Gênesis 25 Estudo: Esaú e Uma Decisão Irreversível
Neste capítulo de Gênesis 25 estudo, veremos o relato de um novo casamento de Abraão, sua morte e sepultamento, além da descendência de Ismael. Também, vemos que Rebeca era estéril e Isaque orou ao Senhor, o qual a abençoou e esta concebeu a gêmeos.
Deus revela, à Rebeca, que Jacó lideraria a família. Então, nasce Esaú e, em seguida, Jacó. Já crescidos, Jacó faz um guisado e Esaú, vindo do campo, exausto, lhe pede comida. Jacó, no entanto, aduz que apenas lhe daria se Esaú vendesse o seu direito de primogenitura.
Esaú, entende que o direito de primogenitura de nada lhe aproveitaria, naquele momento, vez que estaria faminto. Após jurar, vende seu direito a Jacó, o qual dá de comer a seu irmão.
Gênesis 25 estudo: Contexto histórico
No capítulo 24, de Gênesis, Abraão, já farto de dias, manda que seu servo, mais antigo, sob juramento, fosse à sua parentela buscar uma esposa para Isaque.
O servo, seguindo todas as orientações de seu senhor e, também, sendo orientado por Deus, encontra Rebeca. Isaque a toma por esposa e Deus, assim, o consola da morte de sua mãe.
Capítulo 1-6
1 E ABRAÃO tomou outra mulher, cujo nome era Quetura (Sara tinha envelhecido e partido [Hb 9.13], quer dizer,diante da Aliança Judaica das obras, Quetura, a Gente, aparece agora com seus filhos; deste modo, apresenta-se o futuro);
4 E os filhos de Midiã foram Efa, Efer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura. (É provável que Abraão tivesse entre 140 e 150 anos quando lhe nasceram esses filhos; portanto, concluímos que o rejuvenescimento dado a Abraão pelo Senhor, com respeito ao nascimento de Isaque, durou por muitos anos mais, o que,sem dúvida, assim foi.
Com Deus, todas as coisas são possíveis! Isto já tem acontecido:nas nações da Terra [as quais Quetura e seus filhos representam] serão levantados como filhos de Abraão e receberão a sua herança, o que, é óbvio, fala da Igreja.)
5 Porém, Abraão deu tudo o que tinha a Isaque (só o Filho do Espírito pode ser herdeiro das Promessas);
6 E aos filhos de suas concubinas deu Abraão dotes (presentes), e, vivendo ele ainda, os afastou de Isaque seu filho, enviando-os para o oriente, à terra oriental (há uma diferença grande entre os simples”dotes” e toda a herança; no sentido natural, o mesmo é válido; os que seguem o caminho da Cruz não podem ser companheiros daqueles que seguem o caminho da carne).
A MORTE E O SEPULTAMENTO DE ABRAÃO
7 E estes foram os dias de vida que viveu Abraão: Cento e setenta e cinco anos (175 anos).
8 E expirou o espírito, morrendo Abraão em boa velhice, ancião e farto de dias, e foi congregado ao seu povo. (Abrado nasceu uns dois anos depois da morte de Noé e era contemporâneo de Sem, filho de Noé, por muitos anos. Poucos homens na história provocaram impacto no mundo como o fez Abraão.
O que caracterizava sua pessoa e sua vida era a Fé, e falamos da Fé em Cristo e do que Cristo faria para redimir os filhos galados da raça perdida de Adão. Como Paulo, Abraão poderia dizer: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” [2Tm 4.7-8].)
9 E Isaque e Ismael, seus filhos, sepultaram-no na cova de Macpela, na herdade de Efrom, filho de Zoar, o Heteu, que está em frente de Manre; (É agradável ler que Isaque e Ismael estiveram juntos junto ao sepulcro de seu pai; aqui há conotações proféticas. Isso literalmente aconteceu na Era do Reino vindouro.)
10 O campo que Abraão havia comprado dos filhos de Hete; ali está sepultado Abraão, e Sara, sua mulher. (Esse lugar de sepultamento só pertenceu a Abraão e Sara quando morreram; entretanto, esse lugar declara a todos que um dia toda a terra, que em última instância seria chamada “Israel”, pertenceria a ele; e pertencerá mesmo, (na Era do Reino vindouro.)
11 E aconteceu, depois da morte de Abraão, que Deus abençoou a Isaque, seu filho;e habitava Isaque junto ao poço de Beer-Laai-Rói (“pouco do Vivente que me vê”. Deus abençoou Isaque, mas não mencionou nada quanto a Deus ter abençoado os outros filhos de Abraão).
OS DESCENDENTES DE ISMAEL
12 E estas são as gerações de Ismael, filho de Abraão, que deu à luz Agar, a Egípcia, serva de Sara (Ismael teve toda a oportunidade de servir a Deus, mas, infelizmente, ele escolheu outro caminho).
18 E habitaram desde Havilá até Sur, que está em frente do Egito, como quem vem da Assíria; e morreu na presença de todos os seus irmãos. (Ismael era a cabeça do povo Árabe, o qual, infelizmente, ao menos a maior parte, escolheu um caminho de incredulidade.
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Ao rejeitar Cristo, como sempre é o caso, uma deidade falsa preencheu o vazio. Essa deidade falsa era Maomé, que escravizou o povo Árabe desde aquele tempo até agora, porque não existe liberdade fora de Cristo.)
ESAÚ E JACÓ
19 E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou Isaque (Isaque nasceu do Espírito)?
20 E era Isaque da idade de quarenta anos quando tomou por mulher Rebeca, filha de Betuel, Arameu de Padā-Arā, irmā de Labāo Arameu (“Labão Arameu” é mencionado aqui simplesmente porque ele desempenhou um papel proeminente com respeito a Jacó, o filho de Rebeca).
21 E orou Isaque insistentemente ao SENHOR por sua mulher, que era estéril (Satanás estorvar o nascimento de Jacó por vinte anos);
e aceitou o SENHOR, e Rebeca sua mulher concebeu (Deus se sobrepôs contra a malícia de Satanás, para dar ênfase, uma vez mais, à grande verdade de que Ele demonstra as riquezas de Sua Graça e Glória onde a natureza está morta; é um princípio na vida espiritual que a natureza [humana] não está disposta aprender).
22 E os filhos se combatiam dentro dela (havia gêmeos em seu ventre; duas forças lutavam dentro dela um que cria, e o outro que não cria-e estavam presentes antes que nascessem; eram como as duas naturezas, a natureza pecaminosa e a Natureza Divina dentro do Crente);
e disse: Se é assim, por que vivo eu assim?(pode-se parafrasear: “Se, como resposta à oração, Deus este por me dar o gozo de ser mãe, por que estou sob tanta opressão física até o ponto de estar em perigo da morte?” Ela estava muito perplexa com tal resposta à oração, uma vez que esta veio acompanhada de tal sofrimento misterioso) E foi perguntar ao SENHOR.
E lhe respondeu o SENHOR:
23 Duas nações há no teu ventre, e dois povos serão divididos desde as tuas entranhas (estas duas nações eram os Edomitas e os Israelitas; com o nascimento de Esaú e de Jacó, elas estariam separadas, divididas e, inclusive, seriam hostis, porque não teriam nada em comum),
e um povo será mais forte que o outro povo (Jacó, que era o menor, seria o mais forte, mas só por meio do Senhor);
e o maior servirá ao menor (toda pessoa nasce com uma natureza. pecaminosa, que a faz “maior”; a Natureza” Divina chega ao Crente pela conversão, e ele se torna”menor”; entretanto, se seguirmos o padrão de Deus para um viver vitorioso, que é Jesus Cristo, e Ele Crucificado, “o maior servirá ao menor” – o que significa que a natureza Divina será vitoriosa sobre a natureza pecaminosa).
24 Quando se cumpriram os seus dias para dar à luz,eis que havia gêmeos no seu ventre.
25 E saiu o primeiro ruivo e todo ele peludo como um casaco;e chamaram o seu nome Esaú (esse nome significa “o peludo,” que fala de sensualidade).
26 E Depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú (Jacó agarrando o calcanhar de Esaú no nascimento representa o Crente tentando ganhar a supremacia espiritual por meio da carne,e não pelo Espírito, o que caracterizou Jacó por muitos anos); e foi chamado o seu nome Jacó (significa “agarrado ao calcanhar” ou “suplantador”). E era Isaque da idade de sessenta anos (60) quando ela os deu à luz.
A PRIMOGENITURA
27 E cresceram os meninos, e Esaú foi homem destro na caça, homem do campo; Jacó,porém, era varão quieto, que habitava em tendas (o texto Hebraico original descreve Esaú como um homem selvagem e indisciplinado, e Jacó como um indivíduo tranquilo e amadurecido; este era sensível, diligente, responsável e pacífico).
28 E amava Isaque Esaú (preferiu Esaú a Jacó, o que assinala um desvio de caráter em Isaque, o que lhe traria muita tristeza; o Espírito Santo na Epístola aos Hebreus chama a Esaú de uma “pessoa perversa” porque ele vendeu a sua primogenitura), porque comia da sua caça; mas Rebeca amava Jacó (ela se lembrou da predição no Versículo 23).
29 E Jacó cozeu uma sopa (numa panela); e voltando Esaú do campo, e estando cansado,
30 Disse a Jacó: Rogo-te que me dês a comer desse guisado vermelho; pois estou muito cansado. Por isso foi chamado o seu nome Edom (Esaú foi o pai dos Edomitas).
31 E Jacó respondeu: Me venda hoje a tua primogenitura. (A primogenitura deste, tratava-se, então, de algo essencialmente espiritual, pelo que Esaú não tinha respeito nem interesse. Tinha a ver com a herança terrena de Canaã, a qual tomariam posse centenas de anos no futuro.
Referia-se à posse da Bênção da Aliança, que incluía a descendência dele, a qual seria como as estrelas do céu, e o fato de que todas as famílias da Terra seriam benditas nele.
Além disso, havia a autoridade de do progenitor da Semente Prometida, que era a Bênção maior de todas e se referia a Cristo. O primogênito devia receber a primogenitura, de Esaú era o primogênito.)
Então disse Esaú:
32 Eis que eu estou a ponto de morrer; para que, pois, me servirá a primogenitura? (Esaú trocou a riqueza futura e eterna pela satisfação de uma necessidade no presente e temporária; ele não tinha interesse algum pelas coisas espirituais; portanto, a primogenitura não significava nada para ele.)
33 Então disse Jacó: Jura-me isso hoje. Ele jurou, e vendeu a Jacó a sua primogenitura. (Jacó, embora com um caráter deplorável, valorizava a Bênção divina e eterna; e, se ele se colocasse nas Mãos de Deus, a profecia comunicada à sua mãe antes do seu nascimento, teria sido cumprida nele, e sem a degradação e o sofrimento que suas maquinações lhe trouxerem).
34 Então Jacó deu a Esaú pão e guisado de lentilhas; e ele comeu, bebeu, e se levantou, e se foi. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura. (O coração natural não atribui valor às coisas de Deus, como se pode ver evidenciado pela escolha feita por Esaú.
Para o coração natural, as Promessas de Deus são algo vago, sem valor, sem poder; simplesmente pela visão não se conhece Deus. Ao que os inconversos não podem ver, não dão valor algum. Assim foi com Esaú.)
Conclusão
Neste capítulo, veremos como nossas decisões nos levam a um destino. Também, que sempre seremos guiados ou por nossa carne ou, por nosso espírito, sendo que, somente quando somos santificados poderemos alinhar nossas decisões aos propósitos Daquele que sabe de todas as coisas.
A história de Esaú e Isaque, na verdade, marca o instante em que alguém abre mão de um direito e, não, ao momento em que alguém o conquista, vez que, veremos adiante, esse direito apenas fora concedido à Jacó, de fato, no vau de Jaboque, após lutar com Deus.
A bíblia revela que Esaú era impuro e profano e que sua decisão não o permitiu encontrar lugar de arrependimento, mesmo com lágrimas, o que o fez amargar a rejeição (Hebreus 12:16).
Portanto, a história não revela alguém num momento de fraqueza, mas, sim, um fraco, espiritualmente, podemos dizer, num momento qualquer.
Nossas decisões sempre serão tomadas de acordo com aquilo que prevalece em nós: carne ou espírito (Gálatas 5:17). Nossa carne não precisa ser fortalecida. Em razão do pecado, já somos tendenciosos a ela. No entanto, cumpre-nos fortalecer nosso Espírito, constante e diariamente (Gálatas 5:16).
Esaú, não se santificava. Era impuro. Por isso, ao tomar uma decisão, facilmente, foi guiado por um impulso carnal: fome. Se não fortalecermos nosso espírito, buscando a santificação, jamais conseguiremos tomar decisões alinhadas à vontade de Deus.
Vimos que decisões selam destinos e, muitas vezes, ainda que venhamos nos arrepender, elas podem ser irreversíveis.
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