1 Coríntios 8 Estudo: O Que é Impuro?
Em 1 Coríntios 8, veremos que Paulo abordará o delicado tema dos alimentos oferecidos aos ídolos. Ele ensinará como devemos lidar com esta situação e como quer que a igreja permaneça unida e que nada ou qualquer assunto atrapalhe esse relacionamento.
A contribuição espiritual deste texto é extraordinária, o ser humano é religioso por natureza e as verdades ditas aqui, ajudam o cristão a escolher e liberdade em Cristo, ao invés das prisões do pecado.
Contexto histórico
Paulo acabara de dedicar um tempo para aconselhar os cristãos sobre as tribulações e como atravessá-las. As questões de relacionamento, matrimônio, como os maridos, esposas, solteiros e virgens deveriam viver e agradar a Deus através de seus comportamentos.
Os conselhos sobre os problemas da época, diferentes de nosso tempo, deveriam levar a igreja de Corinto a entender e a obedecer a vontade de Deus. Ele continuará falando sobre assuntos delicados. Acompanhe a seguir o estudo de todos os versículos de 1 Coríntios 8.
(1 Coríntios 8:1) Coisas oferecidas a ídolos
v. 1 Ora, no tocante às coisas oferecidas aos ídolos, nós sabemos que todos temos conhecimento. O conhecimento envaidece, mas a caridade edifica.
No tocante às indica que Paulo está respondendo uma pergunta que os coríntios lhe fizeram na carta anterior (1Co 5:9).
Por tradição, os coríntios costumavam jantar em templos pagãos (que eram centros de atividade cívica) ou senão servir-se de porções de carne ali servidas.
Os cristãos de Corinto queriam saber se podiam comer coisas oferecidas aos ídolos quando se reclina se “para comer” em um templo pagão (“sentado à mesa no templo dos ídolos”, v. 10) ou festejassem em uma casa que admitisse tais alimentos.
(1 Coríntios 8:2-3) Somos conhecidos de Deus pelo amor
v. 2 E, se algum homem pensa que sabe alguma coisa, ele ainda não o sabe como deveria saber.
v. 3 Mas, se algum homem ama a Deus, esse é conhecido dele.
Paulo oferece dois princípios dirigentes. Primeiro, o conhecimento (da liberdade cristã) em si torna as pessoas arrogantes, porém a caridade edifica os crentes.
Segundo, não somos aprovados por Deus por nosso conhecimento; pelo contrário, o cristão é conhecido por Deus por seu amor para com Ele.
Este é o conhecimento que mais importa. Desta forma, nenhum cristão deve permitir que seu conhecimento, relativamente não importante, se torne um motivo de arrogância.
(1 Coríntios 8:4-6) Não há outro Deus
v. 4 No que diz respeito ao comer das coisas oferecidas em sacrifício aos ídolos, nós sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, somente um.
v. 5 Porque, ainda que haja os que são chamados deuses, quer no céu ou na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),
v. 6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas, e nós nele; e um Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.
A resposta de Paulo dizendo que os cristãos tecnicamente têm o direito de comer coisas oferecidas em sacrifício aos ídolos pode nos surpreender, mas o raciocínio faz sentido: os ídolos não existem e só existe um Deus. Contudo, o conselho de Paulo não termina nesse texto.
(1 Coríntios 8:7-8) A consciência contamina
v. 7 Todavia não há este conhecimento em todos os homens; porque alguns, conscientes do ídolo, até agora comem coisas oferecidas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, é contaminada.
v. 8 Mas o alimento não nos faz mais aceitos ante Deus, porque se comemos não somos melhores, se não comemos, não somos piores.
A liberdade cristã jamais deve ser ostentada ou usada sem o devido cuidado. Os cristãos de Corinto precisavam ter consciência de que alguns entre eles, ainda conscientes do ídolo e de consciência… fraca, poderiam ser prejudicados ao ver cristãos comendo alimentos associados a ídolos.
1 Coríntios 8:9-13
Para aqueles que sabiam que os ídolos nada são, Paulo afirmou o óbvio: Comer alimentos [inclusive os sacrificados a ídolos) não torna os cristãos inaceitáveis perante Deus.
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(1 Coríntios 8:9) Não sejam pedra de tropeço
v. 9 Mas tomeis cuidado para que essa liberdade não se torne de alguma maneira pedra de tropeço para os fracos.
(1 Coríntios 8:10-12) Não confundam os fracos
v. 10 Pois, se alguém te vir a ti, que tens conhecimento, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco motivada a comer das coisas que são oferecidas aos ídolos?
v. 11 E, por teu conhecimento, perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu?
v. 12 Mas, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo.
Se um irmão fraco visse um cristão bem instruído jantando em um templo dos ídolos, ele poderia atribuir importância religiosa a isso e ficar confuso quanto à fidelidade a Cristo.
(1 Coríntios 8:13) Se ofende ao meu irmão, eu não comerei
v. 13 Portanto, se a comida ofender ao meu irmão, eu não comerei carne enquanto no mundo estiver, para que meu irmão não se ofenda.
A auto-limitação dos cristãos mais maduros protege a fidelidade a Cristo dos novos crentes, principalmente em ambientes abertamente pagãos como Corinto.
Conclusão
Os cristãos em Corinto estavam preocupados com a maneira que era tratada os alimentos que eles consumiam no dia a dia, sabendo que antes de ser vendidos, eram oferecidas aos ídolos e muitos não sentiam paz ao consumi-las.
Paulo escreve com a intenção de os tranquilizar, mostrando que o ídolo nada é, que o ídolo não existe. Pensando assim, a comida está sendo oferecida ao nada.
Fica claro na instrução bíblica que o alimento não nos aproxima ou afasta mais de Deus, mas sim a vida de Jesus, que entregou a si mesmo pelos nossos pecados.
Jesus é a causa única da nossa aproximação ou separação. Contudo, se não houver paz de consciência, é melhor a abstinência.
Em seu conselho, Paulo deixa nítido o amor ao próximo e o poder da ressurreição de Jesus sobre qualquer tipo de superstição ou religiosidade.
O poder do sangue de Jesus é inigualável e uma vez libertos, não podemos permitir que nada nos torne prisioneiros novamente.
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