1 Reis 4 Estudo: Salomão Prospera em Reino
O Livro de 1 Reis na Bíblia é uma narrativa que continua a história do povo de Israel, especialmente após a morte do rei Davi. O capítulo 4 trata da organização administrativa e da prosperidade durante o reinado do rei Salomão, filho de Davi.
A introdução do capítulo 4 destaca a sabedoria e a benevolência de Salomão, bem como a extensão de seu reino.
Neste capítulo, Salomão escolhe e organiza seus oficiais, estabelece a estrutura administrativa do reino e desfruta de um período de paz e prosperidade.
Esses elementos são essenciais para entender como o reinado de Salomão foi marcado por realizações significativas e como Deus abençoou sua liderança.
1 Reis 4 estudo: Contexto histórico
É importante observar que a narrativa na Bíblia muitas vezes tem significados simbólicos e espirituais, além do contexto histórico.
Portanto, ao explorar o capítulo 4 de 1 Reis, os leitores podem buscar insights não apenas sobre a história de Israel, mas também sobre princípios espirituais e valores que podem ser relevantes em suas vidas.
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1 Reis 4:1-34
Esse capítulo dá uma descrição exata da estrutura burocrática de Salomão, mas não de um período específico.
Qualquer pessoa de renome, de qualquer época do reinado de Salomão, podia ser incluída, visto que tal pessoa, por sua estatura e renome, manifestava a glória de Salomão.
Além disso, ao manifestarem a glória de Salomão, tais pessoas também glorificavam a Deus, que dera tal glória a Salomão.
Essa estrutura deixava de lado totalmente as estruturas tribais tradicionais da nação e as substitui por oficiais que eram diretamente responsáveis perante o rei, sem qualquer vínculo de lealdade com as antigas tribos e famílias.
1 Reis 4:2
v. 2 E estes eram os príncipes que ele tinha: Azarias, o filho de Zadoque, o sacerdote,
Azarias, neto de Zadoque, foi sumo sacerdote num período posterior ao governo de Salomão, embora não no próprio fim de seu governo (1Cr 6:8-10).
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1 Reis 4:3
v. 3 Eliorefe e Aías, os filhos de Sisa, escribas; Josafá, o filho de Ailude, o cronista.
Ainda que o alcance de alguns destes términos seja incerto, os escribas talvez eram os chefes dos escribas reais que se ocupavam das questões do dia a dia. O cronista podia ser o guardador dos arquivos ou das crônicas reais.
1 Reis 4:4
v. 4 E Benaia, o filho de Joiada estava sobre o exército; e Zadoque e Abiatar eram os sacerdotes:
Os dois sumos sacerdotes concorrentes por ocasião da coroação de Salomão, Zadoque e Abiatar, são mencionados em conjunto, embora Abiatar tenha sido enviado para o exílio quase imediatamente.
1 Reis 4:5
v. 5 e Azarias, o filho de Natã estava sobre os oficiais; e Zabude, o filho de Natã era o oficial-mor, e amigo do rei;
Os oficias podiam ser os oficiais na chefia das forcas militares e burocráticas que ocupavam todo o país e todo o império bem como os oficiais na chefia do trabalho forçado [v. 6).
Uma vez que a palavra oficial-mor significa literalmente “amigo”, esse termo provavelmente se referia a um conselheiro intimo e chegado ao rei.
1 Reis 4:6
v. 6 e Aisar estava sobre a casa; e Adonirão, o filho de Abda estava sobre o tributo.
O oficial responsável sobre a casa pode igualmente ter administrado outras propriedades do rei. Sobre tributo, ver nota em 1Rs 5:13-18.
Os versículos seguintes listam os 12 oficiais, davam conta das provisões para o palácio real, cada um para um mês do ano.
Não havia provisão para os períodos intercalados, que são dias inseridos no calendário para compensar o fato de que o ano astronômico é de de de doze meses lunares mais uma fração de um mês.
Essas regiões não eram iguais no tamanho nem na riqueza, e Judá não é incluída (ver nota no v. 19). Consequentemente, esse sistema provavelmente criou cargas injustas.
Salomão certamente possuía outras fontes de renda como empreendimentos mercantis patrocinados pela coroa e tributos de nações e territórios vassalos em seu império.
1 Reis 4:8
v. 8 E estes são os seus nomes: o filho de Hur, no monte Efraim
O monte Efraim constituía uma região ampla, mas a ocupação e o desenvolvimento econômico de Efraim tinha começado de fato somente com a conquista hebraica (cp. Js 17:14-18).
Consequentemente, a extensa área atribuída a Ben-Hur podia indicar não uma carga mais leve uma vez que a região podia ser apenas parcialmente produtiva.
1 Reis 4:9-10
v. 9 o filho de Dequer, em Macaz, e em Saalabim, e Bete-Semes, e Elom-Bete-Hanã
v. 10 o filho de Hesede, em Arubote; a ele pertencia Socó, e toda a terra de Héfer
Uma cidade famosa, Bete-Semes,mais três nomes obscuros podiam indicar que Dequer administrava uma região um tanto pequena. E é provável que tenha achado relativamente pesado fornecer as provisões para o rei e sua casa” (v. 7).
O distrito controlado por Hesede era aproximadamente do mesmo tamanho, no entanto, incluía algumas planícies costeiras produtivas e a fértil região da Sefelá.
1 Reis 4:11
v. 11 o filho de Abinadabe, em toda a região de Dor; o qual tinha por esposa a Tafate, a filha de Salomão
Abinadabe foi um dos dois governadores casados com filhas de Salomão (cp. v. 15). Sua região incluía algumas planícies costeiras, mas era dominada pela parte sul das encostas da cadeia de montanhas do Carmelo.
1 Reis 4:12
v. 12 Baaná, o filho de Ailude; a ele pertencia Taanaque e Megido, e toda Bete-Seã, a qual está junto a Zaretã abaixo de Jezreel, desde Bete-Seã até Abel-Meolá, até o lugar que está além de Jocmeão.
O distrito de Baaná incluía várias cidades em rotas comerciais que se estendia pela planície de Esdraelom. Para cidades de tamanha riqueza, era uma tarefa relativamente leve fornecer provisão de um mês para Salomão.
1 Reis 4:13-14
v. 13 o filho de Geber, em Ramote-Gileade; a ele pertencia as aldeias de Jair, o filho de Manassés, as quais estão em Gileade; a ele também pertencia a região de Argobe, a qual está em Basã, sessenta cidades grandes com muralhas e barras de bronze
v. 14 Ainadabe, o filho de Ido tinha Maanaim
O distrito de Ben-Geber na parte norte norte da Transjordânia, com suas sessenta cidades grandes, era amplo o suficiente para o encargo financeiro ter sido relativamente leve.
Um segundo distrito ao redor de Maanaim seria relativamente pequeno, e, por esse motivo, o encargo lhe seria mais pesado. Um terceiro distrito na Transjordânia (v.19) é descrito de uma maneira muito vaga para se comentar.
1 Reis 4:19
v. 19 Geber, o filho de Uri estava na região de Gileade, na região de Seom, rei dos amorreus, e de Ogue, rei de Basã; e ele era o único oficial que estava na terra.
No texto hebraico, Judá (v.20) não é incluída nesses encargos. A Holman segue a LXX ao incluir um comentário sobre Judá nesse versículo, embora Judá não fosse um dos 12 distritos.
A versão hebraica desse comentário podia ser interpretada como dizendo que cada distrito tinha um único oficial.
Embora algumas avaliações do encargo dadas acima não estejam provadas, é difícil encontrar uma distribuição justa do encargo financeiro nesses distritos.
1 Reis 4:20
v. 20 Judá e Israel eram muitos, como a areia que está junto ao mar em multidão, comendo e bebendo, e se alegrando.
Esse quadro feliz de prosperidade indicava que, uma vez que o governo de Salomão trouxe prosperidade a toda a nação, a responsabilidade de sustentar o governo e o luxo de Salomão não era um encargo multilante como de outra forma seria.
1 Reis 4:21
v. 21 E Salomão reinou sobre todos os reinos, desde o rio até a terra dos filisteus, e até o limite do Egito; eles traziam presentes, e serviram a Salomão todos os dias da sua vida.
A extensão geral do império de Salomão abrangia os territórios tribais hebraicos com Moabe e Edom, a maior ou todos os antigos territórios filisteus (porém, cp. 9:16), e a maior parte ou todos os reinos arameus a oeste do rio Eufrates, mas não as cidades costeiras da Fenícia.
Nem todas essas regiões estavam dominadas no mesmo grau. Alguns peritos sugerem que a Filístia, com exceção de Gezer, pode realmente ter estado sob o controle egípcio. Isso conflita com a identificação da fronteira sul de Salomão como chegando a Gaza.
No entanto, mesmo essa fronteira indicava que o Faraó Siamon pode ter movido a fronteira egípcia do Wadi Arish mais para norte no Wadi Besor, imediatamente ao sul de Gaza.
1 Reis 4:22-23
v. 22 E a provisão de Salomão para um dia era de trinta medidas de farinha fina, e sessenta medidas de alimento,
v. 23 dez bois gordos, e vinte bois dos pastos, e uma centena de ovelhas, além de cervos, e cabritos monteses, e corços, e aves cevadas.
Embora os nossos métodos de análise sejam aproximados, as imensas quantidades fornecidas para a provisão de Salomão iam muito além das esperadas para as necessidades do palácio em Jerusalém.
Calculando-se meio quilo de grão por dia por pessoa, o grão era suficiente para mais de 20 mil pessoas. Igualmente, o suprimento de carne alimentava facilmente 20 mil pessoas, mesmo admitindo que o rebanho fosse de animais demasiadamente magros e cada pessoa comesse a excessiva quantia de meio quilo de carne por dia.
De fato, essas quantidades podiam ser adequadas não apenas para as necessidades do palácio, mas também para a burocracia e o exército permanente ali residente.
Os versículos 27-28 indicam que essas provisões possivelmente eram compartilhadas com o efetivo militar, embora o vínculo não seja claro.
1 Reis 4:24-25
v. 24 Porquanto ele tinha domínio sobre toda a região neste lado do rio, desde Tifsa até Gaza, sobre todos os reis deste lado do rio; e tinha paz em todos os lados ao seu redor.
v. 25 E Judá e Israel habitaram seguros, cada homem debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.
A extensão aqui indicada de norte a sul do domínio de Salomão está relacionada com o versículo 21 ao norte, uma vez que Tifsa estava situada junto ao rio Eufrates, mas no sul, Gaza ficava um pouco ao norte do Wadi Arish, a fronteira tradicional do Egito (ver nota no v. 21).
O controle de Salomão sobre essa imensa região garantia aos israelitas certa medida de paz e segurança.
1 Reis 4:26
v. 26 E Salomão tinha quarenta mil cocheiras de cavalos para as suas carruagens, e doze mil cavaleiros.
O escritor apresenta em seguida a maior inovação militar de Salomão: um exército permanente de carruagens. Davi não usou carruagens.
Dois fatores indicam que a força das carruagens de Salomão não era uma força nativa hebraica.Primeiro,o desenvolvimento de uma força de carruagens de origem doméstica seria um processo dispendioso que envolveria anos de treinamento; a contratação de mercenários seria mais rápida.
Segundo, os exércitos de carruagens desapareceram no conflito por ocasião da morte de Salomão, um provável indício de que os condutores de carruagens retornaram cada um a sua terra nativa.
A literatura antiga frequentemente usava os números de forma simbólica;por isso, os leitores corretamente questionam se numa determinada passagem os números são literais.
Tomando os números aqui como literais e usando os dados de Crônicas, surge a seguinte situação.
Havia 1.400 carruagens (1Rs 10:26), um número adequado para um pequeno império sem a competição dos grandes impérios, doze mil manejadores de cavalos (provavelmente incluindo tanto os guerreiros das carruagens como de 40 mil cavalos.
A cifra relative 96 grande numere cuidar de 40 mil cavalos. A cifra relativa ao grande número de cavalos e as instalações para abrigá-los é razoável se os cavalos estivessem espalhados por todo o império e em várias instalações diferentes, como também faria sentido em termos estratégicos.
Nenhuma instalação nos tempos antigos podia abrigar 40 mil cavalos. A Septuaginta em 2Cr 9:25 dá uma cifra variante de 4 mil, uma quantidade razoável para as instalações realmente mobilizadas em de terminada época.
1Reis 4:28 indica que as provisões para os cavalos, provavelmente para o exercito como um todos também fazia parte da arrecadação, mas não estava incluí da necessariamente nas provisões listadas acima.
1 Reis 4:31-34
v. 31 Porque ele era mais sábio do que todos os homens; mais do que Etã, o ezraíta, e do que Hemã, e Calcol, e Darda, os filhos de Maol; e a sua fama estava em todas as nações ao redor.
v. 32 E ele falou três mil provérbios; e os seus cânticos foram mil e cinco.
v. 33 E ele falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até o hissopo que brota da muralha; ele falou também dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes.
v. 34 E ali vinham de todos os povos para ouvir da sabedoria de Salomão, de todos os reis da terra, os quais haviam ouvido acerca da sua sabedoria.
Os quatro nomes aqui listados também aparecem em 1Cr 2:6 (o quarto é próximo mesmo na leitura variante “Dara”).
Harmonizando-se essas duas listas, Maol (lit. “dança”) pode representar um título profissional ou de uma associação, enquanto a passagem de Crônicas pode apresentar a verdadeira paternidade.
Esses homens podem ter sido sábios de reputação de uma época diferente. A reputação de Salomão por sua sabedoria transcendia as fronteiras internacionais e cronológicas.
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