Lucas 15 Estudo: A Ovelha, a Moeda e os Filhos Perdidos

Em Lucas 15, veremos que muitos continuam vindo até Jesus, pelo seu ensinamento e ele vai cada vez mais reunindo multidões ao seu redor. E não só os judeus mas gentios, que não conheciam a profecia da vindo do Messias e nem o seu significado.

Os fariseus, ao verem isso, condenavam a Ele, dizendo que ao se assentar com pecadores, Ele estava errado. Jesus então passa esse capítulo contando parábolas, começando pela ovelha perdida, a dracma perdida e o filho pródigo, uma das mais lindas histórias bíblicas sobre perdão e recomeço!

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Contexto histórico

Jesus mais uma vez ensina que o sábado é também um dia para adorarmos a Deus e fazer o bem. Após curar um homem inchado, os fariseus se irritam e Ele os questiona se um deles tivesse um filho ou um boi, e se caíssem num poço no sábado, não iriam tirá-lo de lá?

Jesus ama ensinar sobre a humildade e vimos a passagem que isso deve ser algo natural, e que devemos viver de maneira excelente e dando o nosso melhor sem querer reconhecimento então, se somos honrados, estamos colhendo o fruto do empenho, porém, se quisermos honra apenas para aparecer, nos envergonharemos.



Jesus também nos deu um exemplo de quem devemos convidar para a festa, na parábola da grande ceia, Jesus mostra a atitude de Deus para com Israel.

O povo que deveria receber o reino, o desprezou. Então Deus espalha o convite e atrai para o Reino gente de todas as nações.

Perdeu-se a exclusividade. Jesus também falou sobre as renúncias que teríamos de fazer e que devemos fazer isso todos os dias. Acompanhe a seguir o estudo completo de Lucas 15.

(Lucas 15:1-2) Os fariseus e os escribas o julgam

v. 1 Então, aproximaram-se dele todos os publicanos e pecadores para ouvi-lo.
v. 2 E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este homem recebe pecadores, e come com eles.

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Sobre fariseus e os escribas, ver nota em Lc 5:29-30. Desde aquela época, compartilhar uma refeição com alguém normalmente indica que você aceita essa pessoa.

(Lucas 15:3-7) A ovelha perdida

v. 3 E ele lhes falou esta parábola, dizendo:
v. 4 Qual de vós é o homem que, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai atrás da perdida até encontrá-la

v. 5 E, tendo-encontrado, regozijando-se, a põe sobre seus ombros.
v. 6 E ele chegando em casa, chama os seus amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque eu encontrei a minha ovelha que estava perdida.

v. 7 Eu vos digo, que assim haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove pessoas justas que não necessitam de arrependimento.


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Embora possamos considerar uma negligência deixar um rebanho de noventa e nove ovelhas para ir atrás de uma… perdida, a história de Jesus enfatiza o quanto Deus se importa com cada pecador perdido e a imensa alegria que Ele tem quando um deles é encontrado.

(Lucas 15:8-10) A moeda perdida

v. 8 Ou qual mulher que, tendo dez peças de prata, e perdendo uma peça, não acende a candeia, e varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la?
v. 9 E, tendo-encontrado, ela chama as amigas e as vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a peça que eu havia perdido.

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v. 10 Assim eu vos digo que há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.

Para procurar uma peça (Gr. drochma, moeda que valia o salário de um dia de um trabalhador comum) perdida dentro de casa era necessário uma candeia, porque pouquíssimas casas tinham janelas.

Também era preciso varrer a casa, porque o chão era de terra. Alegria na presença dos anjos de Deus mostra a alegria de Deus com um pecador que se arrepende.

(Lucas 15:11-12) O filho pródigo

v. 11 E ele disse: Certo homem tinha dois filhos;
v. 12 e o mais jovem deles disse ao seu pai: Pai, dá-me a parte dos bens a que tenho direito. E ele dividiu-lhes os seus haveres.

 Embora esta parábola muito conhecida (v. 11-32) costume ser chamada de “a parábola do filho perdido”, o pai e o outro filho também são personagens importantes. Era raro (mas não inédito) um pai repartir os bens antes de morrer.


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Já que o filho mais velho recebia porção dupla da propriedade de seu pai, a parte do filho mais novo (dá-me a parte dos bens que caiu para mim) seria um terço da herança.

(Lucas 15:13-15) Sem intenção de volta

v. 13 E poucos dias depois, o filho mais jovem, ajuntando tudo, partiu para uma terra distante, e ali desperdiçou os seus bens com uma vida desordeira.
v. 14 E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
v. 15 E ele foi e juntou-se a um dos cidadãos daquela terra, e ele o enviou aos seus campos para alimentar os porcos.

O filho mais novo não tinha intenção de voltar para sua família. É impossível saber se uma vida desordeira inclui “prostitutas” (v. 30) ou se esta foi apenas uma acusação irritada feita pelo irmão mais velho.

Não é totalmente claro o seu significado, mas pode ser algo como “prodigamente”, “extravagantemente”, “depravadamente” ou para sermos mesmo literais: “De forma isenta de salvação”.

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(Lucas 15:16-19) O cair em si

v. 16 E ele desejava encher o seu estômago com as cascas que os porcos comiam; e nenhum homem lhe dava nada.

v. 17 E ele caindo em si, disse: Quantos servidores de meu pai têm pão suficiente e de sobra, e eu aqui pereço de fome!

v. 18 Levantar-me-ei, e irei para o meu pai, e lhe direi: Pai, eu pequei contra o céu e perante ti;
v. 19 e não sou mais digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus servidores.

O filho mais novo precisou chegar à extrema pobreza e fome para cair em si e perceber que, apesar de tudo que tinha feito, o correto a se fazer era voltar e se tornar um dos servidores de seu pai.

Para isso, no entanto, seria necessário confessar que havia pecado grandemente e que não era digno de ser chamado seu filho.

Este é um retrato vívido de uma pessoa que “chegou ao fundo do poço” e finalmente percebeu o tamanho do seu pecado.

(Lucas 15:20-23) O amor do Pai

v. 20 E ele, levantando-se, foi para seu pai. Mas, ele estando ainda longe do caminho, seu pai o viu, e teve compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou.

v. 21 E o filho lhe disse: Pai, eu pequei contra o céu e à tua vista, e não sou mais digno de ser chamado teu filho.

v. 22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei a melhor veste, e vesti-o, e ponde-lhe um anel em sua mão, e calçados em seus pés;
v. 23 e trazei aqui um novilho cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos;

O fato de o pai tê-lo visto estando ele ainda longe indica que o genitor costumava esperar a volta do filho.

Talvez o normal fosse um pai ficar furioso ou no mínimo decepcionado com a volta do filho mais novo, mas a reação deste homem mostra:

  1. Compaixão;
  2. Amor (lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou);
  3. Comemoração (alegremo-nos); e
  4. Alegre restauração do rapaz à posição de filho (uma veste especial, um anel-selo indicando a autoridade da família, e calçados – usados por filhos, em contraste com os escravos, que andavam descalços).

(Lucas 15:24) Como o Pai recebe os filhos perdidos

v. 24 porque este meu filho estava morto, e vive novamente; tinha-se perdido, e foi achado. E eles começaram a alegrar-se.

É aqui que a parábola se liga às duas histórias anteriores sobre a alegria de Deus em salvar o perdido. A atitude de comemoração do pai mostra a maneira como Deus Pai recebe os pecadores arrependidos.

Ela contrasta com o desprezo dos fariseus e mestres da lei ao verem pecadores vindo até Jesus (v. 2).

(Lucas 15:25-30) A indignação do filho que ficou

v. 25 Ora, o seu filho mais velho estava no campo; e vindo, ao aproximar-se da casa, ele ouviu a música e as danças.
v. 26 E ele chamou um dos servos, e perguntou o que significavam aquelas coisas. 

v. 27 E ele lhe disse: O teu irmão chegou; e teu pai matou o novilho cevado, porque ele o recebeu são e salvo.
v. 28 E ele se irritou e não queria entrar; portanto, saindo o pai, lhe rogava.

v. 29 E, ele respondendo, disse ao seu pai: Eis que eu te sirvo há tantos anos, e em nenhum momento eu transgredi um mandamento teu; contudo, tu nunca me deste um cabrito, para que eu pudesse me alegrar com os meus amigos;

v. 30 mas, vindo este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as prostitutas, mataste-lhe o novilho cevado.

Em vez de terminar com uma nota de alegria e celebração, como era de se esperar, a história passa o holofote para o irmão mais velho. Diferentemente do pai, que teve uma atitude positiva, o irmão mais velho:

  1. Ficou surpreso com o retorno de seu irmão pecador;
  2. Ficou ofendido e com ciúmes na festa do pai;
  3. Ficou irritado com o amor perdoador do pai;
  4. Declarou sua justiça própria; e
  5. Viu apenas o pecado de seu irmão, e não seu recente arrependimento.

A representação de Jesus dos líderes religiosos no personagem do irmão mais velho foi uma repreensão mordaz da justiça própria deles.

(Lucas 15:31-32) A verdade do Pai

v. 31 E, ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que eu tenho é teu.

v. 32 Mas era necessário fazer festa e regozijarmo-nos; porque este teu irmão estava morto, e vive novamente; tinha-se perdido, e foi achado.

A repreensão dos líderes religiosos continua. Eles não entenderam:

  1. A oportunidade de um relacionamento íntimo com Deus;
  2. A generosidade de Sua graça;
  3. Sua alegria com a salvação de pecadores; e
  4. A profunda transformação da conversão.

Talvez o mais crucial disso tudo, porém, seja lembrar do parentesco deles com os pecadores, subentendido na expressão este teu irmão.

Assim como o irmão mais velho desta história, os líderes religiosos se recusavam a aceitar seus irmãos judeus, os pecadores”.

5 importantes lições que podemos aprender em Lucas 15

  1. Amor e Misericórdia de Deus: Lucas 15 apresenta três parábolas que ilustram o profundo amor e a misericórdia de Deus pelos pecadores perdidos. Essas parábolas nos ensinam que Deus busca ativamente aqueles que se afastaram e os recebe de volta com alegria quando se arrependem.
  2. Arrependimento e Perdão: As parábolas do filho pródigo e da ovelha perdida destacam a importância do arrependimento e do perdão. Elas nos mostram que, independentemente de quão longe nos afastamos de Deus, sempre podemos voltar para ele com um coração contrito, e ele nos receberá de braços abertos.
  3. Valor Individual: Cada uma das parábolas enfatiza o valor individual aos olhos de Deus. O pastor deixa as noventa e nove ovelhas para buscar a única que se perdeu, e o pai celebra a volta de seu único filho pródigo. Isso nos lembra que cada pessoa é preciosa para Deus, e ele se importa profundamente com cada um de nós.
  4. Alegria no Céu: As parábolas concluem com celebração e alegria no céu quando um pecador se arrepende. Isso nos ensina sobre a importância da salvação individual e como ela é motivo de grande alegria para Deus e para os anjos nos céus.
  5. Desafio de Julgamento e Graça: A reação dos fariseus e escribas às parábolas destaca o desafio entre julgamento e graça. Jesus mostra que a graça de Deus não se limita a certas pessoas, mas é estendida a todos os que se arrependem. Isso nos lembra de não julgar os outros, mas de mostrar graça e compaixão, assim como Deus faz conosco.

Conclusão

Concluindo esse capítulo, Jesus nos ensina sobre o amor e sobre como Deus se alegra em resgatar algo que se perdeu. Ele usa até o exemplo de uma festa celeste para se comemorar tal acontecimento.

Primeiro, Jesus nos ensina que haverá aqueles que se perderão fora de casa, como uma ovelha, mas que mesmo assim o verdadeiro Pastor fará de tudo para resgatá-la.

Após, Ele ensina que haverão aqueles que se perderão dentro de casa, como uma moeda de prata, e aqui há muita sabedoria: a mulher só encontra a moeda ao arrumar a casa, e é o que precisamos fazer, colocar nossa bagunça em ordem e assim, encontraremos novamente o que perdemos, Deus irá nos ajudar!

E por fim, Jesus disse que haverão aqueles que vão buscar por isso, por se afastar da casa do Pai, por se perder.

Ele conta a história mais sensacional da Bíblia, depois da salvação pela cruz. Podemos sair, levar tudo conosco, nos iludirmos, gastarmos tudo o que temos, mas haverá um momento que cairemos em si, e veremos o que tínhamos na casa do Pai.

E Ele nos atrairá através do espírito, que nos convencerá do que estamos fazendo, porque Deus nos ama e quer nos salvar! Mas, pode ser, que precisemos chegar aos maiores transformadores de caráter: os porcos. Misericórdia!

Lucas 15 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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