Efésios 6 Estudo: A Importância da Obediência
No capítulo 6 de Efésios, veremos que Paulo encerra sua carta aos efésios, e após isso ele procura dar conselhos sobre as diversas maneiras de relacionamentos, que deve ser pacifica e unida. Além disso, ele também abre os olhos dos cristãos para algo muito importante: a luta e batalha espiritual.
Essa luta, na maioria das vezes, é contra os espíritos ruins, o diabo e tudo que o acompanha e Paulo nos adverte a vestir nossa armadura do Espírito Santo para poder vencer.
Esse trecho nos remete ao que esperamos encontrar na palavra de Deus, assim como o que o que o Senhor espera de nós que é obediência e respeito.
Contexto histórico
O contexto histórico de efésios 6, trata-se de escritores judeus e greco-romanos concordaram unanimemente que as crianças precisavam honrar seus pais. Já existia o mandamento de honrar e respeitar os pais que incluía viver de modo a trazer honra a eles.
Desse modo, as crianças eram ensinadas, porém muitas vezes usavam a força do espancamento, mas Paulo era contra essa forma de educação excessiva. A sociedade grega e romana era bastante dura com as crianças e recém-nascidos.
(Ef 6:1-3) A obediência
v. 1 Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
v. 2 Honra a teu pai e a tua mãe, (que é o primeiro mandamento com promessa),
v. 3 para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
A preocupação inicial de Paulo era que os filhos respeitassem seus pais. Ele diz para os filhos serem obedientes como ensina a lei da natureza, a Lei de Moisés e o evangelho.
A palavra obedecei é diferente do termo “submissão”. Obediência envolve reconhecimento de autoridade.
(Ef 6:4) Sabedoria para com os filhos
v. 4 E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.
Os pais têm a responsabilidade de disciplinar e instruir seus filhos. Paulo indicou que os pais (homens) devem provocar ira a vossos filhos. A disciplina não deve ser feita com tirania muito menos com ira.
(Ef 6:5-9) A importância da sinceridade do coração
v. 5 Servos, obedecei àqueles que são os vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo;
v. 6 não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo a vontade de Deus de coração;
v. 7 servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens;
v. 8 sabendo que toda a boa coisa que cada um fizer, o mesmo ele receberá do Senhor, seja ele servo, seja livre.
v. 9 E vós, senhores, fazei as mesmas coisas para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e não há acepção de pessoas com ele.
Assim como o Antigo Testamento, o Novo Pacto também dá diretrizes sobre servos e a escravidão. Estas diretrizes não fazem vista grossa á escravidão, são apenas uma norma ética a ser seguida em lugares e épocas em que havia tal sistema.
Paulo alegou que servos e senhores eram iguais diante de Deus, e isso deve ter chocado seus contemporâneos. A lei romana discriminava os servos, mas a lei celestial não.
Neste contexto, as palavras de Paulo fundamentaram um novo sentido de fraternidade entre classes e, tempos mais tarde, foram usadas para inspirar o movimento abolicionista.
(Ef 6:10-13) Sejam fortes as tentações
v. 10 E finalmente, meus irmãos, sede fortes no Senhor e na força do seu poder.
v. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
v. 12 Porque não lutamos contra carne e sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os governantes das trevas deste mundo, contra a maldade espiritual em regiões celestiais.
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v. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Paulo afirmou três vezes que os cristãos devem estar firmes e fortes contra as ciladas do Diabo, isto é, ficar firmes na batalha espiritual contra a maldade espiritual em regiões celestiais.
(Ef 6:14-16) A armadura de Deus
v. 14 Portanto, estai firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça,
v. 15 e calçados os vossos pés na preparação do evangelho da paz;
Esta armadura para a defesa descrita por Paulo é composta de cinco itens. O apóstolo diz para os cristãos vestirem “a armadura de Deus” (v. 13), o que aponta para a natureza divina da armadura, e não para o fato de ela estar completa.
(Ef 6:16-17) O poder da espada do Espírito
v. 16 tomando, sobre tudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
v. 17 E tomai o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
Só havia uma arma de ataque nesta armadura: uma espada curta usada no combate próximo. Esta “espada” simboliza a palavra de Deus.
Por sua finalidade, conteúdo e origem, a Escritura (palavra de Deus) pode ser descrita como “palavra fiel” (2Tm 2:11) e “confirmada” (Hb 2:3), (2Pe 1:19), e algo que “permanece para sempre” (1Pe 1:24-25).
(Ef 6:18-20) O poder da oração
v. 18 Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos,
v. 19 e por mim; que a palavra me seja dada, para que eu possa abrir a minha boca ousadamente, para fazer conhecido o mistério do evangelho,
v. 20 pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele ousadamente, como me convém falar.
Cada item da armadura deve ser cuidadosamente vestido com oração, tirando forças dos recursos divinos.
Esta oração é energizada pelo Espírito, capacitada por Ele e dirigida por Ele. Orar no Espírito é admitir que somos ignorantes e dependemos de Deus.
(Ef 6:21-24) Que a paz seja contigo
v. 21 Ora, para que vós também possais saber das coisas acerca de mim e o que faço, Tíquico, irmão amado e fiel ministro do Senhor, vos fará saber todas as coisas,
v. 22 o qual vos enviei para o mesmo propósito, para que conheçais as coisas a nosso respeito, e para que ele console os vossos corações.
v. 23 Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus o Pai e da do Senhor Jesus Cristo.
v. 24 A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade. Amém.
Paulo termina com uma saudação sem as típicas referências pessoais de suas cartas. Fica difícil explicar esta omissão se pensarmos que a carta era apenas para a igreja de Éfeso, pois Éfeso foi o lugar em que Paulo passou o maior tempo de seu ministério (At 18:19), e ele devia ter muitos amigos ali.
Por esta razão, muitos concluem que esta carta foi escrita para circular entre outras igrejas da região, e não apenas para a igreja de Éfeso.
É bem provável que Tíquico tenha levado esta carta, junto com a carta para a igreja de Colossos e o estenógrafo pessoal Filemom.
5 importantes lições que podemos aprender em Efésios 6
- A Importância da Armadura de Deus: Paulo descreve a armadura espiritual que os crentes devem usar para enfrentar as batalhas espirituais. Isso nos lembra da importância de estarmos preparados espiritualmente, revestindo-nos diariamente com a verdade, justiça, evangelho da paz, fé, salvação e a Palavra de Deus.
- O Papel da Oração: Paulo enfatiza a necessidade de oração constante e perseverante. Ele encoraja os crentes a orarem em todo tempo, com toda sorte de súplicas, no Espírito, estando alerta e perseverando. Isso nos leva a compreender que a oração é uma ferramenta poderosa na vida do crente e uma maneira de permanecer conectado com Deus.
- O Combate Contra as Forças Espirituais: Paulo destaca que nossa luta não é contra carne e sangue, mas sim contra as forças espirituais do mal. Isso nos lembra que o verdadeiro inimigo está por trás das circunstâncias e que precisamos usar as armas espirituais que Deus nos deu para resistir ao mal.
- A Necessidade de Permanecer Firmes: Paulo instrui os crentes a permanecerem firmes no Senhor e no poder de Sua força. Isso nos lembra da importância de confiarmos em Deus em meio às dificuldades e de nos mantermos inabaláveis em nossa fé, independentemente das circunstâncias.
- O Papel dos Relacionamentos Cristãos: Paulo fala sobre a importância dos relacionamentos dentro da família e da comunidade cristã. Ele destaca os papéis dos pais e filhos, bem como dos servos e mestres, enfatizando o amor, o respeito e a submissão mútua. Isso nos lembra da importância de relacionamentos saudáveis e amorosos dentro da família e da igreja.
Conclusão
Portanto, o apóstolo deixa claro que todos nós cristãos estamos envolvidos em uma batalha espiritual e devemos estar prontos, com a armadura do Senhor para lutar e vencer.
Sendo assim, é importante que estejamos sempre atentos, orando e próximos ao nosso Deus, pois as adversidades são muitas e o diabo está sempre na espreita.
Tenha como prioridade seu alimento espiritual e revista-se todos os dias da armadura de Deus e fortaleça sua alma com orações e proximidade com o Criador.

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