Gênesis 31 Estudo: A Partida de Jacó e o Encerramento de um Ciclo

Neste capítulo de Gênesis 31 estudo, veremos que Labão já não era mais favorável a Jacó, pelo que, conversando com suas esposas e, expondo a forma como o pai lhes enganara e como Deus o ajudou a prosperar, estas concordaram em partir.

Escondido de Labão, Jacó, toma todos os seus bens e sua família e parte para Canaã. Raquel rouba os ídolos de seu pai. No terceiro dia, Labão toma conhecimento e persegue Jacó, no entanto, ao dormir, Deus lhe ordena que não faça mal a Jacó.

Ao alcançá-lo, Jacó expõe seus motivos e o permite-lhe procurar seus ídolos. Tendo Raquel escondido, não os encontrou. Jacó e Labão fazem uma aliança.

Gênesis 31 estudo: Contexto histórico

No capítulo 30, de Gênesis, vemos que Raquel e Lia concedem suas servas à Jacó, as quais lhe concebem dois filhos, cada uma. Após, Lia engravida, novamente, e, Deus, abençoa Raquel, lhe concedendo Jacó. Jacó, pede que Labão o permita partir com suas filhas e que trabalhe para si mesmo.

Labão concorda, no entanto, dificulta a tentativa de Jacó de prosperar, tirando-lhe do rebanho os animais malhados, salpicados e negros, dos quais as crias seriam de Jacó.

Contudo, este utiliza várias descascadas para que os animais, ao procriarem, dessem crias salpicadas e malhadas e assim ocorre. Quando nasciam crias fracas, ao conceberem, retirava as varas, pois estas seriam de Labão. Assim enriqueceu.


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Capítulo 1-10

1 E OUVIA ele (laco) as palavras dos filhos de Labão, que diziam: Jacó tomou tudo o que era de nosso pai, e do que era de nosso pai adquiriu toda esta grandeza. (Enquanto Jacó estava aumentando a riqueza de Labão, e ele [Jacó] era pobre, Labão não tinha problemas com isso.

Mas, uma vez que Jacó começa a prosperar, e começa a fazê-lo de grande maneira, cria inveja SÓ Olhava também Jacó o semblante de Labão, e via que não era para com ele como anteriormente (inveja).

3 E o SENHOR disse a Jacó: Torna-te para a terra de teus pais e à tua parentela; que Eu serei contigo (é muito agradável ao coração notar o conduzir minucioso do Senhor na vida do Patriarca; agora lhe fala para retornar a Canaã; ele já tinha estado ausente por vinte anos)

5 E lhes disse: Vejo que o semblante de vosso pai não é para comigo como anteriormente; mas o Deus de meu pai tem estado comigo (ele dá louvor ao Senhor por sua prosperidade).

7 Mas vosso pai me enganou, e me mudou o salário dez vezes; mas Deus não lhe permitiu que me fizesse mal. (Quando Labão viu que os rebanhos de Jacó estavam aumentando segundo o acordo que fez originalmente, então ele mudou as regras. Independente do que Labão fez, o que não nos é dito, notamos que Deus invalidou o que fazia ele, e prosseguia abençoando a Jacó.)

8 Se ele dizia assim: Os pintados serão o teu salário, então todas as ovelhas parem pintadas; e quando dizia: Os listrados serão o teu salário, então todas as ovelhas parem listradas (O homem determina as regras, mas Deus as supera!).


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9 Assim tirou Deus o gado de vosso pai, e deu-o a mim (em tudo isto, aprendemos que Jacó não tinha feito nada de mau, pois se assim fosse, Deus não o teria prosperado).

10 E aconteceu que, ao tempo que o rebanho concebia, eu levantei os meus olhos e vi em sonhos, e que os machos que cobriam as fêmeas eram listrados, pintados e malhados (o que indicava a Jacó que era o Senhor Quem tinha concedido o aumento).

CANAÃ

11 E disse-me o Anjo de Deus em sonhos: Jacó! E eu disse: Eis-me aqui (na realidade foi Jeová).

12 E Ele (o Senhor) disse: Levanta agora os teus olhos e vê todos os machos que cobrem o rebanho que são listrados, pintados e malhados; porque eu tenho visto tudo o que Labão te tem feito (devemos aprender uma lição de tudo isto, dando-nos conta que o Senhor vê e observa tudo).

13 Eu sou o Deus de Betel (Ele reafirma que Ele é o Deus de Betel, o que proclama o fato de que cada promessa dada aqui a Jacó ainda tem validez), onde tu ungiste a coluna de pedra (que se referia a Cristo e o Espírito Santo),

e onde Me fizeste um voto (era o “décimo” voto que foi feito ao Senhor; todos esses animais foram oferecidos em sacrifício, o que mostra que Jacó tinha sido fiel ao voto [Gn 28.20]).


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Levanta-te agora, e sai desta terra, e torna-te à terra da tua parentela (como já foi dito, vinte anos tinham transcorrido desde que ele tinha visto a sua parentela).

JACÓ

14 E responderam Raquel e Lia, e lhe disseram: Acaso temos parte ou herança na casa de nosso pai? (Tanto Raquel como Lia entenderam completamente a decepção de seu pai. Ele não só tinha feito mal a Jacó, como também a elas.) 

15 Não nos tem já considerado como estranhas? Pois nos vendeu, e até comeu de todo o nosso dinheiro (é uma vergonha que Labão tivesse um lugar de proeminência na Mensagem do Evangelho; ele nunca chegou a conhecer o Senhor).

16 Porque toda a riqueza que Deus tirou de nosso pai é nossa e de nossos filhos; agora, pois, faz tudo o que Deus te mandou (elas reconheceram a Mão de Deus em tudo isto, e estavam dispostas a consentir na proposta de Jacó para irem embora).

18 E pôs a caminho todo o seu gado, e toda a sua fazenda que tinha adquirido, o gado que possuía, que tinha obtido em Padã-Arã, para retornar para Isaque, seu pai, na terra de Canaã (durante os vinte anos que Jacó esteve ausente, nada é comentado quanto a Isaque).

19 E indo Labão a tosquiar as suas ovelhas; Raquel furtou os ídolos que seu pai possuía (os ídolos tinham a ver com a sua herança; vamos abordar sobre eles no momento certo)

21 Fugiu, pois, Jacó com tudo o que tinha e levantando-se cruzou o rio,dirigindo-se ao monte de Gileade (pelo fato de Jacó ir-se desta maneira, demonstra que a situação já se tornara insuportável).

A PERSEGUIÇÃO

23 Então tomou os seus irmãos (seus filhos e outros) consigo, e foi atrás dele (atrás de Jacó) a caminho de sete dias, e o alcançou no monte de Gileade.

24 Veio, porém, Deus a Labão, o Arameu, em sonhos naquela noite, e lhe disse: Guarda-te que não fales com Jacó, nem bem nem mal (o fato de o Senhor advertir Labão em um sonho indica que o homem tentava causar danos a Jacó).


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26 E disse Labão a Jacó: O que tens feito? O que tens me logrado, trazendo as minhas filhas como prisioneiras de guerra? (Isso foi totalmente errôneo. Raquel e Lia tinham acompanhado de forma voluntária o seu marido em sua saída.)

28 Também não me deixaste beijar aos meus filhos e as minhas filhas. Fazendo assim, agora agiste loucamente. (As palavras de Labão são hipócritas. Mais que tudo, o Senhor disse a Jacó que saísse por causa das intenções hostis de Labão.)

30 E já que foste embora, porque tinham desejos da casa de teu pai, por que me furtaste os meus deuses? (Jacó não tinha ideia de que Raquel havia levado estas coisas.)

Deuses

32 Com quem achares os teus deuses, esse não viva; diante de nossos irmãos reconhece o que é teu que estiver comigo, e leve para ti. E Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado. (“Quando havia uma pergunta quanto à herança, a pessoa que tinha os terafins [deuses] era considerada como a que tinha direito a uma porção dobrada como primeiro herdeiro.

Quando veio Jacó pela primeira vez [a Labão], foi recebido com prazer dentro da família e adotado como herdeiro, visto que Labão não tinha filhos nessa época. Mas Labão tinha filhos que lhe nasceram pouco tempo depois, e que normalmente teriam invalidado a reclamação de Jacó, a menos que ele possuísse os terafins.

À Raquel parecia que Jacó merecia mais do que tinha recebido, por isso ela os roubou a favor dele, a favor da família de Jacó. Não há provas de que ela quisesse adorar a esses ídolos.)


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33 E entrou Labão na tenda de Jacó, e na tenda de Lia, e na tenda das duas servas; e não os achou. E saindo da tenda de Lia, veio à tenda de Raquel. (Quão néscio era Labão em chamar estas coisas de seus deuses, se poderiam ser roubados! Ele poderia esperar amparo destas coisas que não podiam resistir nem descobrir quem eram os invasores?)

34 Raquel havia tomado os ídolos, e os tinha posto na sela de um camelo, e se assentou sobre eles. E procurou Labão em toda a tenda, mas não os achou.

35 E ela disse a seu pai: Não se zangue o meu senhor, porque não posso levantar diante de ti; pois estou com o costume das mulheres. E ele procurou, mas não achou os ídolos. (Ela se desculpou por não se levantar, afirmando que estava no “costume das mulheres”. Se, de fato, estava ou não, não há como saber; mas há uma boa possibilidade de que fosse verdade.)

Jacó

36 Então Jacó se virou, e contendeu com Labão; e respondendo Jacó disse a Labão: Que transgressão é a minha? Qual o meu pecado, que com tanta fúria tens me perseguido? (Jacó estava agora muito zangado.

Não que Labão estivesse triste quanto às suas duas filhas e a todos os seus netos que se foram, sabendo que ele que possivelmente nunca os veria de novo; Labão estava mais interessado nas coisas materiais do que em qualquer outra coisa.)

37 Porque apalpaste todo o meu equipamento (é interessante que Jacó se referiu a estas imagens como “equipamento”), o que achaste de todo o equipamento da tua casa? Ponha aqui diante dos meus e dos teus irmãos, para que julguem entre nós dois.

41 Assim estive vinte anos em tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; e mudaste os meus salários por dez vezes. (Jacó repassa os seus vinte anos com Labão e, com efeito, está dizendo que Labão não tem motivo nenhum para virar-se com ele.)

42 Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão (a Quem Labão não servia), e o temor de Isaque não fora comigo, de certo me enviarias agora vazio. Viu Deus a minha aflição e o trabalho das minhas mãos, e te repreendeu ontem à noite.

(O sonho que o Senhor deu a Labão. Que espetáculo de humor sem fim, se não fosse tão triste por um homem estar procurando seus deuses perdidos! O Evangelho nos apresenta justamente o oposto – um Deus que sempre está presente procurando por Seus filhos perdidos.)

A ALIANÇA

43 Então respondeu Labão, e disse a Jacó: As filhas são minhas filhas, e os filhos, são meus filhos, e este rebanho é o meu rebanho, e tudo o que tu vês é meu; e o que eu posso fazer hoje a estas minhas filhas, ou a seus filhos que elas deram a luz? (Em Betel, Jacó aprendeu quem é Deus; em Harã, quem é o homem.

E que diferença! Em Betel, Deus lhe enriqueceu; em Hara, o homem lhe roubou! Labão reclama [para si] equivocadamente tudo o que tem Jacó, mas reconhece, devido ao Poder de Deus, que não há nada que ele possa fazer quanto a tirá-los.)

44 Vem, pois, agora e façamos Aliança, eu e tu; e seja por testemunho entre mim e ti. (Lambão quis esta Aliança porque teve medo com respeito ao que o Senhor lhe havia dito no sonho.)

45 Então Jacó tomou uma pedra (um Tipo de Cristo), e a levantou por coluna.

46 E disse Jacó a seus irmãos: Agarrem pedras; e tomaram pedras, e fizeram um montão; e comeram ali junto àquele montão (os dois comendo juntos significava um acordo).

47 E Labão o chamou de Jegar-Saaduta (“O montão do testemunho”); Jacó, porém, o chamou Galeede (em Hebraico, significa a mesma coisa, “o montão do testemunho” coisa Testemunho do testemunho”).

48 Então Labão disse: Este montão fica hoje de testemunha entre mim e ti. Por isso foi chamado o seu nome Galeede;

49 E Mispa (um “farol” ou “torre de sentinela”); porquanto (Labão) disse: Vigie o SENHOR entre mim e entre ti, quando nos apartarmos um do outro (Labão usa o Nome do “Senhor mas na realidade não O conhece).

Labão

50 Se afligireis as minhas filhas, ou se tomares outras mulheres além das minhas filhas, ninguém está conosco; olhe, Deus é testemunha entre mim e ti (a etapa, Labão dissimula piedade com respeito às suas filhas, mas as ações dele falaram mais alto que as suas palavras).

53 O Deus de Abraão, e o Deus de Naor, o Deus de teus pais julgue entre nós (Labão adiciona agora um voto à aliança, chamando o Deus de Abraão “e” o Deus de Naor, para julgar entre Jacó e Labão; tudo isto prova que Labão adorava muitos ídolos, chamados deuses; ele não conhecia na realidade o Deus de Abraão, mas somente O põe entre outros, ao mesmo nível que o deus de Naor).

E Jacó jurou pelo temor de Isaque seu pai. (Jacó ignorou os deuses de Naor, e tomou o seu voto só em nome do Único Deus Verdadeiro, Que era o “temor de”, ou “o Único Reverenciado por”,Isaque.)

54 Então Jacó imolou vítimas no monte, e chamou seus irmãos para comer pão; e comeram pão, e dormiram aquela noite no monte. (O Sacrifício não tinha significado para Labão, embora ele estivesse bem acostumado com esta prática, mas era tudo para Jacó.

Em essência, Jacó estava dizendo que ele colocava a sua fé e confiança no que o Sacrifício representava, precisamente a vinda do Senhor Jesus Cristo e o preço que Ele pagaria para redimir os filhos perdidos da raça caída de Adão.)

55 E se levantou Labão de madrugada, e beijou seus filhos e suas filhas, e os abençoou; e partindo, voltou Labão para o seu lugar. (Então, Labão sai de cena, não sendo mencionado outra vez, exceto na passagem [Gn 46.18,25].

O mesmo tinha visto a Mãe de Deus agindo poderosamente na vida de Jacó; e o Senhor, como dissemos, ainda lhe falou num sonho; entretanto, Lambão não tinha o coração voltado para Deus; e, por isso, a oportunidade do Céu foi eternamente perdida.)

Conclusão

Neste trecho da história, vemos a manifestação da misericórdia de Deus. A narrativa revela que o rosto de Labão já não se mostrava mais favorável à Jacó e, neste momento, Deus intervém, orientando seu servo Jacó a partir.

Considerando que, o grande erro cometido por Jacó havia sido o engano desempenhado à seu pai, bem como seu aproveitamento frente a fraqueza de seu irmão, Esaú, fica evidente que, Labão, como mencionado no capítulo anterior, representava um tratamento em sua vida, vez que se demonstrava um verdadeiro enganador e aproveitador de Jacó.

Ocorre que, as escrituras revelam que, a repreensão, a ira de Deus, dura só um momento, ao passo que sua benignidade é eterna (Salmo 30:5).

Então, o Senhor, não permite que Jacó permaneça naquela situação e, ao ver que seu sogro poderia causar-lhe males maiores, o orienta a partir. Deus tem um tempo certo e determinado para tudo!

Portanto, por mais difícil que seja a repreensão que Deus nos permita enfrentar, ela nunca será proporcional ao que merecíamos por nossas transgressões, vez que Ele jamais nos retribui na medida de nossas faltas (Salmos 103:10).

Gênesis 31 estudo.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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