2 Pedro 2 Estudo: Os Falsos Profetas

Neste capítulo de 2 Pedro 2 estudo, veremos que o apóstolo Pedro alertará o povo para a presença dos falsos profetas.

Mostrando que eles se introduzem de maneira sorrateira para disseminar heresias, mas, de forma alguma, Deus os deixará impunes, Ele os julgará com rigor, assim como fez no passado com os anjos que pecaram e com as cidades de Sodoma e Gomorra.

O comportamento dos que amam os desejos pecaminosos da carne é seguido por contínua depravação, não havendo temor a Deus e o apóstolo deixará extremamente claro que, para estes, as trevas já estão reservadas.

2 Pedro 2 estudo: Contexto histórico

Acompanhamos o apóstolo Pedro desejando que a bênção de Deus permanecesse sobre seu povo, que tudo o que precisamos procede de Jesus.

Os tropeços são evitados através do crescimento espiritual e isso se dá por meio do amor, da fraternidade, da piedade, da perseverança, do domínio próprio, do conhecimento e da virtude.

O seu testemunho presencial do ministério de Jesus serve para que os cristãos saibam quão valioso e verdadeiro é e que a autoridade das escrituras é divina e não é humana.



(2 Pedro 2:1-3) Falsos profetas

v. 1 Mas também houve falsos profetas entre o povo, assim como entre vós haverá também falsos mestres, que introduzirão encobertamente heresias condenáveis, e até mesmo negando o Senhor que os comprou, trazendo sobre si repentina destruição.

v. 2 E muitos seguirão as suas maneiras perniciosas, pelas quais o caminho da verdade será blasfemado.

v. 3 E através da cobiça, eles, com falsas palavras, farão mercadoria de você; sobre os quais o julgamento não tardará, e a sua perdição não adormece.

Não apenas homens impelidos pelo Espírito estiveram presentes no Israel do antigo testamento, mas também falsos profetas (Gr. pseudo prophetae) se levantaram no meio do povo, tal como agora falsos mestres (Gr. pseudo didaskalou) estavam presentes entre os leitores de Pedro.

A advertência de Pedro descreve esses “falsos mestres” como aqueles que espalhavam heresias de perdição, ou ensinos destrutivos para a fé.

O efeito de seu ensino era tão abrangente que eles até negavam o Senhor (“o Senhor soberano”; Gr. esportes) que os comprou.


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Embora muitos seguissem a vergonhosa imoralidade dos hereges e o caminho da verdade fosse blasfemado, mal sabiam os falsos mestres que a negação do Senhor lhes traria sobre si mesmos repentina destruição (cp. v. 3).

Levados pela cobiça, os falsos mestres inventavam histórias enganadoras (o exato oposto de Pedro em 2Pe 1:16) com as quais exploravam seus ouvintes.

(2 Pedro 2:4-10) A justiça divina

v. 4 Porque, se Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, e os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o julgamento;

v. 5 e não poupou ao mundo antigo, mas salvou Noé, a oitava pessoa, o pregador da justiça, trazendo o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;

v. 6 e transformando as cidades de Sodoma e Gomorra em cinzas, condenou-as com a destruição, tornando-as um exemplo para os que posteriormente vivessem como ímpios;

v. 7 e livrou o justo Ló, enfadado do comportamento imundo dos homens ímpios;


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v. 8 (porque este homem justo, habitando entre eles, afligia dia a dia a sua alma justa, ao ouvir e ver as suas obras injustas).

v. 9 O Senhor sabe como livrar da tentação o piedoso, e reservar o injusto para o dia do julgamento, para ser punido.

v. 10 Mas principalmente aqueles que andam segundo a carne em concupiscências de imundície, e desprezam as autoridades. Eles são presunçosos, obstinados, e não receiam falar mal das dignidades.

Para alertar seus ouvintes e estimulá-los à ação, Pedro recorda três exemplos de julgamento e libertação de Deus:

  1. Deus julgou os anjos que pecaram (cp. Gn 6:1-4). Inferno, aqui Pedro usa o vocábulo tártaro, é um nome grego que indica um lugar subterrâneo de punição mais profundo do que o Hades e reservado para os ímpios;
  2. Deus também julgou o mundo antigo na época do dilúvio (cp. Gn 7:17-23), mas protegeu Noé e com outras sete pessoas;
  3. Ele julgou as cidades imorais de Sodoma e Gomorra (cp. Gn 19:23-29), mas preservou o justo Ló, que se afligia e se atormentava com o procedimento imoral dos ímpios.

Em seguida, Pedro salienta a seus leitores que Deus sabe livrar os piedosos dos ensinos falsos e destrutivos dos hereges em seu meio.

Além disso, o apóstolo assegura aos seus leitores que, a despeito da imoralidade dos falsos mestres, os injustos, em especial aqueles que seguem os concupiscências de imundície da carne e desprezam as autoridades, não escaparão da soberania nem da punição de Deus.

(2 Pedro 2:11-22) O exemplo de Balaão

Pedro continua descrevendo os falsos mestres. Eles são atrevidos, presunçosos,e, em contraste com o comportamento dos anjos mais poderosos, são difamadores insolentes.

São como animais irracionais em seu entendimento, irreverentes e guiados pela luxúria e pela ganância. Pedro compara os falsos mestres a Balão.

Assim como Balaão, esses falsos mestre abandonaram o caminho reto, deixaram-se consumir pela ganância e receberão a retribuição de sua injustiça.

À jumenta de Balaão mostrou um senso moral maior do que o revelado por Balaão. Os falsos mestres são descritos como fontes sem água e nuvens levadas pela tempestade.

Em outras palavras, eles eram insatisfatórios e instáveis Como punição, a escuridão das trevas lhes está reservada.

Com suas palavras vãs e arrogantes, e, a despeito de suas promessas de liberdade para as pessoas, esses falsos mestres guiavam seus ouvintes à mesma escravidão espiritual e corrupção à qual eles próprios estavam escravizados.

Embora esses hereges tivessem algum dia reivindicado conhecer a Cristo e até experimentado alguma liberdade do pecado, eles retornaram às velhas práticas e novamente se encontravam envolvidos.

Eles estavam em pior estado no final, com sua rejeição de Cristo, do que no princípio, quando se encontravam em um estado de ignorância; na verdade, seria melhor para eles que não conhecem o caminho da justiça.

Como um cão voltou ao seu próprio vômito e uma porca volta a revolver-se na lama, assim também esses falsos mestres voltavam ao estilo de vida imoral que preferiam por natureza. O comportamento imoral dos falsos mestres revela que eles nunca foram genuinamente convertidos.

Conclusão

Encerrando o estudo, Pedro faz uma referência rápida aos falsos profetas, dizendo que, da mesma forma que aconteceu no passado, a igreja sofrerá esse tipo de ataque. Não serão ataques de perseguição física, mas sim ataques à fé, com ideias que vão contra a Palavra e que confundem.

Estas heresias entrarão na igreja de maneira sutil, e muitas pessoas seguirão estas dissoluções. Isso acontece pois estas ideias e heresias atendem aos desejos pecaminosos dos seres humanos, a famosa hiper-graça.

Por isso vemos tantas ideologias frutificarem fortemente até mesmo dentro de igrejas mais fundamentalistas e puritanas.

Não estou aqui apontando o dedo para nenhum pensamento de nenhuma igreja, estou apenas, assim como Pedro, alertando para a nossa necessidade de conhecermos profundamente ao Senhor e à Sua Palavra, para que não sejamos levados por todo vento de doutrina.

Ele também nos ensina que, assim como animais irracionais, são aqueles que abrem suas bocas para ensinar incorretamente a igreja, como seres que apenas seguem a sua natureza pecaminosa.

Lemos aqui que a consequência disso é que estas pessoas vão morrer em seus pecados (perecerão na sua corrupção), satisfazendo diariamente os prazeres da carne, nos adultérios e outros pecados.

Ao fazerem isso, levam consigo algumas pessoas, a quem Pedro se refere como “almas inconstantes”.  Ao citar o erro de Balaão, profetizando o que lhe convinha para atender um desejo da carne, sua ganância.

Pedro diz que ele “amou o prêmio da injustiça”. O ensinamento que recebemos aqui é que devemos sempre tomar cuidado quando aprendemos, interpretamos e também quando ensinamos sobre a Palavra. Amém!

2 Pedro 2 estudo.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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