2 Reis 4 Estudo: Por onde a presença de Deus passa
Os profetas representam a Deus, de forma que são a voz e demonstram aquilo que o Senhor quer. Nesse sentido, esta será a base do que veremos neste capítulo de 2 Reis 4 estudo, além da explicação completa capítulo por capítulo.
Logo, por onde o profeta Eliseu passava, as pessoas ao seu entorno podiam testemunhar grandes milagres da parte de Deus. Nessa passagem, os personagens bíblicos experimentaram o poder do Senhor de forma extraordinária.
Além disso, é importante destacar que essas passagens possuem um grande peso simbólico, e que para entende-la, devemos ter o conhecimento do que significam, dessa forma esse será o objetivo.
2 Reis 4 Estudo: A vontade de Deus para o seu povo
O cenário que o Criador quer para a sua igreja é de alegria, liberdade e prosperidade, e é isso que vamos perceber na análise desse capitulo.
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(2 Reis 4:1-2) O milagre da multiplicação do azeite da viúva
¹ Ora, clamou ali uma certa mulher das esposas dos filhos dos profetas a Eliseu, dizendo: O teu servo, o meu marido, está morto; e tu sabes que o teu servo, verdadeiramente, temia o Senhor; e o credor veio para levar consigo os meus dois filhos para serem servos.
² E Eliseu disse a ela: O que farei por ti? Conta-me, o que tens tu na tua casa? E ela disse: A tua criada não tem nada na casa, além de uma botija de azeite.
Amigo de Eliseu: Existem evidências que o esposo dessa mulher era próximo de Eliseu, e por isso, essa tem a liberdade para falar da sua realidade. Ela e seus filhos estavam em uma situação de pobreza, e quase perdendo a liberdade.
O azeite simboliza o Espirito Santo, e atualmente em muitas igrejas, ele está presente, no entanto, não em abundância, em função do pecado.
(2 Reis 4:3-4) A instrução
³ Então ele disse: Vai, pede para ti vasos emprestados, de todos os teus vizinhos, vasos vazios; não peças poucos.
⁴ E, quando tu entrares, fecharás a porta diante de ti e diante dos teus filhos, e derramarás dentro de todos os vasos, e tu porás de lado aquele que estiver cheio.
O Espirito Santo: O que Eliseu pediu para que a viúva fizesse parece ser impossível, pois de apenas uma vasilha sairia tanto azeite que preencheria todas as outras. No entanto, é no impossível que Deus manifesta seus milagres.
O Espirito Santo é representado pelo azeite, enquanto nós seres humanos podemos ser as vasilhas, que estando vazias, podem ser preenchidas pelo Espirito de Deus.
(2 Reis 4:5-7) Conclusão do milagre
⁵ Assim, ela se foi diante dele, e fechou a porta diante de si e dos filhos que trouxeram os vasos para ela; e ela derramou.
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⁶ E sucedeu que, quando os vasos estavam cheios, ela disse ao seu filho: Traz mais um vaso. E o azeite parou.
⁷ Então ela veio e disse ao homem de Deus. E ele disse: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida, e vive, tu e os teus filhos, do restante.
Enquanto tinha vasilhas: Aquela única vasilha encheu todas as que tinham sido trazidas de seus vizinhos, e se ainda tivessem mais, com certeza seriam cheias. Além disso, mais uma instrução é dada para aquela viúva, que foi a de vender o óleo.
O milagre foi grandioso, e a multiplicação tão abundante que a partir daquelas vendas a viúva nunca mais se preocuparia com a falta, mas teria dinheiro para viver do resto dos pagamentos de suas dívidas.
É importante relembrar que na explicação de 2 Reis 3, nos mostra o milagre da provisão de água, e dessa for Deus mostra a multiforme de seu poder.
(2 Reis 4:8-9) A hospitalidade da mulher de Suném
⁸ E ocorreu, um dia, que Eliseu passou até Suném, onde estava uma mulher influente; e ela o constrangeu a comer pão. E assim foi, que, toda vez que ele por ali passava, ele para ali se desviava e entrava para comer pão.
⁹ E ela disse ao seu marido: Eis que, agora, eu percebo que este é um homem santo de Deus, o qual sempre passa por nós.
A humildade da sunamita: Muitos ao terem dinheiro ou status sociais se enchem de ego e orgulho, porém esse não é o caso dessa mulher. Ao contrário, a sua riqueza a levou mais perto de Deus.
Essa senhora faz uma observação ao seu marido, ao perceber que Eliseu sempre passava pela casa deles, e nesse fato que ela notou, é possível perceber como essa reconhece Deus no profeta.
(2 Reis 4:10-11) A riqueza e a honra
¹⁰ Façamos uma pequena câmara, rogo-te, para parede; e coloquemos ali para ele uma cama, e uma mesa, e um banco, e um candelabro; e será, quando ele vier até nós, para que ele possa para ali se desviar.
¹¹ E ocorreu, um dia, que ele veio ali, e desviou-se para dentro da câmara, e ali se deitou.
Somos moradas de Deus: A riqueza da mulher de Suném foi usada para honrar o próprio Deus por meio da vida do profeta com a construção do quarto. E desse modo o profeta tinha onde recolher-se.
É importante fazer um paralelo com essa passagem, pois em muitos momentos Deus passa por nossas vidas, contudo não preparamos uma morada para que ele possa habitar.
¹² E ele disse a Geazi, o seu servo: Chama essa sunamita, E quando ele a havia chamado, ele se pôs diante dele.
¹³ E ele lhe disse: Diz agora a ela: Eis que tu tens sido cuidadosa para conosco com todo este cuidado; o que há de ser feito por ti? Desejarias u ser recomendada ao rei, ou ao capitão do exército? E ela respondei: Eu habito no meio do meu próprio povo.
A sunamita não sabia o que pedir: Eliseu provavelmente se sente agradecido, e quer retribuir o cuidado que aquela mulher estava tendo com ele, e por isso pergunta o que ela queria.
No entanto, por nada material lhe faltar ela não consegue pensar em algo no qual Eliseu possa recompensa-la.
Desse modo, quando fazemos algo pra Deus, ele sempre vem com recompensa, mesmo quando não sabemos o que pedir.
Em vários estudos bíblicos podemos perceber a retribuição do Senhor sobre a vida daqueles que o servem.
(2 Reis 4:14-15) Sugestão de Geazi
¹⁴ E ele disse: O que, então, há de ser feito por ela? E Geazi respondeu: Verdadeiramente, ela não tem filho, e o seu marido é velho.
¹⁵ E ele disse: Chama-a. E quando ele a havia chamado, ela se pôs à porta.
O conselho pareceu agradável: Geazi era servo de Eliseu, e após ter dado conselho ao profeta, recebe uma ordem para que chame a sunamita.
(2 Reis 4:16-17) A dúvida e conclusão da promessa
¹⁶ E ele disse: Por volta deste tempo, segundo o tempo da vida, tu abraçarás um filho. E ela disse: Não, meu Senhor, tu, homem de Deus,não mintas à tua criada.
¹⁷ E a mulher concebeu e deu à luz um filho naquele tempo que Eliseu havia dito a ela, segundo o tempo da vida.
Um filho como presente: A sunamita já era de idade avançada e ter filho é algo impossível aos olhos humanos. Nesse sentido, essa personagem duvidou em seu coração do milagre que Eliseu a prometeu.
Essa passagem coincide com a de Ana, esposa de Abrão, que por já estar velha não cria que ainda poderia ter filhos, e pensava que as palavras de Deus não iriam se cumprir, porém no tempo certo a palavra se cumpriu sobre a vida de ambas.
Em muitos momentos da vida do cristão não acreditamos que Deus possa realizar grandes feitos nas nossas vidas, porém é necessário crer naquele que tudo pode realizar.
(2 Reis 4:18-19) O começo de uma aflição
¹⁸ E, quando o filho estava crescido, ocorreu, um dia, que ele saiu até ao seu pai, aos ceifeiros.
¹⁹ E ele disse ao seu pai: Minha cabeça, minha cabeça! E ele disse a um moço: Carregai-o até a sua mãe.
Algo repentino: Pelo relato nesses versículos, parece que a dor que o menino sentia não era grave, pois um servo o levou para onde a sua mãe e não o próprio pai.
(2 Reis 4:20-21) O começo de uma aflição
²⁰ E, quando ele lhe havia levado, e trazido até a sua mãe, ele se assentou sobre os joelhos dela até o meio-dia, e, então, morreu.
²¹ E ela subiu, e o deitou na cama do homem de Deus, e fechou a porta diante dele, e saiu.
A lembrança do servo de Deus: A morte dessa criança era algo inesperado, pois não foi um pedido que ela fez a Deus, mas que foi entregue como presente. O ato dela ter levado ao quarto do profeta nos mostra que ela lembrou desse fato.
Esse panorama nos deve fazer pensar que mesmo em meio as bençãos que Deus nos entrega, podem ocorrer momentos de aflições, porém é necessário lembrar de quem nos entregou o milagre.
(2 Reis 4:22-25: A fé de que tudo ia dar certo
²² E ela chamou o seu marido, e disse: Rogo-te que me envies um dos moços e um dos jumentos, para que eu possa correr até ao homem de Deus, e retornar.
²³ E ele disse: Por que irás a ele hoje? Não é nem lua nova, nem shabat. E ela disse: Isto será bom.
²⁴ Ela, então, selou um jumento, e disse ao seu servo: Conduz, e segue diante; não detenhas a tua cavalgada por minha causa, exceto se eu te pedir.
²⁵ Assim, ela foi e chegou até ao homem de Deus no monte Carmelo. E sucede que, quando o homem de Deus a viu ao longe, ele disse a Geazi, o seu servo: Eis que acolá está aquela sunamita;
A omissão da sunamita: Essa mulher cria tanto que o seu filho ressuscitaria, que chegou ao ponto de não comunicar ao seu marido do que havia ocorrido. E ela vai apressadamente na busca de Eliseu, provavelmente para que o seu esposo não sentisse a falta do menino.
(2 Reis 4:26-28) O sinal de fé
²⁶ corre agora, rogo-te, para encontrá-la, e diz a ela: Está bem contigo? Está bem com o teu marido? Está bem com o filho? E ela respondeu: Está bem.
²⁷ E quando ela chegou até ao homem de Deus no outeiro, ela o agarrou pelos pés; mas Geazi se aproximou para afastá-la. E o homem de Deus disse: Deixa-a por si; porque a sua alma está atormentada dentro dela; e o Senhor ocultou isso de mim, e não me contou.
²⁸ Então, ela disse: Pedi eu um filho ao meu senhor? Não disse eu: Não me enganes?
Tudo vai bem: Eliseu ao mandar seu servo Geazi perguntar como estava a família da sunamita, essa não responde de acordo com a realidade, mas sim com a sua fé.
Além disso, não é revelado ao profeta o que ocorreu, mas apenas a sua amargura. Um fato interessante e simbólico que deve ser frisado, é que Geazi nesse texto representa o peso da religião que tenta nos afastar de Deus e seus milagres.
A sunamita usa o fato de não ter pedido um filho, e que ainda pediu para não ser enganada, desse modo ela demonstra que não se conformava com aquela situação e esperava que fosse revertida.
(2 Reis 4:29-31) A insatisfação da Sunamita
²⁹ Então, ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, e toma o meu bordão na tua mão, e vai pelo teu caminho; se tu encontrares qualquer homem, não o saúdes; e se algum te saudar, não o respondas de volta; e deita o meu bordão sobre a face da criança.
³⁰ E a mãe da criança disse: Como vive o Senhor, e como vive a tua alma; não te deixarei. e ele se levantou e a seguiu.
³¹ E Geazi passou adiante deles, e pôs o bordão sobre a face da criança; porém não houve nem voz, nem audição. Porquanto ele foi, novamente, encontrá-lo e lhe contou; dizendo: O menino não está acordado.
Eliseu teve que ir: A ordem que o profeta passa ao servo é com o intuito de que seja rápido a sua ida até o menino. No entanto, a sunamita não se contenta apenas com a ida de Geazi, mas quer que o próprio Eliseu visite o menino que estava morto.
O bordão não tinha vida e por isso não podia entregar ao menino aquilo que não possuía, e foi esse o resultado, o menino não ressuscitou.
É importante fazer um paralelo em relação a vida do crente, que busca muita das vezes soluções em algo ou pessoas que não possuem a resposta, ao invés de buscarem em Deus.
(2 Reis 4:32-34) Passos em direção ao milagre
³² E, quando Eliseu, havia entrado na casa, eis que o menino estava morto, e deitado sobre a sua cama.
³³ Ele, portanto, entrou e fechou a porta diante de ambos, e orou ao Senhor.
³⁴ E ele subiu, e deitou-se sobre a criança, e pôs a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele; e estendeu-se sobre a criança; e a carne da criança ficou morna.
O começo da ressurreição: Tanto Geazi, como a sunamita ficaram do lado de fora esperando o milagre da ressurreição. Depois disso, todo o ato que Eliseu faz simboliza que só a vida por trazer vida, e que é por meio de Deus o autor de tudo, que esse milagre poderia se realizar.
(2 Reis 4:35-37) A ressurreição do menino
³⁵ Depois, ele retornou e andou de um lado para o outro dentro da casa; e subiu, e estendeu-se sobre ele; e a criança espirrou sete vezes, e a criança abriu os seus olhos.
³⁶ E ele chamou Geazi, e disse: Chama essa sunamita. Assim, ele a chamou. E, quando ela havia entrado diante dele, ele disse: Toma o teu filho.
³⁷ Então, ela entrou, e caiu aos seus pés, e se curvou até ao chão, e tomou o seu filho, e saiu.
O fim da aflição: Novamente Eliseu mostra que vida pode dar vida, mas o contrário não ocorre. A sunamita em sinal de gratidão a Deus pela vida de seu filho se prostra no chão, e só depois tomou o seu filho no colo.
Em 2 Reis 5, mais um milagre que parece impossível é realizado, Naamã, general do exército, é curado de sua lepra, o que para a época era impossível.
(2 Reis 4:38-39) A morte na panela
³⁸ E Eliseu voltou, novamente, a Gilgal; e houve uma gome na terra; e os filhos dos profetas estavam assentados diante dele; e ele disse ao seu servo: Prepara a panela grande e cozinha uma sopa para os filhos dos profetas.
³⁹ E um saiu ao campo para colher ervas, e encontrou uma parra brava, e dela colheu cabaças bravas que encheram o seu regaço, e veio e as desfiou na panela de sopa; porque eles não as conheciam.
Deus que alimenta: Mais um cenário transformado pela presença de Deus que chega por meio do profeta. No local onde Eliseu tinha parado, não tinha alimento, mas logo quando ele chegou deu a ordem de que fizessem comida.
É possível perceber que naquele local não havia nem mesmo os ingredientes e por isso um deles sai para pegar ervas, e no meio delas tinha uma espécie venenosa.
(2 Reis 4:40-41) A falsa doutrina
⁴⁰ Assim, eles derramaram para que os homens comesses. E sucedeu, enquanto eles estavam comendo a sopa, que eles gritaram e disseram: Ó tu homem de Deus, há morte na panela. E eles não puderam dela comer.
⁴¹ Mas ele disse: Então, trazei comida. E ele a lançou na panela; e ele disse: Derramai para o povo, para que possam comer. E não Havia mais mal na panela.
O veneno se transformou em alimento: Provavelmente alguém que tinha conhecimento sobre aquelas ervas deve ter percebido que eram venenosas.
No entanto, aquele alimento não trouxe mal algum, pois com o poder de Deus manifestado por meio da farinha que foi jogado na panela, o veneno foi neutralizado.
Simbolicamente as ervas venenos são heresias, que se parecem com a são doutrina, mas trazem morte.
(2 Reis 4:42-44) A alimentação dos cem
⁴² E veio ali um homem de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de Deus pão das primícias, vinte bolos de cevada, e espigas cheias de milho na sua palha. E ele disse: Dá ao povo para que possa comer.
⁴³ E o seu servo disse: Como deverei eu pôr isso diante de uma centena de homens? Ele disse novamente: Dá ao povo, para que possa comer; porque assim diz o Senhor: Eles comerão, e deixarão sobra.
⁴⁴ Assim, os pôs diante deles, e comeram, e deixaram sobra, segundo a palavra do Senhor.
O poder da fé: É notório nessa passagem que por meio de pequenos gestos simbólicos, ou na escassez, grandes milagres podem ser feitos por meio da palavra de Deus.
Conclusão
É possível concluir, portanto, que em 2 Reis 4, como Deus se preocupa com o ordinário das nossas vidas, como, contas fome e filhos. Nesse contexto, podemos confiar que durante os nossos dias na terra podemos confiar que o Senhor opera milagres também no cotidiano de forma extraordinária.

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1 Comentário
a paz que Deus continue te abençoando