Isaías 43 Estudo: O Amor Infalível de Deus

Em Isaías 43 é apresentado uma série de reflexões importantes para nossa caminhada cristã. Apesar dos constantes erros do povo de Israel no decorrer de toda sua história, a misericórdia de Deus continuava disponível para que ele se arrependesse e mudasse completamente sua postura.

Além disso, o amor do Criador se estendia não só para o perdão dos pecados, mas para um tempo completamente novo para os israelitas, desvinculado de todo o roteiro vivido por eles até então.

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Da mesma forma, o Criador deseja muito uma mudança genuína dos seus filhos do século 21, pois existem coisas nunca vistas antes preparadas para vida de cada um deles neste tempo. Acompanhe!



Isaías 43:1: Não temas

v. 1 Porém, agora, assim diz o Criador que te criou, ó Jacó; e aquele que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te redimi. Eu te chamei pelo teu nome. Tu és meu.

Chamar uma pessoa pelo nome indica um alto grau de familiaridade. A frase pode Até sugerir o fato de Deus lhe ter dado o nome, ato que indica superioridade e talvez propriedade.

Deus deu nome a Israel quando Ele mudou o nome do patriarca Jacó para Israel (Gn 32:28). A intenção desse oráculo é expressar claramente desde o início (Não temas; ver também Is 43:5). Deus instruiu Seu povo a respeito de sua futura libertação para impedir que ele cedesse ao medo.

Isaías 43:2: Promessa de Deus a Israel

v. 2 Quando tu passares através das águas, eu estarei contigo. E através dos rios, eles não te submergirão. Quando caminhares através do fogo, tu não serás queimado, nem a chama acenderá sobre ti.

As águas podem ser naturalmente perigosas assim como o fogo mencionado na segunda metade do versículo.

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No entanto, as águas, em especial, podem representar as forças do caos e do mal (Dn 7:1-9) ou algum tipo de intimidação pessoal (Sl 69:1-3).


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O contexto para esse uso simbólico das águas vem das narrativas da criação no Oriente Próximo, nas quais havia um conflito entre o deus criador e o deus ou a deusa das águas.

A promessa de que Deus está com o Seu povo é uma fórmula pactual que indica a relação estreita entre Deus e o Seu povo.

Isaías 43:3-4: Amor de Deus a Israel

v. 3 Porque eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador. Eu dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e Seba por ti.

v. 4 Visto que tu foste precioso aos meus olhos, tu tens sido honrado e eu tenho te amado. Portanto, darei homens por ti e povos pela tua vida.

O Seu povo é tão precioso que Deus está disposto a livrá-lo ao preço (resgate) do Egito, da Etiópia e de Seba.

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A terra de Cuxe ficava ao sul do Egito, na parte alta (sul) do rio Nilo, aproximadamente idêntica à atual Etiópia.

A localização de Seba é desconhecida. Alguns eruditos entendem que isso seja uma referência ao fato de que embora o rio Ciro da Pérsia decretasse a restauração de Judá, seus sucessores foram atacar o Egito e a Etiópia. Na verdade, Deus está disposto a dar muito mais do que esses três países em lugar do Seu povo.


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Isaías 43:5-6: Não temas, povo de Deus

v. 5 Não temas, porque eu estou contigo. Eu trarei a tua semente do Leste e ajuntar-te-ei do Oeste.

v. 6 Eu direi ao Norte: Entregue! E ao Sul: Não retenhas! Traze meus filhos de um lugar remoto, e minhas filhas dos confins da terra.

Deus ajuntará o Seu povo de todas as partes do mundo, do Leste e do Oeste, do Norte e do Sul. A referência é à restauração do exílio. Os que voltaram com Sesbazar e Zorobabel, bem como os que voltaram mais tarde com Esdras e Neemias revelam que o Criador cumpriu Sua promessa.

Isaías 43:7: Ele o criou

v. 7 Todo o que é chamado pelo meu nome, eu criei para minha glória, eu o formei; sim, eu o fiz.

O exílio não resultará na erradicação do povo especial de Deus. Afinal de contas, Ele o criou. Esse povo preservará sua identidade distintiva e não se mesclará com populações estrangeiras.

Isaías 43:8: Insensibilidade espiritual

v. 8 Traga o povo cego que tem olhos, e os surdos que têm ouvidos.

Israel, servo de Deus, é um povo que está cego e surdo (ver nota em Jó 42:18-20). A referência é à insensibilidade espiritual, pois os olhos e os ouvidos do povo estavam funcionando.

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Isaías 43:9: Nações

v. 9 Que todas as nações sejam reunidas, e que os povos sejam congregados; quem dentre eles pode declarar isto e nos mostrar coisas do passado? Que apresentem suas testemunhas para que possam ser justificados; ou que ouçam, e digam: Isto é verdade.

O desafio de encontrar alguém estre as nações que pudesse anunciar o significado dos eventos ocorridos é outro comentário sarcástico a respeito dos ídolos mudos e impotentes das nações (Jó 41:22), (Jó 42:9).

Isaías 43:10-12: Fora do Pai não há salvação

v. 10 Vós sois minhas testemunhas, diz o Altíssimo, e meu servo, a quem eu escolhi, para que possais saber e acreditar em mim e entender que Eu Sou. Antes de mim não houve nenhum Deus formado e nem haverá depois de mim.
v. 11 Eu, eu sou o Criador e fora de mim não há salvador.

v. 12 Eu declarei, e eu salvei, e eu mostrei, quando não havia nenhum deus estranho entre vós; portanto, vós sois minhas testemunhas, diz o Criador, de que eu sou Deus.

Deus convoca as nações reunidas (v. 9) para que sejam testemunhas. Ele também convoca o Seu povo, a quem identifica como Seu servo, para que todas sejam Suas testemunhas.

A convocação de testemunhas associa essa passagem ao tribunal. Não somente Deus é melhor do que os deuses estrangeiros, esses deuses absolutamente não existem.

As nações se emudecem quando solicitadas a dar testemunho da obra de seus deuses em sua vida. O povo de Deus atuava como testemunha de Deus de que Ele o salvou no passado.

Isaías 43:14: O SANTO de Israel

v. 14 Assim diz o ­Criador, vosso Redentor, o Santo de Israel; por causa de vós eu enviei a Babilônia e derrubei todos os seus nobres e os caldeus, cujo grito está dentro dos navios.

Deus transformará os babilônios em fugitivos, sugerindo que suas cidades serão derrotadas e eles vagarão de um lugar para o outro.

Os caldeus (babilônios) eram uma tribo de fala aramaica da Babilônia que se levantou no século 7 a.C. para liderar um ataque contra a Assíria, estabelecendo assim o império neo-babilônico.

O local de origem da tribo dos caldeus ficava no ponto onde os rios Tigre e Eufrates desaguavam no que atualmente é chamado de golfo Pérsico.

Portanto, que a navegação era muito importante para eles.

Isaías 43:16-17: Recordando a grande libertação

v. 16 Portanto, assim diz o Criador, o qual faz um caminho no mar e uma vereda nas poderosas águas.

v. 17 O qual faz sair a carruagem de guerra e cavalo, o exército e o poder; eles se deitarão juntamente, e não se levantarão; eles estão extintos, estão apagados como o pavio.

Deus apela ao Seu povo para que recorde sua grande libertação das mãos dos egípcios no mar Vermelho (Êx 14).

Isaías 43:18-19: Ele fará coisas novas

v. 18 Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as coisas dos tempos antigos.

v. 19 Eis que Eu farei uma coisa nova, agora ela surgirá; vós não sabeis? Eu farei um caminho no ermo, e rios no deserto.

O êxodo poeticamente descrito nos versículos 16-17 é definido como coisas passadas, ou coisas dos tempos antigos. Mas Deus chama a atenção dos ouvintes para uma coisa nova, um novo êxodo. Desta vez, Deus criará não “um caminho no mar” (V. 16), mas um caminho no ermo. Essa libertação futura é retratada como uma reversão da natureza, com rios no deserto.

Isaías 43:20-21: O ALTÍSSIMO Escolheu e Separou seu Povo

v. 20 O animal do campo me honrará, os chacais e as corujas, porque eu dei águas no ermo e rios no deserto para dar de beber ao meu povo, meu escolhido.
v. 21 Este povo eu formei para mim mesmo, eles proclamarão meu louvor.

Em virtude da nova provisão de água no deserto, os animais que ali vivem ficarão satisfeitos. Da mesma maneira, o povo de Deus oprimido pelos babilônicos encontrará nova liberdade.

Isaías 43:22-24: Fuja da Iniquidade

v. 22 Porém, tu não tens me invocado, ó Jacó, mas tu estás cansado de mim, ó Israel.
v. 23 Tu não me trouxeste o gado miúdo de tuas ofertas queimadas, nem me honraste com teus sacrifícios. Eu não te fiz servir com uma oferta, nem te cansei com incenso.

v. 24 Tu não compraste para mim cálamo aromático com dinheiro, nem me encheste com a gordura de teus sacrifícios; porém, me fizeste servir com teus pecados; tu me cansaste com tuas iniquidades.

Se Israel literalmente parou de oferecer sacrifícios ou se simplesmente os ofereceu de maneira hipócrita não é importante; os sacrifícios apropriados não estavam sendo oferecidos.

A passagem gira em torno da palavra “cansado”. O povo estava cansado de Deus, e por isso não oferecia o sacrifício requisitado.

Mas a culpa não era de Deus – o propósito das leis sacrificiais não era deixar o povo cansado, mas libertá-lo de seus pecados. Tendo o povo se recusado a ver isso, Deus por sua vez ficou cansado com as iniquidades do Seu povo.

Isaías 43:25: ELE pode apagar nossas transgressões

v. 25 Eu, eu sou o que apago completamente tuas transgressões por amor de mim mesmo, e não me lembrarei dos teus pecados.

O povo pecava, mas Deus perdoava. A ideia de remoção de pecado é comunicada pela ação de apagar e também pelo ato mental de esquecer. Lembrar-se de alguma coisa é reagir a isso, e esquecer é abster-se de agir.

Isaías 43:26-28: Cenário de tribunal

v. 26 Coloca-me na tua memória. Deixa que debatamos em juízo juntamente. Declara, para que tu possas ser justificado.
v. 27 Teu primeiro pai pecou; e teus mestres têm transgredido contra mim.

v. 28 Portanto, eu tenho profanado os príncipes do santuário, e tenho dado Jacó para a maldição, e Israel para a desonra.

Mais uma vez um cenário de tribunal é introduzido. Deus desafia o Seu povo a debater em juízo juntamente contra Ele.

É provável que referência ao primeiro pai de Israel seja a Jacó, cujo nome foi mudado para Israel. Jacó era bem conhecido por seus caminhos insensatos e pecaminosos (Os 12:1-6).

5 importantes lições que podemos aprender em Isaías 43

  1. Deus Está Conosco em Tempos de Dificuldade: Deus promete estar conosco mesmo em meio às dificuldades e desafios da vida. Ele nos encoraja a não temer, pois Ele nos redimiu e nos chamou pelo nome.
  2. Deus Realiza Novas Obras: O Senhor declara que fará algo novo em nossas vidas, mesmo quando nos encontramos em situações estagnadas ou aparentemente sem esperança. Ele é capaz de abrir caminhos onde não há, proporcionando uma nova temporada de bênçãos e renovação.
  3. Deus nos Redimiu para Sua Glória: Isaías enfatiza que fomos redimidos e chamados pelo nome pelo próprio Deus. Ele nos libertou do poder do pecado e da condenação para que possamos viver para a Sua glória e cumprir o Seu propósito em nossas vidas.
  4. Deus Nos Ama Profundamente: O capítulo destaca o amor incondicional de Deus por Seu povo. Ele compara Seu amor por nós a um amor de pai, mostrando sua constante preocupação e cuidado por nós, seus filhos.
  5. Deus É o Único Salvador: Isaías proclama que Deus é o único Salvador e Redentor. Ele nos lembra que não há outro além de Deus que possa nos salvar e libertar. Portanto, devemos confiar inteiramente nele e buscar a Sua orientação e proteção em todas as circunstâncias da vida.

Conclusão

Por fim, Isaías 43 instiga os cristãos a esquecerem o passado para ir em direção ao novo de Deus para suas vidas.

Comumente, olhamos para o futuro de acordo com o histórico dos acontecimentos passados da nossa vida, mas na verdade não é dessa maneira que devemos fazê-lo. Isso porque, o futuro deve ser visto a partir da e não sob o que deu certo ou não anteriormente.

Ou seja, há uma vida extraordinária para cada pessoa que crê no Criador, porém, é preciso se portar de forma diferente para recebê-la.

Enquanto os comportamentos passados estiverem presentes, assim como uma mentalidade que os valoriza demais, nada acontecerá.

Por outro lado, pela renovação do entendimento e a aplicação progressiva dele, é possível experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, vivenciando o melhor de Deus em todas as esferas da vida.

Isaías 43 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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