Salmo 8 Estudo: A Majestade e Glória de Deus
Começando neste capítulo de Salmo 8 estudo, inicia com o Salmista louvando a Deus. O salmista começa o salmo chamando a Deus com o santo nome de louvor, YWHW.
Alguns propõem que Gitite é algum tipo de instrumento musical semelhante à lira. A LXX traduz o termo como “para os lagares”, relacionando-o a uma raiz hebraica correspondente a “uvar”; neste sentido, pode ter sido uma música para ser cantada durante a colheita das uvas.
(Salmo 8:1) Hino de louvor
v. 1 Ó Criador, nosso Criador, quão excelente é teu nome em toda a terra! Que estabeleceste a tua glória sobre os céus.
Este hino de louvor é identificado mais especificamente como um hino de criação (junto com o Sl 19:1-6), (Sl 33 e Sl 104) porque focaliza a terra e os céus, termos que descrevem a criação como um todo (Gn 1:1), (Êx 20:11), (Ne 9:6).
Glória, sinônimo de “honra” e “majestade”, e nome, que indica a pessoa, e não apenas o título, são paralelos; estes termos demonstram que Deus e Sua glória enchem toda a criação.
Esta linguagem diferencia Deus de Sua criação (Ele é transcendente), mas mostra também que Ele está presente nela (Deus é imanente).
(Salmo 8:2) Da boca dos bebês
v. 2 Da boca dos bebês e das crianças de peito, tu ordenaste a força por causa dos teus inimigos, para que pudesses parar o inimigo e o vingador.
Até os seres humanos mais fracos, com sua fala às vezes inarticulada (boca), servem de firme testemunho (força) da glória de Deus e fazem parar o inimigo e o vingador.
De acordo com Jesus, as crianças e sua fé simples são o que melhor representa o reino de Deus (Mt 18:4). Paulo também construiu um argumento semelhante ao descrever Deus usando a fraqueza e a loucura para “envergonhar os sábios” deste mundo (1Co 1:26-29)
(Salmo 8:3-4) Filho do homem
v. 3 Quando considero os teus céus, o trabalho dos teus dedos, a lua e as estrelas que tu ordenaste;
v. 4 O que é o homem, para que sejas cuidadoso com ele? E o filho do homem, para que o visites?
A vastidão da criação é contrastada com a pequenez e insignificância do homem. Isso está em forma de pergunta: Como é possível Deus Se “importar” e Se “preocupar” com as pessoas (ambas as palavras significam “prestar atenção em cuidar de”)?
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Isto nos deixa perplexos à luz da diferença entre o tamanho e extensão do cosmos e a relativa insignificância da humanidade.
Os termos “homem” e filho do homem são paralelos e usados para descrever a humanidade como um todo reunido (Sl 146:3), (Nm 23:19), (Is 51:12).
(Salmo 8:5-8) A resposta para a pergunta surpreendente do v. 4
v. 5 Porque o fizeste por um pouco, menor do que os anjos, e o coroaste com glória e honra.
v. 6 Tu fizeste com que ele tivesse domínio sobre as obras de tuas mãos; tu puseste todas as coisas debaixo de seus pés:
v. 7 Toda as ovelhas e bois, sim, e os animais do campo;
v. 8 As aves do ar, e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares.
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A resposta para a pergunta surpreendente do v.4 se encontra nestes versículos, que basicamente são um comentário acerca de Gn 1:26-28.
Embora a percepção seja que os seres humanos são insignificantes no imenso sistema das coisas, a realidade se encontra no propósito de Deus ao criar a humanidade.
A palavra traduzida como anjos (Heb. ‘elohim) está no plural aqui, podendo ser entendida como “deuses” ou “seres celestiais”, em vez de seu sentido plural comum de “majestade”, enfatizando a grandeza de Deus.
Desta forma, a LXX, citada em Hb 2:7, traduz a palavra como “anjos”. Mesmo que a referência seja diferente, o ponto é o mesmo nos dois casos: por causa do propósito que Deus tem para eles, os homens estão mais próximos de Deus e dos anjos em sua função do que dos animais.
Fomos feitos senhores sobre a criação, o que expressa a função da humanidade de dominar (Gn 1:26). A figura do domínio do Rei de Deus, Jesus Cristo (o segundo Adão), sobre Seu reino (Ef 1:22), (Hb 2:8).
(Salmo 8:9) Quão excelente é o teu nome
v. 9 O Criador, nosso Pai, quão excelente é o teu nome em toda a terra!
O salmo termina como começou, formando um inclusio (basicamente um “suporte para livros”) para seu conteúdo.
Conclusão
Por fim, o Salmo 8 estudo nos convida ao ato de contemplar a glória de Deus encontrada em cada detalhe. A princípio, Davi contempla a majestosidade de Deus vista em toda terra nessa oração.
Em seguida, ele lembra de como Deus usa pessoas muitas vezes desacreditadas pelo senso comum para fins extraordinários.
Além disso, a contemplação do salmista culmina em um olhar de constrangimento para si mesmo, ao passo que, ele traz ainda mais motivos a sua consciência para adorar ao Senhor.
Afinal, seja na natureza, nas pessoas ao nosso redor ou na nossa própria história, o que não falta é motivos para agradecermos ao Senhor.
Porém, na correria do dia a dia, é bem comum deixarmos de notar essa bondade de Deus espalhada em toda parte.
Muitas vezes, ainda damos mais ênfase para as mazelas da vida do que para tudo de bom que ela nos proporciona por meio do nosso Senhor, quando reclamamos.
Pare um pouco agora mesmo e observe tudo com uma perspectiva de gratidão.
Com um coração mais grato e dedicado ao ato de contemplar a grandeza de Deus.
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