Romanos 6 Estudo: Como se Manter Longe do Pecado

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Em Romanos 6, veremos que Paulo apresentará os motivos de não vivermos mais na prática do pecado. Ao passarmos pelo batismo, declaramos publicamente a todos, aos céus e a Terra, que estamos mortos para o pecado e vivos para Deus.

Antes éramos escravos do pecado e do diabo, mas agora somos escravos da justiça e vivemos para Deus. Mesmo sendo justificados pela , não podemos viver do pecado como antigamente, recebemos Jesus como Senhor e Salvador e nos declaramos mortos para essa vida pecaminosa. Amém!

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Contexto histórico

Estamos acompanhando Paulo mostrando a importância do sacrifício da cruz no nosso relacionamento com o Pai. Estávamos antes em guerra com Deus, mas agora temos paz, graças a Jesus e seu sacrifício.

Paulo nos fala sobre a importância dessa atitude e do amor de Deus exatamente quando andávamos em nossos pecados, perdidos.



A morte e ressurreição põe fim ao reinado da morte que começou em Adão e foi até Moisés, e quando Jesus morreu e ressuscitou, a morte foi eternamente derrotada. Acompanhe a seguir o estudo completo de Romanos 6.

Romanos 6:1-23

Pode uma pessoa justificada por Deus viver da mesma maneira que vivia antes da justificação? Essa foi uma pergunta importante nos debates da Reforma.

Se onde aumentou o pecado, transbordou a graça, por que não cometer mais pecado para receber mais graça?

Alguns falsos mestres na história da igreja chegaram a defender que a pessoa pode experimentar mais graça cometendo mais pecado. Esse capítulo explica a razão pela qual isso é impossível.

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Romanos 6:1-2: Mortos para o pecado

v. 1 O que diremos então? Permaneceremos em pecado, para que a graça possa abundar?

v. 2 De forma alguma! Como nós, que estamos mortos para o pecado, viveremos ainda nele?

Paulo rejeitou a inferência inválida (v. 1) com a expressão enérgica: de forma alguma! Phillips a traduziu habilmente: “Que ideia medonha!” Paulo argumenta que os cristãos morreram para o pecado.

O apóstolo não quer dizer que nossa natureza pecaminosa tenha sido eliminada na cruz ou no momento de nossa conversão ou batismo.


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Em vez disso, como ele diz em outro lugar, Deus “Ele nos livrou do poder das trevas, e nos transferiu para o Reino do seu amado Filho” (Cl 1:13). Tendo experimentado essa transferência, ousaremos continuar vivendo no pecado?

Romanos 6:3: Batizados em sua morte

v. 3 Não sabeis que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?

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 Em defesa da alegação de que os cristãos morreram para o pecado, Paulo destaca que, por meio do batismo, fomos batizados em Jesus Cristo e em Sua morte.

Como R. Mounce escreveu: “A morte de Cristo para o pecado torna-se a nossa morte para o pecado” (Romanos, 149).

Romanos 6:4: Sepultados com Cristo

v. 4 Portanto, fomos sepultados com ele para morte pelo batismo, para que assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida. 

Nós, cristãos, somos simbolicamente sepultados com Cristo por meio do batismo e ressuscitados com Ele dos mortos a fim de que andemos em novidade de vida. Isso deixa claro o absurdo da ideia de que podemos “continuar no pecado para que a graça aumente”.

Romanos 6:5: Semelhança na morte, semelhança na ressurreição

v. 5 Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na semelhança da sua ressurreição;


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 Embora nós, cristãos, não tenhamos ainda experimentado a ressurreição, somos assegurados dessa realidade futura pelo fato de Cristo, de cuja morte participamos, ter sido ressuscitado dos mortos.

Romanos 6:6: Corpo destruído

v. 6 sabendo isto, que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado pudesse ser destruído, para que não sirvamos mais ao pecado.

 O nosso velho homem (Gr. palaios anthropos; lit. “velho homem”) é tudo aquilo que éramos antes de nos tornarmos cristãos.

Em contraste, o novo homem é aquilo que somos assim que nos tornamos cristãos (Ef 4:22-24). O novo homem não é perfeito.

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Nós ainda pecamos, porque temos a presença do pecado em nosso corpo mortal (Rm 7:13-25), mas estamos no processo de renovação.

Temos assim a resposta para a pergunta sobre se um cristão pode ainda viver no pecado. Não podemos viver como no passado porque o “velho homem” foi crucificado com ele (Cristo). Em Cristo, o cristão é uma nova criação (2Co 5:17).

Romanos 6:7: O morto não peca

v. 7 Porque aquele que morreu está liberto do pecado.

O pecado (personificado) não tem direito algum sobre uma pessoa morta e não pode reivindicar lealdade alguma dela.

Romanos 6:8-9: Se morremos com Ele, viveremos com Ele

v. 8 Ora, se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele;
v. 9 sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não tem mais domínio sobre ele.

 Foi por causa do nosso pecado que a morte exerceu seu domínio sobre Jesus, mas Ele ressuscitou para viver eternamente. A morte não tem mais domínio sobre o cristão, porque morremos com Cristo que já não morre mais.

Romanos 6:10: Viver para Deus

v. 10 Pois quanto ao morrer, ele morreu uma só vez para o pecado; mas quanto ao viver, vive para Deus.

Jesus passou por uma transformação irreversível em Sua morte e ressurreição. Os cristãos também experimentam uma transformação irreversível: morremos para o velho homem (v. 6) na conversão e, depois disso, vivemos como novas criaturas. Como Jesus, o cristão vive para Deus.

Romanos 6:11: A ordem aos romanos

v. 11 Assim também vós, considerai-vos mortos de fato para o pecado, mas vivos para Deus em Jesus Cristo nosso Senhor.

Essa é a primeira ordem no livro de Romanos.

Romanos.6:12-13: Instrumentos de Justiça a Deus

v. 12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em seus desejos. 

v. 13 Nem tampouco apresenteis os vossos membros como instrumentos de injustiça ao pecado; mas apresentai-vos a Deus, como os que são vivos dentre mortos, e os vossos membros como instrumentos de justiça a Deus.

 O cristão, como membro do novo reino, não deve oferecer nenhuma ajuda para o antigo rei (Satanás, o pecado, a morte) e seu reino.

Ainda somos escravos, mas agora temos um novo Dono. Observamos que Paulo continua a personificação do pecado como um rei (completo com um reino e com súditos) que procura expandir o seu domínio.

Há uma guerra espiritual entre esses dois reinos. Devemos nos oferecer como instrumentos para sermos usados nessa guerra ao lado do Rei legítimo. Ajudar e incentivar o inimigo é traição.

Romanos 6:14: O pecado não tem domínio

v. 14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. 

O pecado personificado tem estado em vista desde Rm 5:20-21. O pecado não é mais o dominador do cristão.

O pecado alcançou o seu poder usando a lei, mas o cristão está sob o domínio da graça e não da Lei.

Romanos 6:15-23

Esses versículos constituem outra analogia estendida de Paulo. As pessoas podem escolher a que senhor elas servirão.

Romanos 6:16: Você servirá a um

v. 16 Não sabeis vós que a quem vos apresentardes como servos para obedecer-lhe, servos sois daquele a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?

 Paulo usa a figura de servos. Você fica debaixo do poder daquele a quem você se oferece para obedecer. A obediência ao pecado traz morte.

O pecado paga um salário aos seus súditos e esse salário é a morte (cp. v. 23). A obediência a Deus traz justiça e o dom da vida eterna.

Romanos 6:17: A obra da salvação

v. 17 Mas graças a Deus, que fostes servos do pecado, mas obedecestes de coração à forma de doutrina à qual fostes entregues.

 Paulo agradece a Deus pela obra de salvação que veio aos cristãos de Roma.

Romanos 6:18-19: Servos da justiça

v. 18 E, tendo sido libertados do pecado, tornastes servos da justiça. 

v. 19 Eu falo segundo a maneira dos homens, por causa da fraqueza da vossa carne; pois assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à iniquidade para iniquidade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação. 

Escravidão e redenção são metáforas bíblicas comuns para a morte espiritual e a salvação. Os hebreus estiveram outrora no cativeiro (literal e espiritual) do Egito.

Deus rompeu o cativeiro para que eles pudessem sair do Egito e adorá-Lo. Semelhantemente, os cristãos romanos estiveram outrora no cativeiro espiritual dos falsos deuses, mas o Senhor os libertou para que eles se tornassem servos da justiça.

Romanos 6:20-23: O dom de Deus é a vida

v. 20 Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. 

v. 21 E que frutos tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim dessas coisas é a morte. 

v. 22 Mas agora, tendo sido libertados do pecado, e tendo-vos tornado servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.

v. 23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.

 Como servos de Deus, os cristãos produzem fruto (ver Jo 15:1-8). Esse é a obra de santificação ou santidade em suas vidas e o produto final é a vida eterna.

Para que a figura não seja mal compreendida como se fosse um pagamento por méritos obtidos, a vida eterna é um dom de Deus por meio de Cristo.

Um senhor (o pecado) paga um salário merecido de morte; o outro senhor (Deus) paga com graça imerecida, que resulta em vida eterna (Jo 17:3).

5 importantes lições que podemos aprender em Romanos 6

  1. A Necessidade da Identificação com Cristo na Morte e Ressurreição: Paulo enfatiza que, através do batismo, somos unidos com Cristo em sua morte e ressurreição. Isso simboliza nossa morte para o pecado e nossa ressurreição para uma nova vida em Cristo, destacando a importância de uma identificação íntima com Ele.
  2. A Libertação do Poder do Pecado: Paulo ensina que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos, também devemos viver uma nova vida em retidão, não mais escravizados pelo poder do pecado. Isso nos lembra que, em Cristo, temos o poder para vencer o pecado e viver uma vida de santidade.
  3. Servos da Justiça: Ao invés de sermos escravos do pecado, somos chamados a nos tornarmos servos da justiça. Isso implica em viver de acordo com os princípios do Reino de Deus, buscando a santidade e a retidão em todas as áreas de nossas vidas.
  4. A Graça como Motivação para a Santidade: A graça de Deus não é uma licença para pecar, mas uma motivação para viver uma vida santa. Somos chamados a responder à graça de Deus vivendo em obediência a Ele, reconhecendo o grande sacrifício feito por Cristo em nosso favor.
  5. A Consequência do Pecado e a Dádiva da Vida Eterna: Paulo destaca que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor. Isso nos lembra das consequências do pecado, mas também da maravilhosa dádiva da salvação e da vida eterna oferecida por Deus através de Jesus Cristo.

Conclusão

Concluindo, mesmo sendo justificados pela fé, não podemos viver amantes do pecado, se recebemos Jesus como nosso Senhor e salvador, declaramos que estamos mortos para o pecado.

Antigamente e até hoje, surgem muitos falsos mestres ensinando que uma carga maior de pecado glorificava a Deus, tornando-se mais ainda evidente o seu amor e a sua graça, e essa é uma grande mentira do diabo.

Um Deus Santo é glorificado por um viver santo por aqueles que o servem. Sobre isso, o apóstolo Paulo utiliza o significado do batismo, a morte, para questionar os leitores de como é possível declarar que está morto para o mundo e ao mesmo tempo viver como um amante do mundo? Não tem como!

Sempre lutaremos contra os desejos da nossa carne e contra o nosso pecado, mas como filhos de Deus, nos regozijamos na santificação diária e naquilo que agrada ao nosso Pai, deixando de lado o que agrada a nossa natureza contaminada pelo pecado. Seja forte e corajoso! Guarde seu coração!

Romanos 6 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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