Gênesis 39 Estudo: José, um Servo de Deus
Neste capítulo de Gênesis 39 estudo, veremos que, Potifar, compra José como escravo. A palavra relata que, o Senhor, era com José e tudo que fazia prosperava. Vendo Potifar que, José, era esmerado em seu procedimento, o coloca por mordomo em sua casa, confiando tudo que possuía aos seus cuidados.
A história relata que este era homem formoso. A mulher de Potifar insta José a deitar-se com ela, insistentemente, até que agarra-o. Neste momento, José foge, deixando suas vestes nas mãos dela.
Ela o denuncia caluniosamente a Potifar, o qual, irado, o encarcera. Contudo, Deus era com José, e este, encontrou mercê perante o carcereiro, passando a ficar responsável por todos os presos.
Gênesis 39 estudo: Contexto histórico
Anteriormente, no capítulo 38, de Gênesis, Judá se aparta de seus irmãos e constitui família, vindo a ter três filhos. Judá toma Tamar como sua nora. Ocorre que, sendo perverso, o primogênito de Judá, Deus o faz morrer.
Tamar passa a ser esposa do segundo filho, Onã, o qual, de igual forma, desagrada a Deus, vindo a morrer. Judá manda Tamar para seu pai e a esquece.
Tamar se passa por meretriz, enganando Judá e, engravida de gêmeos. Ao saber, Judá admite que errou e nunca mais a possui. Tamar gerou Perez e Zera.
Capítulo 1-2
1 E JOSÉ foi levado ao Egito, e comprou-o Potifar, eunuco de Faraó, capitão da guarda, varão Egípcio, da mão dos Ismaelita que o tinham levado lá. (Era uma raça Oriental que nesse tempo governava o Egito; por isso, Potifar é declarado três vezes como “Egípcio”.
Na história de José, perceberemos uma cadeia notável de eventos; todos com tendência para um ponto culminante, ou seja, a exaltação do varão que esteve na cova – novamente, um Tipo de Cristo.)
2 Mas o Senhor estava com José, e foi homem próspero; e estava na casa de seu senhor Egípcio. (Umas oito vezes neste Capítulo, de uma maneira ou de outra, é dito que o Senhor estava com José.
O número oito se refere à Ressurreição, então nos diz que o que aconteceu a José, não importa quão adverso parecesse no momento,daria lugar a uma ressurreição.)
AS BÊNÇÃOS
3 E viu o seu senhor que o SENHOR era com ele e que tudo o que ele fazia, o SENHOR o fazia prosperar em sua mão. (Potifar tinha mais bom senso que a maioria dos Cristãos modernos.
Ele viu que a Mão do Senhor estava sobre José e se aproveitou disso, assim como deveria fazê-lo. Infelizmente, muitas vezes a Igreja responde com inveja; em consequência, criam-se obstáculos enormes à Obra de Deus por tais ações e atitudes.)
4 Assim achou José Graça Seus Olhos,e o servia; e lhe fez mordomo sobre a sua casa, e entregou em seu poder tudo o que tinha. (Isto não significa que Potifar conhecia o Senhor; ele simplesmente concluiu que José estava sob o amparo Divino e, por isso, fez-lhe gerente dos negócios de toda a sua fazenda, a qual, sem dúvida, era considerável.)
5 E aconteceu que, desde quando lhe deu o encargo sobre a sua casa, e sobre tudo o que tinha, o SENHOR abençoou a casa do Egípcio por causa de José (somos abençoados por causa de Jesus);
e a Bênção do SENHOR foi sobre tudo o que tinha, tanto na casa como no campo. (Como correlacionamos tudo isto com o Senhor estar com José, sendo este um escravo? Embora, nem por um momento, a maldade de seus irmãos seja tolerada pelo Senhor, o Senhor estava em tudo isto.
Embora José sequer soubesse o que aconteceria no futuro, ele manteve a sua Fé no Senhor, andando por Fé, em lugar de andar por vista. Se ele tivesse agido de outro modo, o Senhor não o teria abençoado. Muitos Cristãos invalidam as bênçãos simplesmente porque se recusam humilhar-se diante do Senhor.
José poderia facilmente estar amargurado, e a amargura o vencer; porém,ele depositou tudo nas Mãos do Senhor, assim como nós devemos também fazer.)
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José
6 E deixou tudo o que tinha nas mãos de José; de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E era José de belo semblante, e de formoso porte (alem de honesto, era também impecavelmente muito bonito).
7 E aconteceu, depois destas coisas,que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. (A tradição diz que ela se chamava Zuleica; em primeira instância ela era a mais virtuosa das mulheres, mas quando viu José, ficou tão afetada, que perdeu todo seu autocontrole, e veio a ser escrava de suas paixões.
Dizem que ela teria feito um jantar e convidado 40 das mulheres mais belas do Egito e que elas, quando viram José, foram tão movidas de admiração que exclamaram todas juntas que ele era como um Anjo.)
8 Porém ele não quis, e disse à mulher de seu senhor: Eis que o meu senhor não se preocupa comigo das posses de sua casa, e entregou em minha mão tudo o que tem (a reação de José, de resistir à tentação que se lhe impuseram, demonstrou que ele era verdadeiramente o primogênito).
9 Nesta casa não há outro maior do que eu; e nada me recusou, a não ser a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu este grande mal, e pecaria contra Deus? (Williams diz que José apresentava três razões contra esta maldade: “1. Gratidão a seu amo, que tinha posto tudo em sua mão; 2. Respeito a mulher,sabendo que ela era a esposa de Potifar; e 3. Temor a Deus”)
10 E aconteceu que, falando ela com José cada dia, e não a escutando ele para deitar-se com ela, para estar com ela (foi uma tentação contínua, que o espreitava dia após dia, com ele continuamente resistia a ela).
Trabalho
11 Sucedeu que entrou ele num dia em casa para fazer o seu trabalho; e não havia ninguém dos da casa ali. (Alguns, ao avaliar Jose, afirmaram que, depois de tantas investidas contra ele, não deveria retornar àquela casa; entretanto, ele não tinha outra alternativa.
Seu trabalho exigia que ele frequentasse este lugar. É certo que ele teria feito tudo para evitar o contato com aquela mulher, mas a situação, na realidade, apresentou-se como uma armadilha. E, assim, foi ativada, por fim, a armadilha.)
12 E ela o agarrou pela sua roupa, dizendo: Deita-te comigo; mas ele deixou a sua roupa na mão dela, e fugiu, e saiu para fora. (É a segunda vez que a História Sagrada fala das vestes de José. Seus irmãos lhe tiraram uma capa; a esposa de Potifar, a outra. Eles tentaram ocultar o seu próprio pecado usando essas vestes; ela tentou ocultar o dela da mesma forma.)
13 E aconteceu que,quando viu ela que ele havia deixado a sua roupa em sua mão, e havia fugido para fora,
ACUSADO INJUSTAMENTE
14 Chamou aos de sua casa, e lhes falou dizendo: Olhem, meu marido (Potifar) trouxe,-nos um homem Hebreu para escarnecer de nós; veio ele a mim para deitar-se comigo, e eu gritei com grande voz;
15 E vendo ele que eu levantava a minha voz e gritava, deixou junto a mim a sua roupa, e saiu fugindo para fora (Matthew Henry diz: “O amor casto e santo continuar, embora desprezado; mas o cantor pecaminoso se muda facilmente em ódio. Os que quebraram os laços da modéstia nunca serão sustentados pelos laços da Verdade”.)
16 E ela pôs junto a si a roupa dele, até que veio o seu senhor (Potifar) à sua casa. (O Diabo supunha que não, podendo fazer com que José fizesse o mal, ele o encerraria na prisão durante anos. É óbvio, o Senhor poderia ter impedido tudo isso; entretanto, o restante do Capítulo nos diz por que não o fez!)
17 Então ela lhe falou (a Potifar) as mesmas palavras, dizendo: O servo Hebreu que nos” trouxeste, veio a mim para me desonrar;
18 E como eu levantei a minha voz e gritei, ele deixou a sua roupa junto a mim, e fugiu para fora.
A PRISÃO
19 E aconteceu que,ouvindo o seu senhor as palavras de sua mulher que lhe falava, dizendo: Assim me tratou o teu servo; acendeu-se o seu furor (a armadilha de Satanás já está ativada).
20 E tomou o senhor José, e o entregou na casa do cárcere, onde estavam os detentos do rei,e esteve ali na casa do cárcere. (Por um momento, José trocou o palácio por uma prisão. No Salmo 105.17-20, é declarado que ele foi posto em ferro, e afligiam os seus pés com grilhões.)
21 Mas o Senhor estava com José,e estendeu sobre ele a sua misericórdia, e lhe deu grã (O Senhor estava com José tanto na prisão como no palácio. Temos que aprender com isto.)
22 E o principal da casa do cárcere entregou na mão de José todos os presos que havia naquela prisão; e ele ordenava tudo o que se faziam ali. (Era o campo de treinamento de José. Sairia ele aprovado desta prova? De fato, ele saiu aprovado e com êxito.)
23 E o principal do cárcere não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão dele; porque o SENHOR era com ele, e tudo o que ele fazia, o SENHOR prosperava. (Entretanto, não teria sido o caso de José estar amargurado. Ele aceitou esta posição sem dizer sequer uma palavra; nem ao menos tentou justificar-se ou defender-se. Isto quer dizer que ele entregou tudo ao Senhor.)
Conclusão
Este capítulo nos ensina a diferença daqueles que possuem a presença de Deus. José, diferente de outros personagens, como Tamar, por exemplo, ao se deparar com más circunstâncias, calúnia, rejeição, preserva os atributos de um servo bom e fiel.
A palavra deixa claro que a presença de Deus, na vida de José, era seu diferencial. Deus era com ele e tudo que fazia prosperava. Potifar confiou todos os seus bens a ele e o carcereiro toda sua responsabilidade.
Isso nos permite deduzir algumas características que, certamente, estão presentes em alguém com tamanha confiabilidade: honestidade, proatividade, sabedoria, obediência, lealdade, entre outras. José havia aprendido com Deus a ser um bom servo.
As escrituras nos revelam quais as características do justo e do injusto e que, o temor do Senhor, é o princípio da sabedoria (Provérbios 1:7). Para temer a Deus, é preciso conhece-lo e se relacionar com Ele.
José temia ao Senhor, por isso o obedecia. As escrituras nos mostram que José procedia conforme a vontade de Deus.
Todos somos dotados de desejos e vontades. Nossa natureza deseja agir instintivamente. Contudo, a palavra de Deus nos ensina a fazer a vontade de Deus, vez que Ele, sendo Deus, é quem tem real entendimento daquilo que precisamos. Quanto menos de nós, mais Dele prevalecerá. Sua presença nos dominará e isso será visível.
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