse contexto, esse Salmo fala de determinação do salmista de se manter calado ante os inimigos, enquanto a maioria dos salmos fala com intrepidez contra eles.



Ademais, termina pedindo que Deus o deixe em paz, no que se parece muito com algumas passagens do livro de Jó. Acompanhe a seguir o estudo de todos os versículos do Salmo 39.

(Salmo 39:1-2) Cuidado com o que se fala

v. 1 Eu disse: Tomarei cuidado nos meus caminhos, para que eu não peque com a minha língua; manterei minha boca com um freio, enquanto o perverso estiver diante de mim.

v. 2 Estive mudo em silêncio, eu mantive a minha paz para o bem, e a minha tristeza foi agitada.

A razão do silêncio do salmista era para evitar pecar verbalizando seu protesto contra Deus. A mesma ideia aparece em (Sl 73:15), mas neste texto o protesto é identificado de maneira específica: o salmista achava que Deus estava ignorando a prosperidade dos ímpios.

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Neste salmo, o silêncio poderia ser uma condição de sofrimento que faz com que esses sentimentos viessem á tona. Jedutum (provavelmente outro nome para Etã) também aparece no título dos salmos 62 e 77.

De acordo com (1Cr 16:41), ele era um dos chefes dos músicos de Davi, Se esta não for uma referência ao próprio Jedutum, poderia ser uma referência a seus descendentes ou a um grupo de músicos que fazia uso de seu nome (talvez derivado de seu estilo ou escola musical).

(Salmo 39:3) O coração ardente

v. 3 Meu coração estava ardente dentro de mim; enquanto eu meditava, o fogo queimava; então eu falei com a minha língua:

Estar com o coração ardendo é uma expressão de ira (Dt 19:6). Fogo pode denotar ira, mas aqui parece ser uma referência a emoções contidas prestes á escapar.


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(Salmo 39:4-6) A fragilidade do homem

v. 4 SENHOR, faz-me conhecer o meu fim, e a medida dos meus dias, o que ela é; para que eu possa saber o quão frágil eu sou.

v. 5 Eis que tu fizeste meus dias como um palmo, e minha idade é como nada diante de ti; verdadeiramente, todo homem em seu melhor estado é totalmente vaidade. Selá.

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v. 6 Certamente, todo homem caminha em uma aparência vaidosa; certamente, se perturbam em vão; ele amontoa riquezas, e não sabe quem as apanhará.

Este pedido para que Deus mostrasse ao salmista que seus dias eram frágeis mostra que ele sabia que seus sentimentos precisavam ser mantidos sob controle.

Ele já sabia disso, mas queria que Yahweh o instruísse. Algumas vezes, vaidade é traduzido como “vento” (Jó 7:7).

Em seu sentido literal, hevel denota uma pequena quantidade de ar soprado. De maneira figurada, o termo se refere a uma existência insignificante ou a atividades inúteis (Sl 94:11).

Quando usado junto com aparência, ele enfatiza a natureza passageira da vida (Sl 144:4). A lição a ser aprendida envolve ver todas as coisas como Deus vê-da perspectiva dele, e não da perspectiva humana.


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Embora pareçam grandiosas, as realizações humanas passam com a marcha invariável da história. Para aqueles que confiam em Deus, a vidas tem um significado e uma importância que não estão ligados a realizações terrenas.

(Salmo 39:7-8) Davi suplica ao Senhor

v. 7 E agora, Senhor, pelo que espero? Minha esperança está em ti.
v. 8 Livra-me de todas as minhas transgressões; não faças de mim a vergonha dos tolos.

Para o povo de Deus, sofrer geralmente inclui ser tentado por inimigos (Sl 22:6-8), aqui descritos como tolos, o que implica que eles são ateus (Sl 14:1).

(Salmo 39:9) Davi aceita a vontade de Deus sem reclamações

v. 9 Eu fiquei mudo, não abri minha boca, porque tu o fizeste.

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O salmista estava mudo porque era inútil reclamar do que Deus estava fazendo em sua vida.

(Salmo 39:10-11) A correção do Senhor

v. 10 Remove teu golpe para longe de mim; estou consumido pelo golpe de tua mão.
v. 11 Quando com repreensões tu corriges o homem pela iniquidade, fazes com que sua beleza se consuma como a traça; certamente, todo homem é vaidade. Selá.

Da perspectiva do salmista, o pior sofrimento era o golpe de Deus, que estava sendo usado como medida corretiva para fazer o salmista cair em si e para ajudá-lo a aprender a lição v. 4-6.

Uma das formas como Deus utiliza o sofrimento na vida de Seu povo é para discipliná-lo como filho Seu de uma maneira amorosa, a fim de corrigi-lo (Hb 12:5-11).

(Salmo 39:12-13) Davi pede que o Senhor ouça suas orações

v. 12 Ouve minha oração, ó SENHOR, e dá ouvidos ao meu clamor; não retenhas tua paz às minhas lágrimas, porque sou um estrangeiro contigo, e um peregrino, como todos os meus pais foram.

v. 13 Ó, poupa-me, para que eu possa recuperar minha força, antes que eu me vá daqui, e não seja mais.

Estrangeiro é um termo usado para aqueles que não eram habitantes nativos da terra prometida. Os israelitas deveriam se considerar estrangeiros e nômades na terra de Yahweh (Sl 119:19).

Aqui o uso das palavras parece indicar que a lição dos v. 4-6, sobre a insignificância da vida terrena e sua natureza passageira, foi aprendida.

5 principais lições que aprendemos no estudo do Salmo 39

  1. A Transitoriedade da Vida: O salmista reflete sobre a brevidade da vida humana e a futilidade das buscas terrenas. Essa lição nos lembra da importância de vivermos cada dia com sabedoria, reconhecendo a transitoriedade da vida terrena.
  2. A Importância da Autodomínio: O salmista reconhece a importância de controlar sua língua e suas emoções diante das dificuldades. Isso nos ensina sobre a necessidade de praticar o autodomínio em todas as áreas de nossas vidas para evitar palavras e ações imprudentes.
  3. Dependência de Deus: Apesar das aflições, o salmista busca refúgio em Deus e espera nele para sua libertação. Essa lição nos lembra da importância de confiarmos em Deus em todas as circunstâncias, buscando nele nossa força e esperança.
  4. A Natureza da Oração: O salmo destaca a prática da oração como uma forma de comunicação íntima com Deus, onde o salmista expressa suas preocupações e anseios. Isso nos ensina sobre a importância de nos voltarmos para Deus em oração em todos os momentos, buscando conforto e direção em sua presença.
  5. A Consciência da Fraqueza Humana: O salmista reconhece sua própria fragilidade e insignificância diante da grandeza e da soberania de Deus. Essa lição nos convida a humildemente reconhecer nossa dependência de Deus e a confiar nele em todas as situações.

Conclusão

Devemos observar, portanto, que Davi tem consciência da fragilidade, brevidade e vaidade da sua carne e por isso ele aceita a correção do Senhor sem reclamações e clama ao Senhor que ouça suas orações.

Assim como Davi, nós devemos conseguir enxergar que somos frágeis, e desse modo, buscar ser fortes ao lado do Senhor.

Dificilmente nossas forças serão capazes de vencer sem o auxílio de Deus, por isso, precisamos buscá-lo e estar em comunhão com ele.

Salmo 39 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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