Levítico 13 Estudo: Lei Acerca da Lepra
Neste capítulo de Levítico 13 estudo, veremos que é tratado sobre a lei acerca da lepra. Vemos que os sacerdotes eram os responsáveis por avaliar e diagnosticar tanto a doença, quanto a sua cura e, a partir disso, deveria tomar a atitude pertinente.
Caso houvesse alguma averiguação de possibilidade de lepra, sem que ela estivesse em seu nível mais avançado e, não fosse possível constatar, veementemente, naquele momento, encerrava-se a pessoa por sete dias, oportunidade em que, após, o sacerdote examinaria, novamente.
A pessoa seria encerrada por mais sete dias, conforme fosse necessário para o diagnóstico. O leproso seria considerado imundo, durante os dias em que estivesse doente.
Ele deveria rasgar suas vestes, desgrenhar os cabelos e cobrir o bigode, devendo, ainda, clamar a palavra “imundo”. Esta pessoa, ainda, deveria habitar fora do arraial, solitariamente.
O mesmo procedimento de averiguação deveria ser feito com tecidos ou roupas de pele, as quais teriam que ser queimadas, caso constatada a lepra.
Levítico 13 estudo: Contexto histórico
No capítulo anterior, Deus determinou que, a mulher que concebesse um filho, ficaria imunda por sete dias. No oitavo dia, deveria circuncidar o menino e se purificar, pelo período de trinta e três dias.
Se concebesse uma filha, estaria imunda por duas semanas e, seu período de purificação, duraria sessenta e seis dias.
Para ambos os sexos, findo os dias de purificação, a mãe deveria tomar um cordeiro, de um ano, para holocausto, e um pombinho ou uma pombinha.
Se tivesse menos condições financeiras, poderia trazer dois pombinhos ou duas pombinhas.
Levítico 13:1-14 – Pureza física
As instruções acerca da pureza física enfatizam a santidade de Deus e a necessidade de pureza em cada aspecto de nosso relacionamento com Ele.
Para que o povo do pacto de Deus pudesse entrar no tabernáculo – isto é, entrar no local de adoração e comunhão com Ele – seus corpos tinham de estar livres de doenças de pele.
Os sacerdotes diagnosticavam a doença e isolavam o doente. No entanto, Deus, em sua graça, tomou providências para a restauração do grupo isolado depois que ocorresse a cura. Uma pessoa restaurada poderia voltar para a comunidade dos fiéis.
(Levítico 13:1) Deus fala com Moisés e Arão
v. 1 E o SENHOR falou a Moisés e a Arão, dizendo
Deus se dirigiu a Moisés e a Arão juntos no versículo Lv 14:33.
(Levítico 13:2) Doenças de pele
v. 2 Quando um homem tiver na pele da sua carne inchação, ou erupção, ou mancha clara, e estiver na pele de sua carne como praga de lepra, então ele será levado a Arão, o sacerdote, ou a um de seus filhos, os sacerdotes.
A palavra hebraica para “doença de pele” (tsorg oth) foi traduzida para o grego como lepra e transliterada como tal para o latim. Assim, a maioria das traduções do português traduz a palavra como “lepra”.
No entanto, a palavra hebraica é um termo genérico que se refere a mudanças na superfície da pele humana e pode ser melhor traduzida por doença de pele; também pode indicar fungos ou míldio (Lv 14:34). Durante o período pós-exílico, os rabinos identificaram 72 tipos de doenças de pele.
(Levítico 13:3-8) Diversidades de doenças de pele
v. 3 E o sacerdote examinará a praga na pele da carne; e quando o cabelo na praga se tornar branco, e a praga parecer ser mais profunda do que a pele da sua carne, esta é praga de lepra, e o sacerdote o verá e o declarará impuro.
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v. 4 Se a mancha clara na pele de sua carne for branca, e não parecer ser mais profunda do que a pele, e o cabelo não se tornar branco, então o sacerdote encerrará o que tem a praga por sete dias.
v. 5 E o sacerdote o examinará no sétimo dia; e eis que, se a praga, ao seu parecer, parou, e a praga não se estender na pele, então o sacerdote o encerrará por mais sete dias.
v. 6 E o sacerdote o examinará novamente ao sétimo dia; e eis que se a praga estiver um pouco escura, e a praga não se espalhou na pele, então o sacerdote o declarará limpo; não é nada senão um abscesso; e ele lavará as suas vestes, e será limpo.
v. 7 Mas se o abscesso se estender muito na pele, depois de ele ter ido ao sacerdote para a sua purificação, novamente ele será visto pelo sacerdote.
v. 8 E se o sacerdote o examinar, e vir que o abscesso na pele se estendeu, então o sacerdote o declarará impuro; isto é lepra.
Aqui são descritos dois tipos de problema. Um deles pode ser classificado como menor porque a doença não era tão grave e o isolamento não era por muito tempo; já no segundo tipo, o infinitivo absoluto no v. 7 indica que a infecção se espalhou drasticamente.
O período ritual de sete dias predomina em Levítico (Lv 8:33). O número sete e seus derivados ocorrem 176 vezes em Levítico. O número sete simboliza plenitude, perfeição ou conclusão.
Mais tarde, rabinos sugeriram que a pessoa isolada fosse banida para fora do campo ou da cidade, enquanto outros sugeriram que isso fosse feito em locais especiais, como no caso do rei Uzias (2Rs 15:5).
(Levítico 13:9) A praga da lepra
v. 9 Quando a praga de lepra for no homem, ele será trazido ao sacerdote;
A lepra envelhecida na pele envolvia a presença de carne viva, o que tornava a pessoa impura. A palavra Hebraica tsarg ath aparece 35 vezes no antigo testamento, mas apenas seis vezes fora de Levítico (Dt 24:8). O indivíduo é declarado impuro sete vezes no capítulo 13 (v. 11).
(Levítico 13:25) Psoríase
v. 25 então o sacerdote a examinará; e eis que, se o cabelo na mancha clara tornou-se branco, e ela parecer mais funda do que a pele, isto é uma lepra que brotou da queimadura; portanto, o sacerdote a declarará impura: isto é praga de lepra.
O estado de pele descrito aqui poderia ser identificado como psoríase.
(Levítico 13:30) Lepra na cabeça ou na barba
v. 30 então o sacerdote examinará a praga; e eis que, se ela parecer mais funda do que a pele, e houver nela cabelo fino e amarelo, então o sacerdote o declarará impuro: isto é tinha seca; lepra da cabeça ou da barba.
O termo tinha seca só aparece neste perícope da Bíblia (v. 30-37). Ele se refere a uma doença de pele que aparecia na cabeça ou barba de uma pessoa.
(Levítico 13:45-46) A lamentação do leproso
v. 45 As roupas do leproso, em quem está a praga, serão rasgadas, e a sua cabeça descoberta; e ele cobrirá seu lábio superior e clamará: impuro, impuro.
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v. 46 Todos os dias em que a praga estiver nele, será sujo; impuro está, habitará só; fora do acampamento será a sua habitação.
Aquele que fosse considerado impuro era relegado a viver fora da comunidade até ser curado. As roupas rasgadas eram um sinal de lamentação, ao passo que o grito era um alerta para aqueles que estiverem cerimonialmente puros.
Esta prática ainda era observada no tempo de Jesus, quando 10 homens com graves doenças de pele moravam distantes da comunidade e Jesus lhes disse que se mostrassem ao sacerdote depois que os curou (Lc 17:11-14).
(Levítico 13:47-59) Doenças diversas
Tal como nas doenças de pele contagiosas, assim também com o mofo e outros fungos; nenhuma mancha de tecidos ou couro que pudesse se espalhar deveria minar a pureza cerimonial da comunidade.
Conclusão
Na época, não existia cura para a lepra, embora, atualmente, haja. Ela poderia designar diversos fungos e bactérias. Hoje, a doença é comumente tratada como hanseníase, a qual revela-se extremamente contagiosa.
Trata-se de uma bactéria que causa manchas na pele, ataca os nervos, ocasionando perda de força muscular, diminuição da sensibilidade, lesões deteriorantes, cegueira, ressecamento de pele, paralisia, etc.
Mesmo nos dias atuais, seu tratamento pode durar mais de um ano e, em dependendo do caso, causar deformidades severas, além dos traumas psicológicos.
Deste modo, imaginemos a situação das pessoas que eram acometidas por essa doença terrível.
Muito embora, como servos do Senhor, sintamos enorme empatia ao sermos levados a meditar sobre estes casos, é importante destacar que, neste momento, específico, a narrativa não faz alusão ao poder de Deus para curar ou evitar males.
Quando a ordem de Deus não é para curar e, sim, isolar o doente, aprendemos que, mesmo em meio a Seu povo, existirão doenças, dores e aflições diversas (João 16:33).
Então, o Senhor estaria ensinando a forma que as coisas deveriam ser conduzidas nestes contextos.
Um leproso estaria, cerimonialmente, inapto e deveria se retirar. Em recebendo cura, seria reestabelecido.
Isso nos leva a entender que, ao mesmo tempo que Deus é poderoso para efetuar a cura, Ele é soberano em permitir as circunstâncias difíceis pelo tempo que entender necessário.
É preciso compreender que haverá situações que somente o Senhor poderá intervir e, aos Seus ministros, caberá apenas prosseguir, obedecendo as Suas determinações, até que Ele aja.
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