1 Samuel 4 Estudo: O Soberano

Neste capítulo de 1 Samuel 4, veremos que Israel saiu à peleja contra os filisteus e acabam derrotados. Então, o povo mandou que a Arca da Aliança fosse trazida de Siló e, então, fora trazida por Hofni e Fineias, filhos de Eli.

Quando a Arca chegou, o arraial bradou em grande voz, de modo que os filisteus, ao ouvirem, atemorizaram-se, contudo, decidiram portarem-se varonilmente.

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Após saírem a peleja, novamente, derrotaram os israelitas, a arca fora tomada e os dois filhos do sacerdote foram mortos.

É relatado que um benjamita vem até Siló e conta todo o ocorrido a Eli, sobre a perda da batalha, sobre a morte de seus filhos e sobre a perda da arca, de modo que, ao ouvir, Eli caiu da cadeira, quebrou o pescoço e morreu.

Por fim, é relatado que, quando a mulher de Fineias, que estava grávida, ouve tudo que havia ocorrido, ela acaba dando à luz e chama a criança de Icabô, porque havia se acabado a glória de Israel, em razão da perda da arca.

1 Samuel 4 estudo: Contexto histórico

Deus chama a Samuel, o qual, por não conhecer a Sua voz, pensa ser Eli a o chamar. O sacerdote, então, o orienta a como responder a voz do Senhor e ele assim o faz. O Senhor lhe anuncia, então, seu juízo para o sacerdote.



Samuel teme contar a Eli tudo que havia recebido de Deus. Eli, então, o pede que contasse toda a mensagem divina e assim Samuel o faz.

O capítulo se encerra mencionando que Samuel crescia, na presença do Senhor e seu chamado profético fora confirmado em todo Israel.

Deus continuou a aparecer em Siló, visto que sua palavra era manifesta através de Samuel.

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(1 Samuel 4:1-2) Ebenezer

v. 1 E a palavra de Samuel veio para todo o Israel. Ora, Israel saiu para lutar contra os filisteus, e acampou ao lado de Ebenézer; e os filisteus acamparam em Afeque. 

v. 2 E os filisteus colocaram-se em ordem contra Israel; e, quando se engajaram na batalha, Israel foi ferido diante dos filisteus; e eles mataram cerca de quatro mil homens do exército no campo. 

Os filisteus migraram para a região costeira da Judeia durante o século 12 a.C.e começaram a ameaçar Israel durante os dias dos juízes (caps. 13-16).


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Israel acampou ao lado de Ebenézer, cerca de 32 quilômetros a oeste de Siló, enquanto os filisteus acamparam em Afeque na planície a oeste.

Os inimigos tinham se estendido bem ao norte de sua região ao longo do litoral sul de Israel e agora ameaçavam o território central.

(1 Samuel 4:3-4) O Equívoco israelita

v. 3 E, quando o povo chegou ao campo, os anciãos de Israel disseram: Por que o SENHOR nos feriu hoje diante dos filisteus? Removamos a arca do pacto do SENHOR de Siló até nós para que, quando vier para o meio de nós, possa nos salvar da mão dos nossos inimigos. 

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v. 4 Assim, o povo enviou a Siló, para que trouxessem de lá a arca do pacto do SENHOR dos Exércitos, que habita no meio dos querubins; e os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias, lá estavam com a arca do pacto de Deus. 

Por que o SENHOR nos feriu hoje diante dos filisteus? As pessoas associaram a arca do pacto do SENHOR (Êx 25:10-22) à presença de Deus, e presumiram que ao levarem a arca ao campo de batalha garantiriam a vitória sobre os seus inimigos.

Isto equivale a tentar manipular Deus por meio de um talismã mágico (1 Samuel 4:4) A expressão que habita no meio dos querubins é uma referência à morada de Deus na nuvem acima da tampa da arca (Lv 16:2).


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Ironicamente, apesar de seu ofício sacerdotal, Hofni e Finéias eram provavelmente as duas pessoas menos dignas de carregar a arca.

(1 Samuel 4:5) O barulho do engano

v. 5 E, quando a arca do pacto do SENHOR veio para o acampamento, todo o Israel bradou com um grande brado, de modo que a terra voltou a ressoar.

O fato de gritarem tão alto quando a arca veio para o acampamento enfatiza ainda a incorreta associação da presença de Deus com a arca. A bênção de Deus não vem automaticamente por causa da presença da arca.

(1 Samuel 4:7) A reação dos filisteus

v. 7 E os filisteus ficaram temerosos; pois diziam: Deus chegou ao acampamento. E diziam: Ai de nós! Pois até hoje não houve tal coisa.

Deus chegou ao acampamento. De qualquer maneira, os filisteus temeram por sua vida.

(1 Samuel 4:8) Conclusões pagãs

v. 8 Ai de nós! Quem nos livrará da mão destes Deuses poderosos? Estes são os Deuses que feriram os egípcios com todas as pragas no deserto.

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 Os filisteus podem ter incorretamente admitido que os israelitas adoravam muitos deuses, ou eles tinham visto a idolatria de Israel e tiraram essa conclusão.

(1 Samuel 4:9) A persistência dos filisteus

v. 9 Sejam fortes, e comportai-vos como homens, Ó vós, filisteus, para que não sejais servos dos hebreus, como eles vos foram; comportai-vos como homens, e lutai.

Sejam fortes é literalmente “esforcem-se.” A linguagem pode sugerir que, naquela época, os filisteus tinham controle sobre os israelitas e temiam perdê-lo.

(1 Samuel 4:12) O benjamita

v. 12 E ali fugiu do exército um homem de Benjamim, e chegou a Siló no mesmo dia, com as suas vestes rasgadas, e com terra sobre sua cabeça. 

O homem que fugiu era do território da tribo de Benjamim, ao sul. Siló fazia parte do território de Efraim. As suas vestes rasgadas, e com terra sobre sua cabeça eram expressões de lamentação (2Sm 1:2).

(1 Samuel 4:13) O relatório da batalha

v. 13 E quando chegou, eis que Eli estava assentado sobre um assento junto à beira do caminho, observando; pois o seu coração tremia pela arca de Deus. E quando o homem adentrou a cidade, e a ela anunciou, toda a cidade irrompeu em brados. 

Apesar dos “seus olhos turvos” (v. 15), Eli estava observando. A palavra hebraica traduzida como “brados” e “brado” no versículo seguinte, também significa “dar vozes” ou “clamar” e possui sempre uma conotação negativa.

(1 Samuel 4:14) Eli ouve o barulho israelita

v. 14 E, quando Eli ouviu o barulho do brado, disse: O que significa o barulho deste tumulto? E o homem entrou apressadamente, e contou a Eli. 

Em sua precipitação, este homem tinha passado pelo ex-sumo sacerdote de Israel. Agora, ele retornou para relatar a Eli e informá-lo da batalha.

(1 Samuel 4:16) O benjamita se apresenta

v. 16 E o homem disse a Eli: Eu sou aquele que saiu do exército, e hoje fugi do exército. E ele disse: O que se fez lá, filho meu?

 Eu sou aquele sugerem que o homem era um mensageiro designado para trazer as notícias da batalha (cp. 2Sm 18:19-23).

(1 Samuel 4:19) A esposa de Fineias 

v. 19 E a sua nora, a esposa de Fineias, estava com criança, próxima do parto; e quando ela ouviu as notícias de que a arca de Deus fora tomada, e que o seu sogro e o seu marido estavam mortos, ela se curvou e entrou em trabalho de parto; pois suas dores lhe sobrevieram. 

A nora de Eli, a esposa de Finéias, tinha perdido três membros da família – seu sogro, seu marido e seu cunhado – e essa notícia, mais a informação de que a arca de Deus fora tomada, fizeram com que ela inesperadamente entrasse em trabalho de parto.

(1 Samuel 4:21) Icabô

v. 21 E ela deu ao filho o nome de Icabô, dizendo: A glória partiu de Israel; porque a arca de Deus foi tomada, e por causa do seu sogro e do seu marido.

 Icabô significa “onde está a glória?” com a clara implicação de que a glória partiu de Israel, como ela mesma afirmou na ocasião.

(1 Samuel 4:22) A conclusão da esposa de Fineias

v. 22 E ela disse: A glória partiu de Israel; pois a arca de Deus foi tomada. 

A esposa de Fineias incorretamente associou a gloriosa presença de Deus à presença da arca de Deus.

Todavia, ela estava correta no sentido de acreditar que não valia a pena viver à parte da presença de Deus.

Conclusão

Neste momento, vemos que Israel acaba sofrendo uma derrota terrível. Ao sofrerem a primeira derrota, não se preocuparam em refletir sobre as razões daquela perda, mas pensaram numa solução cuja confiança estaria baseada em coisas.

Vemos como Israel estaria influenciado pelas culturas pagãs, as quais criam em ídolos e eram supersticiosas. Eles confundiram um objeto sagrado com Deus e esqueceram-se da onipotência e onipresença divina.

Os israelitas pensaram que poderiam manipular o Eterno, contudo Ele mostraria que cumpriria a profecia que anunciara, no capítulo anterior e não atenderia as expectativas dos israelitas.

Vinte anos após esta derrota, Israel, neste mesmo lugar, sob a liderança de Samuel, descobriria que somente seriam vitoriosos após se arrependerem e se voltarem a Deus.

É bem verdade que a arca da Aliança representava a presença do Senhor, contudo, em toda a história de Israel, Deus deixou claro que Ele desejava o coração e a obediência de Seu povo.

Quando passamos a acreditar numa espiritualidade em que o Criador serve a criatura e “deve” atender a todas as suas expectativas, desconsiderando toda a verdade prevista em Sua palavra, estamos muito longe do plano divino e, certamente, experimentaremos as duras consequências advindas desse engano.

1 Samuel 4 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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