Números 5 Estudo: Determinação de Deus a Respeito dos Imundos
Neste capítulo de Números 5 estudo, veremos que Deus determina que todo leproso, toda pessoa imunda, deveria ser lançada fora do arraial.
Em seguida, fora reforçada a determinação acerca da restituição, em decorrência de transgressões, da qual seria acrescentado a quinta parte, a qual se daria à vítima ou, não havendo parente próximo, ao sacerdote, além do sacrifício pertinente. .
Após, Deus orienta que, se alguma mulher fosse infiel, se deitando com outro homem, porém, não houvessem testemunhas acerca disso e, fosse oculto ao seu marido, em sendo tomado pelo espírito do ciúme, deveria levar sua mulher ao sacerdote, juntamente com uma oferta de manjares, a qual consistia em uma décima de efa de farinha.
Então o sacerdote colocaria água, num vaso, tomaria terra e colocaria naquela água. Em seguida, soltaria os cabeços da mulher e lhe colocaria nas mãos a oferta de manjares, então o sacerdote a conjuraria dizendo, resumidamente, que, se não devesse, aquelas águas não lhe seriam por maldição.
A mulher deveria jurar neste sentido. Caso a mulher fosse culpada, aquela água a faria inchar, no ventre, e decair suas coxas.
Após, o sacerdote tomaria a oferta de manjares e moveria perante o Senhor e a queimaria, oportunidade em que a mulher tomaria daquela água. Caso a mulher fosse inocente, estaria livre e conceberia.
Números 5 estudo: Contexto histórico
No capítulo anterior, Deus determina as funções dos coatitas, da tribo de Levi, os quais após cobertos todos os móveis e utensílios do santuário, por Arão, ao partirem, seriam responsáveis pelo transporte desses itens, conforme instrução do sacerdote.
Aos gersonitas, fora determinado que ficassem responsáveis pelo transporte das cortinas do tabernáculo, das cobertas, da tenda, das peles finas e reposteiro, das cordas, sendo que deveriam fazer tudo conforme instrução do sacerdote.
Quanto aos filhos de Merari, estes seriam responsáveis pelo transporte das tábuas do tabernáculo, seus varais, colunas e bases, estacas, cordas e tudo que pertencesse a este serviço, conforme determinação sacerdotal.
Após, fora realizada a contagem destas famílias, sendo que, o número dos levitas, de trinta a cinquenta anos, fora de oito mil quinhentos e oitenta.
(Números 5:1-2) Os impuros
v. 1 E o SENHOR falou a Moisés e a Arão, dizendo:
v. 2 Cada filho de Israel armará a sua tenda, junto à sua própria bandeira, com as insígnias da casa de seus pais; ao redor do tabernáculo da congregação armarão suas tendas.
Estas pessoas não eram banidas, e sim enviadas para fora da área santa para que o Lugar Santo não fosse contaminado. Os impuros ficavam em quarentena no perímetro externo do acampamento.
Levítico 13-14 descreve o processo de purificação pelo qual estas pessoas poderiam ser restauradas ao acampamento dos santos.
As doenças de pele variavam de abscessos e eczemas até hanseníase (lepra) talvez, embora alguns estudiosos rejeitem a inclusão da hanseníase nas restrições do antigo testamento.
Fluxos corporais indicam o fluxo emitido pelos órgãos sexuais de homens e mulheres (cp. Lv 15).
O contato com um animal morto tornava um homem impuro por um dia, mas a contaminação por contato com um cadáver humano o tornava impuro por uma semana.
(Números 5:3) Quanto ao gênero
v. 3 E do lado do oriente, o lado do sol nascente, armarão suas tendas os da bandeira de Judá, segundo os seus exércitos; e Naassom, filho de Aminadabe, será o capitão dos filhos de Judá.
Tal como na maioria das leis do antigo testamento, homens e mulheres tinham a mesma condição quanto à pureza cerimonial, exceto nos aspectos exclusivos de cada gênero.
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(Números 5:5-10) A restituição
v. 5 E a tribo de Issacar acampará próximo a ele, e Natanael, o filho de Zuar, será o capitão dos filhos de Issacar.
v. 6 E o seu exército, e os que foram contados deles, eram cinquenta e quatro mil e quatrocentos.
v. 7 Depois a tribo de Zebulom, e Eliabe, filho de Helom, será o capitão dos filhos de Zebulom.
v. 8 E o seu exército, e os que foram contados deles, eram cinquenta e sete mil e quatrocentos.
v. 9 Todos os que foram contados no acampamento de Judá, eram cento e oitenta e seis mil e quatrocentos, segundo os seus exércitos, e esses marcharão primeiro.
v. 10 No lado sul estará a bandeira de Rúben, segundo os seus exércitos; e o capitão dos filhos de Rúben será Elizur, o filho de Sedeur.
Quando um homem ou uma mulher cometer algum pecado que cometem os homens, se refere à pureza nos relacionamentos interpessoais como parte da lei hebraica ‘asham (“oferta pela transgressão”) de Lv 6:1-7.
Causar prejuízo a uma propriedade, fraudes e declarações falsas afetavam o bem-estar da comunidade da fé e tinham que ser resolvidos imediatamente.
O relacionamento e a restituição do valor são essenciais para se manter a harmonia e a santidade na comunidade.
(Números 5:12-14) A suspeita de adultério
v. 12 E ao seu lado acampará a tribo de Simeão, e o capitão dos filhos de Simeão será Selumiel, filho de Zurisadai.
v. 13 E o seu exército, e os que foram contados deles, eram cinquenta e nove mil e trezentos.
v. 14 Depois a tribo de Gade; e o capitão dos filhos de Gade será Eliasafe, filho de Deuel.
Provavelmente nenhum estudo de caso sobre a lei do Pentateuco tem tantas sentenças condicionais. Se a mulher de alguém fosse pega em adultério, seu ato seria punido com a morte, junto com o parceiro adúltero (Lv 20:10).
O ritual descrito aqui coloca a questão nas mãos de Deus (que tudo vê e tudo sabe) quando houvesse suspeita de adultério sem testemunho que o provasse.
A mulher não seria apedrejada se a comunidade seguisse esta lei. Em todo o livro de Números dá-se especial atenção a questões relacionadas a mulheres, inclusive ao direito de propriedade de mulheres (Nm 27:1-11) e votos femininos (Nm 30:3-16; até mesmo mulheres nazireias em Nm 6:2).
(Números 5:15-16) Quanto à mulher
v. 15 E o seu exército, e os que foram contados deles, eram quarenta e cinco mil e seiscentos e cinquenta.
v. 16 Todos os que foram contados no acampamento de Rúben, eram cento e cinquenta e um mil e quatrocentos e cinquenta, segundo os seus exércitos, e esses marcharão na segunda fila.
A mulher suspeita de adultério seria trazida perante o sacerdote na entrada do tabernáculo. A mulher deveria ser colocada perante o SENHOR, que seria seu juiz 5:18 “Descobrirá a cabeça” era um sinal de lamentação ou desgraça (Lv 10:6).
(Números 5:19-22) O ritual
O juramento estendido de imprecação ocorria na entrada do santuário, perante Deus e o sacerdote. A mistura de água sagrada e pó do chão do tabernáculo (v. 17) se tornava um tônico de purificação, se a mulher fosse inocente, ou uma maldição que a deixava estéril pelo resto da vida.
(Números 5:23-28) O julgamento divino
Na cerimônia solene, a mulher bebia a poção e o resultado era deixado nas mãos de Deus. Talvez só houvesse uma leve possibilidade de que o castigo ocorreria.
Um marido ciumento, com nenhuma prova além de um pressentimento contra sua mulher, sujeitava-a a um teste no qual a perspectiva de punição era muito limitada. Deus é o único juiz infalível.
Conclusão
Vemos, neste capítulo, sendo narrado acerca do procedimento que deveria ser realizado para os casos em que, o marido, tivesse suspeitas da infidelidade da esposa. O ritual visava esclarecer os fatos.
A narrativa relata o uso de água santa, a qual, presume-se, era retirada da vasilha de bronze, usada para purificação do sacerdote, bem como, expõe a utilização do pó do chão do tabernáculo, o qual era considerado solo santo.
A amargura da água, relatada, não tem a finalidade de enfatizar seu gosto, mas, sim, seu potencial amaldiçoador, pode-se dizer, o qual traria amargas consequências para a eventual transgressora.
Outrossim, quanto a soltar os cabelos, há interpretações no sentido de que poderia significar um sinal de exposição perante o Senhor, um sinal de lamentação ou, ainda, de vergonha.
Esta cerimônia se fazia importante, naquela circunstância, naquela configuração social, vez que o matrimônio fazia referência a aliança de Deus com os israelitas, a qual exigia fidelidade.
A punição pela culpa estava relacionada a esterilidade ou aborto, ao passo que a inocência estaria ligada a fertilidade e concepção.
Importante destacar, ainda, que a mulher, mesmo inocentada, sofria com as consequências da iniquidade decorrente daquele ciúme, conforme relatado nos versículos finais.
Quanto a isso, há o entendimento de que ocorria em razão do estigma que a mulher levaria, após todo transtorno.
Por fim, importante esclarecer que, pelas escrituras, Deus não coloca a mulher em condição de inferioridade, quanto ao homem.
Elas são claras ao declararem que todos são um em Cristo, tanto homens, quanto mulheres (Gálatas 3:28).
Deus a fez para estar ao lado do homem e, tanto um, quanto o outro, exercem chamados específicos e harmônicos, sendo que, ao homem, cabe o papel de provedor e cabeça (Efésios 5:28-30), enquanto à mulher, o de auxiliadora (Gênesis 2:18) e administradora (Provérbio 31:10-23), entre outros.
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