Êxodo 24 Estudo: Deus Manda Moisés Subir ao Monte Sinai
Neste capítulo de Êxodo 24 estudo, veremos que Deus manda que Moisés suba ao monte Sinais, novamente. Veio, Moisés e referiu ao povo tudo o que o Senhor havia lhe dito quanto a Seus estatutos e os israelitas, unanimemente, disseram que obedeceriam ao Senhor.
Moisés erige um altar, asperge o sangue do sacrifício sobre o povo, vez que era o sangue da aliança. Subiu Moisés e seus homens no monte e ali viram a Deus, comeram e beberam.
Deus manda que Moisés subisse no monte que lhe daria as pedras da lei, com Josué. Ele entrou na nuvem que cobriu o monte e lá permaneceu quarenta dias e quarenta noites.
Êxodo 24 estudo: Contexto histórico
Anteriormente, verificamos instruções divinas acerca do falso testemunho e injúria, bem como os deveres dos juízes.
Vimos, ainda, a instituição do Ano de Descanso, o qual seria exercido no sétimo ano, assim como no descanso semanal.
Naquele ano, não deveriam semear e colher, apenas usufruir do trabalho dos anos anteriores. O Senhor, ainda determina a celebração de três festas, em reunião solene, oportunidade em que sacrificariam e agradeceriam, conjuntamente, a provisão e o livramento do Senhor.
Após, Deus promete a Seu povo que enviar Seu Anjo adiante deles, a fim de que conquistassem a terra prometida.
(Êxodo 24:1-2) A aproximação
v. 1 E ele disse a Moisés: Sobe ao SENHOR, tu, e Arão, Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel, e adorai de longe.
v. 2 E somente Moisés se aproximará do SENHOR, mas eles não se aproximarão, nem subirá o povo com ele.
As cerimônias no capítulo 24 constituem o clímax dos preparativos e instruções nos capítulos 19-23.
Os arranjos de pessoas e de espaços na montanha comparam-se àqueles no tabernáculo, com áreas que admitiam todas as pessoas que estavam adequadamente preparadas, limites iniciais diante dos quais podiam entrar as pessoas designadas (Moisés, Arão, Nadabe, Abiú, setenta anciãos, sacerdotes, e levitas) e, mais adiante, limites além dos quais somente um representante podia ir (Moisés e o sumo sacerdote).
Nadabe e Abiú eram os dois filhos de Arão (Ex 6:23). Curvar-se em adoração à distância ajusta-se a costumes antigos que exigiam o curvar-se em total prostração em vários pontos ao se aproximar de uma pessoa a quem se mostra grande respeito (Gn 33:3).
Embora só Moisés pudesse se aproximar mais de perto, Arão e as autoridades podiam se aproximar o suficiente para participar da maneira que Ex 24:9-11 descreve.
(Êxodo 24:3) As palavras do Senhor
v. 3 E Moisés veio e disse ao povo todas as palavras do SENHOR, e todos os juízos. E todo o povo respondeu a uma voz e disse: Todas as palavras que o SENHOR disse nós faremos.
Todas as palavras podem se referir especificamente aos Dez Mandamentos, e os juízos as ordens adicionais dadas em Ex 20:22-23.
(Êxodo 24:4) Os doze pilares
v. 4 E Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR, e levantou-se de manhã cedo e construiu um altar sob o monte, e doze pilares, segundo as doze tribos de Israel.
Os doze pilares representavam o povo como testemunha silenciosa da participação e do acordo deles, como aqueles construídos por Jacó e Labão (Gn 31:44-53) e por Josué (Js 24:24-27).
(Êxodo 24:5-8) As ofertas e o sacrifício
v. 5 E ele enviou jovens dos filhos de Israel, que ofereceram ofertas queimadas, e sacrificaram ofertas pacíficas de bois ao SENHOR.
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v. 6 E Moisés tomou metade do sangue, e o colocou em bacias; e metade do sangue aspergiu sobre o altar.
v. 7 E ele tomou o livro do pacto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo que o SENHOR tem dito faremos, e seremos obedientes.
v. 8 E Moisés tomou o sangue e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do pacto que o SENHOR fez convosco a respeito de todas estas palavras.
As ofertas queimadas eram consumidas por inteiro, com exceção do couro do animal, e indicavam uma total dedicação ao Senhor.
Ofertas pacíficas eram primeiramente cozidas e comidas pelos adoradores, simbolizando que o povo e o Senhor, que os convida, estavam em paz entre si. Era comum para a feitura de um pacto incluir uma refeição, como no caso do tratado de paridade entre Isaque e Abimeleque (Gn 26:26-31).
O derramamento de sangue na feitura de um pacto gravava na memória de todos a seriedade pactual e as penalidades para a transgressão dele (Jr 34:18-20).
A aspersão do sangue marcava o altar e o povo como associados aos sacrifícios pactuais. E em razão deste pacto ser com Deus, o sangue derramado era também uma provisão para expiação e perdão, vida por vida (Lv 4:13-20).
Além de dizer ao povo o que o Senhor ordenara (v. 3), Moisés leu em voz alta o livro do pacto antes de aspergir o sangue sobre o povo, de modo que eles sabiam exatamente quais eram as responsabilidades que eles estavam concordando em cumprir. Ler um pacto em voz alta para o vassalo ouvir era uma outra parte do processo.
(Êxodo 24:10-11) A visão de Deus
v. 10 e viram o Deus de Israel, e havia debaixo de seus pés como trabalho pavimentado de pedra de safira, e como o corpo do céu na sua clareza.
v. 11 E sobre os nobres dos filhos de Israel ele não colocou a sua mão; eles também viram a Deus, e comeram e beberam.
A descrição do que Moisés e as autoridades israelitas viram quando se aproximaram do Deus de Israel deve empregar comparações. Era como trabalho pavimentado de pedra de safira, e possuía uma claridade como a do céu.
Era semelhante a – mas ia além de – alguma coisa que as pessoas conheciam (igualmente no v. 17) A descrição é, além disso, limitada por oferecer o ponto de vista de alguém com a face voltada para baixo e que podia ver apenas o que estava debaixo de seus pés.
A menção de que Deus não estendeu a mão para punir esses líderes do povo de Israel reflete costumes antigos que davam aos reis a capacidade de pedir a remoção ou a morte de um vassalo apenas com um gesto manual. Em vez disso, ele os recebeu com favor.
(Êxodo 24:12) As tábuas de pedra
v. 12 E disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim no monte, e fique ali; e dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que escrevi, para que os ensines.
As tábuas de pedra são também mencionadas em Ex 31:18, formando uma estrutura em torno das instruções para a construção do tabernáculo nos capítulos 25-31.
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(Êxodo 24:13-15) Um legado de adoração
v. 13 E Moisés subiu, e seu ajudante Josué. E Moisés subiu ao monte de Deus.
v. 14 E disse aos anciãos: Esperai por nós aqui, até que voltemos a vós; e eis que Arão e Hur estão convosco. Se algum homem tiver qualquer negócio a fazer, achegue-se a eles.
v. 15 E Moisés subiu ao monte, e uma nuvem cobriu o monte.
A partida de Moisés e Josué compara-se à de Abraão e Isaque (Gn 22). Em ambos os casos o homem mais velho deixou instruções, e o mais novo pediu ao mais velho explicações acerca dos acontecimentos.
Quando os israelitas começaram a adorar o bezerro de ouro (Êx 32) em vez de aguardar, conforme a instrução recebida, eles mostraram que fracassaram em se equiparar tanto à fidelidade de Abraão ou mesmo a de seus servos.
Enquanto isso, Moisés e Josué, em um certo sentido, continuaram o legado da adoração fiel de Abraão e Isaque.
Conclusão
Moisés transmite ao povo todos os estatutos divinos, sendo que estes, unanimemente, se comprometem a observá-los.
Após, Moisés asperge o sangue de um sacrifício sobre o povo, como que selando aquele compromisso. Então, Moisés, alguns homens e anciãos, sobem ao monte.
As escrituras relatam que eles viram a Deus, comeram e beberam. Mais adiante, a bíblia, ainda, vai contar que Moisés pede a Deus para vê-lo e o Senhor o aduz que nenhum homem poderia ver Sua face sem que viesse a morrer (Êxodo 33:20).
Deste modo, é possível inferir que a visão obtida por esses homens, provavelmente, não incluía a face do Eterno.
Feitas estas coisas, a história narra que Moisés sobe o monte Sinai e uma nuvem cobre o lugar, por seis dias, sendo que, no sétimo, o Senhor o chamou, do meio daquela nuvem. Lá ele permaneceu quarenta dias e quarenta noites.
Vemos por diversas vezes, nas escrituras, a menção de nuvem, como sinal da presença de Deus. Anteriormente, vimos que, na fuga dos israelitas, do Egito, o Senhor os guiara pelo deserto, durante o dia, através de uma coluna de nuvem (Êxodo: 13:21).
Também, verifica-se que, quando Moisés subiu ao monte, o Senhor lhe falara do meio da nuvem (verso 16). Mais adiante, a bíblia mencionará que, na tenda da congregação, quando Moisés ia ter com Deus, então, a coluna de nuvem se colocava a frente da tenda (Êxodo 33:9).
Quando da transfiguração do monte, os discípulos veem Jesus, Moisés e Elias. Ali, desce uma nuvem sobre o lugar e dela uma voz dizia: “este é meu filho amado, em quem me comprazo”, e os discípulos, naquele momento, caindo sobre seus rostos, tiveram medo, sendo que, após isso, Jesus os manda não temerem (Mateus 17: 1-7).
Jesus, representava a presença de Deus. Ele é Emanuel, Deus conosco (Mateus 1:23). Hoje somos o Seu Israel, Seu templo. Ele prometeu que faria morada em nós (João 14:23).
Ele é a nuvem que nos guia, nos instrui e nos invade. Ele nos fala, quando subimos o Seu monte. Ele é a manifestação da Glória de Deus e pode ser encontrado no interior daqueles que o buscam. Não tenha medo!
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