1 Coríntios 10 Estudo: Como Resistir ao Maligno

Em 1 Coríntios 10, veremos que Paulo nos exortará a não cobiçar o que é mal aos olhos de Deus, advertindo que, aqueles que provocaram ao Senhor em meio ao deserto, foram mortos por sua justiça.

Sendo assim, devemos fugir do que é mal, muito mais da imoralidade sexual e da idolatria, não importando o quão impossível pareça ser resistir à tentação, buscando ter um relacionamento com Ele, íntimo e sincero e, com certeza, Ele nos livrará da queda.

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O adversário sabe onde, quando e como nos tentar. Se formos obedientes aos sussurros do Espírito Santo, poderemos aprender a reconhecer as tentações do adversário.

Nosso sucesso nunca é medido pela força com que somos tentados, mas, sim, pela fé com que reagimos. Precisamos pedir a ajuda de nosso Pai Celestial e procurar forças por meio da expiação de seu filho, Jesus.



Contexto histórico

Paulo pregou sobre as preocupações dos santos de Corinto sobre o uso dos recursos da Igreja para prover suas necessidades materiais.

Explicou-lhes que o propósito de sua pregação era trazer salvação aos filhos de Deus. Ele exortou-os a evitar o pecado, bem como ofender os outros por suas crenças religiosas. Acompanhe a seguir o estudo completo de 1 Coríntios 10.

(1 Coríntios 10:1-5) O deserto

v. 1 Além disso, irmãos, eu não quero que ignoreis que todos os nossos pais estiveram debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, 

v. 2 e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, 
v. 3 e todos comeram do mesmo alimento espiritual, 

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v. 4 e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque eles bebiam da Rocha espiritual que os seguia; e a Rocha era Cristo.
v. 5 Mas a maioria deles Deus não se agradou, pois ficaram estendidos no deserto.

A fim de tornar mais vívida a possibilidade de ser “reprovado e desqualificado, Paulo utilizou o êxodo como” exemplo (Êx 12).

Os hebreus do êxodo desfrutaram de uma comunhão única com Deus (todos os nossos pais estiveram debaixo da nuvem da presença de Deus e, todos foram batizados em Moisés).

Todavia, os corpos da maioria deles ficaram estendidos no deserto. A expressão todos comeram do mesmo alimento espiritual se refere à provisão diária de Deus em favor de Israel no deserto (Dt 8:14-15).


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(1 Coríntios 10:6-10) Não sejais como eles

v. 6 Ora, estas coisas foram exemplos para nós, a fim de não cobiçarmos coisas más, como eles cobiçaram.

v. 7 Nem sejais idólatras, como foram alguns deles; conforme está escrito: O povo assentava-se para comer e a beber, e levantava-se para se divertir. 

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A geração do deserto era um exemplo para a igreja de Corinto. A comunidade deveria tomar cuidado, já que estava prestes a provocar o Senhor a ira.

Aparentemente, os coríntios estavam se gabando de serem capazes de agradar o Senhor e, ao mesmo tempo, participarem da comida e da comunhão em clubes religiosos pagãos.

O lema dos coríntios era: “Todas as coisas me são lícitas” (v. 23). Paulo os convidou a se lembrar dos exemplos do Antigo Testamento.

A expressão estas coisas se refere à atividade idólatra da geração do deserto, que fez com que o Senhor os eliminasse da face da terra (v. 5).

A proibição não sejam idólatras, como foram alguns deles é enfática no grego e se torna um paradigma para três exortações:

  1. Nem cometamos fornicação (cp. Nm 25:1-18),
  2. Nem tentemos a Cristo (cp. Nm 21:5-6) e
  3. Não murmureis (cp. Êx 12:23).

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Nestes três exemplos do Antigo Testamento, Deus julgou e destruiu o povo por causa de seus pecados.

(1 Coríntios 10:11-14) Deus dará o escape

v. 11 Ora, todas estas coisas lhes aconteceram como exemplos, e elas estão escritas para nossa admoestação, sobre quem os fins dos séculos está chegando.
v. 12 Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia. 

v. 13 Não vos tem sobrevindo tentação que não seja comum aos homens; mas Deus é fiel, o qual não permitirá que sejais tentados acima do que sois capazes; mas também com a tentação fará um caminho para escapar, para que sejais capazes de suportá-la

O juízo de Deus sobre a geração do deserto serviu de alerta para os cristãos de Corinto que pensavam ser fortes o bastante para participar de atividades religiosas pagãs sem compromisso e ainda escapar do juízo no fim do mundo.

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Paulo chamou os coríntios a reconhecerem que em breve teriam de prestar contas diante do Senhor (1Co 1:7-8).

(1 Coríntios 10:16-17) Um corpo unido em Cristo

v. 16 O cálice de bênção que nós abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que nós partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?

v. 17 Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos somos participantes de um só pão.

Paulo queria que os coríntios soubessem que os participantes da Ceia do Senhor representam um corpo unido na morte de Cristo. A expressão somos um só pão e um só corpo se refere a cada membro que formava o corpo unido, isto é, a igreja (1Co 12:12-27).

A participação em união como corpo na Ceia do Senhor aponta para a comunhão criada pela morte de Cristo, bem como para a união de cada crente com Eles.

1 Coríntios 10:18-22 – O Significado Profundo da Comunhão

Aqui tem-se em vista a “idolatria” de fato (v. 14), e não a mera participação nos alimentos oferecidos a ídolos (1 Co 8:1-13).

Participar de rituais idólatras viola a união do crente com Cristo e, consequentemente, o relacionamento de um só corpo deste cristão com os outros crentes. Portanto, não é possível participar da Ceia do Senhor e da mesa dos demônios ao mesmo tempo.

(1 Coríntios 10:18-19) O ídolo é alguma coisa?

v. 18 Vede a Israel segundo a carne; não são os que comem dos sacrifícios participantes do altar?

Neste contexto, Israel segundo a carne se refere à geração pecadora do deserto. Da mesma forma, a referência de Paulo ao altar provavelmente é uma alusão a Êx 32:5-6 (citado no v. 7), que relata como Arão construiu um altar diante do ídolo, o bezerro de ouro.

(1 Coríntios 10:20-21) Rituais pagãos

v. 20 Mas eu digo, que as coisas que os gentios sacrificam, eles sacrificam aos demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais amizade com os demônios. 

v. 21 Não podeis beber o cálice do Senhor, e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 

Paulo proibiu a participação em refeições rituais pagãs porque isso envolvia intimidade com os demônios. Ele continuou a afirmar que os ídolos não eram deuses e nem sequer existiam (1 Co 8:4-6), mas que os demônios são reais e são poderosos.

Paulo não queria que os coríntios fizessem pouco caso da presença demoníaca na “mesa dos ídolos”.

A palavra gentios se refere ao Israel idólatra do deserto (cp. v. 18, “povo de Israel”) que negligenciou a presença demoníaca da mesma forma que os cristãos de Corinto estavam tentados a fazer.

(1 Coríntios 10:22) Faremos ciúmes no Senhor?

v. 22 Provocaremos o ciúme do Senhor? Somos mais fortes do que ele?

Paulo chamou os cristãos de Corinto a se lembrarem do exemplo de Israel quando o povo provocou ciúme no Senhor com sua idolatria, resultando em uma praga mortal (Êx 32:33-35).

1 Coríntios 10:23 – Liberdade e Responsabilidade

Esta seção conclui a linha de pensamento iniciada em 1 Co 8:1, resumindo o princípio de que os cristãos devem limitar o exercício de sua liberdade (“conhecimento”) em consideração às pessoas de consciência fraca.

(1 Coríntios 10:23-24) O bem do outro

v. 23 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.

O princípio dominante de 1 Co 8:1-11 é buscar o proveito…de outro. Os cristãos devem limitar suas ações com o objetivo de beneficiar os outros, principalmente quando isso pode levar à salvação de não cristãos (cp. v. 32-33). Todos os crentes devem impor limites a seus direitos e liberdades.

(1 Coríntios 10:25-26) Consciência limpa

v. 25 Comei de tudo o que se vende no matadouro, não perguntando pela procedência, por causa da consciência;

No que parece ser uma guinada surpreendente, Paulo disse que buscar “proveito do outro” (v. 24) implica que o cristão que se recusa a comprar carne sacrificada a ídolos não deve questionar aqueles que a vendem a fim de ter certeza de que a carne não está associada a idolatria. Por quê?

Provavelmente porque estas perguntas poderiam parecer hostis e afastar de Cristo os descrentes gregos de Corinto, obstruindo assim o avanço do evangelho. Paulo usou Sl 24:1 para defender esta posição com base nas Escrituras: “porque a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude”. Portanto, participem da carne com gratidão e com a consciência limpa.

(1 Coríntios 10:28-29) Respeite o próximo

v. 28 Mas, se algum homem vos disser: Isto foi oferecido em sacrifício aos ídolos; não comais, por causa daquele que vos avisou e por causa da consciência; porque a terra é do ­Senhor e toda a sua plenitude;

v. 29 à consciência, eu digo, não a tua própria, mas a do outro. Por que razão seria a minha liberdade julgada pela consciência de outro homem?

Paulo proibiu que se comesse a carne caso alguém ressaltasse explicitamente que aquele alimento foi oferecido em sacrifício a um ídolo (Gr. hierothutos; “carne consagrada a uma divindade”). Este termo grego raro era usado pelos pagãos para se referir à carne consagrada a um deus em especial.

Nesta situação, o histórico do alimento era importante porque a pessoa que destacou sua origem (quer fosse um gentio não cristão, quer fosse um cristão de consciência fraca) aparentemente achava que o fato de um cristão comer tal carne iria pôr em jogo seu compromisso com Cristo.

(1 Coríntios 10:30) Sou mal falado porque dou graças?

v. 30 Pois se pela graça sou participante, por que sou mal falado naquilo que eu dou graças?

Após a interrupção deste parêntese explicando a exceção da liberdade cristã (v. 28-29), estas perguntas retóricas introduzem a base da liberdade que o cristão tem de comer qualquer alimento que lhe seja oferecido sem questões de consciência 

(1 Coríntios 10:31-33) Fazei tudo para a glória de Deus

v. 31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.

Aquele que desejar fazer tudo para a glória de Deus não terá sucesso, caso aja sem consideração para com os outros. Paulo estava sempre abrindo mão de seus direitos para o bem de outros – para que sejam salvos.

5 importantes lições que podemos aprender em 1 Coríntios 10

  1. Advertência contra a idolatria: O capítulo 10 de 1 Coríntios adverte os cristãos contra a idolatria, lembrando-lhes os perigos de se envolverem em práticas pagãs e de adorarem ídolos.
  2. Lição sobre a importância do exemplo: Paulo enfatiza a importância do exemplo dos líderes espirituais e daqueles que estão à frente na fé. Eles devem liderar pelo exemplo, evitando comportamentos que possam levar outros a tropeçar.
  3. A necessidade de resistir à tentação: Paulo usa exemplos do Antigo Testamento para mostrar a importância de resistir à tentação e permanecer fiel a Deus, mesmo em face de desafios e pressões.
  4. A graça e a fidelidade de Deus: Apesar das fraquezas humanas e da propensão para o pecado, Paulo destaca a fidelidade de Deus em fornecer uma saída para a tentação e em sempre prover uma solução para os desafios que enfrentamos.
  5. O propósito da comunhão: O capítulo também destaca o propósito da comunhão cristã, enfatizando a importância de compartilhar da mesa do Senhor em unidade e reverência, em vez de participar em festivais pagãos ou sacrificar aos ídolos.

Conclusão

Concluindo mais um capítulo da carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo nos ajuda a entender muitas coisas acerca da vontade de Deus para nossas vidas. Ele usa o exemplo dos seus antepassados durante o período do deserto, após a saída do Egito.

Todos comiam e bebiam dos alimentos que vinham dos céus, mas mesmo assim foram ficando pelo caminho e não viram a terra prometida por causa de seus muitos pecados e transgressões, sendo que Deus os havia exortado para somente o adorá-lo.

Em quantos desertos nós passamos durante nossa vida com Cristo, o Espírito sempre nos levará até lá ou, por nós mesmos e nossas atitudes.

Mas, o mais importante é: como agiremos no deserto? Como os hebreus, levantando altares e adorando ídolos, pecando contra o Senhor e fazendo o que não lhe agrada ou, assim como Jesus, resistiremos aos manjares que satanás possa colocar em nosso caminho?

Adão fracassou no paraíso, Jesus venceu no deserto. O segredo não está no local, mas sim, dentro de cada um de nó.

Paulo nos ensina que Deus sempre dará o escape para as tentações. Cabe somente a nós, nos submetermos a Deus e a sua vontade, resistirmos ao diabo e ele fugirá de nós.

1 Coríntios 10 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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