Marcos 3 Estudo: Jesus Cura os Que O Seguem

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Neste capítulo de Marcos 3 estudo, conta quando Jesus entrou em uma sinagoga e ali, também no sábado ele cura um homem com a mão atrofiada e é válido ressaltar que a esta altura as multidões o seguem de forma rigorosa, ele exala esperança.

Além disso, ele aproveita um tempo a sós com seus discípulos e nomeia os seus apóstolos e enquanto isso seus milagres e maravilhas se tornam cada vez mais conhecidos.

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Marcos 3 estudo: Contexto histórico

De acordo com o contexto histórico, Marcos 3 é o terceiro capítulo do Evangelho de Marcos no Novo Testamento e conta sobre diversas obras e milagres de Jesus.

Além disso, ele continua seu relato da observância do sábado no capítulo anterior e após chamar os Doze, Jesus novamente discutiu com os escribas e até com sua própria família.f

(Marcos 3:1-2) A sinagoga de Cafarnaum

v. 1 E ele entrou novamente na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos seca.

v. 2 E eles o observavam se o curaria no dia do shabat, para poder acusá-lo.



 A sinagoga em que Jesus entrou novamente provavelmente era a de Cafarnaum. Uma das mãos secas, refere-se a uma mão paralisada.

Acusá-lo é um termo legal para trazer uma acusação contra alguém (cp. Mc 15:3-4). Tem-se quase certeza que eram os fariseus que o observavam (v. 6).

Se o curaria indica que eles não duvidam da capacidade de curar de Jesus. Apenas querem saber se Ele ousaria fazê-lo no shabat.

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Apenas tratamentos médicos de urgência, em risco de morte, e medidas médicas preventivas eram considerados legais no shabat. 

(Marcos 3:3-4) Jesus pede para que o homem que ele irá curar fique de pé

v. 3 E ele disse ao homem que tinha a mão seca: Fique de pé.

v. 4 E ele disse-lhes: É lícito no dia do shabat fazer bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar? Eles, porém, se calaram.


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Fique de pé (lit. “levante-se no meio”) indica que Jesus estava prestes a curar o homem (Mc 1:31). É lícito recorda a permuta anterior (Mc 2:24). 

(Marcos 3:5) Marcos demonstra indignação

v. 5 E olhando-os ao redor com ira, entristecido pela dureza de seus corações, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e sua mão foi completamente restaurada como a outra.

Apenas Marcos menciona Jesus com ira (Gr. orge). Isso pode significar justa indignação. Estar entristecido é uma forma mais intensa da mesma palavra.

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A razão para a emoção de Jesus era a dureza de seus corações, expressão que descreve rejeição intencional da verdade de Deus. Marcos utiliza esta expressão duas vezes para os discípulos (Mc 6:52).

(Marcos 3:6) Marcos menciona os herodianos

v. 6 E os fariseus, saindo dali, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, como eles poderiam destruí-lo.

Só Marcos menciona herodianos aqui (cp. Mt 12:14Lc 6:11). Eles também são mencionados em Mc 12:13 e Mt 22:16, e possivelmente há uma alusão em Mc 8:15.


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Os herodianos eram judeus partidários de Herodes, o Grande, e sua família; aqui, no caso, Herodes Antipas, da Galileia.

Os herodianos eram aliados dos fariseus no novo testamento, o que é irônico, porque os herodianos apoiavam o helenismo (influência grega) e os fariseus se opunham a ele.

A união destes grupos indica que a oposição a Jesus envolveu a improvável unificação de facções políticas e religiosas distintas.

(Marcos 3:7-10) Galileia e Judeia

v. 7 Mas Jesus se retirou com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galileia, e da Judeia,
v. 8 e de Jerusalém, e da Idumeia, e do outro lado do Jordão, e os de Tiro e de Sidom; uma grande multidão que, ouvindo quão grandes coisas ele fazia, vinha até ele.

v. 9 E ele falou aos seus discípulos que deveria ter um barquinho o esperando, por causa da multidão, para que não o apertasse,
v. 10 porque ele tinha curado a muitos, de modo que todos os que padeciam de algum mal pressionavam sobre ele para lhe tocarem.

Galileia e Judeia, incluindo Jerusalém, eram territórios dos judeus. Idumeia era o território edomita do antigo testamento ao sul da Judeia, no Neguebe.

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Sua população mesclava judeus e gentios. As palavras do outro lado do Jordão se referem à área judia de Pereia, a leste do rio Jordão.

Tiro e Sidom estavam na antiga região fenícia ao norte da Galileia sendo majoritariamente gentílicas, mas incluíam certa presença judaica. A expressão grande multidão enfatiza a grande região pela qual a fama de Jesus se espalhara.

(Marcos 3:11-12) A identidade de Jesus

v. 11 E os espíritos imundos, quando o viam, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus.
v. 12 E ele os repreendia fortemente, para que não o dessem a conhecer.

Sobre tu és o Filho de Deus, compare Mc 1:1. Quanto a isso, em Marcos, somente o Pai e os espíritos imundos entendiam plenamente a identidade de Jesus. Para que não o dessem a conhecer lembra.

(Marcos 3:13-16) Jesus passa a noite orando

v. 13 E subiu a um monte, e chamou a si os que ele queria; e vieram a ele.
v. 14 E ele ordenou doze, para que estivessem com ele, e que ele pudesse enviar para pregar,

v. 15 e ter poder para curar enfermidades e expulsar os demônios:
v. 16 Simão, a quem pôs o sobrenome Pedro,

Aqui não se identifica qual o monte. Jesus passou a noite orando. Chamou a si os que ele queria parece indicar mais que os 12 discípulos apenas.

O número doze lembra as 12 tribos de Israel (cp. Mt 19:28Lc 22:30). Duas sentenças de finalidade identificam as funções dos apóstolos: para que estivessem com ele e aprendessem Sua mensagem, e então para pregar.

Mc 3:16-17 identificam os doze homens que Jesus designou apóstolos. O novo testamento contém outras três listas semelhantes (Mt 10:2-4At 1:13), as quais apresentam variações entre os nomes e na ordem.

Pedro é o primeiro em todas as listas. Somente Marcos diz que Jesus apelidou Tiago e João de filhos do trovão, talvez por causa de seu temperamento (Lc 9:54). Pedro, Tiago e João compunham o círculo mais íntimo de Jesus (Mc 5:37Mc 9:2Mc 14:33).

(Marcos 3:17-19) O coletor de impostos

v. 17 e Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, de sobrenome Boanerges, que significa: Filhos do trovão;

v. 18 e André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, e Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o cananita,
v. 19 e Judas Iscariotes, que também o traiu; e eles entraram em uma casa.

Sobre Andre, irmão de Pedro. Filipe (lit. “que gosta de cavalos”) não é mencionado novamente em Marcos. Bartolomeu deve ser Natanael (Jo 1:45-46), que não é mencionado nos outros Evangelhos.

Só aqui Mateus é mencionado em Marcos, mas é a mesma pessoa que Levi, o coletor de impostos (Mt 9:9).

Tomé aparece em Jo 11:16Jo 20:24. Tiago, filho de Alfeu, não é mencionado novamente. Ele é diferenciado de Tiago, filho de Zebedeu.

Tadeu não é mencionado novamente no novo testamento e não consta nas listas de Lucas (At 1:13). Possivelmente era o mesmo que “Judas, filho de Tiago”.

Simão, o cananita literalmente é “Simão, o cananita”, uma tradução aramaica de “zeloso”, e não uma indicação de que ele era cananeu.

O termo era usado para zelotes religiosos e políticos, mas aqui provavelmente se refere à piedade de Simão (cp. At 21:20At 22:3Gl 1:14) e o diferencia de Simão Pedro. Não se diz mais nada sobre ele no novo testamento.

Judas Iscariotes aparece sempre no fim das listas. “Judas” é a forma grega de “Judá”. “İscariotes” provavelmente indica que ele era de Queriote e, assim, o identificaria como o único da Judeia no grupo. A casa provavelmente indica Cafarnaum (Mc 2:1).

(Marcos 3:20-21) Os amigos de Jesus

v. 20 E a multidão vinha junto outra vez, de tal modo que eles nem podiam comer pão.
v. 21 E quando seus amigos ouviram isto, saíram para o prender; porque eles diziam: Ele está fora de si.

Os amigos de Jesus (lit. “os dele”) provavelmente incluíam sua família e vizinhos de Nazaré. Após esta seção estendida, eles são mencionados apenas em Mc 6:3.

Depois de apresentá-los em Mc 3:21, Marcos os retoma novamente nos v. 31-35. Prender, é o mesmo verbo usado em Mc 14:1.

Marcos deu a entender que a família de Jesus tentou fazer o que as autoridades judaicas procuravam. Nem Mateus nem Lucas mencionam que a família de Jesus pensava que Ele estava fora de si (cp. Salmo 69: 8).

(Marcos 3:22) A descrição dos escribas

v. 22 E os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam: Ele tem a Belzebu, e pelo príncipe dos demônios expulsa demônios.

 Entre a apresentação da família de Jesus (v. 21) e o comentário de suas ações (v. 31-35), Marcos colocou um incidente com os escribas (v. 22) e duas frases-parábolas (v 23-26, 27-30).

A descrição dos escribas – que tinham descido de Jerusalém – indica que eram uma delegação oficial (Mc 7:1). Diziam está no pretérito imperfeito, indicando ação contínua.

E aquilo que repetiam era: ele tem a Belzebu! (ver notas em Mt 12:24Lc 11:14-15) e pelo príncipe dos demônios é expulsa demônios (ver nota em Mt 9:34).

Os escribas e fariseus não negavam o poder de Jesus; em vez disso, atribuíram Seu poder a Satanás (Mt 10:25).

(Marcos 3:23-27) A parábola de Marcos

v. 23 E, chamando-os a si, disse-lhes por parábolas: Como pode Satanás expulsar Satanás?

v. 24 E, se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode subsistir.

v. 25 E, se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não pode subsistir.

v. 26 E, se Satanás se levantar contra si mesmo, e for dividido, não pode subsistir; antes, tem um fim.

v. 27 Nenhum homem pode entrar na casa de um homem forte e saquear os seus bens, exceto se primeiro amarrar o homem forte; e então lhe saqueará a casa.

Esta é a primeira menção de parábolas em Marcos, embora Jesus já as tivesse usado (Mc 2:17). Uma parábola é uma analogia ou comparação que incluía provérbios, alegorias ou narrativas.

Jesus usou parábolas para rejeitar o raciocínio dos escribas em Mc 3:22. Nenhum reino ou casa é fortalecido por divisões internas.

Os ataques ao reino de Satanás não vieram de dentro deste reino, mas do Reino de Deus. Na referência de Jesus ao ataque externo à casa do homem forte e a sua amarração, Satanás era o homem forte (v. 27- Is 49:24-26).

(Marcos 3:28-30) O pecado da Blasfémia

v. 28 Na verdade eu vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e as blasfêmias com que tiverem blasfemado;

v. 29 mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca terá perdão, mas está em perigo de condenação eterna;

v. 30 porque eles diziam: Ele tem um espírito imundo.

 Na verdade eu vos digo é a declaração da autoridade de Jesus para declarar a verdade. Esta é a primeira vez que ela aparece em Marcos (Mc 8:12).

Todos os pecados que as pessoas cometem, Inclusive blasfêmias (ver nota em Mc 2:6-7), podem ser perdoados exceto blasfemar contra o Espírito Santo.

A pessoa tive o fizer nunca terá perdão, sendo culpada a condenação eterna (um pecado com consequências eternas).

Blasfemar contra Espírito Santo é atribuir as obras de Jesus a Satanás, dizendo que Jesus recebia poder do mal.

(Marcos 3:31-35) O relato de Marcos

v. 31 Vindo, então, seus irmãos e sua mãe e, em pé do lado de fora, mandaram chamá-lo.

v. 32 E a multidão estava assentada ao seu redor, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram.

v. 33 E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe, ou meus irmãos?

v. 34 E ele olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos!

v. 35 Porque aquele que fizer a vontade de Deus, este é meu irmão, e minha irmã e mãe.

 Este trecho completa o relato iniciado nos v. 20-21. Marcos não fala o nome da mãe de Jesus, nem de Seus irmãos (cp. 6:3).

É possível que José já estivesse morto na época. As expressões em pé do lado de fora e mandaram chamá-lo indicam que não houve contato direto entre Jesus e Sua família, apenas troca de recados.

Quem mostra que ser parte da família mais importante de Jesus, Sua família espiritual, é possível a todas as pessoas.

Conclusão

Concluindo, portanto, podemos observar que havia demônios na multidão, cujas palavras e ações são dominadas por espíritos malignos.

Além disso, eles reconhecem Jesus como o verdadeiro Filho de Deus e são grandemente ameaçados por sua presença.

Entretanto, Jesus por sua vez não permitiu que confessassem em voz alta e ordenou que não dissessem quem ele era.

Marcos 3 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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