Mateus 1 Estudo: A Descendência de Jesus

Em Mateus 1, começa com uma introdução à genealogia de Jesus Cristo, de Abraão ao rei Davi, e termina com o pai terreno de Jesus, José.

Diante disso, como todas as pessoas, o Senhor Jesus tem muitas pessoas em sua árvore genealógica que não são as melhores.

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Portanto, já se passaram quarenta e duas gerações desde Abraão, ou seja, tem muita história e muitos anacronismos.

Contexto histórico

De acordo com o contexto, os hebreus mantinham extensos registros de sangue familiar, que eram usados ​​para fins práticos e legais, como determinar a propriedade, herança, legalidade e direitos de uma pessoa.



Portanto, Lucas seguiu o método tradicional de traçar a linhagem através dos homens, mas Mateus incluiu cinco mulheres, três das quais eram estrangeiras. Acompanhe a seguir o estudo completo de Mateus 1.

(Mateus 1:1) A geração de Jesus

v. 1 O livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.

O título desta genealogia introduz vários temas importantes em Mateus. Jesus é identificado como o Cristo, o Messias, o Rei ungido por Deus para reger o povo eleito.

Isto é repetido ao se identificar Jesus como filho de Davi (Mt 2:2). Profecias do antigo testamento como 2Sm 7:16 e Is 9:2-7 tinham predito que o Messias (o “ungido”) seria um descendente do rei Davi.

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A linhagem davídica de Jesus mostra que Ele atende a esta qualificação. Embora a genealogia seja organizada em uma ordem cronológica, Mateus colocou “filho de Davi” antes de filho de Abraão para dar ênfase ao título real.

(Mateus 1:2-6) Abraão gera Isaque

v. 2 Abraão gerou a Isaque, e Isaque gerou a Jacó, e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos;
v. 3 e Judá gerou a Perez e Zerá, de Tamar, e Perez gerou a Esrom, e Esrom gerou a Arão;

v. 4 e Arão gerou a Aminadabe, e Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom;
v. 5 e Salmom gerou a Boaz, de Raabe, e Boaz gerou a Obede, de Rute, e Obede gerou a Jessé;

v. 6 e Jessé gerou ao rei Davi, e o rei Davi gerou a Salomão, da que havia sido a esposa de Urias;


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Mateus mencionou quatro mulheres em sua genealogia, todas gentias. Tamar era uma cananeia. Raabe procedia de Jericó e Rute de Moabe.

A esposa de Urias, Bate-Seba, era provavelmente uma hitita. A menção destas mulheres aponta para intenção de Deus de incluir tanto os gentios quanto as mulheres no plano redentor.

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Vários monarcas também são nomeados, mas somente Davi recebe explicitamente o título de rei. Isto destaca que o filho de Davi (Jesus) será igualmente uma figura real.

(Mateus 1:7-12) Salomão gera Roboão

v. 7 e Salomão gerou a Roboão, e Roboão gerou a Abias, e Abias gerou a Asa;

v. 8 e Asa gerou a Josafá, e Josafá gerou a Jorão, e Jorão gerou a Uzias;
v. 9 e Uzias gerou a Jotão, e Jotão gerou a Acaz, e Acaz gerou a Ezequias;

v. 10 e Ezequias gerou a Manassés, e Manassés gerou a Amom, e Amom gerou a Josias;
v. 11 e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos aproximadamente no tempo da deportação para a Babilônia.

A genealogia de Mateus concorda com as genealogias de 1Cr 1:3 e Lc 3:23-38, desde a geração de Abraão até Davi.


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Após este último, a genealogia de Mateus concorda com a de 1 Crônicas, com exceção de umas poucas lacunas intencionais, contudo, ela se afasta de maneira significativa da encontrada em Lucas.

Por causa disso, alguns intérpretes argumentam que uma delas ou ambas as genealogias do antigo testamento são incorretas.

Judeus da linhagem de Davi

Todavia, os judeus da linhagem de Davi preservavam cuidadosamente suas genealogias porque sabiam, a partir das profecias do antigo testamento, que um de seus descendentes seria o Messias. Os descendentes de Davi também tinham o privilégio de prover lenha para o altar de Jerusalém.

Naturalmente, eles guardavam registros cuidadosos para demonstrar sua linhagem davídica e preservar seus privilégios. Evidência em Josefo (Vida 1) e textos rabínicos sugerem que arquivos genealógicos era guardados em registros públicos.

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Os estudiosos sugerem várias maneiras pelas quais as linhagens de Mateus e Lucas podem ser harmonizadas. Primeiro, um pode estar preservando a genealogia de Jesus por Maria e o outro por José.

Segundo, o costuma do levirato fez com que uma criança tivesse diferentes pais biológicos enquanto a outra siga a legal.

Terceiro, uma tábua da linhagem pode delinear os descendentes legais de Davi que teria reinado, caso o reino davídico tivesse continuado, enquanto a outra registra os descendentes na linhagem específica de José. Uma combinação destas abordagens também é possível.

(Mateus 1:17) As catorze gerações

v. 17 Portanto, todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a Babilônia, são catorze gerações; e desde a deportação da Babilônia até Cristo, são catorze gerações.

O arranjo de Mateus da genealogia de Jesus em três blocos de catorze gerações é provavelmente um exemplo de gematria – um sistema que atribui valor numérico a letras do alfabeto (por exemplo. A = 1, B = 2, etc) a fim de comunicar uma mensagem sutil.

Em hebraico, o valor numérico das letras que compões o nome “Davi” é 14. Desta maneira, o arranjo artístico de Mateus provavelmente realça a linhagem davídica.

Se Mateus fez uso intencional de gematria, isto vem reforçar a opinião de que ele originalmente escreveu seu Evangelho em hebraico, pois este recurso literário funciona na versão hebraica da genealogia, mas não na grega.

(Mateus 1:18) O nascimento de Jesus

v. 18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo se deu do seguinte modo: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela foi encontrada grávida do Espírito Santo.

As palavras de Jesus Cristo estão em uma posição enfática no texto grego, sugerindo que as circunstâncias do nascimento de Jesus eram diferentes daquelas que envolviam outas pessoas mencionadas na genealogia.

Embora várias delas tivessem sido concebidas por milagre, todas tiveram um pai humano.

Só Jesus nasceu de uma virgem. Antes de se ajuntarem significa que José e Maria ainda não haviam tido contato íntimo.

José, provavelmente, supos que Maria lhe fora infiel. Grávida do Espírito Santo significa que a gravidez era um milagre realizado pelo Espírito.

Não quer dizer, de maneira alguma, que Deus assumiu forma material e a fecundou fisicamente.

Isto faz com que a concepção de Jesus seja dramaticamente diferente de mitos gregos que falam de crianças nascidas de deuses que se deitaram com mulheres.

Essa hipótese jamais é aventada pelo evangelista.

(Mateus 1:19) O bom coração de José

v. 19 Então José, seu marido, sendo um homem justo, não querendo fazer dela um exemplo público, estava disposto a deixá-la em secreto.

José não desejava humilhar Maria publicamente porque ele era um homem justo. Seus parentes bem provavelmente esperariam que ele expusesse o aparente pecado de sua mulher, porém a verdadeira justiça é caracterizada por compaixão e misericórdia, um tema importante para Mateus (Mt 5:6-7).

(Mateus 1:20) O anjo aparece para José

v. 20 Mas enquanto pensava nestas questões, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas em tomar para ti Maria, tua esposa, pois o que nela está concebido é do Espírito Santo.

Deus falou a José por meio de sonhos, tal como fizera a seu homônimo no antigo testamento (Gn 37:1-11).

O título filho de Davi trouxe à memória de José sua linhagem real e o preparou para o anúncio do nascimento do Messias.

Sobre o que nela está concebido é do Espírito Santo, ver nota no versículo 18.

(Mateus 1:21) O anjo explica a origem do nome de Jesus

v. 21 E ela dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; pois ele salvará o seu povo dos seus pecados.

Jesus é a forma grega do nome hebraico Josué, que significa “Yahweh salva”. O anjo explicou que o nome de Jesus revelava o objetivo do menino: Ele resgataria pecadores da punição que merecem.

Esta salvação seria experimentada por seu povo, identificado como aqueles que seguem Jesus.

(Mateus 1:22) O cumprimento da palavra de Deus

v. 22 Ora, tudo isso aconteceu para que pudesse se cumprir o que foi dito pelo Senhor através do profeta, dizendo:

Foi dito pelo Senhor através do profeta significa que Deus era o último autor das mensagens faladas e escritas pelos profetas.

A gramática que Mateus usa para introduzir a citação de Is 7:14 sugere que o anjo citou este versículo para José durante seu anúncio.

Alguns intérpretes argumentam que Mateus manuseou de forma imprópria Isaías 7:14, mas parece que o evangelista usou a referência como o anjo o fizera, o que significa que seu uso é apoiado pela autoridade angélica.

(Mateus 1:23) O filho virginal

v. 23 Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e eles chamarão seu nome Emanuel, que sendo interpretado é, Deus conosco.

O nome Emanuel (Deus conosco) designa a divindade de Jesus. O filho virginal de Maria seria o próprio Deus vivendo entre o povo.

O Emanuel de Is 7:14 deve ser igualmente identificado com a pessoa descrita em Is 9:2-7 e Is 11:1-9.

(Mateus 1:24-25) José obedece ao anjo

v. 24 Então José, sendo levantado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e tomou para ele a sua esposa.

v. 25 E não a conheceu até que ela gerou seu filho primogênito, e chamou o seu nome Jesus.

Estes versículos enfatizam a obediência absoluta de José às instruções do anjo, um tema predominante nestes capítulos iniciais. José é um modelo de obediência que deveria caracterizar os discípulos de Jesus (Mt 5:19-20).

Não a conheceu confirma novamente que Jesus era fruto de uma concepção virginal, por obra e graça do Espírito Santo.

5 importantes lições que podemos aprender em Mateus 1

  1. Cumprimento das Profecias Messiânicas: O capítulo começa com a genealogia de Jesus, destacando como Ele é descendente de Abraão e Davi, conforme profetizado. Isso nos ensina que Jesus é o cumprimento das promessas antigas de Deus.
  2. A Encarnação de Cristo: Mateus registra o nascimento de Jesus por meio da virgem Maria, cumprindo a profecia de Isaías. Isso nos ensina sobre a encarnação de Jesus, Sua natureza divina e humana, e Sua missão redentora.
  3. O Significado dos Nomes: O capítulo destaca o significado dos nomes de Jesus (Deus salva) e Emanuel (Deus conosco), enfatizando Sua identidade e propósito salvífico. Isso nos lembra do caráter único e redentor de Jesus.
  4. A Fidelidade de José e Maria: José e Maria são apresentados como fiéis servos de Deus, obedientes às Suas instruções apesar das dificuldades e do estigma social. Isso nos inspira a confiar na providência de Deus e a obedecer à Sua vontade, mesmo quando não entendemos completamente.
  5. A Promessa do Messias: O nascimento de Jesus inaugura a era do Messias, cumprindo as esperanças e expectativas do povo de Israel. Isso nos lembra da fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas e nos dá esperança em Sua promessa de salvação e redenção.

Conclusão

Portanto, devemos observar o quanto Maria e José confiaram nos planos de Deus e fizeram possível o nascimento de Jesus.

Diante disso, o aspecto mais interessante desta história é, obviamente, o nascimento de Jesus. É claro que o Espírito Santo já fez muito a esta altura, mas a virgem foi concebida por suas ações!

Que possamos saber ouvir a Deus em nossas vidas, e deixar com que os planos dele se concretizem, sem questionamentos, pois ele é Deus e sabe de todas as coisas.

Mateus 1 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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