Números 1 Estudo: O Censo da Congregação

Neste capítulo de Números 1 estudo, veremos que após dois anos da saída dos israelitas do Egito, Deus manda que Moisés realizasse o censo da congregação, onde deveriam ser contados todos os homens, de vinte anos para cima. De cada uma das doze tribos, deveria ser escolhido um homem para representá-la.

Tais foram os representantes: da tribo de Ruben, Elizur, da tribo de Simeão, Selumiel, da tribo e Judá, Naassom, da tribo de Issacar, Natanael, da tribo de Zebulom, Eliabe, da tribo de Efraim, Elisama, da tribo de Manassés, Gamaliel, da tribo de Benjamim, Abidã, da tribo de Dã, Aiezer, da tribo de Aser, Pagiel, da tribo de Gade, Eliasafe, da tribo de Naftali, Aira.

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Após juntar toda a congregação, Moisés e Arão separou cada homem de acordo com sua descendência, sendo que totalizaram seiscentos e três mil quinhentos e cinquenta.

Os levitas não deveriam ser contados, vez que estariam incumbidos de cuidar do tabernáculo e tudo que dizia respeito a ele, inclusive sua montagem e desmontagem, devendo, ainda, se acampar em seu redor. Assim, todos os israelitas se acamparam conforme sua tribo.

Números 1 estudo: Contexto histórico

No capítulo 26, de Levítico, vemos que o Senhor trata sobre votos particulares e a avaliação deles. Deus ordena que quando fosse realizado voto, em relação a pessoas, estas seriam avaliadas pelo sacerdote.

Deste mesmo modo se daria com relação a animais. Vemos que era possível o resgate daquilo que fora dedicado, ao Senhor. Seria acrescentado à quinta parte do dinheiro, à avaliação sacerdotal, a qual seria do sacerdote.



Após, vemos as instruções acerca da avaliação quando o voto se tratasse de um campo e a forma de resgate. Toda avaliação se daria conforme o ciclo do santuário.

Aquilo que fosse dedicado irremissivelmente, não poderia ser resgatado. Por fim, o Senhor declara que todas as dízimas são Dele.

(Números 1:1) Deus dá orientações

v. 1 E o SENHOR falou a Moisés, no deserto do Sinai, no tabernáculo da congregação, no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano após eles terem saído da terra do Egito, dizendo

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 E o SENHOR falou a Moisés é uma expressão chave no livro de Números. Pode ser melhor entendida como uma declaração de revelação e instrução divina.

A maioria dos 65 usos desta expressão é complementada por uma afirmação de que o receptor da instrução fez exatamente o que o Senhor mandou.

A tradição da igreja do quarto século d.C. situa o monte Sinai nas montanhas no centro-sul da península do Sinai, em Jebel Musa (“monte de Moisés”).



Outras montanhas sugeridas incluem Jebel Sin Bisher, no centro-oeste da península do Sinai, e Jebel Helal, no nordeste do Sinai.

O tabernáculo da congregação era o lugar da revelação divina, que abrigava a arca do pacto e outros itens históricos e cúlticos.

O santuário móvel (tabernáculo) acabara de ser construído um mês atrás (Êx 40:17). Primeiro dia do segundo mês indica que os 10 primeiros capítulos de Números não são apresentados em ordem cronológica, e sim teológica.

O censo para o recrutamento militar ocorreu duas semanas depois da Páscoa, descrita em Nm 9:1-14.

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(Números 1:2) O censo

v. 2 Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo suas famílias, de acordo com a casa de seus pais, conforme o número de seus nomes, todos os homens, cabeça por cabeça

Tomai a soma traduz a expressão “levantem as cabeças” (“caveiras”), expressão usada em textos sobre o recrutamento militar no antigo Oriente Próximo.


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Os líderes patriarcais das 12 tribos de Israel foram alistados para levantar e reportar a Moisés e a Arão a contagem da milícia fisicamente capaz de 20 anos para cima.

(Números 1:5-15) Os príncipes

v. 5 E esses são os nomes dos homens que estarão convosco; da tribo de Rúben: Elizur, filho de Sedeur.

v. 6 De Simeão: Selumiel, filho de Zurisadai. 
v. 7 De Judá: Naassom, filho de Aminadabe. 
v. 8 De Issacar: Natanael, filho de Zuar.
v. 9 De Zebulom: Eliabe, filho de Helom.

v. 10 Dos filhos de José: de Efraim, Elisama, filho de Amiúde; de Manassés, Gamaliel, filho de Pedazur.
v. 11 De Benjamim: Abidã, filho de Gideoni.

v. 12 De Dã: Aiezer, filho de Amisadai.
v. 13 De Aser: Pagiel, filho de Ocrã.
v. 14 De Gade: Eliasafe, filho de Deuel.
v. 15 De Naftali: Aira, filho de Enã.

 Os nomes dos doze líderes das 12 tribos são listados junto com sua ascendência tribal e com o nome de seus pais.

Através de Naassom, da tribo de Judá, veio a linhagem de Boaz, que se casou com Rute e originou a linhagem davídica (Rt 4:20-22) e, por conseguinte, a linhagem messiânica de Jesus Cristo (Mt 1:4-16).

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Elisama tinha um neto chamado Josué, filho de Num, que foi o sucessor de Moisés e liderou os israelitas na conquista da terra prometida.

(Números 1:17-19) Quanto aos descendentes tribais

v. 17 E Moisés e Arão tomaram esses homens, designados por seus nomes. 

v. 18 E reuniram toda congregação no primeiro dia do segundo mês, e declararam a sua descendência, segundo suas famílias, de acordo com a casa de seus pais, conforme o número de seus nomes, a partir de vinte anos de idade ou mais, cabeça por cabeça. 

v. 19 Como o SENHOR ordenou a Moisés, ele os contou, no deserto do Sinai. 

Aqui o tema central do livro de Números é indicado pelos líderes que seguiram as instruções do Senhor, levantando o censo nos v. 1-4: eles fizeram assim como o SENHOR ordenou a Moisés. Esta fórmula ocorre mais de 20 vezes no livro.

(Números 1:20-43) Tribos patriarcais

O recenseamento da milícia de Israel foi levantado segundo as tribos patriarcais, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.

Aqui há uma lista para comparação entre os censos levantados nos capítulos 1 e 26. Este último é referente à segunda geração, depois que a primeira se recusou a entrar na terra prometida.

(Levítico 1:44-46) O número de guerreiros

O total de 603.550 homens coincide com o arredondamento de 600.000 em  Ex 12:37. Alguns estudiosos diminuem este número reinterpretando a palavra hebraica ‘eleph de modo a significar “clã” em vez de “mil,” mas o ponto das 12 somas parciais somadas, dando um valor total, não dá suporte a esta interpretação.

Alguns sugerem que os valores reais foram multiplicados por 10 como recurso retórico para glorificar o Senhor, o que pode ter sido aceitável naquela cultura mas não se adéqua bem às noções modernas de registro preciso (ver nota em Nm 3:43).

De acordo com o segundo censo, no capítulo 26, a perspectiva de milícia total só diminuiu em 1820 homens (3%) durante os 40 anos no deserto (ver nota em Nm 26:51).

(Números 1:47-53) Quanto aos levitas

 Por causa da ação zelosa dos levitas em defesa da fé no incidente do bezerro de ouro (Êx 32:26-29), esta tribo recebeu o privilégio de servir no tabernáculo e auxiliando os sacerdotes faraônicos.

Embora os levitas tecnicamente não fossem sacerdotes, esta posição era restrita aos descendentes de Arão, da tribo de Levi eles executavam tarefas semelhantes às dos círculos sacerdotais da antiga Ugarite, Mari, Emar, Assíria e Babilônia.

Conclusão

Este capítulo narra a determinação de Deus, a Moisés, para que realizasse um novo censo, entre os israelitas.

O objetivo aqui, diferentemente de Êxodo, era mensurar a força militar de Israel, visto que seriam contados os homens de vinte anos para cima. Os levitas ficariam responsáveis, exclusivamente, pelo cuidado do templo.

Vemos, aqui, mais uma vez, o resultado da promessa que Deus havia feito a Abraão, segundo a qual o Senhor faria dele uma grande nação (Gênesis 12:2).

Os israelitas estavam sendo direcionados para a terra prometida. Embora o Senhor já houvesse garantido aquelas terras, fazia parte de Seu plano que o Seu povo lutasse para que, efetivamente, a possuíssem.

Os israelitas seriam capacitados para a batalha e ensinados, ainda mais, sobre o poder de Deus e a serem corajosos e confiantes. Deus os ensinaria a buscar, espiritualmente, a força que necessitavam.

Veremos, mais adiante, que, por vezes, ao encararem a realidade dos povos que encontrariam e a força que estes possuíam, os israelitas se viam desafiados a crescerem em fé ou sucumbirem (Números 13:30-33).

Deus os ensinaria o valor de obedecer a Suas instruções, bem como sobre as consequências da desobediência.

As promessas e bênçãos do Senhor, aos Seus filhos, não possuem a exclusiva finalidade de nos presentear, mas possuem um caráter pedagógico, podemos dizer, o qual exige nossa participação, através da fé e obediência, para que se concretizem.

Números 1 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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