1 Samuel 14 Estudo: A Personalidade de Saul

Neste capítulo de 1 Samuel 14 é relatado que Jônatas, filho de Saul, chama seu escudeiro para irem contra a guarnição dos filisteus, sem que seu pai soubesse.

Havia um desfiladeiro, de modo que Jônatas disse a seu escudeiro que, ao se apresentarem aos filisteus, caso eles viessem até eles, ficariam parados onde estivessem, porém, caso os filisteus os chamassem até eles, seria sinal de que o Senhor os havia entregado em suas mãos.

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Os filisteus os chamam e Jônatas e seu escudeiro destruiu aquela guarnição. Por conta disso, sobreveio um temor, um alvoroço entre os filisteus, de modo que a multidão se dissolvia.

Saul constata que Jônatas não estava entre eles. Após, as escrituras relatam que, em meio aquele alvoroço, naquele dia, o Senhor livrou Israel dos filisteus.

É relatado, ainda, que, em seguida, Saul conjurou o povo, aduzindo que, quem comesse algo, antes de anoitecer, seria maldito, a fim de que fosse vingado dos seus inimigos.

Então, o povo se absteve de comer. Jônatas, no entanto, chegando a um bosque com o povo e, sem saber das palavras de seu pai, encontra mel e o ingere.



O povo alerta Jônatas do que Saul havia dito, porém, ele aduz que seu pai agiu erroneamente, visto que o povo estava exausto da batalha e faminto. Os israelitas, então, tomaram dos animais do despojo, os mataram e, ainda com sangue, os comeram.

Quando Saul é informado disso, ao anoitecer, ele permitiu que o povo se alimentasse e, ainda, edificou um altar ao Senhor. Após, é relatado que Saul consulta a Deus para saber se deveriam sair contra os filisteus, no entanto, o Senhor não o responde.

Ele, então, pede a Deus que mostrasse quem havia pecado contra Ele, de modo que Jônatas fora indicado por sorte. Saul então aduz que Jônatas morreria, certamente.

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No entanto, a bíblia narra que o povo se levanta a favor de Jônatas, aduzindo que ele havia os salvado, de modo que não consentiam com sua morte e, assim, o salvaram.

Por fim, é relatado que Saul era vitorioso em todas as batalhas que pelejava e libertava Israel de todos os que o saqueavam.

1 Samuel 14 estudo: Contexto histórico

No segundo ano de seu reinado, Saul é desafiado a lutar contra os filisteus. As escrituras relatam que eles saíram em grande número contra os israelitas. Israel temeu e começou a se esconder.


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Saul esperou Samuel por sete dias, para que oferecesse holocausto e recebesse a benevolência do Senhor, porém, ao perceber que o profeta não chegava e vendo que os israelitas começaram a se espalhar, se precipitou e ofereceu o holocausto, agindo de forma desobediente.

Samuel chega logo em seguida e reprova a atitude de Saul, aduzindo que, por conta daquilo, seu reinado não subsistiria.

Saul havia perdido a chance de se confirmar como rei de Israel. Por fim, é relatado que nenhum israelita possuía armamento para lutar, apenas Saul e Jônatas.

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(1 Samuel 14:1) A proposta de Jônatas

v. 1 Ora, sucedeu que, num dia, Jônatas, o filho de Saul, disse ao jovem que carregava a sua armadura: Vem e atravessemos até a guarnição dos filisteus que está no outro lado. Porém, ele não contou ao seu pai. 

Este capítulo começa a revelar um consistente contraste entre Saul e Jônatas, seu filho. Até este ponto, Saul tinha em grande medida recuado dos filisteus, mas Jônatas decidiu desafiá-los.

(1 Samuel 14:2) A romãzeira

v. 2 E Saul esperou na parte extrema de Gibeá, debaixo de uma romãzeira que está em Migrom; e o povo que estava com ele era cerca de seiscentos homens; 


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 A localização exata da romãzeira que está em Migrom é desconhecida. Talvez o palácio de Saul ainda não estivesse estabelecido.

Admitindo que Saul posicionou os seus soldados no lado norte de Gibeá, ele estava a uma distância aproximadamente de uma hora de marcha dos filisteus em Geba.

(1 Samuel 14:3) Aías

v. 3 e Aías, o filho de Aitube, o irmão de Icabô, o filho de Fineias, o filho de Eli, o sacerdote do SENHOR em Siló, que vestia um éfode. E o povo não sabia que Jônatas havia partido.

 Aias, um descendente de Eli, estava presente, usando o seu éfode (Êx 28:4). Deste modo, o conselho de Deus estava disponível se Saul desejasse consultá-lo.

(1 Samuel 14:4) Bozes e Sené

v. 4 E entre as passagens, pelas quais Jônatas procurava atravessar em direção à guarnição dos filisteus, havia uma rocha pontiaguda em um lado, e uma rocha pontiaguda no outro lado; e o nome de uma era Bozez, e o nome da outra era Sené.

Este versículo identifica uma parte do Wadi Suweinit ao sul de Micmás. Os significados de Bozez e Sené são incertos.

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(1 Samuel 14:6) A fé de Jônatas

v. 6 E Jônatas disse ao jovem que carregava sua armadura: Vem e atravessemos até a guarnição destes incircuncisos; pode ser que o SENHOR opere por nós; pois não  impedimento para o SENHOR salvar por meio de muitos ou por meio de poucos.

Com estas palavras: não há impedimento para o Senhor salvar, Jônatas demonstrou mais fé que seu pai, o qual permaneceu em Gibeá com cerca de 600 homens (v. 2).

(1 Samuel 14:8-10) Jônatas pede um sinal

v. 8 Então Jônatas disse: Eis que atravessaremos até estes homens, e nos revelaremos a eles. 

v. 9 Se eles nos disserem: Esperai até que venhamos a vós, então ficaremos em nosso lugar, e não subiremos a eles. 

v. 10 Porém, se eles nos disserem: Subi até nós; então subiremos; pois o SENHOR no-los entregou na nossa mão; e isto será um sinal para nós. 

 Jônatas propôs que eles atravessassem à vista dos filisteus e pedissem um sinal da parte do SENHOR. O convite para subir até a posição dos filisteus pode ter indicado que eles não tinham coragem de abandonar o terreno alto para lutar contra apenas dois israelitas.

(1 Samuel 14:11) Jônatas se revela aos filisteus

v. 11 E ambos se revelaram para a guarnição dos filisteus; e os filisteus disseram: Eis que os hebreus saem das covas onde haviam se escondido. 

 A frase os hebreus saem das covas onde haviam se escondido é provavelmente uma declaração sarcástica para zombar da posição debilitada dos israelitas.

(1 Samuel 14:12) O sinal

v. 12 E os homens da guarnição responderam a Jônatas e ao seu escudeiro, e disseram: Subi até nós, e mostraremos a vós uma coisa. E Jônatas disse ao seu escudeiro: Sobe atrás de mim; pois o SENHOR os entregou na mão de Israel.

Mostraremos a vós uma coisa é literalmente “nós revelaremos algo para vocês”. Outras versões captam o sentido da provocação dos filisteus.

Jônatas, entretanto que tinha confiado até mesmo as palavras dos filisteus às mãos de Deus, teve o sinal confirmativo que precisava para reivindicar esta vitória para si.

(1 Samuel 14:13) A vitória de Jônatas

v. 13 E Jônatas subiu sobre as suas mãos e sobre os seus pés, e atrás dele o seu escudeiro; e eles caíram diante de Jônatas; e o seu escudeiro os matava atrás dele. 

Os dois israelitas ficavam vulneráveis ao ataque dos filisteus enquanto subiam até a posição dos inimigos. Provavelmente os filisteus pouco temiam por excesso de confiança.

(1 Samuel 14:14) O sucesso de Jônatas

v. 14 E aquele primeiro massacre que Jônatas e o seu escudeiro promoveram, foi de cerca de vinte homens, dentro de aproximadamente meio acre de terra, que uma junta de bois poderia arar. 

O sucesso de Jônatas no primeiro massacre indicava a mão de Deus.

(1 Samuel 14:15) O pânico de Deus

v. 15 E houve um tremor no exército, no campo, e no meio do povo todo; a guarnição e os espoliadores, eles também tremiam, e a terra tremeu; assim, foi um tremor grandiosíssimo. 

Houve um tremor quando a notícia do ataque foi levada pelos sobreviventes. Um pânico de Deus (tremor grandiosíssimo) veio sobre eles, indicando que os filisteus poderiam ter ficado com medo de terem entrado muito para o interior e incorrido na ira do Deus dos israelitas, tal como no passado quando capturaram a arca (1Sm 5:6-12).

(1 Samuel 14:17) A contagem de Saul

v. 17 Então disse Saul ao povo que estava com ele: Contai agora, e vede quem deserdou de nós. E quando eles acabaram a contagem, eis que Jônatas e o seu escudeiro não estavam lá. 

 Fazer um levantamento dos que estavam presentes mediante a contagem dos soldados daria a Saul condições de saber se soldados israelitas teriam provocado a retirada dos filisteus

(1 Samuel 14:18) Saul pede a arca

v. 18 E Saul disse a Aías: Traz aqui a arca de Deus. Pois a arca de Deus estava, naqueles dias, com os filhos de Israel.

 Saul aparentemente tencionou perguntar ao Senhor acerca do que estava acontecendo no acampamento dos filisteus ao conversar com os sacerdotes que conduziam a arca de Deus.

(1 Samuel 14:19) O imediatismo de Saul

v. 19 E sucedeu que, enquanto Saul falava com o sacerdote, o barulho que havia no exército dos filisteus prosseguiu e aumentou; e Saul disse ao sacerdote: Retira a tua mão. 

Retira a tua mão. Saul decidiu que podia perder a oportunidade de expulsar os filisteus se ele demorasse, e disse ao sacerdote que interrompesse a consulta ao Senhor.

Talvez o Senhor já tivesse revelado Sua vontade para Saul por meio do barulho que havia no exército dos filisteus.

Outra possibilidade é que o texto estaria revelando mais um exemplo da recusa de Saul em seguir a orientação do Senhor.

(1 Samuel 14:21) O retorno de alguns israelitas

v. 21 Ademais, os hebreus que estavam com os filisteus antes daquele momento, os quais subiram com eles ao acampamento desde os campos ao redor, eles retornaram para estar com os israelitas que estavam com Saul e Jônatas. 

A invasão dos filisteus em Israel tinha feito com que muitos israelitas passassem para o lado dos filisteus, mas agora os desertores voltaram para o lado de Israel ao perceberem o pânico dos filisteus.

Essa atitude deles fez com que os filisteus agora se encontrassem no campo de batalha com israelitas cuja obediência era incerta para eles.

Eles não cometeriam esse erro de juntar forças com algum israelita novamente (1Sm 29:2-11).

(1 Samuel 14:22) O monte Efraim

v. 22 De modo semelhante, todos os homens de Israel, os quais haviam se escondido no monte Efraim quando ouviram que os filisteus fugiram, até eles também os perseguiram com afinco na batalha. 

 O monte Efraim ficava imediatamente ao norte do planalto central de Benjamim onde a batalha estava ocorrendo.

(1 Samuel 14:23) Deus livra seu povo

v. 23 Assim, o SENHOR salvou Israel naquele dia; e a batalha atravessou até Bete-Áven. 

 Após dar muitos detalhes sobre os participantes humanos na batalha, o texto dá a Deus, e não a Saul, o crédito pela incrível vitória.

Na Batalha atravessou até Bete-Aven [Betel] enquanto tentavam voltar para o oeste pelo planalto do vale de Aijalom (v. 31), que levava às suas cidades costeiras.

(1 Samuel 14:24) Saul conjura o povo

v. 24 E os homens de Israel ficaram angustiados naquele dia; pois Saul havia conjurado o povo, dizendo: Maldito seja o homem que comer qualquer alimento até a tarde, para que eu possa ser vingado dos meus inimigos. Assim, ninguém do povo provou qualquer alimento. 

Muitos têm questionado a sabedoria de Saul ao impor aos soldados um juramento. Para alguém ir à batalha não é necessário abster-se de comida; talvez Saul pensas  se que esse tipo de voto asseguraria o favor do Senhor.

No entanto, com consequência, os homens de Israel ficaram angustiados pois nada tinham comido para se susterem enquanto gastavam muita energia.

(1 Samuel 14:26) O mel

v. 26 E quando o povo chegou ao bosque, eis que o mel pingava; mas nenhum homem levou sua mão à boca; pois o povo temia o juramento. 

O mel pingava provavelmente procedia de ninhos quebrados de abelhas silvestres.

(1 Samuel 14:27) Jônatas ingere o mel

v. 27 Jônatas, porém, não ouviu quando o seu pai impôs sobre o povo o juramento; por isso estendeu a ponta da vara que estava na sua mão, e a enfiou em um favo de mel, e levou sua mão à boca; e os seus olhos foram aclarados.

 Saul tinha feito os soldados prestarem juramento requerendo deles o “Amém!” à sua declaração (v. 24; cp. Dt 27:15).

Todavia, Jônatas… não sabia do juramento e então levou sua mão à boca e suas forças se renovaram [lit. seus olhos foram aclarados).

(1 Samuel 14:29) A sugestão de Jônatas

v. 29 Então disse Jônatas: O meu pai perturbou a terra; vê, rogo-te, como os meus olhos foram alumiados porque provei um pouco deste mel.

 A palavra hebraica por trás de “perturbou” (Heb. akor) foi usada para Aca, o homem guardou para si alguns dos despojos de Jericó e trouxe desgraça para Israel no tempo de Josué (Js 7:25-26).

Jônatas sugeriu que seu pai, o rei, tinha igualmente prejudicado o interesse de Israel. Sobre meus olhos aclarados, ver nota no versículo 27.

(1 Samuel 14:31) Micmás e Aijalom

v. 31 E eles feriram os filisteus naquele dia desde Micmás até Aijalom; e o povo estava muito debilitado.

 De Micmás até Aijalom a distância percorrida foi de aproximadamente 24 quilômetros, estendendo-se de um lado a outro do planalto central de Benjamim.

Naquele dia pode sugerir que, encerrado o dia, o povo estava livre do temerário voto de Saul (v. 24).

(1 Samuel 14:32) O despojo

v. 32 E o povo voou sobre o despojo, e tomou as ovelhas, e bois, e novilhos, e os mataram no chão; e o povo os comeu com o sangue. 

Ovelhas, bois e novilhos eram animais limpos segundo a lei mosaica (Lv 11:3-8), mas a lei também proíbe que se comesse a carne com o sangue (Lv 17:10-14).

(1 Samuel 14:33-34) Saul age corretamente

v. 33 Então, eles disseram a Saul: Eis que o povo peca contra o SENHOR, ao comer com o sangue. E ele disse: Vós tendes transgredido; rolai uma grande pedra até mim neste dia. 

v. 34 E Saul disse: Dispersai-vos no meio do povo, e dizei a eles: Trazei-me aqui cada homem o seu boi, e cada homem a sua ovelha, e matai-os aqui, e comei; e não pequeis contra o SENHOR ao comer com o sangue. E todo o povo trouxe, cada homem, o seu boi consigo naquela noite, e ali os mataram. 

Para crédito de Saul, ele agiu para evitar que o povo pecasse contra o Senhor comendo carne com sangue.

(1 Samuel 14:35) O altar erigido por Saul

v. 35 E Saul edificou um altar para o SENHOR; este foi o primeiro altar que ele edificou ao SENHOR. 

A lei de Moisés normalmente condenava esse tipo de altar (Dt 12:13-14), apesar de que Samuel também tinha construído um (1Sm 7:17) Talvez o altar de Saul fosse apenas para comemorar a vitória do Senhor.

(1 Samuel 14:36) A sugestão de consultar a Deus

v. 36 E Saul disse: Desçamos atrás dos filisteus à noite, e os espoliemos até a luz matinal, e não deixemos deles um só homem. E eles disseram: Faze tudo o que te parecer bem. Então, disse o sacerdote: Acheguemo-nos para cá, para mais perto de Deus. 

A altitude descia uns 600 metros desde o planalto central de Benjamim até as cidades costeiras da Filístia. Saul sugeriu que o povo continuasse perseguindo os seus inimigos durante a noite toda e os destruísse completamente, uma ideia que seu exército apoiou.

No entanto, o sacerdote de Saul sugeriu que eles consultassem a Deus antes de prosseguir.

(1 Samuel 14:37) O silêncio divino

v. 37 E Saul pediu conselho a Deus: Devo descer atrás dos filisteus? Irás tu entregá-los na mão de Israel? Mas ele não lhe respondeu naquele dia. 

O fato de Deus não responder sugere que três respostas eram possíveis quando alguém perguntava ao Senhor – sim, não ou silêncio (1Sm 28:6).

(1 Samuel 14:38) O pecado no acampamento

v. 38 E Saul disse: Achegai-vos aqui perto, todos os chefes do povo; e saibais e vede no que foi este pecado neste dia.

Saul estava convencido de que havia pecado no acampamento e que isso estava impedindo a resposta divina.

(1 Samuel 14:39) O voto de Saul

v. 39 Pois, como vive o SENHOR, que salva Israel, mesmo que esteja em Jônatas, meu filho, ele certamente morrerá. Porém não houve um homem sequer do meio de todo o povo que lhe respondesse. 

Saul jurou que o culpado devia morrer. Ninguém dos seus guerreiros disse uma só palavra, embora muitos soubessem quem tinha violado a maldição de Saul.

(1 Samuel 14:40) A culpa pelo silêncio

v. 40 Então, ele disse a todo o Israel: Estejais vós em um lado, e eu e Jônatas, meu filho, estaremos no outro lado. E o povo disse a Saul: Faz o que parecer bem aos teus olhos.

O primeiro passo de Saul foi determinar se a culpa pelo silêncio de Deus estava em sua família ou em alguém de seu exército.

(1 Samuel 14:41) A sorte recai em Jônatas e Saul

v. 41 Por isso Saul disse ao SENHOR Deus de Israel: Dê a sorte perfeita. E Saul e Jônatas foram apanhados; mas o povo escapou. 

A sorte caiu em Jônatas e Saul revela que agora Saul sabia que um deles era o responsável.

(1 Samuel 14:42) Jônatas é descoberto

v. 42 E Saul disse: Lançai sorte entre mim e Jônatas, o meu filho. E Jônatas foi apanhado. 

Jônatas foi apanhado, e assim Saul sabia que seu filho Jônatas era o motivo do silêncio de Deus.

(1 Samuel 14:43) Jônatas expõe seu erro

v. 43 Então Saul disse a Jônatas: Conta-me o que fizeste. E Jônatas lhe contou, e disse: Tudo o que fiz foi provar um pouco de mel com a ponta da vara que estava na minha mão, e eis que devo morrer. 

Jônatas não tinha prometido jejuar naquele dia, mas como confessou ter comido, ele voluntariamente se ofereceu para  ficar sob o juramento de seu pai e sofrer as consequências.

(1 Samuel 14:44) Saul age equivocadamente

v. 44 E Saul respondeu: Deus assim o faça e ainda mais; pois tu certamente morrerás, Jônatas. 

Com as palavras Deus assim o faça e ainda mais, Saul invocou uma maldição sobre si mesmo caso Jônatas não morresse.

(1 Samuel 14:45) A intervenção do povo

v. 45 E o povo disse a Saul: Morrerá Jônatas, o que trouxe esta grande salvação em Israel? Deus nos livre; como vive o SENHOR, nenhum cabelo da sua cabeça cairá ao chão; pois ele trabalhou com Deus neste dia. Assim, o povo resgatou Jônatas, para que não morresse. 

O povo insistiu que Jônatas não deveria morrer visto que, por seu intermédio, Deus havia trazido esta grande salvação em Israel.

Saul não tinha proferido o seu juramento inicial com autoridade divina, e Jônatas não o tinha violado de qualquer maneira uma vez que não ouviu.

O temerário juramento de Saul e sua maldição o puseram numa situação difícil – ou ele executava o próprio filho, ou voltava atrás em relação ao seu juramento (isto se compara a Jefté no caótico período dos juízes; Jz 11:29-40).

Ele acabou cedendo à vontade do povo e ignorou o seu juramento (cp. “o povo” em 1Sm 15:24, e “seus servos” em 1Sm 28:23).Todo este episódio (1Sm 14:23-46) destaca a impulsividade e a falta de discernimento de Saul.

O leitor pode ficar agradecido pelo fato do inocente Jônatas não ter morrido por causa do insensato voto de Saul, mas fica evidente que o rei de Israel era um homem de caráter.

(1 Samuel 14:46) Um período de sossego

v. 46 Então, Saul subiu da perseguição aos filisteus; e os filisteus foram para o seu próprio lugar. 

Este período de sossego entre Israel e os filisteus não duraria (v. 52).

(1 Samuel 14:47) Saul vence os inimigos do Senhor

v. 47 Assim, Saul assumiu o reinado de Israel, e lutou contra todos os seus inimigos de todos os lados: contra Moabe, e contra os filhos de Amom, e contra Edom, e contra os reis de Zobá, e contra os filisteus; e para onde quer que ele se voltava, ele os atormentava. 

 Os moabitas residiam a sudeste de Israel, a leste do mar Morto. Os amonitas ficavam a leste do rio Jordão, a leste e nordeste de Israel. Os edomitas se localizavam ao sul do mar Morto.

Zobá era uma cidade-Estado na Síria. O versículo sugere que, pelo menos por um tempo, Saul defendeu todas as fronteiras de Israel.

(1 Samuel 14:48) Os amalequitas

v. 48 E ele reuniu um exército, e feriu os amalequitas, e livrou Israel das mãos daqueles que os espoliavam. 

Os amalequitas eram um grupo nômade conhecido por seus bandos de saqueadores (1Sm 15:2-3).

(1 Samuel 14:49-50) Mical

v. 49 Ora, os filhos de Saul eram Jônatas, e Isvi, e Malquisua; e os nomes das suas duas filhas eram estes; o nome da primogênita, Merabe, e o nome da mais nova, Mical. 

v. 50 E o nome da esposa de Saul era Ainoã, a filha de Aimaás; e o nome do capitão do seu exército era Abner, o filho de Ner, o tio de Saul. 

Dois outros membros da família de Saul além de Jônatas seriam figuras proeminentes na história bíblica: Mical (1Sm 18:20-29).

(1 Samuel 14:52) A guerra constante contra os filisteus

v. 52 E houve guerra intensa contra os filisteus todos os dias de Saul; e quando Saul via qualquer homem forte, ou qualquer homem valente, ele o tomava para si.

A constante ameaça dos filisteus fez com que Saul mantivesse o exercito mais poderoso que podia reunir, exatamente como Samuel tinha avisado que um rei faria (1Sm 8:11).

Conclusão

Neste capítulo descobrimos um pouco mais da personalidade precipitada e imediatista de Saul. Quando, por conta da ação de Jônatas, gera-se um alvoroço no arraial, Saul desiste de esperar a Arca do Senhor para a batalha, transparecendo um maior interesse pela vitória que pelo conhecimento da vontade divina.

Após, ainda, vemos um voto insensato que impunha um jejum ao exército de Israel, que se encontrava faminto e exausto da batalha, o que os levou a pecar.

Após observar o silêncio divino, o que ensejava o descumprimento do seu voto, Saul age corretamente ao tentar corrigir a transgressão, contudo, se precipita, novamente, fazendo um segundo voto imprudente, declarando a pena de morte ao transgressor. Fica constatada a insensatez de Saul quando o próprio povo intervém para salvar Jônatas!

Logo, começamos a evidenciar a ineficiência da boa aparência de Saul, a qual contrastava com Sua fraca disposição em aplicar e compreender a vontade do Senhor.

As escrituras relatam que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Provérbios 9:10), a qual faltava a este rei.

1 Samuel 14 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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