Efésios 2 Estudo: O Dom de Deus
Neste capítulo de Efésios 2 estudo, veremos que Paulo mostrará como éramos mortos em nossos pecados. Antes, além de vivermos no pecado, tínhamos prazer nele, mas agora, em Cristo, é tudo novo e melhor.
Salvos única e exclusivamente pela graça. Portanto, nada que façamos é capaz de promover alguma compensação a mais.
O Senhor nos justificou, sua morte na cruz promoveu a redenção e a reconciliação com Deus. Seu sangue, abriu o acesso e destruiu todas barreiras, todas.
Efésios 2 estudo: Contexto histórico
Iniciando Efésios 1, Paulo falou sobre a escolha, antes da fundação de todo o mundo, de Deus por nós, através de Jesus. O sangue dele promove tão grande eleição sem merecermos, sem darmos nada em troca.
A igreja de Éfeso corresponde surpreendentemente a fé, através do santo evangelho, e Paulo expressará sua alegria o levando a pedir que o Senhor os aperfeiçoe mais e mais, diariamente, sem cessar, em suas orações.
(Efésios 2:1) Vivificados
v. 1 E vos vivificou, estando mortos em transgressões e pecados,
“Transgressões” são descuidos; “pecados” são falhas. Esses vocábulos teológicos apresentam a situação anterior dos cristãos efésios mortos em transgressões e pecados Sem Cristo, as pessoas não têm vida espiritual de verdade.
Neste estado, a parte mais vital da personalidade humana está morta. Portanto, por seus esforços ou ingenuidade as pessoas não têm como experimentar comunhão com Deus nem como atender Suas exigências.
(Efésios 2:2) Curso desde mundo
v. 2 nos quais, no passado, caminhastes, conforme o curso deste mundo, conforme o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
Caminhastes conforme o curso deste mundo descreve um estilo de vida sem Cristo que está de acordo com os caminhos de Satanás. “Este mundo” é o domínio de Satanás.
(Efésios 2:3) Vivíamos na carne
v. 3 entre os quais também todos nós vivíamos, em tempos passados, nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e da mente; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
A palavra grega traduzida como “vivíamos” na expressão todos nós vivíamos, em tempos passados, nos desejos da nossa carne, é um termo diferente de “caminhastes conforme” no v. 2, embora a ideia seja parecida.
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“Vivíamos” significa ir de um lado para o outro agindo segundo certos princípios. Sem Cristo, as pessoas são dominadas por “vontades da carne”, isto é, estão inclinadas a viver longe de Deus, buscando seus próprios interesses egoístas.
O plural indica vários impulsos ruins em nossa vida sem Cristo. A pessoa não redimida está completamente à mercê de seu eu tirânico e seus desejos impulsivos.
Por natureza filhos da ira entende-se que a queda no pecado descrita em Gênesis 3 não foi um simples descuido moral, e sim um afastamento intencional de Deus. Uma rejeição de Deus.
A entrada do pecado no mundo trouxe a natureza pecadora a toda a humanidade. Homens e mulheres são ‘por natureza” hostis a Deus e afastados dele. Agindo de livre moral, as decisões e ações do homem são sempre influenciadas negativamente pelo pecado.
As pessoas não se arrependem de verdade nem se voltam para Deus se Ele não as capacitar para isso.
(Efésios 2:4) Deus nos amou
v. 4 Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo seu grande amor com que nos amou,
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Diante da rejeição humana de Deus, Paulo pintou um retrato da nova vida, manifesta na graciosa aceitação de “pecadores por Deus, por causa de Cristo. Mas Deus é um” forte contraste e designa a resposta de Deus à terrível situação das pessoas.
“Misericórdia”, na expressão riço em misericórdia, refere-se à compaixão de Deus pelos impotentes, que dá alívio a sua condição.
Graça é quando Deus dá aos crentes algo que eles não merecem, ao passo que misericórdia é quando Deus não lhes dá aquilo que eles realmente merecem.
(Efésios 2:5) Nos vivificou
v. 5 estando nós ainda mortos em nossos pecados, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
Nos vivificou… estando nós ainda mortos é a continuação do pensamento de Paulo no v. 1 visto em retrospecto, do ponto de vista da história da redenção. Por causa do grande amor de Deus, Ele “nos vivificou” com Cristo.
(Efésios 2:6) Lugares celestiais
v. 6 e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
A amorosa misericórdia de Deus torna a nova vida possível, porém, mais do que isso: por ela Deus nos dá vida, nos ressuscita e nos faz assentar com Ele… em Cristo Jesus.
O grande poder de Deus nos entronizou com Cristo nas regiões celestiais, inclusive quando Cristo foi exaltado à mão direita de Deus Pai após a ressurreição.
(Efésios 2:7) A prova da graça de Deus
v. 7 para mostrar nas épocas vindouras as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco através de Cristo Jesus.
A salvação de homens e mulheres é uma prova da graça de Deus. Deus fez tudo isso em Cristo com apenas um objetivo: mostrar… as abundantes riquezas da sua graça, isto é, mostrar Seu favor divino para todos em toda a história; não só para homens, mas também para os anjos (1Pe 1:10-12).
(Efésios 2:8-9) É um dom de Deus
v. 8 Pois pela graça sois salvos por meio da fé; e isso não é de vós mesmos; isso é o dom de Deus.
v. 9 Não de obras, para que nenhum homem se glorie.
A obra da salvação é para a glória de Deus, ela não pode ser obtida por meio de obras humanas. Todo o processo de salvação é um ato da bondade de Deus, e não uma conquista humana.
A ênfase nunca está na quantidade de fé, e sim no objeto da fé: Cristo. A salvação vem pelo favor totalmente imerecido de Deus.
No texto grego, a construção gramatical da expressão pela graça… por meio da fé antecede a expressão é dom de Deus.
Não devemos “dizer que a parte de Deus é a graça e a nossa parte é a fé,” pois a salvação inteira é dom de Deus.
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(Efésios 2:10) Feitura sua
v. 10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus estabeleceu para que andássemos nelas.
A obra da salvação é amostra do trabalho artesanal de Deus, por isso somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras.
As boas obras são consequência de nossa salvação, e não a causa dela. As boas obras não são secundárias no plano de Deus; pelo contrário, elas são parte essencial de Seu plano redentor para cada cristão. Às boas obras são demonstradas na gratidão, caráter e ações dos cristãos.
Efésios 2:11-22
Esta seção da carta de Paulo trata de três estados dos cristãos:
- Sua condição comunitária anterior, distante de Cristo (v. 11-13);
- Sua reconciliação comunitária em Cristo (v. 14-18); e
- Sua nova condição de membros da nova humanidade de Deus (v. 19-22).
O tema desta seção é a reconciliação, que envolve tirar a humanidade caída da alienação e trazê-la para um estado de paz e harmonia com Deus.
Jesus, o Reconciliador, curou a separação, e a ruptura criadas pelo pecado e restaurou a comunhão dos homens com Deus.
A reconciliação não é um processo pelo qual as pessoas gradualmente se tornam mais aceitáveis a Deus, e sim um ato decisivo (como um veredicto” legal) pelo qual os cristãos são salvos do afastamento de Deus e levados à comunhão com Ele.
(Efésios 2:11-12) Estávamos sem Cristo
v. 11 Portanto, lembrai-vos de que vós, no passado, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita por mãos;
v. 12 que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.
Além de moralmente separados de Deus (v. 1-3), os gentios também estavam separados de Seu povo do pacto. É o que fica claro na expressão gentios na carne. Eles não tinham nenhum conhecimento de Cristo.
Não possuíam quaisquer direitos na família de Deus e não receberam os pactos do Senhor. Estavam sem esperança e, mais do que isso: sem Deus. Paulo não estava repreendendo os gentios por sua condição; ele simplesmente registrou a triste verdade desta situação.
(Efésios 2:13) A transição pelo sangue
v. 13 Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, chegastes perto pelo sangue de Cristo.
Paulo usou a forte expressão de transição mas agora em Cristo Jesus para indicar o novo relacionamento dos gentios em Cristo.
Os cristãos gentios não estão mais em seu estado alienado. Eles conhecem Cristo, têm parte nas bênçãos do pacto de Deus e possuem esperança e comunhão com Ele.
Esta incrível virada aconteceu “em Cristo Jesus”. Os que confiam nele têm salvação presente e esperança futura.
(Efésios 2:14-15) De dois, faz um
v. 14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, derrubou a parede do meio da separação entre nós,
v. 15 abolindo na sua carne a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças para fazer em si mesmo de dois um novo homem, fazendo assim a paz;
O qual de ambos fez um enfatiza a centralidade de Jesus Cristo na união de judeus e gentios, mas sobretudo na união de ambos com Deus. Cristo é nossa paz e nosso Apaziguador.
Sua morte reconciliadora na cruz fez de ambos (judeus e gentios) um. Os gentios não se tornaram judeus.
Pelo contrário, os dois grupos se tornaram um em nível mais profundo do que simples etnia, formando a igreja de Cristo. A nova humanidade é maior do que a anterior.
Deus destruiu a parede do meio da separação, e removeu para sempre o ódio. Ao dizer “muro”, Paulo provavelmente tinha em mente a área do templo de Jerusalém que separava o pátio dos gentios do templo.
O templo foi construído sobre uma plataforma elevada. Em volta dele ficava o pátio dos sacerdotes. A leste ficava o pátio de Israel. Mais a leste ficava o pátio das mulheres.
Estes três pátios ficavam na mesma elevação do templo. Uma plataforma murada ficava a cinco passos de distância dali. Catorze passos depois vinha outro muro, e então o pátio externo dos gentios.
Neste muro havia uma inscrição alertando os gentios de que eles seriam mortos caso ultrapassassem o muro ao redor: 1 do templo.
Em Cristo, este muro divisor foi quebrado, banindo assim os mandamentos específicos que separavam judeus de gentios, pois os gentios não observavam a lei judaica. O fardo dos mandamentos foi removido na cruz, no corpo crucificado de nosso Senhor.
(Efésios 2:16) O poder da cruz
v. 16 e reconciliar ambos com Deus em um corpo pela cruz, matando com ela a inimizade.
Reconciliar ambos com Deus é uma expressão que amplia o conceito de “paz” e envolve a ideia de restaurar a unidade. O objetivo não era simplesmente reconciliar grupos, e sim reconciliá-los com Deus.
Este um corpo é a igreja, a nova humanidade, o lugar da paz. Na cruz, tudo que causava desunião foi destruído.
(Efésios 2:18) Acesso ao Pai
v. 18 Porque, por ambos temos acesso em um mesmo Espírito ao Pai.
O acesso ao Pai está disponível para todos que vêm a Jesus. A figura é de um oficial da corte que conduz visitantes à presença do rei. Por meio da obra reconciliadora de Cristo, fomos introduzidos na presença de Deus.
(Efésios 2:19) Concidadãos
v. 19 Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos com os santos e da família de Deus;
Estrangeiros significa visitantes de curto período, não residentes sem direito algum. Forasteiros é um termo parecido, indica estrangeiros residentes que se estabeleceram permanentemente no país de sua escolha, mas que apesar disso tinham apenas direitos limitados.
Estes termos descrevem a condição dos gentios diante de Cristo. Concidadãos… e da família são termos que retratam sua nova condição.
Agora eles desfrutam de todos os privilégios da família de Deus (aqui “família” mostra sua união e inclusão).
Os cristãos são adotados na família de Deus e unidos aos santos de todos os tempos – passado, presente e futuro.
(Efésios 2:20) Pedra de esquina
v. 20 e sois edificados sobre a fundação dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;
A nova família de Deus é uma nova nação e também um novo edifício, com um fundamento diferente. Este fundamento são os apóstolos e profetas em seu relacionamento especial com Cristo, exemplificado pelos ensinos cheios de autoridade que eles transmitiram à igreja.
Paulo proclamou Cristo Jesus como pedra da esquina da fundação. “Pedra da esquina” é a pedra fundamental que mantém unida toda a estrutura.
Nas estruturas antigas, as pedras da esquina era colocada em ângulo reto unindo duas paredes, e o nome do rei era inscrito nela para indicar o responsável pela construção do edifício.
(Efésios 2:22) Edificados para sermos habitação
v. 22 no qual também vós juntamente sois edificados para habitação de Deus através do Espírito.
A palavra “cresce” no v. 21 indica um edifício em construção e fundamenta a expressão também vós juntamente sois edificados.Ela transmite a ideia de uma igreja dinâmica em processo de expansão.
O tema principal da união com Cristo reaparece no final deste capítulo. Paulo declarou que a morada de Deus não é o templo de Jerusalém, e sim a igreja. Isto é feito por obra do Espírito Santo, que habita na nova comunidade cristã.
Conclusão
Que capítulo! Paulo nos brinda com mais um trecho da carta aos Efésios falando da poderosa e imerecida graça de Deus, que viu em seu único filho, Jesus, a oportunidade de eliminar para sempre a morte e a condenação do primeiro Adão.
Cristo é o sacrifício perfeito, o cordeiro sem mácula, o bom perfume, e sua obra redentora o transformaria de único filho para o primogênito de muitos outros, os quais, por crerem, são adotados como filhos e coerdeiros da herança que Deus reservou, a vida eterna e em paz.
Que possamos viver por esse Cristo que escolheu morrer por nós, para que tivéssemos a sua vida, mas sem agirmos por nós mesmos, mas pela sua boa, agradável e perfeita vontade.

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