2 Samuel 3 Estudo: Um Líder Prudente
Neste capítulo de 2 Samuel 3, veremos que o capítulo se inicia expondo que, por muito tempo, durou a guerra entre a casa de Davi e a casa de Saul. Após, vemos que ele teve muitas mulheres e filhos.
Abner estava poderoso na casa de Saul, até que um dia Isbosete o questiona por se deitar com a concubina se seu pai e ele se ira.
Em seguida, vemos que Abner toma a iniciativa de procurar fazer aliança com Davi, mandando mensageiros propondo isso.
Davi, então, solicita que Abner e Isbosete lhe devolvessem Mical, filha de Saul, que o havia sido dada por esposa. Ela acabou, assim, sendo tirada de seu atual marido, Paltiel, o qual a acompanhou chorando, até Baurim.
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Abner, então, chega até Davi e, após conversar com os anciãos de Israel e com a tribo de Benjamim, em meio a um banquete oferecido por Davi, lhe propõe aliança, de modo que ajudaria Davi a governar sobre todo Israel.
Davi despediu a Abner. Em seguida, a bíblia conta que Joabe retornava com seus homens de uma investida, trazendo grande despojo e lhe contaram que Davi havia despedido a Abner em paz.
Joabe, indignado, questiona aquilo a Davi, sugerindo que Abner não seria de confiança. Após, sem que Davi soubesse, ele manda chamar Abner de volta, o qual acaba retornando e, de modo traiçoeiro, Joabe lhe fere no abdômen, pelo que morre.
Quando Davi fica sabendo daquilo, aduz que suas mãos estariam livres daquele sangue inocente e, ainda, amaldiçoa toda a casa de Joabe por haver cometido tamanho mal.
Por fim, Davi pranteia a morte de Abner, mandando que Joabe e seus homens, também, assim o fizessem. Ele sepulta Abner em Hebrom, lamenta e jejua, até o fim do dia.
As escrituras revelam que todo povo percebeu que a morte de Abner não se dera a mando de Davi. Ele conclui, ainda, que Joabe e seus irmãos eram mais fortes que ele e roga que Deus os retribuíssem conforme a maldade deles.
2 Samuel 3 estudo: Contexto histórico
No capítulo anterior, Davi recebe orientação de Deus para ir a Judá e lá acaba sendo constituído rei. Em contrapartida, Abner constitui Isbosete a rei sobre todo restante de Israel.
Abner sai, com Israel, contra Joabe e os homens de Davi, de modo que Israel acaba derrotado. Aser, irmão de Joabe, então, começa a perseguir a Abner, passando a correr atrás dele incessantemente.
Abner pede que ele pare, porém não lhe dá ouvidos. Então, Abner acaba cravando a extremidade inferior de sua lança no abdômen de Aser, de modo que morre. Joabe persegue a Abner, porém, após ele pedir que cessasse a perseguição, Joabe o atende.
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(2 Samuel 3:1) Um longo conflito
v. 1 Ora, houve uma longa guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; mas Davi tornou-se cada vez mais forte, e a casa de Saul tornou-se cada vez mais fraca.
A expressão houve uma longa guerra sugere que o conflito entre Davi e o filho de Saul durou um periodo prolongado, provavelmente cerca de dois anos (2Sm 2:10).
(2 Samuel 3:2) Os filhos de Davi
v. 2 E a Davi nasceram filhos em Hebrom; e o seu primogênito foi Amnom, de Ainoã, a jezreelita;
Amnom mais tarde se revelaria uma figura tragica (2Sm 13:1-29).
(2 Samuel 3:3) Absalão
v. 3 e o seu segundo, Quileabe, de Abigail, a esposa de Nabal, o carmelita; e o terceiro, Absalão, o filho de Maaca, a filha de Talmai, rei de Gesur;
Absalão morreria mais tarde em uma tentativa de usurpação do trono de seu pai (2Sm 15:1-18). A referência a sua mãe como filha de Talmai, rei de Gesur, uma cidade-Estado aramaica próxima ao mar da Galileia, sugere uma aliança, por meio de casamento, entre Davi e Talmai para fortalecer a posição de Judá ao norte.
(2 Samuel 3:4) Adonias
v. 4 e o quarto, Adonias, o filho de Hagite; e o quinto, Sefatias, o filho de Abital;
Adonias mais tarde tentaria assumir o trono, mas Salomão é quem sucederia Davi como rei (1Rs 1:5-40).
(2 Samuel 3:6) Abner
v. 6 E sucedeu que, enquanto houve guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi, Abner se fez forte para a casa de Saul.
Isbosete naturalmente deu a Abner, seu principal general,muita autoridade. O texto pode indicar que Abner tencionava usurpar a realeza.
(2 Samuel 3:7) A concubina de Saul
v. 7 E Saul tinha uma concubina, cujo nome era Rispa, filha de Aiá; e Isbosete disse a Abner: Por que entraste à concubina do meu pai?
A relação sexual com uma mulher do harém era obviamente privilégio singular do rei e podia ter sido interpretada como uma tentativa de Abner de usurpar a realeza (2Sm 12:8).
(2 Samuel 3:8) Isbosete questiona Abner
v. 8 Então, Abner ficou mui irado com as palavras de Isbosete, e disse: Sou eu cabeça de um cão que diante de Judá hoje uso de misericórdia para com a casa de Saul, teu pai, para seus irmãos e seus amigos, e não te entreguei nas mãos de Davi; e me repreende hoje a respeito desta mulher?
A resposta de Abner não indica que ele era realmente culpado. Ele pode ter ficado surpreso com a sugestão de Isbosete de que ele era desleal, depois de tudo quanto fizera para apoiar o reinado de Isbosete.
Por outro lado, ele pode ter sentido que Isbosete deveria ter deixado de lado sua indiscrição com a concubina de Saul à luz de sua lealdade a Isbosete em todos os outros aspectos.
(2 Samuel 3:9) Abner relembra a promessa de Deus a Davi
v. 9 Assim faça Deus a Abner, e lhe acrescente mais, como o SENHOR tem jurado a Davi, mesmo assim lhe ei de fazer;
Ironicamente, Abner (v. 8) estava bem ciente da promessa de Deus a Davi, mas, no entanto, vinha promovendo a causa de Isbosete.
(2 Samuel 3:10) Dã e Berseba
v. 10 para transladar o reino da casa de Saul, e estabelecer o trono de Davi sobre Israel e sobre Judá, de Dã até Berseba.
As duas cidades, Dã e Berseba, em termos essenciais, marcavam as fronteiras norte e sul de Israel, respectivamente, abrangendo uma distância de aproximadamente 177 quilômetros (2Sm 24:2). Consequentemente, Abner previa toda a nação unificada sob o trono de Davi.
(2 Samuel 3:12) Abner manda mensageiros a Davi
v. 12 E Abner enviou mensageiros a Davi em seu favor, dizendo: De quem é a terra? Dizendo também: Faz o teu pacto comigo, e, eis que a minha mão será contigo, para trazer a ti todo o Israel.
Abner enviou mensageiros a Davi porque decerto queria garantir que o monarca de Judá o aceitaria. Ele não queria ser aprisionado ou executado.
(2 Samuel 3:13) Davi requer Mical
v. 13 E ele disse: Bem, farei um pacto contigo; porém uma coisa exijo de ti, a saber: Tu não verás a minha face, exceto se primeiro trouxeres Mical, filha de Saul, quando vieres ver a minha face.
Mical, filha de Saul, foi a primeira esposa de Davi (1Sm 18:27) a quem Saul tomou e deu a Paltiel, filho de Laís, depois que o filho de Jessé se tornou um fugitivo (1Sm 25:44).
Ao recebê-la de volta, o rei de Judá também se estabeleceria como um legítimo parente e herdeiro do trono de Saul. Davi nunca se divorciará de Mical, portanto ela legitimamente lhe pertencia.
(2 Samuel 3:14-15) Davi pede Mical a Isbosete
v. 14 E Davi enviou mensageiro a Isbosete, filho de Saul dizendo: Entrega-me a minha esposa Mical, a quem tomei por esposa por uma centena de prepúcios dos filisteus.
v. 15 E Isbosete enviou, e tomou-a do seu marido, a saber, de Paltiel, o filho de Laís.
O consentimento de Isbosete à exigência de Davi ressalta ainda mais sua fraqueza. Talvez com a deserção de Abner para o lado do rei de Judá, Isbosete carecesse de poder real e estivesse tentando assegurar que Davi não o matasse depois que se tornasse rei de todo o Israel (1Sm 24:20-21).
(2 Samuel 3:16) Paltiel
v. 16 E o marido seguiu com ela, chorando detrás dela, até Baurim. Então, disse Abner a ele: Vai, retorna. E ele retornou.
Paltiel, marido (v.15) de Mical por vários anos, foi, talvez, aquele que, juntamente com Mical,mais sofreu durante todo esse processo. Baurim estava localizada junto à fronteira entre Benjamim e Judá.
Abner provavelmente era um militar imponente,de modo que,ao ordenar asperamente a Paltiel que voltasse para casa, Paltiel ficou intimidado e obedeceu apesar do coração partido.
(2 Samuel 3:17) Abner e os anciãos de Israel
v. 17 E Abner fez comunicação com os anciãos de Israel, dizendo: Vós procurastes Davi em tempos passados para ser rei sobre vós;
As palavras de Abner: Já faz algum tempo que vocês querem Davi, aos anciãos de Israel parecem refletir sentimentos anteriores que podem ter surgido durante os dias de descontentamento com a liderança de Saul.
(2 Samuel 3:18) A promessa
v. 18 agora, então, fazei-o; porque o SENHOR falou acerca de Davi, dizendo: Pela mão do meu servo Davi salvarei o meu povo Israel da mão dos filisteus, e da mão de todos os seus inimigos.
Com suas palavras o SENHOR prometeu, Abner apelou para a promessa do Rei celestial para confirmar Davi como o novo rei de Israel.
Os filisteus continuavam sendo uma ameaça ao povo hebreu durante esses dias incertos de guerra civil. A nação precisava desesperadamente de uma liderança capaz de unificar todas as tribos.
(2 Samuel 3:19) Abner fala com os benjamitas
v. 19 E Abner também falou aos ouvidos de Benjamim, e Abner também foi falar aos ouvidos de Davi em Hebrom tudo o que parecia bom para Israel, e isso pareceu bom a toda a casa de Benjamim.
Abner também falou aos ouvidos de Benjamim por que Saul viera deles. Davi desejava o apoio desses cidadãos tanto ou mais do que de qualquer outro, e desejava realizar o máximo que pudesse por meio da diplomacia antes que pela guerra.
(2 Samuel 3:21) A aliança de Abner
v. 21 E Abner disse a Davi: Levantar-me-ei e irei, e reunirei todo o Israel ao meu senhor, o rei, para que eles possam fazer um pacto contigo, e para que tu possas reinar sobre tudo o que desejar o teu coração. E Davi despediu Abner; e ele se foi em paz.
Abner estava pronto para coordenar os planos finais entre as tribos do norte para reunir todo o Israel para Davi. Tendo feito um pacto ratificando o seu governo sobre eles, Davi controlaria toda a nação.
(2 Samuel 3:22) Joabe
v. 22 E, eis que os servos de Davi e Joabe chegavam da perseguição a uma tropa, e traziam consigo um grande despojo, mas Abner não estava com Davi em Hebrom; porque ele o havia despedido, e ele tinha partido em paz.
Uma perseguição a populações estrangeiras que viviam próximas a Judá renderia um despojo que ajudaria a financiar as operações militares em curso (ver nota em 2Sm 4:2).
(2 Samuel 3:24) Joabe questiona a Davi
v. 24 Então Joabe veio até ao rei, e disse: O que fizeste? Eis que Abner veio a ti; por que o despediste, e ele já se foi?
Joabe mostrou-se chocado (O que fizeste?) quando ouviu que Davi tinha deixado ir em paz o homem que costumava ser o general do exército de seu inimigo.
(2 Samuel 3:25) Joabe questiona a confiança de Abner
v. 25 Tu sabes que Abner, o filho de Ner, veio para te enganar, e para conhecer a tua saída e a tua entrada, e para conhecer tudo o que fazes.
Joabe estava convencido de que os motivos de Abner eram impuros. Parece que as intenções de Joabe eram proteger os interesses de Davi, embora ele pudesse também estar protegendo os seus próprios intentos, uma vez que Abner teria sido um potencial rival para Joabe como o principal general de Davi.
(2 Samuel 3:26) Joabe manda chamar a Abner de volta
v. 26 E quando Joabe havia partido de Davi, ele enviou mensageiros atrás de Abner, os quais o trouxeram de volta do poço de Sirá; mas Davi não soube disso.
O poço de Sirá era um local a aproximadamente 3 quilômetros ao norte de Hebrom.
(2 Samuel 3:27) Joabe mata a Abner
v. 27 E quando Abner havia retornado de Hebrom, Joabe tomou-o de lado no portão para falar-lhe quietamente, e ali o feriu debaixo da quinta costela, de modo que morreu, por causa do sangue de Asael, seu irmão.
Joabe o feriu [Abner]debaixo da quinta costela, assim como Abner tinha feito a Asael, irmão de Joabe (2:23) Joabe pode ter decidido que sabia melhor do que Davi como lidar com o ex-general de Saul.
Se as intenções de Joabe fossem a de vingar a morte de Asael às mãos de Abner em defesa própria, ele precisaria se sujeitar à decisão das autoridades de Hebrom, que era uma das cidades de refúgio (Js 20:7).
(2 Samuel 3:28) Davi é informado da morte de Abner
v. 28 E, posteriormente, quando Davi ouviu isto, disse: Eu e o meu reino somos inocentes diante do SENHOR para sempre do sangue de Abner, o filho de Ner.
Davi ficou sabendo do que Joabe havia feito, e se distanciou de qualquer responsabilidade pela morte de Abner.
(2 Samuel 3:29) Davi amaldiçoa a Joabe
v. 29 Que isso recaia sobre a cabeça de Joabe; e sobre toda a casa do seu pai; e que nunca falte na casa de Joabe quem tenha uma anomalia, ou que seja leproso, ou que se escore em cajado, ou que caia à espada, ou que tenha falta de pão.
Com suas palavras Que isso recaia sobre a cabeça de Joabe, Davi pronunciou uma série de maldições que poderiam sobreviver ao seu general por causa da injustiça cometida.
Ao mesmo tempo, o rei não tirou a vida de Joabe porque muitas pessoas podiam achar que o ato de Joabe era justificado, e porque Joabe era seu sobrinho.
(2 Samuel 3:30) A vingança de Joabe
v. 30 Assim, Joabe e Abisai, o seu irmão, mataram Abner, porquanto tinha matado Asael, irmão deles na batalha em Gibeão.
Talvez Abisai tivesse conduzido a delegação que chamou Abner de volta a Hebrom, servindo assim como participante da conspiração com Joabe.
Abner tinha matado Asael em uma batalha legítima, mas Joabe matou Abner em tempos de paz (1Rs 2:5).
(2 Samuel 3:31-32) A determinação de Davi a Joabe
v. 31 E Davi disse a Joabe, e a todo o povo que estava com ele: Rasgai as vossas vestes, e cingi-vos de panos de saco, e lamentai-vos diante de Abner. E o próprio Davi seguiu o ataúde.
v. 32 E sepultaram Abner em Hebrom; e o rei levantou a sua voz, e chorou junto ao sepulcro de Abner; e todo o povo chorou.
A participação pública de Davi no majestoso funeral de Abner o distanciará ainda mais da responsabilidade pela morte do ex-general de Saul. Ele também é chamado de rei Davi pela primeira vez aqui.
O sepultamento de Abner em Hebrom pode ter sido o modo de o rei honrar Abner tratando-o como um dos membros de sua própria tribo. Davi levantou a sua voz, e chorou, algo que os reis normalmente não faziam.
(2 Samuel 3:33-34) A lamentação pela morte de Abner
v. 33 E o rei lamentou por Abner, e disse: Morreu Abner como morre um tolo?
v. 34 As tuas mãos não estavam atadas, nem os teus pés em cadeias; como um homem cai diante de homens ímpios, assim caíste tu. E todo o povo voltou a chorar por ele.
Davi levou ainda mais longe seu prato por Abner quando lamentou. Ele aludiu aos assassinos de Abner (Joabe e Abisai) como homens ímpios.
(2 Samuel 3:35) Davi jejua
v. 35 E quando todo o povo veio para fazer com que Davi comesse carne enquanto ainda era dia, Davi jurou, dizendo: Assim faça Deus para comigo, e ainda mais, se eu provar pão, ou qualquer outra coisa, até que se ponha o sol.
Davi decidiu que ele jejuaria o restante do dia em luto por Abner. Ao fazer um juramento, o rei enfatizou sua de terminação de honrar Abner dessa maneira.
(2 Samuel 3:36) Davi agrada ao povo
v. 36 E todo o povo percebeu isto, e isto lhes agradou; como tudo o que o rei fazia agradava todo o povo.
A integridade de Davi a Abner, e a seus juramentos teve a aprovação do povo. Ironicamente, Saul procurou o assentimento do povo, mas voltou atrás em seus juramentos e não obteve o favor do povo nem o de Deus (ver nota em 1Sm 14:45).
(2 Samuel 3:37-38) A culpa pela morte de Abner
v. 37 Porque todo o povo e todo o Israel entendeu naquele dia que não foi do rei a morte de Abner, o filho de Ner.
v. 38 E o rei disse aos seus servos: Não sabeis que há um príncipe e um grande homem caído neste dia em Israel?
Os atos de Davi persuadiram todo o povo e todo o Israel de sua inocência na morte de Abner. Sua designação de Abner como um grande homem pode ter sido a maneira de o rei mostrar que ele podia perdoar aqueles israelitas que haviam desafiado sua realeza se eles agora estivessem dispostos a sujeitar-se ao novo monarca.
(2 Samuel 3:39) Davi considera Joabe e seus irmãos fortes
v. 39 E eu estou fraco neste dia, mesmo sendo um rei ungido; e estes homens, filhos de Zeruia, são sobremaneira duros para mim; o SENHOR retribuirá ao perpetrador do mal segundo a sua impiedade.
Até este ponto, Davi tinha sido ungido rei apenas sobre Judá (2Sm 2:1-4); talvez ele pretendesse que suas palavras rei ungido arraigassem ainda mais essa ideia na mente de outros também.
Ao mesmo tempo, ele considerou sua posição fraca em contraste com a natureza impetuosa de Joabe e Abisai, os filhos de Zeruia.
Conclusão
O capítulo revela o momento em que o reino de Davi começa a ser estabelecido para o restante de Israel. As escrituras narram que, por muito tempo, perdurou a guerra entre a casa de Saul e a casa da Davi, entretanto, Abner, que havia assumido o controle na casa do antigo rei, acaba tomando a iniciativa de procurar a Davi e lhe propor uma aliança.
Infelizmente, vemos que Joabe acaba tomando uma atitude perversa e, traiçoeiramente, mata a Abner, a revelia da vontade de Davi.
A reação do rei reflete que ele se opunha aquele ato e, ainda, que não desejava que aquela morte estivesse ligada a ele.
Davi amaldiçoa a casa de Joabe, vez que sua atitude, em matar um homem de destaque, em Israel, acabava trazendo instabilidade política para seu reino, que estava sendo estabelecido.
Ao fim do capítulo, Davi demonstra compreender que Joabe possuía muita influência entre os homens e, por isso, podemos supor, não poderia puni-lo, de modo que ele demonstra esperar que o Senhor o retribuísse pela sua maldade.
Veremos que, embora Davi não o tenha punido, ele deixou seu filho sucessor encarregado disso. Sem dúvidas, Davi fora um governante bem sucedido. Suas escolhas carregam importantes lições.
Sabemos que para que um líder tenha sucesso, um bom relacionamento com os liderados, dentro das possibilidades, deve ser algo a ser perseguido.
Para isso, algumas questões não devem ser resolvidas com imediatismo, principalmente, aquelas que, caso tratadas, possam gerar conflitos.
Quando se lidera pessoas, onde há diversidade de opiniões, é necessário prudência. Esperar em Deus o momento certo para resolver questões delicadas, é sempre o melhor caminho.
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