Isaías 53 Estudo: O grande sofrimento de Cristo

Em Isaías 53, veremos alguns dos versos mais icônicos e também conhecidos das Sagradas Escrituras. De maneira profética, Isaías descreve a essência dos acontecimentos posteriores ao seu tempo, em relação ao grande sofrimento do Servo de Deus. A imagem de Jesus foi completamente desconfigurada e o desprezo dos homens o levou à morte.

Mas, o seu propósito era justamente esse: perdoar os pecados de uma humanidade fadada ao inferno, dando a ela um novo caminho a ser trilhado e uma rara chance de conexão com Deus.

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O único caminho para salvação dos homens era alguém inocente morrer no lugar deles, os culpados. Assim, o Filho de Deus desceu do céu e cumpriu esse papel perfeitamente, ao ser obediente até sua morte na cruz.

Contexto histórico

A escrita de Isaías 53 foi feita para o período pós-exílio babilônico. Como se sabe, todo o livro tem um teor profético tanto para gerações próximas do tempo de vida de Isaías quanto para mais diantes, como do Novo Testamento, por exemplo.



Nem o tempo vivido em uma terra estrangeira e idólatra foi o suficiente para os israelitas se arrependerem dos seus maus caminhos.

Pelo contrário, eles se afastaram ainda mais do Senhor, denominando o cativeiro babilônico uma negligência divina aos seus problemas.

Então, Deus os respondeu, desqualificando o povo como seu servo e decidiu realizar uma coisa nova para solucionar esse problema.

Deus anuncia a missão de restauração e de trazer luz para as nações. Por meio do seu Servo, capacitado pelo Espírito Santo, as boas novas seriam ecoadas nas nações, trazendo o Reino de Deus.

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Neste capítulo, a forma como o Servo traria o Reino é retratada, isto é, morrendo pelo pecado do próprio povo. Acompanhe a seguir o estudo completo de Isaías 53.

Isaías 53:1: Braço de Deus

v. 1 Quem tem acreditado em nosso relato? E a quem é o braço do CRIADOR revelado?

Os oradores desses versículos (nossa) são provavelmente o profeta e a comunidade que ele representa. O braço do Criador se refere ao Seu poder vitorioso, ironicamente revelado por intermédio de um Servo Sofredor.

Isaías 53:2-3: Servo sofredor foi rejeitado

v. 2 Porque ele crescerá diante dele como uma tenra planta, e como uma raiz de terra seca; não tem forma, nem formosura; e quando nós viermos a vê-lo, não haverá beleza para que nós devamos desejá-lo.


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v. 3 Ele é desprezado e rejeitado dentre os homens, um homem de dores e familiarizado com a tristeza. E nós escondemos dele nossas faces, igualmente. Ele foi desprezado e nós o tivemos por nada.

Um renovo crescendo em terra seca haveria de murchar, fornecendo assim uma imagem apropriada do homem de dores.

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Assim como uma planta murcha é desarraigada e lançada fora, assim também o Servo Sofredor foi rejeitado pelos homens.

Isaías 53:4-6: Servo sofreu em benefício de outros

v. 4 Certamente ele suportou nossas dores e carregou nossas tristezas. Contudo, nós o consideramos atingido, ferido de Deus e afligido.

v. 5 Porém, ele foi ferido por nossas transgressões, ele foi esmagado por nossas iniquidades. O castigo de nossa paz estava sobre ele e pelos açoites que o feriram nós somos curados.

v. 6 Todos nós como ovelhas temos nos desviado. Nós temos nos afastado, cada um para seu próprio caminho, e o CRIADOR tem posto sobre ele a iniquidade de todos nós.

Pela primeira vez o leitor é informado que o Servo sofreu em benefício de outros. Mesmo assim, as pessoas não o reconheceram, e Ele foi rejeitado como Alguém atingido, ferido de Deus por Seus supostos pecados.


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Isaías 53:7: Sofrimento silencioso e voluntário do Servo

v. 7 Ele foi oprimido e ele foi afligido, contudo, ele não abriu a sua boca. Ele é trazido como um cordeiro para o matadouro, e como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores está, assim ele não abriu sua boca.

Embora não estivesse sofrendo por Seus próprios pecados, o Servo sofreu silenciosa e voluntariamente. Filipe usou essa passagem para contar ao eunuco etíope as boas novas a respeito de Jesus, que silenciosamente suportou Sua crucificação (At 8:31-35), (1Pe 2:23).

Isaías 53:8: O sofrimento do Servo culmina em morte

v. 8 Ele foi tirado da prisão e do juízo: E quem declarará sua geração? Porque ele foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo foi ele chagado.

Pela primeira vez a passagem revela que o sofrimento do Servo culminou em morte.

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Isaías 53:9: Morte injusta do Servo

v. 9 E ele fez a sua sepultura com o perverso e com o rico em sua morte, porquanto ele não tinha feito nenhuma violência, nem engano algum estava em sua boca.

O Servo morreu injustamente e foi sepultado como se fosse um homem mau. A união do ímpio com o rico implica que o homem rico obteve suas riquezas com fraude.

Isso pode ser confirmado pela declaração final do versículo de que não havia nenhuma violência, nem engano algum estava em sua boca.

Jesus foi literalmente sepultado com um homem rico quando foi colocado no túmulo de José de Arimateia.

Isaías 53:10-11: O sofrimento do Servo JUSTIFICARÁ a MUITOS

v. 10 Contudo, agradou ao CRIADOR feri-lo. Ele o submeteu a padecimento. Quando tu vieres a fazer da alma dele uma oferta pelo pecado, ele verá sua descendência; ele prolongará seus dias e a vontade do CRIADOR prosperará nas mãos dele.

v. 11 Ele verá o penoso trabalho de sua alma e estará satisfeito. Pelo seu conhecimento meu justo servo justificará muitos, porque ele carregará as iniquidades deles.

O fato de que, agradou ao Criador feri-lo, soa mesquinho, mas o Seu prazer é explicado pelo fato de que o sofrimento do Servo justificará a muitos.

O que parece severo se revelará gracioso. A dor, o sofrimento e a morte do Servo funcionarão como uma oferta de restituição (Lv 5:14-6), (Is 7:1-10) – um sacrifício oferecido quando havia uma “transgressão contra as coisas sagradas do Criador”.

Isaías 53:12: Lugar a ressurreição

v. 12 Portanto, eu dividirei para ele uma porção com o grande e ele dividirá o despojo com o forte, porque ele tem derramado a sua alma até a morte, e ele foi contado com os transgressores, e ele carrega o pecado de muitos e fez intercessão pelos transgressores.

Retornando ao tema no início do poema (Is 52:13), o sofrimento do Servo dará lugar a Sua exaltação. O sofrimento de Jesus culminou na crucificação, mas deu lugar à ressurreição.

5 importantes lições que podemos aprender em Isaías 53

  1. O Sofrimento do Servo: Isaías 53 retrata vividamente o sofrimento do Servo de Deus, que é identificado como Jesus Cristo no Novo Testamento. Essa passagem nos ensina sobre o sacrifício e a redenção proporcionados por Cristo por meio de sua morte na cruz.
  2. Substituição e Expiação: O capítulo descreve como o Servo sofreu em nosso lugar, levando sobre si nossos pecados e transgressões. Isso nos lembra da doutrina da substituição e da expiação, que enfatiza como Cristo morreu para nos reconciliar com Deus.
  3. Aceitação do Sofrimento: O Servo sofreu voluntariamente, sem abrir a boca em protesto. Essa atitude de aceitação nos ensina sobre a importância da submissão à vontade de Deus mesmo em meio ao sofrimento, confiando em sua soberania e plano redentor.
  4. Curas e Libertação: Isaías 53 também fala sobre como as feridas do Servo trouxeram cura espiritual e libertação para o povo. Isso nos lembra do poder de cura e libertação disponível para nós por meio do sacrifício de Cristo na cruz.
  5. Rejeição e Aceitação: Embora o Servo tenha sido rejeitado e desprezado pelos homens, ele foi exaltado e glorificado por Deus. Isso nos ensina sobre a importância da fé e da confiança em Deus, mesmo quando enfrentamos a rejeição ou a oposição dos outros.

Conclusão

Por fim, Isaías 53 nos faz pensar em como temos respondido ao amor extraordinário de Deus sobre nossas vidas.

Pela sua morte, Jesus forneceu um meio para as pessoas se tornarem justas, isto é, colocá-las em um relacionamento certo com Deus

E, o amor sacrificial, incompreensível e incondicional encontrado em Jesus pode ser respondido de duas maneiras: com humildade e arrependimento ou com rejeição ao Servo de Deus.

A primeira nos conduz à vontade de Deus, uma vida plena e satisfatória na Terra e ainda mais extraordinária no céu.

Enquanto a segunda, torna nossa vida uma busca incansável para se afirmar, trazendo o mal para si e tudo ao seu redor.

E o detalhe mais importante: não podemos viver das duas maneiras ao mesmo tempo, porque as trevas não se misturam com a luz.

Portanto, use esse momento para reavaliar todo o seu proceder atual, como sua vida tem adorado Deus hoje? Ela é totalmente do Senhor ou apenas de modo parcial?

Essas respostas dirão muita coisa, além de incentivá-lo em uma empreitada para conhecer ainda mais de Deus.

Isaías 53 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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