Levítico 16 Estudo: O Dia da Expiação

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Neste capítulo de Levítico 16 estudo, veremos que Deus determinara que Arão não entrasse constantemente no Santo dos Santo, mas que, uma vez ao ano, ao décimo dia, do sétimo mês, tomasse um novilho, como oferta pelo pecado e, um carneiro, como holocausto, para sacrifício dos seus pecados.

Ele se banharia e, vestiria as túnicas sagradas, específicas, então, ainda, tomaria dois bodes, pelo pecado, e um carneiro, para holocausto, em decorrência dos pecados dos israelitas. Quanto aos bodes, lançaria sorte sobre um e outro.

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Um seria para o Senhor e o outro, seria enviado vivo ao deserto, como emissário, após ser apresentado ao Senhor. A cerimônia consistia em imolar o novilho, pelo pecado de Arão.

Então, tomando o incensário, ele adentraria o Santo dos Santos, com o sangue e o aspergiria sobre o propiciatório, por sete vezes.

Depois, imolaria o bode oferecido pelo pecado e, de igual forma, traria seu sangue para dentro do véu. Ninguém poderia estar na tenda enquanto o sacerdote fizesse o procedimento.

Após, ainda, aspergiria o sangue no altar, em frente a presença de Deus, e sobre seus chifres. Em seguida, tomaria o bode vivo, colocaria a mão sobre sua cabeça e confessaria, ali, todas as iniquidades do povo, então este seria solto, no deserto, e levaria todas os pecados..



Feito isto, Arão se banharia e trocaria de vestes, para realizar seu holocausto e o holocausto do povo. Esta cerimônia seria para estatuto perpétuo.

Levítico 16 estudo: Contexto histórico

No capítulo anterior, o Senhor orientou a Moisés, declarando que, o homem que tivesse fluido corporal, seria imundo. Quando findasse esse fluido, após sete dias, deveria sacrificar ao Senhor. Caso o homem emitisse sêmen, deveria se lavar e estaria imundo até a tarde, apenas.

De igual forma, se o homem e a mulher mantivessem relações, com emissão de sêmen, deveriam se banhar e estariam imundos até à tarde. A mulher estaria imunda por sete dias, quando menstruasse.

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Caso essa menstruação se prolongasse, estaria imunda por quantos dias ela durasse, sendo que, findo o sangramento, após sete dias, ela deveria sacrificar, ao Senhor.

Levítico 16:1-34 – Um tempo sagrado

Em Sua misericórdia e graça, Deus proveu o Dia da Expiação como tempo sagrado em que o sumo sacerdote purificava o santuário e fez propiciação pelos pecados do povo.

(Levítico 16:1) A profanação do santuário

v. 1 E o SENHOR falou a Moisés, após a morte dos dois filhos de Arão, quando eles ofereceram diante do SENHOR, e morreram;  


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O santuário tinha sido profanado pelos atos dos dos dois filhos de Arão, Nadabe e Abiú (Lv 10:1-2). Em parte, o capítulo 16 é uma resposta a suas ações pecaminosas.

(Levítico 16:2) A orientação quanto à entrada no Santo dos Santos

v. 2 e o SENHOR disse a Moisés: Fala a Arão, teu irmão, para que ele não entre todo tempo no santo lugar, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que ele não morra; porque eu aparecerei na nuvem sobre o propiciatório.

Santo lugar indica o Santo dos Santos. O propiciatório, feito de uma placa de ouro puro que cobria a arca da aliança, era o lugar da expiação. A Septuaginta traduz esta palavra como “instrumento de propiciação”.

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Esta nuvem não era a nuvem de fumaça do incenso; era a nuvem divina, representando a presença de Deus que descia sobre o tabernáculo como sinal de que Israel deveria montar acampamento (Êx 40:34-35) e que ficava em cima da arca quando Deus falou a Moisés (Êx 25:22).

(Levítico 16:4) Vestes de humildade

v. 4 E ele vestirá a túnica santa de linho, e terá calções de linho sobre a sua carne, e se cingirá com um cinto de linho, e com uma mitra de linho se vestirá: estas são vestes santas; portanto, ele banhará a sua carne na água, e então as vestirá.

O sumo sacerdote usava as vestes de um sacerdote comum, indicando que devia ser humilde, livre de toda pretensão.


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As vestes eram consideradas santas e, portanto, separadas exclusivamente para o sumo sacerdote.

O sumo sacerdote banharia seu corpo duas vezes e lavaria suas mãos e seus pés cada vez que entrasse no tabernáculo ou oficiasse no altar (Êx 30:19).

(Levítico 16:6) Sacrifício do sumo sacerdote

v. 6 E Arão oferecerá seu novilho da oferta pelo pecado, que será para ele mesmo, e fará expiação por si, e por sua casa. 

Fazia-se expiação pelo sumo sacerdote e sua casa antes que ele pudesse trazer o sacrifício pela nação. A palavra “casa” indica sua família e a linhagem seguinte de sumo sacerdotes.

(Levítico 16:8) O bode emissário

v. 8 E Arão lançará sorte sobre os dois bodes; uma sorte pelo SENHOR, e a outra sorte pelo bode expiatório. 

Foram propostas três interpretações diferentes para o significado de bode expiatório, palavra esta que só aparece no capítulo 16.

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A LXX traduz o termo como “aquele que leva embora o mal,” de onde obtemos o termo “bode emissário”. A segunda visão foi criada por rabinos posteriores, que sugeriram que bode expiatório significava “um lugar rude e difícil” e que representava o destino do bode.

A terceira visão sugere que a palavra é o nome de um demônio que habitava o deserto. Intérpretes judeus posteriores identificaram bode expiatório com Azael, a quem lendas identificaram como o líder dos anjos caídos.

A primeira interpretação parece se adequar melhor ao contexto do capítulo 16, onde o bode é enviado para o deserto.

(Levítico 16:11) A oferta pelo pecado

v. 11 E Arão trará o novilho da oferta pelo pecado, que será para ele mesmo, e fará expiação por si e por sua casa; e matará o novilho da oferta pelo pecado, que é para si mesmo.

A primeira parte da purificação era feita através dos rituais de aspersão de sangue. A oferta pelo pecado para pecados intencionais ou inadvertidos aparece pela primeira vez no capítulo 4.

(Levítico 16:12-14) O incenso aromático

v. 12 E ele tomará um incensário cheio de brasas de fogo do altar diante do SENHOR, e as suas mãos cheias de incenso aromático moído e o trará para dentro do véu. 

v. 13 E ele colocará o incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, para que a nuvem do incenso cubra o propiciatório, que está sobre o testemunho, para que ele não morra. 

v. 14 E ele tomará do sangue do novilho e o espargirá com o seu dedo sobre o propiciatório, para o leste; e perante o propiciatório, espargirá do sangue com o seu dedo sete vezes. 

O incenso aromático tinha uma finalidade muito útil, já que o sangue no propiciatório geraria um odor desagradável. O incenso incluía essências como bálsamo, ônica e gálbano misturados com incenso puro (Êx 30:34-35).

(Levítico 16:16) O prenúncio de Cristo

v. 16 E ele fará expiação pelo santo lugar por causa da impureza dos filhos de Israel, e por causa das suas transgressões em todos os seus pecados; e assim ele fará pelo tabernáculo da congregação, que permanece entre eles no meio das suas impurezas. 

O sangue da propiciação purificou o povo de seu pecado e rebelião. Isso definitivamente aponta para Cristo, cujo sangue provê a purificação de todo pecado (Hb 9:24-28).

(Levítico 16:20-28) Jesus levou sobre sí

A segunda parte da purificação era feita através da remoção do bode emissário. O autor de Hebreus fez um paralelo com este ritual ao afirmar que Cristo ofereceu a Si mesmo como oferta pelo pecado uma vez por todas (Hb 10:10).

Jesus também é comparado ao bode emissário porque Ele “sofreu fora das portas da cidade, para santificar o povo por meio do seu próprio sangue” (Hb 13:12), O fato de que Jesus tomou sobre Si os nossos pecados também é afirmado em Is 53:5-6.

De uma perspectiva simbólica, quando Jesus morreu na cruz, o véu que separava o Lugar Santíssimo do Santo lugar se rasgou de alto a baixo (Mt 27:51), mostrando o acesso a Deus para todas as pessoas através da obra expiatória de Cristo em nosso favor.

(Levítico 16:29) O dia da expiação

v. 29 E isto vos será por estatuto eterno: no sétimo mês, no décimo dia do mês, afligireis a vossa alma, e não fareis trabalho algum, seja alguém do seu próprio país, ou um estrangeiro que peregrina entre vós. 

O Dia da Expiação (Heb. yom kippur) era uma cerimônia anual feita no décimo dia de Tishrei (setembro/outubro). Humilharam geralmente está associado a jejum e oração (Sl 58:5).

O Targum acrescenta que o povo deveria se abster de “comida e bebida, do prazer dos banhos e da unção, de usar sapatos e de relações sexuais entre marido e mulher”.

Hoje, em quase toda a parte, o yom kippur é celebrado como o dia da confissão de pecados e de pedir perdão.

São incluídas leituras de Levítico nesta  celebração, um dos dias santos mais importantes do judaísmo.

Conclusão

O dia da expiação era uma cerimônia anual, do povo de Israel. Provavelmente, ela ocorria no mês de outubro.

Ela reflete o objetivo central do livro. Somente ao sumo sacerdote era permitido entrar no Santo dos Santos, uma vez ao ano.

Arão, neste dia, expiava os seus pecados e, os de sua casa. Após, faria expiação pelos pecados do povo, vez que, antes, precisava se fazer aceitável, para ministrar aos demais.

Arão lançava sorte sobre os bodes. Um deles, era mandado ao deserto, como emissário, o qual representava a retirada dos pecados, do meio do povo. Mais uma vez, esta cerimônia era uma sombra do sacrifício de Cristo.

A carta de Paulo, aos Hebreus, explica que o sacerdócio humano fora exercido por vários homens, vez que a morte os impedia de prosseguir com a função. Contudo, Jesus Cristo, inaugurou o sacerdócio imutável, pois permaneceria para sempre.

Ademais, Ele não precisava oferecer sacrifício por Seus próprios pecados, porque era perfeito, imaculado, e feito mais alto que os céus.

Tampouco, precisaria sacrificar, diariamente, pelos pecados do povo, vez que o Seu sacrifício seria suficiente, de uma vez por todas (Hebreus 7).

Ainda, ao mesmo tempo que foi o Sumo Sacerdote, perfeito, era o sacrifício perfeito, sendo, também, o emissário, que levaria, sobre si, todas as nossas iniquidades.

Levítico 16 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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