Mateus 24 Estudo: Sinais da Segunda Vinda de Cristo
Mateus 24 inicia-se com uma pergunta crucial dos discípulos sobre o fim dos tempos, levando Cristo a compartilhar revelações importantes sobre os sinais que antecederão Sua segunda vinda. Em Suas palavras, Ele destaca as tribulações que ocorrerão em Jerusalém e em todo o mundo, alertando sobre a manifestação de falsos Cristos. Essa advertência visa preparar os discípulos para desenvolver discernimento e maturidade espiritual, capacitando-os a identificar a verdade e seguir o caminho correto.
Neste estudo, exploraremos como essas lições permanecem relevantes em nossos dias, pois os sinais mencionados continuam a se manifestar. Assim, somos chamados a cultivar o mesmo discernimento, a fim de não sermos enganados pelas ilusões deste mundo.
Contexto Histórico
Jesus utiliza exemplos práticos e elementos da natureza para ilustrar seus alertas sobre o fim dos tempos. Ele deixa claro que será um evento de alcance mundial, e que devemos estar vigilantes, pois os “sinais” indicam que o desfecho está próximo, assim como uma árvore que, ao florescer, revela que seus frutos estão prestes a surgir.
As instruções de Jesus têm o propósito de orientar nossas decisões e fortalecer nossa fé. Portanto, é essencial permanecermos fiéis ao evangelho, atentos aos sinais que Ele revelou e preparados para os tempos difíceis que virão.
(Mateus 24:1-2) A Profecia da Destruição do Templo
1 E Jesus, saindo, partiu do templo, e aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem os edifícios do templo. 2 Mas Jesus lhes disse: Não vedes todas estas coisas? Na verdade eu vos digo que não ficará aqui uma pedra sobre a outra que não seja derrubada.
Esta profecia impressionante certamente deve ter deixado os discípulos atônitos. O Templo era uma das construções mais grandiosas de seu tempo. O historiador judeu Flávio Josefo (Ant. 15.392) descreve o Templo como sendo composto por blocos de pedra calcária branca, com impressionantes dimensões: 11,43 metros de comprimento, 3,66 metros de altura e 5,49 metros de largura. Alguns desses blocos remanescentes pesam cerca de 400 toneladas.
Quando Jesus afirma que “não ficará aqui uma pedra sobre a outra que não seja derrubada”, Ele estava prevendo a total destruição do Templo, algo inimaginável para os discípulos, pois o Templo representava o centro religioso e cultural de Israel. No entanto, essa profecia se cumpriu literalmente em 70 d.C., quando o exército romano destruiu completamente o Templo durante a invasão de Jerusalém.
A intenção de Jesus com essa declaração não era apenas impactar, mas também preparar seus seguidores para a realidade da impermanência das coisas terrenas e a necessidade de focar no que é eterno.
(Mateus 24:3) A Pergunta dos Discípulos sobre o Fim dos Tempos
3 E, estando ele assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e qual será o sinal da tua vinda, e do fim do mundo?
As perguntas feitas pelos discípulos indicam que eles separavam os eventos da destruição do templo e da segunda vinda de Jesus como acontecimentos distintos. Eles perguntaram especificamente: “quando serão essas coisas” (a destruição do templo) e “qual será o sinal da tua vinda, e do fim do mundo” (referindo-se à volta de Cristo e ao fim dos tempos).
Isso sugere que, embora esperassem grandes eventos, não tinham plena compreensão de como e quando essas profecias se cumpririam. Jesus, então, usa essa ocasião para explicar mais detalhadamente os sinais que precederiam ambos os eventos.
(Mateus 24:4-9) Os Primeiros Sinais e o Início das Dores
4 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Fiquem atentos para que nenhum homem vos engane. 5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. 6 E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, para que não vos perturbeis; pois todas essas coisas devem acontecer, mas ainda não é o fim. 7 Pois se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes, e pestes, e terremotos em vários lugares. 8 Todos estes são o princípio das dores. 9 Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.
Nesta passagem, Jesus alerta seus discípulos a “ficarem atentos para que nenhum homem vos engane” (v. 4), ressaltando que muitos falsos cristos surgirão, tentando enganar e desviar o povo. Ele descreve um cenário de guerras, rumores de guerras, fomes, pestes e terremotos, eventos que, embora assustadores, ainda não indicam o fim.
Esses sinais, conforme Jesus, são apenas “o princípio das dores” (v. 8), ou seja, o começo de um período de sofrimento. Jesus também adverte que os seguidores fiéis serão perseguidos, torturados e até mortos, sendo “odiados de todas as nações por causa do meu nome” (v. 9), enfatizando o sofrimento que os cristãos enfrentarão por sua lealdade ao Senhor.
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(Mateus 24:10-14) Os Sinais do Fim: Traição, Falsos Profetas e a Perseverança dos Fiéis
10 E então muitos se ofenderão, e trairão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. 11 E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. 12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. 13 Mas aquele que suportar até o fim, esse será salvo. 14 E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, como testemunho para todas as nações; e então virá o fim.
Nesses versículos, Jesus descreve um cenário de crescente desolação e conflito entre as pessoas nos últimos tempos. “Então muitos se ofenderão, e trairão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.” Aqui, Jesus alerta sobre o aumento da traição e do ódio entre os seres humanos, indicando que a desconfiança e a falta de amor se tornarão comuns.
Esse ambiente de desentendimento será propício para o surgimento de falsos profetas que, “enganarão a muitos.” Esses profetas representarão uma ameaça espiritual, distorcendo a verdade e levando muitos a acreditar em falsidades.
À medida que a iniquidade se multiplicar, o amor de muitos esfriará. Isso sugere que a persistência do pecado e a falta de moralidade afetarão negativamente os relacionamentos, resultando em corações endurecidos e menos propensos a amar e ajudar o próximo. “Mas aquele que suportar até o fim, esse será salvo.” Este versículo traz esperança, enfatizando que a perseverança na fé e na verdade de Deus será recompensada.
Jesus conclui afirmando que o evangelho do reino será pregado em todo o mundo, “como testemunho para todas as nações; e então virá o fim.” Essa afirmação destaca a importância da disseminação do evangelho e a necessidade de cada nação ouvir a mensagem de Deus antes do fim dos tempos.
A pregação do evangelho não apenas testemunha a verdade de Deus, mas também serve como um chamado à salvação, demonstrando o amor e a misericórdia do Criador mesmo em tempos de tribulação. Essa passagem nos convida a permanecer firmes na fé, alertas e engajados na disseminação da mensagem de Jesus, mesmo em meio a dificuldades e enganos.
(Mateus 24:15-22) A Abominação da Desolação e a Grande Tribulação
15 Quando, pois, virdes a abominação da desolação, falado pelo profeta Daniel, posta no santo lugar, (quem lê, entenda); 16 então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes. 17 E quem estiver sobre o telhado não desça para tirar alguma coisa de sua casa. 18 Nem volte aquele que estiver no campo para buscar as suas vestes. 19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! 20 Mas orai para que a vossa fuga não seja no inverno, nem no dia do shabat. 21 Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. 22 E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos eleitos serão abreviados aqueles dias.
Nessa importantíssima passagem, Jesus fala sobre eventos críticos que estão interligados à destruição de Jerusalém, que ocorreu em 70 d.C., e à grande tribulação que precede Sua segunda vinda. A abominação da desolação, mencionada por Jesus, é um conceito que remete à profecia de Daniel, onde se refere a um objeto idólatra que profanaria o templo de Jerusalém, conforme predito em Daniel 9:27. Este momento é considerado crucial, pois marca o início de um período de intensa perseguição e sofrimento para os seguidores de Jesus.
A associação que Jesus faz entre a abominação da desolação e o templo sugere que não se trata apenas de um evento, mas de algo que se tornaria um símbolo de idolatria e desvio espiritual. Ao dizer “quando, pois, virdes a abominação da desolação” (Mt 24:15), Jesus orienta Seus discípulos a estarem atentos e prontos para agir rapidamente, fugindo para os montes e abandonando seus pertences. Isso revela a urgência e gravidade da situação, indicando que os eventos que se seguiriam seriam de uma magnitude sem precedentes.
Jesus enfatiza que a “grande tribulação” (Mt 24:21) que se seguiria seria tão intensa que não haveria comparação com qualquer outro período da história. A referência à necessidade de oração e à preocupação especial pelas grávidas e aquelas que amamentam destaca a severidade do tempo que estava por vir. Ele instrui que a fuga não deve ocorrer em momentos inconvenientes, como no inverno ou no dia do shabat, reforçando a ideia de que as circunstâncias seriam extremamente desafiadoras.
A frase “se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria” (Mt 24:22) aponta para a misericórdia de Deus, que atua em favor dos Seus eleitos. Essa declaração não só revela a seriedade da perseguição que viria, mas também a promessa de que, por amor aos Seus seguidores, Deus abreviará os dias de tribulação.
Essa conexão entre a destruição do templo e os sinais do fim dos tempos é reforçada em 2 Tessalonicenses 2:3-4, onde Paulo menciona a manifestação do homem da iniquidade e a apostasia que precederão a volta de Cristo. Portanto, a mensagem de Jesus ecoa através das gerações, encorajando-nos a perseverar até o fim, independentemente das adversidades que possamos enfrentar.
(Mateus 24:23-24) A Proteção da Fé dos Eleitos
23 Então, se algum homem vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não acrediteis. 24 Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e maravilhas que, se possível fora, enganariam até os eleitos.
Deus assegura a preservação da fé dos eleitos, aqueles que verdadeiramente creem em Jesus como Senhor e Salvador. Mesmo diante da aparição de falsos cristos e profetas, que farão grandes sinais e maravilhas, a proteção divina é um lembrete de que a verdadeira fé não pode ser facilmente abalada. Jesus alerta que essas enganações serão tão convincentes que, “se possível fora, enganariam até os eleitos.”
No entanto, a convicção genuína no Senhor proporciona discernimento e resistência, permitindo que os crentes permaneçam firmes em sua fé. Assim, a perseverança até o fim é uma marca dos verdadeiros seguidores de Cristo, que confiam no Criador para guiá-los em meio à confusão.
A promessa de Deus é que aqueles que permanecem leais, apesar das tentativas de engano, serão recompensados e salvaguardados em Sua graça. Portanto, é essencial cultivar uma relação íntima com Deus, aprofundando-se em Sua Palavra para fortalecer a fé e evitar armadilhas espirituais.
(Mateus 24:25-27) A Visibilidade da Segunda Vinda de Cristo
25 Eis que de antemão eu vos tenho dito. 26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais. Eis que ele está no esconderijo secreto; não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e brilha até o Ocidente, assim também será a vinda do Filho do homem.
Esses três versículos nos revela que a segunda vinda de Jesus será um evento grandioso e inconfundível. Ele afirma: “Assim como o relâmpago sai do Oriente e brilha até o Ocidente, assim também será a vinda do Filho do homem.” Isso significa que não haverá dúvidas ou confusões sobre Sua chegada; será um momento visível e impactante para todos na Terra.
Jesus nos alerta sobre falsos rumores, enfatizando que, ao contrário das mensagens enganosas que podem surgir, Sua volta será clara e evidente, acessível a todos, e não limitada a um grupo específico.
(Mateus 24:28) Os Cadáveres e as Águias
28 Pois onde estiver o cadáver, ali se ajuntarão as águias.
Alguns intérpretes acreditam que a expressão “onde estiver o cadáver, ali se ajuntarão as águias” se refere às águias representadas nos estandartes dos soldados romanos que cercaram e destruíram Jerusalém. No entanto, essa interpretação pode não captar plenamente o sentido da passagem.
É mais provável que Jesus esteja aludindo a aves necrófagas que descem sobre os cadáveres durante um julgamento divino. Essa imagem sugere a certeza da destruição e do juízo, como mencionado em Ezequiel 39:17-20, onde as aves se reúnem para se alimentar dos corpos dos derrotados. Assim, a passagem enfatiza que a destruição resultante da rejeição ao Senhor é inevitável.
Portanto, “onde estiver o cadáver” simboliza o resultado do pecado e da rebelião contra Deus, e a inevitabilidade do juízo divino. Essa perspectiva nos lembra da importância de permanecer vigilantes e firmes na fé, evitando o caminho que leva à ruína.
(Mateus 24:29) Os Sinais Cósmicos da Vinda do Senhor
29 Imediatamente após a tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e os poderes do céu serão abalados.
As palavras de Jesus nesse versículo fazem referência a passagens do Antigo Testamento, como Isaías 13:10, que descreve a queda da Babilônia, e Isaías 34:4, que fala sobre o julgamento de Edom e das nações. Essas referências são usadas de forma metafórica, simbolizando eventos cataclísmicos e a desordem cósmica que acompanham o juízo de Deus.
Jesus pode estar retratando um julgamento divino que resultará na destruição de pessoas e nações que se opuseram ao Seu reinado. O escurecimento do sol, a lua que não dá luz e a queda das estrelas podem ser entendidos como sinais de que a ordem estabelecida está prestes a ser revirada.
Assim, essa linguagem poderosa e figurativa enfatiza a seriedade da vinda do Senhor e a certeza do Seu domínio sobre todas as coisas, mostrando que Ele, o Criador e Altíssimo, tem autoridade sobre o universo e que não há escape para aqueles que rejeitam Sua soberania.
(Mateus 24:30) A Manifestação do Filho do Homem
30 E então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e eles verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu, com poder e grande glória.
O sinal do Filho do homem pode assemelhar-se a bandeiras militares que sinalizam o começo da batalha, chamando todos os que pertencem a Cristo para se reunirem ao redor deles (Is 13:2-4). Tal sinal seria paralelo à fundação da trombeta em Mt 24:31. Contudo, visto que Is 11:10 figuradamente identificou o próprio Messias como um estandarte militar, Sua própria aparição pode ser o sinal a respeito do qual Ele falou.
Mateus 24:30 é uma alusão a Zc 12:10-14 em que os judeus se lamentarão por causa daquele a quem eles transpassaram (crucificaram). A referência ao Filho do homem vindo nas nuvens é uma alusão a Dn 7:13. Ela identifica Jesus como o Rei que descerá dos céus para estabelecer um reino eterno sobre a terra.
(Mateus 24:31) A Reunião dos Eleitos: O Chamado do Messias
31 E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e eles ajuntarão os seus eleitos desde os quatro ventos, de uma extremidade do céu à outra.
O versículo 31 se baseia em Isaías 27:13 e revela a majestosa ação do Messias na reunião de Seus eleitos. Nesta passagem, “ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta,” simboliza um chamado poderoso e ressonante que transcende fronteiras.
Os “eleitos” referem-se a todos aqueles que creram em Jesus, tanto os que ainda estão vivos quanto aqueles que já partiram. Essa reunião acontece “desde os quatro ventos, de uma extremidade do céu à outra,” enfatizando que não há limites para o alcance da autoridade de Jesus.
Os anjos mencionados são descritos como “seus anjos,” o que destaca a autoridade absoluta de Jesus sobre eles, conforme demonstrado em Mateus 4:10-11. Assim, o Messias não apenas convoca, mas também comanda as forças celestiais para trazer Seus seguidores de volta à comunhão com Ele, reafirmando Seu papel como Senhor e Salvador.
Essa cena expressa não apenas esperança, mas também a certeza do cuidado e da proteção de Deus para com Seus fiéis, reunindo-os em um glorioso reencontro.
(Mateus 24:32-34) A Parábola da Figueira: Sinais do Tempo e a Promessa do Retorno
32 Agora, aprendei uma parábola da figueira: Quando seu ramo estiver ainda tenro, e brotarem folhas, sabeis que o verão está próximo. 33 Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. 34 Na verdade eu vos digo: Esta geração não passará, até que todas essas coisas se realizem.
Nesta frase, “Todas estas coisas” refere-se à série de tribulações e sinais que precederão o retorno de Jesus, não à Sua segunda vinda em si. A expressão “Ele está próximo” indica que o retorno do Messias ocorrerá imediatamente após a revelação desses eventos. É importante destacar que todos esses acontecimentos se realizaram na geração de Jesus, especialmente em relação à destruição de Jerusalém em 70 d.C.
Assim, a parábola da figueira serve como um alerta para os seguidores de Cristo: assim como o brotar das folhas indica a proximidade do verão, os sinais da época de tribulação devem sinalizar que o retorno de Jesus está próximo, “às portas”. Portanto, todos os cristãos são chamados a permanecer vigilantes e prontos para o retorno do Senhor, pois a certeza de Sua vinda deve sempre estar presente em seus corações.
(Mateus 24:35) A Eternidade das Palavras de Jesus
35 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.
As palavras de Jesus são eternas e imutáveis, revelando a autoridade e a veracidade de Seus ensinamentos. Quando Ele afirma: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão,” Jesus destaca que, apesar das mudanças e do fim do mundo como o conhecemos, Suas promessas e ensinamentos permanecerão firmes.
Assim como as Escrituras do Antigo Testamento têm validade eterna (Mt 5:18), as palavras de Jesus têm a mesma fidedignidade, oferecendo esperança e orientação a todos os que creem nEle, reforçando a importância de confiar nas verdades que Ele proclamou.
(Mateus 24:36-44) A Imparcialidade e a Imprensa da Volta de Cristo
36 Mas daquele dia e hora nenhum homem sabe, não, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. 37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. 38 Pois, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, 39 e não o souberam até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim também será a vinda do Filho do homem. 40 Então, estando dois no campo, um será tomado, e deixado o outro.
41 Estando duas mulheres moendo no moinho, uma será tomada, e a outra deixada. 42 Vigiai, portanto, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. 43 Sabei, porém, que se o dono da casa soubesse a que vigília viria o ladrão, ele vigiaria e não deixaria sua casa ser arrombada. 44 Por isso, estai vós prontos também; porque à hora que não pensais, o Filho do homem virá.
A passagem destaca que “daquele dia e hora nenhum homem sabe“, enfatizando que nem os anjos do céu, nem mesmo Jesus, conhecem o momento exato do retorno do Filho do Homem; essa informação pertence somente a Deus, o Pai. Portanto, é imprudente tentar prever quando isso acontecerá.
Jesus usa a analogia dos dias de Noé para ilustrar a imprevisibilidade de Sua vinda. Assim como as pessoas estavam ocupadas com suas vidas cotidianas, sem perceber a iminência do dilúvio, muitos também estarão despreparados para Sua volta.
A expressão “um será tomado, e deixado o outro” sugere que, no retorno de Cristo, haverá um momento de separação: alguns serão levados para a salvação enquanto outros ficarão. Por isso, os seguidores de Jesus são chamados a “vigiar” e manter-se prontos, pois a vinda do Senhor será inesperada, como a de um ladrão na noite, surpreendendo aqueles que não estão atentos.
(Mateus 24:45-51) Bendito é o servo fiel ao senhor
45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem seu senhor fez governante sobre sua casa, para dar-lhes sustento na devida estação? 46 Bendito é aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo. 47 Na verdade eu vos digo que ele o fará governante sobre todos os seus bens. 48 Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarda em vir, 49 e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os beberrões, 50 virá o senhor daquele servo no dia em que ele não o espera, e na hora de que ele não sabe, 51 e cortá-lo-á pelo meio, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Jesus nos ensina sobre a responsabilidade que temos em nossa vida diária. “Quem é, pois, o servo fiel e prudente?” é a pergunta que nos convida a refletir sobre nossa fidelidade ao Senhor. Não devemos usar a espera pelo retorno do Messias como uma desculpa para nos entregarmos a prazeres pecaminosos. Em vez disso, somos chamados a viver de maneira consciente e responsável, tratando os outros com amor e respeito, e cumprindo com nossa missão.
Quando Jesus fala sobre o servo mau que “dizer no seu coração: O meu senhor tarda em vir“, Ele nos alerta sobre a tentação de relaxar nossa vigilância e nos entregarmos à indulgência e à injustiça. Essa atitude não apenas desagrada a Deus, mas também pode nos levar a consequências graves.
O servo que se comporta de maneira irresponsável será punido severamente: “cortá-lo-á pelo meio” e destinará sua parte com os hipócritas. Essa é uma lembrança importante de que devemos viver cada dia como se fosse o dia da volta de Jesus, permanecendo firmes na fé e prontos para receber o nosso Senhor a qualquer momento. Nossa conduta diária deve refletir nossa preparação e esperança em Sua volta.
Conclusão
Concluímos neste estudo que Jesus nos apresenta uma série de ensinamentos profundos sobre os sinais do fim dos tempos e a importância de estarmos sempre vigilantes e preparados para o Seu retorno. Através de parábolas e alertas, somos chamados a viver em fidelidade e responsabilidade, mantendo nossa fé firme mesmo diante das tribulações.
As referências às dificuldades que precedem Sua volta e à necessidade de discernimento nos mostram que não devemos nos deixar enganar por falsas esperanças ou distrações mundanas. Em vez disso, somos desafiados a cultivar um coração sincero e a agir com prudência em nossa vida diária.
Este capítulo nos lembra que o tempo de espera não é um período de inatividade, mas uma oportunidade para crescermos em espiritualidade e em amor ao próximo. Ao nos mantermos alertas e focados na obra de Deus, estaremos prontos para receber o Messias quando Ele voltar, vivendo cada dia como uma preparação para esse glorioso encontro.
Que possamos aplicar esses ensinamentos em nossas vidas, permanecendo firmes na fé e esperando com esperança a volta do nosso Senhor.
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