Levítico 20 Estudo: Punições
Neste capítulo de Levítico 20 estudo, veremos o Senhor reforçando as determinações que havia dado no capítulo dezoito, no entanto, com ênfase, agora, nas punições quanto às respectivas transgressões, sendo que podemos mencionar, entre elas, morte, exclusão e esterilidade.
Levítico 20 estudo: Contexto histórico
No capítulo anterior, Deus reitera diversas determinações que já havia entregue aos filhos de Israel, além de dar novas instruções, como, por exemplo, a colheita de frutos, das árvores que viriam a plantar, após três anos, sendo que, no quarto, deveriam ser oferecidos ao Senhor e, no quinto, os israelitas poderiam colhê-los para consumo.
Levítico 20:1-27 – Penas
Neste capítulo, as leis são semelhantes às do capítulo 18, exceto pelo fato de que aqui as penas para a desobediência estão ligadas às leis proibindo a adoração a Moloque, práticas religiosas pagãs e pecados sexuais.
(Levítico 20:1-2) Quanto ao apedrejamento
v. 1 E o SENHOR falou a Moisés, dizendo:
v. 2 Novamente dirás aos filhos de Israel: Qualquer pessoa, dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, der qualquer parte de sua semente a Moloque, certamente morrerá; o povo da terra o apedrejará com pedras.
A morte por apedrejamento também era aplicada a blasfemos (Lv 24:16), feiticeiros (Lv 20:27), violadores do shabat (Nm 15:35-36), idólatras (Dt 13:6-10), filhos rebeldes (Dt 21:18-21), adúlteros (Ez 16:35-40),
uma noiva que não revelou que não era virgem (Dt 22:23-24), um homem e uma mulher comprometida em noivado que consentiam em se envolver em sexo (Dt 22:24) e pessoas que não destruíam coisas que Deus determinou que deveriam ser banidas (Js 7:1).
(Levítico 20:9) Quanto a amaldiçoar os pais
v. 9 Pois qualquer um que amaldiçoar seu pai ou sua mãe certamente morrerá: ele amaldiçoou seu pai ou sua mãe; o seu sangue será sobre ele.
O fato de ambos os pais serem mencionados valoriza a mulher em uma sociedade patriarcal. Maldizer os próprios pais acarretava a pena de morte (Ex 21:17).
(Levítico 20:17-19) Quanto às ofensas menores
v. 17 E se um homem tomar a sua irmã, filha de seu pai, ou filha de sua mãe, e vir a nudez dela, e ela vir a sua, isto é uma coisa perversa, eles serão cortados aos olhos do seu povo; ele descobriu a nudez de sua irmã; ele levará a sua iniquidade.
v. 18 E se um homem se deitar com uma mulher que tem a sua enfermidade, e descobrir a sua nudez, ele descobriu a sua fonte, e ela descobriu a fonte de seu sangue, e ambos serão cortados do meio do seu povo.
v. 19 E tu não descobrirás a nudez da irmã de tua mãe, nem da irmã de teu pai; porquanto descobriu a sua parenta, sobre si levarão a sua iniquidade.
O castigo para ofensas menores era os pecadores serem cortados aos olhos do seu povo. Em alguns casos, o próprio Deus executava esta sentença (v. 3), na qual excomungava os pecadores de seus parentes (Lv 7:20-21).
(Levítico 20:20-21) Esterilidade
v. 20 E se um homem se deitar com a esposa de seu tio, ele descobriu a nudez de seu tio; seu pecado sobre si levarão; sem filhos morrerão.
v. 21 E se um homem tomar a mulher de seu irmão, isto é uma coisa impura; ele descobriu a nudez do seu irmão, eles ficarão sem filhos.
Violações menores eram punidas com esterilidade de Ter filhos era retratado na Bíblia como uma recompensa divina (Sl 127:3).
Ser estéril era considerado vergonhoso (Gn 16:2). A esterilidade como castigo de pecados sexuais não era uma punição nova (Gn 20:17-18), mas nem todos os casos de esterilidade eram castigos por causa de pecados.
Sara, Raquel e Ana, no antigo testamento, e Isabel, no novo testamento, são exemplos de “mulheres estéreis, mas as Escrituras não dizem em parte” alguma que sua esterilidade era uma punição por algum pecado.
Conclusão
Neste capítulo, somos chamados a observar uma das maiores características decorrentes do chamado do Senhor, aos filhos de Israel, para serem povo separado e exclusivo: a santidade.
⚠️ Receba Estudos Exclusivos no Whatsapp:
O objetivo de Deus, os revelando as punições decorrentes de suas impurezas, não demonstra Sua vontade em puni-los, mas demonstra Sua vontade em adverti-los dos perigos da desobediência: morte, exclusão, esterilidade.
Em determinado momento, o Senhor instrui o povo a não se voltar aos feiticeiros e necromantes, vez que, em assim procedendo, estariam se prostituindo com eles.
Perceba que prostituição não expressa, necessariamente, uma infidelidade decorrente da adoração literal a outros deuses, como vemos em outros momento, nas escrituras (Juízes 8:33-34).
Essa impureza se caracteriza, de igual forma, quando se busca, em fontes diversas, orientação e revelação, o que configura um depósito de confiança fora do Eterno.
No decorrer do tempo, vemos uma busca constate do ser humano por respostas, na tentativa de descobrir o que o futuro reserva ou, ainda, as razões pelas quais os fatos ocorridos se deram, demonstrando, na verdade uma total falta de entendimento da Soberania de Deus.
Não causa estranheza sermos uma geração marcada por depressão (excesso de passado) e ansiedade (excesso de futuro).
Ocorre que, o Senhor, nos ensina Seu desejo de que apenas O obedeçamos. O caminho da obediência, que, exclusivamente, nos leva a Ele, gera descanso e confiança (Mateus 11:28-30).
Sabemos que, o Senhor, se denomina como noivo, o qual está preparando Sua noiva para as bodas.
Estamos, neste momento, como noiva de Cristo, nos adornados com os frutos de nossa pureza e obediência. Nossas inquietações apenas nos tirarão do principal foco: nos preparar para o noivo.
Quando João tem a revelação, registrada em Apocalipse, Ele aduz que via o casamento do Cordeiro e Sua noiva e, Suas vestes, eram de linho fino, que representavam os atos de justiça dos santos (Apocalipse 19:6-8).
Sobre o Autor
0 Comentários