Êxodo 16 Estudo: O Pão do Céu

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Neste capítulo de Êxodo 16 estudo, veremos que, o povo de Israel, parte para o deserto de Sim. Neste momento, todos murmuraram dizendo que foram trazidos ao deserto para morrerem de fome e, no Egito, se fartavam de pão e carne.

Então, o Senhor manda que Moisés comunicasse o povo que faria chover pão, para pô-los à prova. A orientação era de que o povo colhesse o maná, necessário para cada e, apenas no sexto dia guardassem o dobro, para no sábado descansarem.

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Ademais, Deus envia, ainda, codornizes que cobriram o arraial e o povo se farta de carne. O povo deveria comer, do maná, a medida de um gômer por cabeça, em cada casa.

Algumas pessoas desobedeceram e colheram maná a mais, no estando, este deu bicho e cheirou mal, no dia seguinte. Aqueles que colheram a mais no sexto dia, na manhã seguinte estava bom para o consumo.

Após, Deus manda que Moisés guardasse um gômer, do maná, para servir de testemunho para as próximas gerações. O povo comeu do maná por quarenta anos.

Êxodo 16 estudo: Contexto histórico

Anteriormente, vimos Moisés e os israelitas apresentando louvores de gratidão a Deus, expressando sobre o triunfo do Senhor e o livramento de seu povo.



Também, vimos Miriã e as demais mulheres louvando e dançando, expressando, assim, a alegria da travessia pelo Mar Vermelho.

Posteriormente, após três dias de caminhada pelo deserto, a água cessa, oportunidade em que o povo murmura.

Deus manda que Moisés lançasse uma árvore na fonte de águas amargas, que encontraram, e elas se transformam em doce.

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Deus, então, dá um estatuto para o povo, mandando que estes lhe obedecessem, seguissem suas determinações, para que não viessem a sofrer como os egípcios sofreram.

(Êxodo 16:1) O deserto de Sim

v. 1 E tomaram a sua jornada de Elim, e toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, no décimo quinto dia do segundo mês depois da sua partida da terra do Egito.

O Deserto de Sim usa uma palavra hebraica transliterada que pode ser uma forma abreviada de Sinai. O lugar tradicional do monte Sinai, Jebel Musa em árabe, fica ao sul da península do Sinai.


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Outros lugares propostos para o monte Sinai estão situados na parte central e norte do Sinai e a leste do golfo de Ácaba. Apenas um mês se passou desde que os israelitas deixaram o Egito.

(Êxodo 16:2-3) A murmuração dos israelitas

v. 2 E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto,

v. 3 e os filhos de Israel disseram a eles: Quem dera tivéssemos morrido pela mão do SENHOR na terra do Egito, quando estávamos assentados junto às panelas de carne, e quando comíamos pão à vontade; porque nos trouxestes para este deserto para matar toda esta assembleia de fome.

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Desta vez, a reclamação de Israel é mais longa e mais hostil. A memória do povo era curta e o seu coração era ingrato. Se Deus estava para deixá-los morrer, eles preferiam antes que Ele fizesse isso no Egito.

Eles não levavam em consideração os atos da mão do SENHOR em favor deles no passado, como também no futuro (cp. 2Sm 24:13-14).

(Êxodo 16:4) Colocados à prova

v. 4 Então o SENHOR disse a Moisés: Eis que vos farei chover pão do céu, e o povo sairá e colherá a porção de cada dia, para que eu o prove se anda na minha lei ou não.


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Durante o período entre o êxodo e a outorga do pacto no Sinai, o Senhor e Israel puseram-se mutuamente à prova, o Senhor procurando ver se os israelitas confiavam nele e O obedeceriam depois que experimentassem todos os Seus esforços em favor deles.

Os israelitas procuravam pôr Deus na posição de satisfazer-lhes as reivindicações. No processo destas tentativas, as qualidades e os valores dominantes de ambos são manifestados (Ex 15:25-26).

Anda na minha lei ou não é lit. “andam em minhas instruções”. Visto que o andar é o modo mais comum das pessoas se deslocarem, ele constitui boa terminologia para se falar acerca de conduta de vida (Dt 5:33).

(Êxodo 16:6-8) A glória de Deus

v. 6 Então disse Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: À tarde sabereis que o SENHOR é quem vos tirou da terra do Egito,

v. 7 e pela manhã, então vereis a glória do SENHOR; porque ele ouve as vossas murmurações contra o SENHOR. E quem somos nós, para que murmureis contra nós?

v. 8 E Moisés disse: Isso será quando o SENHOR à tarde vos der carne para comer, e pela manhã pão à vontade, pois o SENHOR ouve as vossas murmurações que murmurais contra ele. E quem somos nós? Vossas murmurações não são contra nós, mas contra o SENHOR.

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O Senhor continuou a agir para Se dar a conhecer e revelar a Sua glória (Ex 6:6). Quem somos nós é lit. “o que somos nós?”

Obtuso que Moisés faz do pronome interrogativo que usualmente se refere a coisas em vez de pessoas, apresenta ele próprio e Arão como sem importância na situação. A queixa deles contra Moisés e Arão era de fato uma queixa contra o Senhor.

(Êxodo 16:10) A Excelência manifestada

v. 10 E aconteceu, quando Arão falou a toda a congregação dos filhos de Israel, que eles olharam para o deserto, e eis que a glória do SENHOR apareceu na nuvem.

Como sua tradução em português, a palavra hebraica para glória se refere à excelência de Deus manifestada, muitas vezes em ação, como aqui. Ela também pode se referir ao reconhecimento dessa excelência, como quando se diz que alguém “dá glória”.

(Êxodo 16:13) Codornizes

13 E aconteceu que, à tarde subiram codornizes e cobriram o acampamento, e pela manhã estava o orvalho ao redor do arraial.

Diferentemente do maná, as codornizes não se tornaram parte da alimentação diária dos israelitas (Nm 11:4-6). Quando as codornizes migram entre a Europa e a África, elas voam pelo norte do Sinai, e estão sujeitas a correntes de vento, e precisam descansar após voarem sobre o mar Mediterrâneo.

(Êxodo 16:18-19) Um gômer

v. 18 E quando o mediram com um ômer, o que tinha ajuntado muito não tinha demais, e o que tinha ajuntado pouco não tinha falta; ajuntaram cada homem de acordo com o seu comer.
v. 19 E disse Moisés: Que nenhum homem deixe dele até de manhã.

Aqueles que ignoraram a instrução de não se guardar nada do maná para o dia seguinte presumivelmente ficaram sem o suficiente para comer. Eles deixaram de gozar da provisão do Senhor em razão de sua desconfiança.

(Êxodo 16:23-26) Shabat

v. 23 E disse-lhes: Isto é o que o SENHOR disse: Amanhã é o descanso do shabat santo ao SENHOR; o que quiserdes assar, assai-o, e o que quiserdes cozer, cozei-o; e o que restar guardai para vós até pela manhã.


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v. 24 E eles o guardaram até a manhã seguinte, como Moisés ordenara, e não cheirou mal, nem havia verme algum nele.

v. 25 E disse Moisés: Comei isso hoje; pois hoje é o dia do Shabat do SENHOR, pois hoje não o achareis no campo.
v. 26 Seis dias o colhereis, mas no sétimo dia, que é o shabat, nele não haverá.

Sábado é uma forma aportuguesada da palavra hebraica shabat, associada a um verbo que significa “cessar, parar, repousar” (Gn 8:22).

(Êxodo 16:28) Um povo desobediente

v. 28 E disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis obedecer aos meus mandamentos e às minhas leis?

A pergunta retórica expressa o descontentamento do Senhor e retorna ao tema da provação com vistas à obediência (Ex 15:25-26). A recusa dos israelitas em cumprir as instruções do Senhor os coloca na mesma posição do Faraó, que não quis se humilhar (Dt 8:16).

(Êxodo 16:29) O descanso

v. 29 Vede, pois o SENHOR vos deu o shabat, por isso ele vos dá no sexto dia o pão para dois dias. Permanecei cada homem no seu lugar; que nenhum homem saia de seu lugar no sétimo dia.

O Faraó tinha se recusado a dar aos israelitas alguns dias de descanso, e deixou de fornecer a palha necessária para o trabalho deles. Mas o Senhor providenciou um dia de descanso a cada semana e o alimento que os israelitas precisavam para esse dia de descanso.

(Êxodo 16:31-35) O maná

v. 31 E a casa de Israel chamou o nome disso maná. E era como semente de coentro, branco, e o seu gosto era como coscorões feitos com mel.

v. 32 E Moisés disse: Isto é o que o SENHOR ordenou: Enche um ômer dele e guarda-o para as vossas gerações, para que vejam o pão com o qual eu vos alimentei no deserto, quando vos tirei da terra do Egito.

v. 33 E Moisés disse a Arão: Toma um vaso, e coloca um ômer de maná nele, e guarda-o diante do SENHOR, para ser guardado para as vossas gerações.

v. 34 Assim como o SENHOR ordenara a Moisés, assim Arão o pôs diante do Testemunho, para ser guardado.

v. 35 E os filhos de Israel comeram maná quarenta anos, até que chegaram a uma terra habitada; eles comeram o maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.

O nome maná é a forma aportuguesada da palavra hebraica man (interrogativo “o que?”), que parcialmente ecoava a pergunta no versículo 15, (Heb.) man hu‘, “que é isso?

Nenhuma substância que ocorra naturalmente combina com a descrição, a constância, e a duração do maná, de maneira suficiente para explicá-la.

Testemunho, é uma forma abreviada de “a arca do testemunho,” a caixa que mais tarde conteria os Dez Mandamentos e testemunharia a respeito do pacto que o Senhor tinha feito com Israel (Ex 25:16).

A construção da arca é descrita em Êx 37:1-9, de modo que ela não foi construída senão após Ex 16:33-34. Deus continuou enviando o maná até o dia em que, pela primeira vez, os israelitas comeram da comida produzida em sua nova terra (Js 5:12).

Assim, as instruções aqui de Moisés a Arão podiam ter sido dadas em qualquer tempo após a construção do tabernáculo.

(Êxodo 16:36) A medida de um ômer

v. 36 Ora, um ômer é a décima parte de um efa.

A medida de aproximadamente um jarro (Heb. ‘omer‘ aparece somente em Êxodo 16. Aparentemente, a arroba (Heb. ephoh) permaneceu em uso mais tempo que o ‘omer. A passagem de uma geração ou uma mudança de região pode tornar tais explicações úteis.

Conclusão

Conforme já mencionamos, toda a velha aliança apontava para a nova aliança, para algo que estava por vir e, de igual modo, ainda virá. Sem dúvidas, Deus estava ensinando a Seu povo que Dele provêm tudo que precisamos para viver.

As escrituras revelam que Deus havia dado o maná aos israelitas, no deserto, para aprenderem que, não apenas de pão viveria o homem mas de toda palavra que saísse da boca de Deus (deuteronômio 8:3), ou seja, o maná representa a palavra de Deus.

Noutro momento, vemos que Deus ordena que o maná fosse guardado para que servisse de testemunho para as próximas gerações.

Quando as escrituras relatam que Arão colocou o maná diante do Testemunho, se referia à Arca do Testemunho ou, também, denominada como, Arca da Aliança (Êxodo 25:10-22).

Ademais, vemos o Senhor determinando a medida exata de maná a ser recolhido, pelas manhãs, sendo esta a de um gômer, por cabeça, dentro de cada lar. Um gômer representava a medida de um décimo de efa, o que equivale, a 1,76 litros.

No entanto, no sexto dia, eles deveriam recolher a mais, para no sétimo dia descansar e, apenas, usufruir daquilo que haviam colhido nos dias anteriores.

As escrituras comparam a forma de nutrição do espírito, à forma que nutrimos o corpo, revelando, assim, uma necessidade de consumo de alimento espiritual constante. Jesus é o pão e a fonte da vida (João 6:35).

Ele representa a palavra de Deus, afinal é o verbo que se fez carne (João 1: 14). Com isso podemos concluir que a vontade de Deus é que busquemos diariamente Sua palavra.

Haverá um maná fresco disponível com a nutrição que precisamos todos os dias. Por fim, cumpre-nos compreender que, o descanso no sábado, nos ensina que, além de buscarmos Sua palavra, precisamos praticá-la, precisamos obedecê-la!

Êxodo 16 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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