Êxodo 1 Estudo: Nascimento de Moisés e a Libertação do Povo de Israel

Neste capítulo de Êxodo 1 estudo, aprenderemos sobre o nascimento de Moisés e a libertação do povo de Israel. Neste livro veremos Deus se revelando ao povo que havia escolhido.

O primeiro capítulo conta que setenta pessoas descenderam de Jacó, no Egito, contudo Deus os fizera fecundos e em muito se multiplicaram. Após, falece José e se levanta outro Rei, o qual não conhecia José.

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Este novo rei, temendo o aumento do povo de Israel e sua prosperidade, astutamente, usa de servidão para com eles, a fim de subjugá-los, procurando evitar uma eventual insurgência.

Mesmo diante de aflição o povo crescia, fazendo com que os egípcios usassem de tirania contra eles a tal ponto que, o rei, manda que as parteiras hebreias matassem todos os meninos.

Estas, temendo a Deus não o fazem e Deus as recompensa por isso. Então, Faraó determina que aqueles meninos que nascessem fossem lançados no Nilo.

Êxodo 1 estudo: Contexto histórico

No último capítulo de Gênesis, José chora a morte de Jacó e, com o consentimento de Faraó, leva o corpo de seu pai para ser sepultado na terra de Canaã.



José confirma o perdão aos irmãos, os tranquilizando e assegurando que seriam sustentados e cuidados por ele. Em seguida as escrituras relatam sua morte.

Então, este primeiro capítulo de Êxodo narra como o povo de Israel havia se estabelecido no Egito, em decorrência de José, Governador, ter reencontrado os irmãos e o pai, Jacó.

Então, a terra enfrentava um período de severa fome e Deus havia usado José para conduzir aquela grande crise e, de igual forma, livrar o povo de Israel, bem como introduzi-lo no Egito. Na época do nascimento de Moisés, havia se iniciado a décima oitava dinastia de reis.

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(Êxodo 1:1-4) Descendência de Jacó

v. 1 Agora, estes são os nomes dos filhos de Israel que entraram no Egito com Jacó; cada homem entrou com sua família.

v. 2 Rúben, Simeão, Levi e Judá,
v. 3 Issacar, Zebulom e Benjamim,
v. 4 Dã, Naftali, Gade e Aser.

Estes versículos resumem Gn 37-50, os quais descrevem em detalhe como a família de Jacó chegou ao Egito, o acolhimento que eles receberam, a morte de Jacó e a de José. A lista dos filhos (v. 2-4) não segue a ordem cronológica.


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Ela começa com os seis filhos de Lia, e então Benjamim, o filho mais moço de Raquel. José, o filho mais velho de Raquel, tinha vindo primeiro ao Egito, antes de Jacó e os demais.

Os nomes continuam com os dois filhos da serva de Raquel e finalmente os dois filhos da serva de Lia. Sem mencionar as mães, a disposição da lista reflete tensões familiares.

(Êxodo 1:5) Número de descendentes

v. 5 Todas as almas, pois, que saíram dos lombos de Jacó foram setenta almas, porém José  estava no Egito.

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Outras duas passagens da Escritura também afirmam que o número dos que foram para o Egito era de setenta (Gn 46:27).

A Septuaginta (em Gn 46:27 e Ex 1:5 mas não em Dt 10:22), dois manuscritos de Qumran de Êxodo, e At 7:14 mencionam 75.

A Septuaginta de Gn 46:20 lista cinco filhos e netos de Efraim e Manassés. Estes não são mencionados no texto hebraico e, por essa razão, explicam os diferentes totais.

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(Êxodo 1:7) A multiplicação dos israelitas

v. 7 E os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e tornaram-se grandemente fortes; e a terra se encheu deles.

Os versículos 7, 12, e 20 usam vários termos para falar a respeito da multiplicação dos israelitas. Estes termos também aparecem repetidamente nos mandatos de Deus na criação e no dilúvio (Gn 1:20-22) e em promessas que Ele fez aos patriarcas (Gn 17:2).

Qualquer rei egípcio que, por temer os israelitas, se opusesse ao crescimento de sua população estava se opondo aos propósitos do Senhor, filha do Faraó.

Êxodo 1:8-22 – Os intentos contra os israelitas

Estas tentativas fracassadas de atuar sabiamente para com os israelitas parecem crescer em desespero e declinar em astúcia. O rei do Egito nunca reexaminou as próprias suposições; ele apenas tentou novos métodos.

(Êxodo 1:8) Uma nova dinastia no Egito

v. 8 Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera José.

Uma explicação plausível das relações dos egípcios com os israelitas afirma que José veio para o Egito quando a nativa Xll dinastia egípcia governou no período do Império Médio.

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Anos mais tarde, estrangeiros semitas conhecidos como “Hicsos” assumiram o controle de grande parte do Egito até o tempo de Kamés, que reafirmou o governo egípcio.

O novo rei não é mencionado em êxodo, nem o é qualquer outro rei egipcio, mas talvez ele fosse um governante hicso sem relação com os direitos concedidos aos israelitas por um regime anterior.

Uma outra suposição é a de que o “novo rei” era Ahmes, que sucedeu seu irmão Kames como governante, reinou cerca de 25 anos, completou a restauração do governo egípcio, e fundou a XVIII dinastia e o período do Império Novo, período este no qual o Egito exerceu uma poderosa presença no antigo Oriente Próximo.

Qualquer rei da XVIII dinastia poderia ter desconfiado dos israelitas, no caso de os associar a estrangeiros como os expulsos Hicsos.

(Êxodo 1:9) Israel: de uma família a um povo

v. 9 E ele disse a seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é maior e mais poderoso do que nós.

Esta é a primeira vez que o povo dos filhos de Israel é chamado de “povo.” Eles vieram ao Egito como uma família estendida, mas agora o Faraó comparava o número deles com o de seu próprio povo.

Este exagero indica a ânsia do Faraó de convencer seus cortesões de que eles deveriam tomar uma ação decisiva.

(Êxodo 1:10) A ameaça dos israelitas

v. 10 Vinde, atuemos sabiamente com eles, para que não se multipliquem e aconteça que, vindo uma guerra, eles se ajuntem com os nossos inimigos e lutem contra nós, e assim se retirem da terra.

As preocupações do Faraó são irônicas em vista da declaração posterior do Senhor de que, se os israelitas se enfrentaram com a guerra no caminho para Canaã, eles fugiriam de volta ao Egito em busca de segurança (Ex 13:17).

(Êxodo 1:11) Pitom e Ramessés: celeiros de Faraó

v. 11 Por isso, designaram sobre eles capatazes para afligi-los com suas cargas. E construíram para Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés.

Cidades de tesouros armazenavam produtos agrícolas e outros itens úteis como parte da estratégia do rei de supervisão do país (Gn 41:35).

(Êxodo 1:12) Um plano mal sucedido

v. 12 Mas quanto mais os afligiam, mais eles se multiplicavam e cresciam. E por isso se afligiram por causa dos filhos de Israel.

Os moabitas tinham em comum com os egípcios este temor dos israelitas quando viram que eles eram tão numerosos (Nm 22:3).

O esquema do Faraó resultou em mais israelitas e mais temor entre os egípcios, e não menos de ambos como tinha pretendido.

(Êxodo 1:13-14) A dura servidão no Egito

v. 13 E os egípcios fizeram os filhos de Israel servir com rigor,
v. 14 e tornaram a sua vida amarga com dura escravidão, com argamassa e tijolos, e em todos os tipos de serviço no campo, em todo seu serviço, em que os faziam servir, era com rigor.

Cinco formas da mesma palavra hebraica são traduzidas aqui como formas de “trabalho” ou “tarefa.” (Uma palavra diferente para serviço encontra-se no v. 11).

A repetição faz lembrar o que os egípcios estavam fazendo, e também prepara para fazer uma comparação, visto que a mesma palavra pode se referir ao serviço de adoração.

O Senhor daria aos israelitas um novo trabalho de um tipo diferente (Ex 3:12). Em outros lugares formas da palavra traduzida por amarga descrevem situações de severa privação e perda (Rt 1:13).

(Êxodo 1:15) Sifrá e Puá: uma menção honrosa

v. 15 E o rei do Egito falou às parteiras hebreias, das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra Puá,

Neste livro, que demonstra profundo interesse em identidades, é irônico que o nome do rei seja omitido, entretanto, as parteiras que honraram a Deus são mencionadas pelo nome.

O versículo 15 começa com a introdução para a fala do rei,mas, então, é como se o rei não pudesse falar até que as parteiras fossem identificadas.

A demora é mais evidente no hebraico, uma vez que o versículo 16 começa novamente com a mesma declaração e ele disse…e rei inicia o versículo 15.

(Êxodo 1:16) A ordem de execução dos nascituros

v. 16 e ele disse: Quando fizerdes o trabalho de parteira às mulheres hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, havereis de matá-lo, mas se for filha, ela deverá viver.

Virdes sobre os assentos é literalmente “olhem para as pedras,” um termo que se refere aqui aos genitais. As ordens são claras: as parteiras devem matar os filhos israelitas e deixar as filhas viverem.

(Êxodo 1:17) Parteiras tementes a Deus

v. 17 Mas as parteiras temiam a Deus e não fizeram conforme o rei do Egito lhes ordenara, mas salvaram os meninos, deixando-os viver.

Ao deixarem viver os meninos, as parteiras mostraram que elas temiam a Deus em vez do Faraó (Sl 96).

(Êxodo 1:18-20) Um argumento crível

v. 18 E o rei do Egito chamou as parteiras e lhes disse: Por que fizestes esta coisa, e salvastes os meninos, deixando-os viver?

v. 19 E as parteiras disseram a Faraó: Porque as mulheres hebreias não são como as mulheres egípcias, pois elas são vivazes e já deram à luz antes que as parteiras cheguem a elas.

v. 20 Por isso Deus agiu bem com as parteiras; e o povo se multiplicou, e tornou-se muito forte.

Verdade ou não, a desculpa das parteiras acerca da capacidade superior das mulheres hebreias deve ter sido crível, uma vez que o Faraó não levou o caso adiante.

(Êxodo 1:22) A alternativa tirana

v. 22 Faraó ordenou a todo o seu povo, dizendo: Todo filho que é nascido deveis lançar ao rio, e toda filha preservareis com vida.

Quando o Faraó ordenou a todo o seu povo, o seu desejo desesperado de matar os israelitas ficou evidente.

Conclusão

Pode-se extrair do trecho bíblico, Deus administrando todas as coisas. Ele fez o povo fecundo, conforme Sua promessa. Ele estava criando um povo forte. Com isso, Faraó impõe dura servis sobre os filhos de Deus, os fazendo penar.

Talvez, o pensamento fosse: foi para isso que Deus nos trouxe ao Egito? A verdade é que Deus enviara o povo àquele lugar, em tempo oportuno, para o livrar da fome e, agora, permite que eles se multiplicassem e permite a ira de faraó, não apenas para que entendessem que era momento de partir, mas para que valorizassem a liberdade, para a qual Deus os havia formado.

Naquela cultura, os reis eram considerados deuses, no entanto vemos as parteiras descumprindo as ordens de Faraó, uma vez que temeram a Deus. Isso demonstra que elas conheciam o Senhor e o reconheciam como soberano.

Ele as abençoa por tê-lo temido. Essas profissionais estavam diante de uma autoridade terrena e uma autoridade celestial.

Isso nos ensina que não estamos isentos de sopesar todas as coisas, mesmo diante de determinações legais.

Obviamente, isso não significa que Deus, levianamente, nos ordena a descumprir as autoridades terrenas. Longe disso, afinal toda autoridade Ele constituiu e as devemos obediência.

Contudo, essa autoridade humana está limitada a vontade e princípios de Deus. Ele responderá nossa obediência com proteção e bênçãos inestimáveis.

Êxodo 1 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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