7 Pecados Capitais

De acordo com a Bíblia, os sete pecados capitais são, os principais erros ou vícios que dão origem às diversas ações pecaminosas cometidas pelos seres humanos.

Diante disso, pode-se dizer que eles são a raiz dos pecados, os “pioneiros” das más ações e dos maus pensamentos, que são consequência um do outro.

Ademais, o que significa pecado segundo a bíblia? O pecado é a transgressão aos mandamentos de Deus, ou seja, de tudo aquilo que o Senhor quer de nós.

Além disso, o termo “capital” tem origem na palavra latina caput, que significa “cabeça” indicando, portanto, o pecado da cabeça.

Claro que existem outros pecados, mas acredita-se que a origem de todos os outros partem desses 7, são eles:

  1. Soberba
  2. Avareza
  3. Inveja
  4. Ira
  5. Luxúria
  6. Gula
  7. Preguiça.

A seguir, explicaremos cada um deles e suas principais características. Acompanhe!

O que a Bíblia fala sobre os 7 pecados capitais

1. Soberba

Por definição, significa quando a pessoa possui um orgulho excessivo, e pessoas que possuem isso, tendem a se considerarem melhores que outras pessoas.

Os soberbos são extremamente vaidosos, narcisistas, e agem como se realmente fossem superiores as outras pessoas ao seu redor.

Indo no caminho oposto a soberba está à humildade, e o Senhor se agrada que sejamos humildes com nossos irmãos.

Desse modo, para os estudiosos da palavra, a soberba é o principal pecado ou raiz de todos os outros pecados, já que ela faz parte do pecado original, descrito no livro de Gênesis.

Isso porque, Deus fez sua proibição a Adão e Eva para que não provassem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Entretanto, o demônio tentou Adão e Eva, dizendo que se eles provassem do fruto seriam tais como Deus, conhecedores do bem e do mal.

Querendo se tornar independentes de Deus, Adão e Eva cometeram o pecado da desobediência e da soberba, por querer e achar que se igualariam ao Senhor.

Ou seja, os sentimentos e motivações que levaram eles a desobedecer ao Senhor estavam exatamente na soberba de ambos. 

Além de Gênese, é possível encontrar referências ao pecado da soberba em outras passagens bíblicas, como em Provérbios 16:5 que diz que o Senhor detesta os orgulhosos de coração e que sem dúvidas serão punidos.

Portanto, devemos procurar vigiar nossos pensamentos e ações e procurar andar pelos caminhos da humildade. 

2. Avareza

Por definição, se trata da ganância e apego excessivo pelo dinheiro e bens materiais.

Desse modo, a pessoa avarenta se torna mesquinha, isto é, não gosta de compartilhar o que tem e faz de tudo para ter sempre mais.

A generosidade é o oposto da avareza, e é justamente disso que o Senhor se agrada, pois para Deus devemos nos preocupar em acumular tesouro nos céus e não na terra.

Com isso, há diversas passagens nas escrituras que fazem referência à avareza, uma delas está na primeira Epístola a Timóteo, redigida pelo Apóstolo Paulo, que diz que: os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.

Por essa razão, algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos, para essas pessoas, além da falta de paz na terra, terão que enfrentar também o julgamento do Senhor.

Desse modo, assim como o Senhor tem nos ensinado, devemos acumular os tesouros e riquezas nos céus com nossas atitudes aqui na terra.

3. Inveja

A inveja é o terceiro pecado capital e se trata da tristeza que se sente pelo bem da outra pessoa, desejando o mal ou estar no lugar daquela outra pessoa.

A pessoa que é invejosa é aquela que sente-se mal pelas conquistas alheias, incapaz de ficar feliz pelos outros, como se a vitória alheia representasse uma perda pessoal, e, além disso, passa a desejar que as coisas não deem certo para aquela outra pessoa.

Para o Senhor, o oposto da inveja é a generosidade, a caridade e o desapego, assim como também o desejo para que as coisas também deem certo para a outra pessoa.

A inveja também é um sentimento que leva muitas pessoas a fazerem mal diretamente para outras, como agressões e até assassinatos.

Um exemplo disso está em Gênesis onde ocorre o primeiro assassinato e que Caim mata Abel por inveja.

A motivação maior dele era por não aceitar que o Senhor tinha mais apreço por Abel devido às boas ações dele, e por essa razão, Caim matou o seu irmão.

Outra passagem que nos adverte sobre isso, está em Pedro 2 que diz: “Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência”.

Ainda há outra advertência em Gálatas 5, que diz: “Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros”.

Desse modo, devemos nos vigiar de modo a evitar que esse tipo de sentimento tenha raiz dentro de nós.

4. Ira

Se trata de uma manifestação intensa de indignação que pode levar a agressões verbais ou físicas, e é o oposto da paciência.

Desse modo, há muitas passagens bíblicas que abordam o vício da pessoa irritadiça, iracunda ou violenta.

Um exemplo disso, está em Provérbios 15:18 diz: “O homem irritável provoca dissensão, mas quem é paciente acalma a discussão”.

Ademais, em Salmo 37:8, leem-se conselhos importantes direcionados à pessoa irritadiça, como: “Deixe a ira, abandone o furor; não se irrite; certamente isso acabará mal”.

São advertências de que a ira não nos levará a nenhum lado que seja bom, e que, portanto devemos lutar contra ela.

5. Luxúria

Trata-se do pecado associado aos desejos sexuais, está intimamente ligada à luxúria, que tem a ver com o abuso do sexo ou a busca excessiva do prazer sexual.

O oposto da luxúria é a castidade, ou seja, a preservação do corpo até o casamento.

Também existem diversas passagens que falam sobre isso, como em Gálatas 5, que diz: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia”.

Em Colossenses 3:5-6, há outra referência ao pecado da luxúria que diz: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus”.

Desse modo, todos aqueles que estiverem vivendo em Luxúria, procure se corrigir diante de Deus.

6. Gula

É o pecado que está associado ao desejo de comer e beber de maneira exagerada, para além das necessidades.

Ademais, esse é um pecado que tem a ver com a perda de controle em relação ao próprio corpo, e as suas próprias vontades, gerando muitas vezes compulsões alimentares e obesidade.

O oposto da gula é a moderação e autocontrole em relação a si mesmo e os alimentos. 

Além disso, quase todos os pecados estão relacionados à falta de moderação, no caso da gula, trata-se do consumo em excesso de comida e bebida, ao qual se atribuem males físicos e espirituais, já que a gula pode levar a outros pecados, como a preguiça.

O pecado da gula é uma manifestação da busca da felicidade em coisas materiais.

Há algumas passagens que se referem a isso, como em Provérbios 23:20-21, que há um conselho aos que querem se manter distantes da tentação da gula que diz: “Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne.

Pois os bêbados e os glutões se empobrecerão, e a sonolência os vestirá de trapos”.

Portanto, além de procurar sermos moderados, devemos também evitar andar com pessoas que vivem em excessos.

7. Preguiça

É a falta de vontade ou interesse em atividades que exigem algum esforço, seja físico ou intelectual.

Ademais, a preguiça pode ser definida como a falta de ação, a ausência de ânimo para o trabalho e outras tarefas do nosso dia a dia.

Com isso, o oposto da preguiça é o esforço, a força de vontade, a ação.

Além disso, para os adeptos do catolicismo, o pecado da preguiça tem a ver com a recusa voluntária ao dever do trabalho, mas também se relaciona com a falta de ânimo nas práticas de devoção e na busca da virtude.

Há algumas passagens referentes a isso, como em Provérbios 13:4 que diz: “O preguiçoso deseja e nada tem, mas o desejo dos que se esforçam será atendido”.

Ou seja, o Senhor concede os desejos daqueles que se esforçam para conquistar e passar pelo processo de dor.

Em Provérbios 6, diz também: “Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio”.

Desse modo, devemos nos vigiar em relação a isso e buscar nos esforçarmos para alcançar nossos objetivos.

A origem dos pecados capitais

A origem dos sete pecados está numa lista escrita pelo monge cristão Evágrio Pôntico,  a fim de enumerar os principais maus pensamentos que atrapalham uma rotina de práticas religiosas.

Porém, em vez de sete, essa lista era composta por oito pecados, pois havia também a vanglória e tristeza.

A inveja por sua vez, não fazia parte da lista. Mas, posteriormente essa lista foi traduzida para o latim, reescrita pelo Papa Gregório I.

Ele excluiu a preguiça, adicionou a inveja e elegeu a soberba como o pecado principal.

Entretanto, no século XIII, o frei Tomás de Aquino (1225-1274) recuperou a lista, incluindo novamente a preguiça no lugar da tristeza.

Os 7 pecados tais como conhecemos hoje remontam à lista realizada por Tomás de Aquino. Portanto, sua origem vem da igreja católica que a criou.

Conclusão

Concluímos, portanto, que os 7 pecados capitais, surgem a partir de uma transgressão a palavra de Deus.

Essa transgressão, por sua vez, tem origem nos maus pensamentos e no distanciamento de Deus, que nos levam ao engano, as imoralidades sexuais, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as maldades, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia e o orgulho.

Devemos, então, não nos afastar de Deus e orar diariamente para que ele nos ajude a manter os nossos pensamentos em ordem, e o nosso coração edificado com sua palavra.

7 Pecados Capitais.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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