Êxodo 4 Estudo: Deus Mostra 3 Sinais à Moisés

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Neste capítulo de Êxodo 4 estudo, Moisés pergunta a Deus como as pessoas creriam nele. O Senhor lhe mostra três sinais que os fariam crer: um bordão, que ao ser lançado no chão se transformava numa serpente; a mão de Moisés que, ao ser levada ao peito, ficava leprosa e, o último, a transformação em sangue das águas do rio.

Moisés apresenta sua objeção em falar, por se denominar pesado de boca e de língua. Insistindo nisso, Deus se ira e manda que ele levasse Arão, seu irmão, o qual seria eloquente para falar ao povo e a Faraó.

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Ao voltar ao Egito, Deus intenta matar Moisés. Então, sua mulher corta o prepúcio do filho e, assim, o Senhor o deixou.

Por fim, o trecho da narrativa mostra que Moisés e Arão fizeram conforme Deus determinou e o povo creu.

Êxodo 4 estudo: Contexto histórico

No capítulo anterior, vemos que Deus fala com Moisés por meio de uma sarça em chamas que não se consumia. Deus mandou que ele tirasse as sandálias dos pés e se apresentou como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Após, lhe relata que estava vendo a aflição dos filhos de Israel e ouvindo seu clamor, razão pela qual os levaria para uma terra que manava leite e mel, sendo que moisés seria usado para falar com Faraó sobre essas coisas.



O Senhor revela que usaria Seu poder e o povo seria liberto. Deus ainda se denomina como o Eu Sou.

(Êxodo 4:1-2) Os sinais

v. 1 E respondeu Moisés e disse: Mas eis que eles não crerão em mim, nem ouvirão a minha voz, pois dirão: O SENHOR não te apareceu.
v. 2 E disse-lhe o SENHOR: O que  em tua mão? E ele disse: Um cajado.

Estes três sinais que o Senhor deu a Moisés pertencem a áreas da vulnerabilidade humana geral – ataque por outras criaturas, doença, e necessidade de água – sendo que todas estão sob o poder soberano do Senhor. Os sinais dão início a um padrão em Êxodo de ações que pretendem estimular a fé e a obediência.

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(Êxodo 4:3-4) O cajado se transforma em serpente

v. 3 E ele disse: Lança-o na terra. E ele o lançou na terra, e se tornou uma serpente. E Moisés fugiu dela.

v. 4 E o SENHOR disse a Moisés: Estende a tua mão; e toma-a pela cauda. E ele estendeu a sua mão, e a pegou, e ela se tornou um cajado em sua mão,

Moisés geralmente usaria a sua vara para defender de serpentes a si mesmo e a seu rebanho; agora a sua vara se transformava em uma serpente.


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É desnecessária a especulação de que a ordem para pegar a serpente pela cauda, em vez de algum outro método, exigiria mais fé da parte de Moisés, ou a de que o escritor de Êxodo não estaria familiarizado com serpentes.

Ao Moisés estender a mão, a cauda lhe estaria mais próxima e, de fato, as serpentes são muitas vezes apanhadas primeiro pela cauda.

(Êxodo 4:6-7) O sinal da mão leprosa

v. 6 E disse mais o SENHOR: Põe agora a tua mão no peito. E ele pôs a mão no seu peito, e quando a tirou, eis que a sua mão estava leprosa como neve.

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v. 7 E disse: Põe tua mão no peito de novo. E ele novamente pôs a mão no peito, e quando a tirou do peito, eis que se tornara como sua outra carne.

Tradicionalmente em muitas traduções, a doença de Moisés tem sido chamada de lepra, entretanto, o termo hebraico aqui usado abrange uma variedade de graves males, e até problemas encontrados em roupas e edifícios (Lv 13-14).

As descrições de Levítico não coincidem com os sintomas da lepra, uma condição que é também chamada de hanseníase e é causada por bactéria.

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Êxodo 4:10-12 – A objeção de Moisés

A objeção seguinte de Moisés, de que ele era lento de fala voltava ao problema de sua identidade pessoal e inadequação (Ex 2:14), como se Deus fosse dependente dele. A resposta de Deus voltou a atenção para quem Ele é e o que Ele faria.

(Êxodo 4:10) Moisés se queixa de suas limitações

v. v. 10 E disse Moisés ao SENHOR: Ó meu Senhor, eu não sou eloquente, nem até agora, nem desde que falaste ao teu servo. Mas eu sou lento de fala, e de uma língua lenta.

Moisés começou dizendo que “não sou eloquente” (lit. “não sou um homem de palavras”). Ironicamente, Moisés usou 21 palavras hebraicas dispostas em expressões um tanto complexas para dizer que ele não podia falar bem.

Ele usou uma figura de linguagem referindo-se a sua boca e língua como “Lenta” (lit.”sou pesado de boca e pesado de língua”).

A palavra para “pesado” também descreve ouvidos que não ouvem (Is 6:10) e olhos que não enxergam (Gn 48:10).

Pode-se pensar em uma ferramenta que é pesada demais para ser usada com facilidade e assim obstruir os esforços que ela deveria deixar mais fáceis.

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(Êxodo 4:11) Deus é quem capacita

v. 11 E o SENHOR lhe disse: Quem fez a boca do homem? Quem fez o mudo, o surdo, o que vê ou o cego? Não fiz eu o SENHOR?

O Senhor respondeu argumentando do maior para o menor, dando a entender que o Criador de todas as coisas pode lidar com o problema de uma delas.

Suas perguntas retóricas convidam Moisés a pensar e a reconhecer que ele estava cometendo um erro ao não enxergar a situação do ponto de vista de Deus.

(Êxodo 4:12) Deus promete estar com Moisés

v. 12 Portanto, vai, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que dirás.

A ordem e a declaração do Senhor correspondem a uma repetição de Sua promessa de estar com Moisés (Ex 3:12). Ele a aplica especificamente ao problema da fala, dizendo literalmente, “eu serei com a tua boca.

(Êxodo 4:14-16) Arão, o interlocutor

v. 14 E a ira do SENHOR se acendeu contra Moisés, e ele disse: Não é Arão, o levita, teu irmão? Sei que ele pode falar bem. E eis que ele está vindo para encontrar-se contigo, e vendo-te, se alegrará em seu coração.

v. 15 E tu falarás a ele; e colocarás palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca, e com a dele, e vos ensinarei o que deveis fazer.
v. 16 E ele será teu porta-voz ao povo. E assim ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus.

Eu serei com a tua boca repete mais uma vez a Sua promessa de estar com Moisés e a aplica igualmente a Arão. Para ajudá-los a falar bem, Deus prometeu (lit. “eu serei com a tua boca, e com a dele”).

A promessa de que Deus ensinaria a Moisés e a Arão o que dizer e fazer possui paralelos no novo testamento (Lc 12:11-12).

A relação operacional que o Senhor descreveu para Arão e Moisés era análoga à de um profeta com Deus.

Ele será teu porta-voz (lit. “ele será uma boca para você”), e Moisés seria como Deus para Arão ao lhe dizer o que falar ao povo. Moisés tinha se queixado de ter uma boca defeituosa; agora teria uma nova para usar.

(Êxodo 4:19) Morrem os perseguidores de Moisés

v. 19 E disse o SENHOR a Moisés em Midiã: Vai, volta ao Egito, pois estão mortos todos os homens que procuravam tirar-te a vida.

Este versículo resume a instrução de Deus a Moisés (Ex 3:10) e acrescenta algumas informações tranquilizadoras.

(Êxodo 4:20) Os filhos de Moisés

v. 20 E Moisés tomou sua esposa e seus filhos, e os colocou sobre um jumento, e voltou à terra do Egito. E Moisés tomou o cajado de Deus em sua mão.

Esta é a primeira menção dos dois filhos de Moisés. Gerson foi mencionado em 2:22. O nome do segundo era Eliézer (Ex 18:3).

(Êxodo 4:21-22) Israel, o filho mais velho

v. 21 E disse o SENHOR a Moisés: Quando tu voltares ao Egito, procure fazer diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão. Mas eu vou endurecer o seu coração, para que ele não deixe o povo ir.

v. 22 E tu dirás a Faraó: Assim diz o SENHOR: Israel é meu filho, o meu primogênito,

Este resumo introdutório equipara-se à declaração conclusiva semelhante em Ex 11:9-10 de que “Moisés e Arão fizeram todas essas maravilhas diante de Faraó.”

Portanto, os sinais concedidos a Moisés e o uso da vara se aplicariam tanto aos israelitas (Ex 4:1-9) quanto ao Faraó para autenticar a mensagem de Moisés, apesar de que todas as maravilhas incluiriam também as pragas que Moisés haveria de anunciar.

Deus informou aqui a Moisés não aquilo que ele deveria dizer inicialmente ao Faraó, mas o resultado final. Para libertar o primogênito de Yahweh, o primogênito do Faraó teria de morrer (Ex 11:4-8).

Quando o Senhor apresentou o assunto como uma declaração formal (assim diz o SENHOR), Ele moldou a mensagem como uma exigência de um rei para um subordinado.

Na linguagem de antigos tratados e cartas, quando um rei declarava que alguém era seu filho, o respeito pela posição e autoridade superior do “pai” era requerida. Yahweh estava reivindicando que Ele, e não o Faraó, possuísse autoridade sobre Israel.

Yahweh também estava exigindo que o Faraó mostrasse o devido respeito para com Ele tratando o Seu “filho” com respeito. Todos compreenderam que o fracasso em consentir acarretaria severas penalidades.

Tal exigência para se submeter ao Senhor iria totalmente contra o caráter da cultura e das crenças egípcias acerca do Faraó como uma divindade e o único rei – não inferior a ninguém.

Tornando as coisas piores, Israel estava sendo reivindicado como o “filho mais velho”, uma posição de privilégio dentro das famílias antigas, obtida por ordem de nascimento e por designação (Gn 25:21-36).

Faraó foi informado…

Em resumo, o Faraó foi informado que ele era um mero vassalo governando uma nação secundária, e que deveria obedecer a Yahweh.

Êxodo usa três palavras hebraicas diferentes para endurecer a fim de descrever o que o Senhor fez, e o próprio Faraó, ao seu coração.

A palavra aqui está especialmente associada à força. Dependendo do contexto, ela podia ter um significado positivo (coragem, firmeza, Sl 27:14) ou um significado negativo (obstinação, teima, Ez 2:4).

Quando o Senhor endureceu corações, isso era uma questão de execução de julgamento contra rebeldes confirmados, e não de pessoas que, de outra maneira, desejavam servir ao Senhor (Dt 2:30).

Isso significava que o Faraó não ouviria nem obedeceria, mas sim iria demonstrar que ele merecia o julgamento de Seus. O endurecimento do coração do Faraó era especialmente apropriado como um ataque às crenças egípcias.

Os egípcios valorizavam um “coração duro,” visto ser necessário após a morte, durante o julgamento, testificar em favor do indivíduo morto em vez de se admitir mau procedimento.

Esta terminologia era também usada para descrever o homem ideal na vida pública, o qual, em razão de seu “coração duro,” sempre apareceria firme e inabalável.

Todavia, quando em Êxodo o coração do Faraó se endureceu, ele não é impassível nem está no comando, e a verdade acerca de seu caráter torna-se conhecida.

(Êxodo 4:24-26) A circuncisão

v. 24 E aconteceu que a caminho, em uma estalagem, o SENHOR se encontrou com ele; e procurou matá-lo.

v. 25 Então Zípora tomou uma pedra afiada, e cortou o prepúcio de seu filho, e lançou aos pés dele, e disse: Certamente és esposo sanguinário para mim.
v. 26 Assim ele o deixou ir. Então ela disse: Um esposo sanguinário és, por causa da circuncisão.

Talvez a afirmação de que o Senhor procurou matá-lo expressasse a maneira como as circunstâncias se mostraram a Moisés e Zípora. Para Zípora, estava claro o que tinha de ser feito, e nada se diz acerca do que teria acontecido se ela deixasse de agir.

A circuncisão era realizada no Egito quando os meninos tinham 14 anos de idade. No entanto, a circuncisão ao oitavo dia tinha sido ordenada a Abraão como sinal do pacto de Deus (Gn 17:1-14).

A negligência de Moisés em circuncidar o próprio filho mostra que Moisés não vinha agindo como um membro da comunidade do pacto, uma ofensa séria.

Em contraste com o costume no Egito – onde a circuncisão de um menino estava associada à chegada à idade adulta – a realização da circuncisão ao oitavo dia de vida do menino envolveria naturalmente a sua mãe, que cuidaria dele bem de perto.

Desse modo, cada esposa israelita que fosse mãe de um filho seria assim lembrada do pacto de Deus com Israel. Nessas circunstâncias, em razão de Moisés ter negligenciado a circuncisão de pelo menos um de seus filhos, Zipora foi rapidamente envolvida.

Se Moisés devia falar em nome do Deus de Abraão, que estava agindo no sentido de cumprir Suas promessas pactuais, Moisés precisava observar o sinal desse pacto.

(Êxodo 4:28) A ocorrência dos sinais

v. 28 E disse Moisés a Arão todas as palavras do SENHOR, que o enviara, e todos os sinais que lhe ordenara.

Este resumo é paralelo ao de Ex 18:8.

(Êxodo 4:31) A adoração dos israelitas

v. 31 E o povo creu. E quando ouviram que o SENHOR havia visitado os filhos de Israel, e que ele havia visto a sua aflição, então curvaram a sua cabeça e adoraram.

Os israelitas responderam a Arão e Moisés com fé e adoração, e não com ceticismo como Moisés havia esperado (Ex 3:13). Este era um sinal da fidelidade de Deus para com o Seu servo escolhido.

Conclusão

Neste capítulo vemos Moisés recebendo instruções do Senhor quanto a como agir ante a incredulidade do povo. Então, Deus lhe concede poder, o assegurando que realizaria prodígios.

O povo, desde o início, recebeu evidências do poder de Deus, afinal, apenas com o sobrenatural haveriam chances de os israelitas serem libertos.

Após, ao seguir rumo ao Egito, com sua esposa e seu filho, o texto bíblico expõe que Deus tentava matar Moisés e, logo em seguida, relata que sua esposa circuncida o filho, oportunidade em que Deus o deixa.

Este episódio ocorre em decorrência de Moisés não haver atentado para um dos sinais da aliança, que era a circuncisão.

Qual teria sido a necessidade de uma ação tão severa do Senhor? As escrituras não relatam expressamente o motivo, no entanto, o que podemos inferir do diálogo é que havia certa resistência em se realizar o ato, por alguma das partes, a ponto de Deus intervir.

Ocorre que, o Senhor estava requerendo coerência! Estava ensinado a não relativização de Suas determinações e que não se agradava de não serem observadas em sua integralidade.

Ele estabeleceu como devemos servi-lo. Existe o jeito certo e o jeito errado, e o meio termo é o jeito errado!

Os sinais da aliança eram uma demonstração de adoração ao Deus de Israel. Se a adoração é para Ele, deve ser demonstrada conforme Sua vontade. Ele estabeleceu uma marca!

Êxodo 4 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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