Números 20 Estudo: A Morte de Arão

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Neste capítulo de Números 20 estudo, veremos sendo relatada a morte Miriã, no deserto de Zim. Após, o capítulo narra o momento em que os israelitas se encontram sem água, no deserto, oportunidade em que murmuraram.

Então, Moisés e Arão, buscaram ao Senhor, o qual lhes mandou que dessem ordem à rocha e ela daria água. Moisés, no entanto, fere a rocha, por duas vezes. O povo bebe a água.

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Ali o Senhor prometeu que, por terem contendido contra Ele, Deus não faria aquele povo entrar em Canaã. Em seguida, vemos que Moisés solicita passagem ao rei Edom e este não apenas nega-lhe, mas sai-lhe ao encontro, de forma ameaçadora.

Deus ordena que Arão subisse a cume do monte Hor, para ali o recolher, antes de entrar na terra prometida, em razão de ter se rebelado, quando das águas de Meribá e, assim aconteceu.

Moisés despiu Arão e vestiu as vestes sacerdotais em Eleazar. A congregação chorou trinta dias a morte de Arão.

Números 20 estudo: Contexto histórico

No capítulo 19, de Números, Deus dá instruções quanto ao sacrifício de uma novilha ruiva, a qual seria imolada fora do arraial. Seu sangue seria aspergido na tenda da congregação.

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Ela seria queimada juntamente com outros itens, sendo que suas cinzas seriam misturadas com água, a qual serviria para purificação daquelas pessoas que se encontrassem imundas, em especial pelo contato com cadáveres. Após, vemos a descrição de algumas circunstâncias que exigiriam a purificação.

A orientação, para a purificação é que a pessoa deveria se purificar, com a água, no terceiro e sétimo dia. Todo aquele que não se purificasse, seria eliminado do povo de Israel.

(Números 20:1) Morte de Miriã

v. 1 Então, vieram os filhos de Israel, e toda a congregação, ao deserto de Zim, no primeiro mês; e o povo permaneceu em Cades, e ali Miriã morreu, e ali foi sepultada.

O primeiro mês, Abibe (Nisã), na primavera do quadragésimo ano, trouxe a conclusão do castigo de Israel no deserto.

O capítulo começa com a morte de Miriã e termina com a morte de Arão, no primeiro dia do quinto mês do quadragésimo ano depois do êxodo (Nm 33:38-39).

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Este foi o mês da libertação do Egito, em que o povo deveria estar celebrando a Páscoa e a Festa dos Pães Ázimo na terra prometida. Em vez disso, eles se encontravam em Cades depois de 40 anos.


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Mais uma vez, o povo reclamou do suprimento de água, assim como a primeira geração fizera após cruzar o mar Vermelho (Ex 15:23-26).

Sobre Cades e o deserto de Zim, ver nota em Nm 13:26. A morte de Miriã é relatada de forma breve. Sua inclusão aqui ajuda a compreender o pecado vindouro de Moisés e Arão.

(Números 20:2) A falta de água

v. 2 E não havia água para a congregação; e eles se uniram contra Moisés e contra Arão.

Agora os israelitas murmuradores estavam de volta ao lugar onde tinham recebido o relato dos espias sobre a terra prometida pela primeira vez.

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O relato da maioria deles, 10 homens, tinha levado os israelitas a rejeitarem a terra com rebeldia, sofrendo o juízo de 40 anos no deserto.

Miriã acabara de morrer e Moisés e Arão eram líderes idosos, sofrendo com a perda de sua amada irmã, que salvará o bebê Moisés da morte na mão dos egípcios.


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(Números 20:3-4) A murmuração dos israelitas

v. 3 E o povo contendeu com Moisés, e falou, dizendo: Quisera Deus que tivéssemos morrido, quando nossos irmãos morreram, perante o SENHOR!

v. 4 E por que trouxestes a congregação do SENHOR a este deserto, para que morramos aqui, nós e os nossos animais?

 A escassez de água levou a uma insurreição dos israelitas contra seus líderes. Mais uma vez o povo reclamou,dizendo que teria sido melhor ter morrido no Egito do que sofrer tal miséria naquele deserto infértil.

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Eles preferiam a escravidão, a opressão e a morte no cativeiro a seu milagroso livramento, liberdade e provisão pelo Senhor.

(Números 20:5) O deserto de Cades

v. 5 E por que nos fizestes subir do Egito para nos trazer a este lugar mau? Não é lugar de semente, nem de figos, nem de vinhas, nem de romãs, nem há água para beber. 

 O deserto ao redor de Cades era um ambiente difícil Contudo, o povo era o responsável por sua própria situação desagradável, por terem se recusado a entrar na terra que mana leite e mel”.

(Números 20:8) A vara

v. 8 Toma a vara e reúne a congregação, tu e Arão, teu irmão; e falai à rocha diante dos seus olhos, e ela dará a sua água; e tirarás água da rocha e darás a beber à congregação e aos seus animais.

A vara mencionada aqui provavelmente era a vara de Arão que havia brotado, florescido e produzido amêndoas para confirmar a autoridade sacerdotal de Arão (ver nota em Nm 17:8).

Ela ficava guardada em frente à arca do testemunho, como advertência contra quaisquer rebeldes murmuradores futuros.


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A água que o Senhor prometeu a Moisés e Arão seria mais do que suficiente para o povo e seus animais.

(Números 20:9-10) A atitude de Moisés

v. 9 E Moisés tomou a vara de diante do SENHOR, como lhe havia ordenado.

v. 10 E Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés lhes disse: Ouvi agora, rebeldes; teremos que tirar água desta rocha para vós? 

 Moisés foi infiel ao soltar um ataque verbal contra os rebeldes e declarar que ele e Arão iriam fazer sair água da rocha.

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Em seguida, ele feriu a rocha duas vezes em vez de falar com ela. Moisés abusou da presença de Deus, que respondia fiel e graciosamente a seus atos rebeldes.

(Números 20:11) Água da rocha

v. 11 E Moisés levantou a sua mão, e com a sua vara feriu a rocha duas vezes; e saíram águas abundantemente, e a congregação bebeu, e também os seus animais. 


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 Quando Moisés feriu a rocha, saíram águas abundantemente. Geógrafos e intérpretes bíblicos escreveram por muitos anos sobre os aquíferos próximos a regiões da península do Sinai.

Vários oásis, como Serabit al-Khadem Ain Hawarah, Ain Khadra e Ain el-Qudeirar (Cades-Barneia), são exemplos desta água abundante.

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Não obstante a provisão de água de um lugar onde antes não havia, foi um milagre e mostrou a graça de Deus.

(Números 20:12) A resposta divina

v. 12 E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porque não crestes em mim, para me santificar aos olhos dos filhos de Israel, por isso não levareis esta congregação à terra que lhes dei. 

 As ações de Moisés foram parecidas com a dos mágicos pagãos idólatras, que afirmavam ter poderes divinos. A santidade e a pureza, temas paralelos do livro de Números, foram violadas por Moisés e Arão.

Neste momento, os ciclos de rebelião subiram do povo comum até seus líderes mais nobres. Deus puniu Moisés declarando a ele e Arão: vocês não levareis esta congregação à terra que lhes dei.

(Números 20:14-17) Edom

v. 14 E Moisés enviou mensageiros de Cades ao rei de Edom, dizendo: Assim diz o teu irmão Israel: Sabes de todo o trabalho que tivemos; 

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v. 15 como nossos pais desceram ao Egito, e no Egito habitamos por muitos dias; e como os egípcios nos maltrataram, a nós e a nossos pais. 

v. 16 E clamamos ao SENHOR, e ele ouviu a nossa voz, e enviou um anjo, e nos tirou do Egito; e eis que estamos em Cades, uma cidade no limite dos teus termos.

A mensagem de Moisés ao rei de Edom seguia a forma epistolar hebraica clássica e o protocolo habitual da Idade do Bronze e do Ferro.

O conteúdo exibia todas as marcas da correspondência diplomática do antigo Oriente Próximo entre nobres, entregue por mensageiros reais.

A menção do lugar de origem da carta, Cades, uma cidade no limite dos teus termos, conscientizou o rei de Edom da necessidade imediata de passagem de Israel.

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Se esta Cades é considerada Cades-Barneia e se fica perto da fronteira do território edomita, isso implica que alguns dos líderes tribais edomitas primitivos estabeleceram ou controlavam algumas áreas a oeste do deserto de Arabá.

Outros acreditam que a expressão indica que Israel, sob comando de Moisés, apenas estava se aproximando da região de Edom.

Caso Edom estivesse em transição de uma sociedade semi-nômade para uma cultura fixa, “limites da sua fronteira” teria sido mais adequado.

Tal qual Israel, os edomitas não constituíram um estado formal no sentido atual até a Idade do Ferro II (1000-550 a.C.).

(Números 20:17) O pedido de passagem

v. 17 Eu te peço, deixa-nos passar pela tua terra; não passaremos pelo campo, nem pelas vinhas, nem beberemos a água dos poços; seguiremos pela estrada real; não nos desviaremos para a direita nem para a esquerda, até que tenhamos passado teus termos.

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 O pedido de Moisés incluía especificações acerca da maneira como os israelitas respeitavam o domínio edomita caso lhes fosse concedida passagem.

A descrição Sazonal indica que era primavera, quando os campos de cereais já estavam, ou quase, ou no período de colheita, e a preparação das vinhas para o verão e a colheita de outono acabara de começar.

Portanto, era importante garantir aos edomitas que suas colheitas não seriam pisoteadas nem comidas. O direito à água também era de grande preocupação, tanto quanto é hoje entre israelenses, palestinos e jordanianos.

Os israelitas supostamente trariam seu próprio suprimento de água de Cades durante a breve passagem de talvez dois dias pelas montanhas de Edom.

A estrada real era uma rota comercial famosa que ligava Damasco a Arábia, Sinai e Egito por meio do planalto da Transjordânia (Golā, Basā, Gileade, Amom, Moabe e Edom) e das montanhas do sul, paralela ao deserto de Arabá, a leste.

Caravanas traziam incenso de grande valor, especiarias, perfumes, pedras preciosas e cobre das reservas do deserto do Sinai e do deserto de Parã.

(Números 20:19-21) A proposta de Moisés

v. 19 E os filhos de Israel lhe disseram: Subiremos pela estrada, e se eu ou o meu gado bebermos das tuas águas, então eu pagarei por isso; deixa-me apenas prosseguir a pé, sem fazer qualquer outra coisa. 

v. 20 E ele disse: Não passarás. E Edom veio ao seu encontro com muita gente e com mão forte.

v. 21 Assim, Edom recusou-se a permitir que Israel passasse pela sua fronteira, e por isso, Israel se afastou dele. 

A tentativa de Moisés de uma correspondência diplomática levou a estipulações alternativas, dentre as quais algumas foram preservadas no texto do v. 19.

A sugestão de pagar pela travessia segura estava de acordo com o protocolo do antigo Oriente Próximo, visto que geralmente se costumava cobrar pedágio ou tributo de caravanas de comércio.

A resposta áspera de Edom gerou amargura entre Israel e Edom por vários séculos.

(Números 20:22) O monte Hor

v. 22 E os filhos de Israel, toda a congregação, partiram de Cades e foram ao monte Hor.

A localização do monte Hor depende da rota que os israelitas tomaram. Assim como Cades (v.16), o monte Hor estava na fronteira com Edom, segundo Nm 33:37. Os israelitas costearam as fronteiras dos edomitas militantes.

Sugestões de montes incluem a identificação tradicional islâmica de Jebel Nebi Harun (“Monte do Profeta Arão”), próximo a Petra; Jebel Medra, cerca de dez quilômetros a nordeste de Cades; ‘Imaret el-Khurisheh, cerca de treze quilômetros a norte de Cades e Jebel Madurah, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Cades-Barneia.

(Números 20:25-26) A morte de Arão

v. 25 Toma a Arão e a Eleazar, seu filho, e traze-os ao monte Hor.

v. 26 E despe a Arão de suas vestes e veste-as em Eleazar, seu filho, porque Arão será recolhido ao seu povo, e morrerá ali.

 Assim como a morte e sepultamento de Abraão (Gn 25:8), Ismael, Isaque, (Gn 35:29), Jacó [Gn 49:29, 33] e mais tarde Moisés (Nm 27:13), a morte de Arão é descrita como ele sendo recolhido ao seu povo.

A expressão transmite a ideia de ser reunido a seus ancestrais no Sheol, o lugar dos mortos. Não se devia deixar pessoas sem serem sepultadas, ou “não recolhidas”, porque isso era visto como um vergonhoso fim de vida.

Conclusão

Neste capítulo vemos sendo relatada a morte de Miriã, no deserto de Zim e, logo após, a morte de Arão, o qual não haveria de entrar na terra prometida, em razão do ocorrido em Meribá, visto que houve contenda contra o Senhor.

É bem verdade que Deus é misericordioso e longânimo, mas as escrituras demonstram que ninguém está isento das consequências da desobediência (Números 14:18).

Arão, juntamente com Moisés, havia protagonizado, podemos dizer, a libertação dos israelitas do Egito. Ele vivenciara experiências únicas com o Eterno e, mesmo assim, incorreu em faltas graves.

De igual forma, vemos que Moisés, mesmo sendo o libertador de Israel, o qual apontava para Cristo, fora impedido de entrar, assim como Arão, na terra prometida.

Isso nos revela que, independentemente de nossas obras, de quão amado sejamos, estamos suscetíveis a todo tipo de aflições e disciplinas, neste mundo.

Todos pecamos, mesmo não nos dando conta disso e o pecado trouxe consigo muitas consequências. Mesmo Jesus, tendo sido perfeito, não fora poupado, porque se entregou em nosso lugar.

Em tempos de redes sociais, em que as pessoas compartilham o melhor de suas vidas, podemos acabar caindo no engano advindo da falsa impressão de que apenas a nossa realidade contém dificuldades, frustrações, fracassos, perdas.

Contudo, Jesus advertiu que, no mundo haveriam aflições, mas deveríamos ter bom ânimo (João 16:33). Ninguém, enquanto ser humano, está livre dessas aflições.

Apenas no céu não haverá dor (Apocalipse 21:1-8) e ele não é aqui! Por isso, aguardemos, com grande expectativa, a plenitude do Reino de paz e justiça.

Números 20 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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