Explicação de 2 Reis 7: A Graça Poderosa de Deus

Não merecemos os milagres que são operados em nossas vidas, em função dos nossos pecados, sendo um deles a incredulidade. Nessa explicação de 2 reis 7, é possível aprender que apesar da nossa falta de fé, em alguns momentos Deus ainda realiza milagres para nos surpreender.

Essa é a graça de Deus que alcança o seu povo apesar dos seus delitos e erros. Em muitos cenários que parecem irreversíveis podemos enxergar e sentir a mão do Senhor operando os seus milagres.

Nessa passagem de 2 Reis 7, é possível aprender que em momentos de desespero, as nossas decisões que parecem não ter saída, se transformam e podem até mesmo serem boas notícias para muitas pessoas.

Contexto histórico

Estevão era um homem cheio da presença de Deus que manifestava poder por onde passava. Em atos 7, é relatado o seu discurso no Sinédrio, nessa ocasião ele tinha sido levado a julgamento por falsos testemunhos.



Durante o seu momento de fala, ele lembra de vários homens de Deus, e todas as injustiças que esses passaram, mas mesmo assim não desistiram de ter uma vida íntegra e fazer a diferença para gerações.

(2 Reis 7:1) Eliseu profetiza sobre Samaria.

¹ Então, Eliseu disse: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, por volta desta hora, uma medida de farinha de trigo fina será vendida por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, no portão de Samaria.

No estudo de 2 reis 6 foi relatado como Samaria tinha sido cercada pelo exército sírio, e por isso não era possível sair e entrar alimento, gerando uma elevação grande nos preços de produtos alimentícios, como também a falta desses.

Esse cerco sírio continuou por algum tempo, e mesmo diante desse cenário, o profeta diz que no outro dia, os preços estavam baixos, isso parecia ser algo impossível de ser concretizado.

(2 Reis 7:2) A incredulidade do príncipe

² Então, um senhor, um cuja mão o rei se apoiava, respondeu ao homem de Deus, e disse: Eis que se o Senhor houvesse de fazer janelas no céu, poderia isso suceder? E ele disse: Eis que verás isto com os teus olhos, mas disso não comerás.

Era costume dos reis terem alguém de confiança, e podemos perceber que o rei de Samaria também tinha alguém no qual ele confiava, no entanto, esse era incrédulo, e chegou a duvidar do milagre que se estabeleceria.

Podemos fazer um paralelo com as nossas vidas, na qual ouvimos pessoas que duvidam dos milagres de Deus sobre nós, pelo fato dessas próprias não terem fé.

Logo, é importante, que possamos vigiar para que os incrédulos, que em alguns momentos aparecem em nossas vidas, também não nos contaminem com a falta de fé, e dessa forma atrapalhem a nossa caminhada com Cristo.


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(2 Reis 7:3) Momento de reflexão

³ E havia quatro leprosos à entrada do portão; e eles disseram um ao outro: Por que estamos aqui assentados até morrermos?

Os leprosos pararam pra refletir sobre o que estavam fazendo ali na porta. É importante destacar que eles não tinham solução para as suas vidas, e mesmo assim pararam para refletir onde estavam.

Assim, devemos parar sempre para refletir sobre o que estamos fazendo com as nossas vidas, onde estamos e qual o nosso propósito. Isso com o objetivo de não desperdiçar o tempo que Deus confiou em nossas mãos aqui nessa terra.

(2 Reis 7:4) Tomada de decisão

Se dissermos: Queremos entrar na cidade, eis que a fome está na cidade, e lá morreremos; e se continuarmos aqui assentados, também morreremos. Ora, por isso, vamos e debandemos para o exército dos sírios; se eles salvarem as nossas vidas, viveremos; e se eles nos matarem, tão somente morreremos.

Os leprosos estavam em uma situação que não tinha solução aos olhos humanos, e que de qualquer forma, provavelmente, os levariam à morte.

No entanto, apesar disso, não ficaram parados sem tomar uma decisão, mas enfrentaram e tomaram um posicionamento.

Dessa forma, podemos compreender, que mesmo em panoramas, nos quais parece que estamos encurralados, devemos parar para pensar e tomar decisão, pois continuar no mesmo lugar não traz solução.


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(2 Reis 7:5) O cenário improvável

E eles se levantaram ao crepúsculo, para irem até o acampamento dos sírios; e quando haviam chegado à parte extrema do acampamento da Síria, eis que não havia homem ali.

Então os leprosos chegaram ao arraial que cercava a cidade de Samaria, e ao contrário do que se esperava não havia ninguém. Logo percebemos a importância de tomar decisões.

Aquilo que parece estar perdido em muitos casos possui solução, no entanto, é preciso tomar a decisão de não ficar parado e ter algum objetivo para conseguir uma resposta.

(2 Reis 7:6-7) A guerra é de Deus

Porque o Senhor havia feito o exército dos sírios ouvir um barulho de cavalos, verdadeiramente o barulho de um grande exército; e eles disseram um ao outro: Vede, o rei de Israel contratou contra nós os reis dos heteus, e os reis dos egípcios, para virem sobre nós.

Porquanto eles se levantaram e fugiram ao crepúsculo, e abandonaram as suas tendas, e os seus cabelos, e os seus jumentos, o acampamento como ele estava, e fugiram por causa da sua vida.

Sem os samaritanos precisarem guerrear, os sírios retrocederam, ao pensar que um exército grande vinha em sua direção. Quando temos Deus em nossas vidas, ele mesmo é o responsável por cuidar das nossas vidas e guerras.

Contudo, isso não significa que devemos esperar que Deus faça tudo sozinho, pois é necessário que o possível seja feito por nós.

Assim como fizeram os leprosos, estes tomaram uma decisão e o impossível, que era eles não morrerem nas mãos dos sírios, foi realizado por Deus.

(2 Reis 7:8) O resultado da decisão dos leprosos

E, quando estes leprosos chegaram à parte mais extrema do acampamento, eles entraram em uma tenda, e comeram e beberam, e carregaram dali prata, e outro, e vestimentas, e fora e os esconderam; e retornaram e entraram em outra tenda, e dali também carregaram e fora e os esconderam.

A única possibilidade que se destacava para esses leprosos era a morte, todavia, não foi isso que aconteceu após eles decidirem ir até o acampamento dos sírios. Um panorama totalmente milagroso acontece.

Após os leprosos chegarem ao acampamento, eles desfrutaram do que havia sido deixado por seus inimigos. Em 2 Reis 8 estudo, é relatada uma fome muito grande no mundo, que foi profetizada por Eliseu.

Contudo, uma viúva que tomou a decisão de obedecer ao profeta e ir para a terra dos filisteus não passou pela fome que tinha se alastrado. Nessas duas histórias podemos perceber o poder das decisões.

(2 Reis 7:9) Espalhar boas notícias

Então, eles disseram um ao outro: Não agimos bem; este dia é um dia de boas-novas, e nós retivemos a nossa paz; se esperarmos até a luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; agora, portanto, venham para que possamos ir e contar à casa do rei.

Mais uma vez esses personagens nos ensinam sobre a reflexão, esses mais uma vez pararam para pensar sobre o que estavam fazendo, e novamente tomam uma decisão.

É importante destacar, que as boas novas que os leprosos estavam falando, era sobre a fuga dos sírios, mas no contexto espiritual, podemos fazer um paralelo com a palavra de Deus, na qual não podemos ficar apenas para nós, mas devemos anunciar para todos.

(2 Reis 7:10-11) A mensagem chega ao rei

¹⁰ Assim, eles vieram e chamaram o porteiro da cidade; e lhe contaram, dizendo: Nós chegamos ao acampamento dos sírios e eis que não havia homem algum ali, nem voz de homem, mas cavalos amarrados, e jumentos amarrados, e as tendas como elas estavam.

¹¹ E ele chamou os porteiros; e eles disseram isto dentro da casa do rei.

Essa era uma notícia que parecia improvável de acontecer, mas foi anunciada. Os leprosos provavelmente não conseguiram entrar dentro da muralha em função das suas condições.

Essa mensagem foi bem anunciada, pois eles falam que o acampamento dos sírios estava vazio, e os motivos que os faziam ter essa certeza, como, os cavalos atados e o silêncio.

(2 Reis 7:12) A desconfiança do rei

¹² E o rei se levantou à noite, e disse aos seus servos: Mostrar-vos-eis agora o que os sírios tê feito a nós. Eles sabem que estamos famintos; por isso saíram do acampamento para se esconderem no campo, dizendo: quando eles saírem da cidade, nós os apanharemos vivos, e entraremos na cidade.

Nesse momento o rei passa a deduzir aquilo que ele acreditava que os sírios haviam planejado, pois aos seus olhos, eles terem fugido sem uma possível motivação era impossível.

Essa dedução é feita em virtude do fato do rei não saber porque os sírios haviam fugido, e por isso ele temia que ao sair da cidade todos poderiam morrer com um ataque do exército inimigo.

(2 Reis 7:13) A decisão do rei

¹³ E um dos seus servos respondeu e disse: Permite que alguns tomem, rogo-te, cinco dos cavalos que restam, os quais foram deixados na cidade; (eis que, eles estão como toda a multidão de Israel que nela foi deixada; eis que declaro que eles estão mesmo como toda a multidão dos israelitas que está consumida); e enviemo-los e vejamos.

Ainda tomado por desconfiança, o rei manda que alguns cavaleiros verifiquem a autenticidade da informação dada por aqueles mensageiros que haviam sido informados pelos leprosos.

Alguns milagres acontecem de forma tão inesperada, que demoramos para acreditar e ainda queremos que outras pessoas possam verificar o que está acontecendo, em virtude da nossa incredulidade.

(2 Reis 7:14-15) A realidade do acampamento sírio

¹⁴ Eles, portanto, tomaram dois cavalos de carruagens; e o rei enviou atrás do exército dos sírios, dizendo: Ide e vede.

¹⁵ E eles foram atrás deles até o Jordão; e eis que todo o caminho estava cheio de vestes e vasos, os quais os sírios haviam lançado fora na sua pressa. E os mensageiros retornaram, e contaram ao rei.

Logo após o rei ter dado a ordem aos seus mensageiros eles foram em direção ao acampamento sírio. Logo confirmará que aquilo que havia sido informado realmente era verdade e não uma emboscada.

(2 Reis 7:16) O cumprimento da profecia

¹⁶ E o povo saiu, e despojou as tendas dos sírios. Assim, uma medida de farinha de trigo fina foi vendida por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, segundo a palavra do Senhor.

Nesse contexto, é possível perceber que a profecia de Eliseu havia se cumprido sobre os samaritanos, e esses de uma forma extraordinária a fome acabou naquele território.

(2 Reis 7:17) A consequência da incredulidade

¹⁷ E o rei indicou o senhor em cuja mão ele se apoiava para ter o encargo do portão; e o povo o pisoteou no portão, e ele morreu, conforme disse o homem de Deus, que falou quando o rei desceu até ele.

Aquele que havia duvidado do milagre em virtude de sua incredulidade não pode comer trigo e cevada, assim a profecia também se cumpriu.

Podemos fazer uma análise desse texto com as nossas vidas, pois deixamos de acreditar, algumas vezes, naquilo que Deus tem falado em direção às nossas vidas, em função dos desafios serem grandes.

Como consequência, assim como o senhor do rei, às vezes apenas conseguimos ver o milagre, mas não podemos usufruir, em razão da incredulidade do coração.

(2 Reis 7:18) A passagem confirma a profecia

¹⁸ E sucedeu como o homem de Deus havia falado ao rei, dizendo: Duas medidas de cevada por um siclo, e uma medida de farinha de trigo fino por um siclo, estarão amanhã por volta desta hora no portão de Samaria;

Comentário: A palavra de Deus não pode ser frustrada, dessa forma tudo o que o Senhor promete de fato se torna realidade. E é isso que esse versículo confirma.

(2 Reis 7:19-20) O resultado da falta de fé

¹⁹ e que o senhor respondeu ao homem de Deus, e disse: Agora, eis que se o Senhor dizer janelas no céu, poderia tal coisa acontecer: E ele disse: Eis que verás isto com os teus olhos, mas disso não comerás.

²⁰ E assim isto lhe sobreveio; porque o povo o pisoteou no portão, e ele morreu.

Trazendo para o mundo espiritual, é isso que acontece quando não estamos crendo fielmente no que Deus pode fazer. A morte espiritual pela falta de fé é algo que ocorre frequentemente entre muitos cristãos.

Dessa forma, grande parcela apenas vê o agir de Deus e a sua presença, no entanto, não conseguem experimentá-la, por causa da morte espiritual.

5 importantes lições que podemos aprender em 2 Reis 7

  1. A Providência Divina: O relato de 2 Reis 7 destaca a intervenção divina na vida do povo de Israel, fornecendo alívio da fome durante um cerco. Isso nos ensina sobre a providência de Deus em prover soluções inesperadas para nossos problemas, mesmo em situações desesperadoras.
  2. A Importância da Fé e da Obediência: Os leprosos em 2 Reis 7 decidiram sair do campo dos arameus e buscar ajuda no acampamento inimigo, demonstrando fé e agindo com coragem. Essa história nos lembra da importância de confiar em Deus e obedecer às Suas instruções, mesmo quando parece irracional aos olhos humanos.
  3. As Consequências da Descrença: O oficial que duvidou da palavra do profeta Eliseu e zombou da promessa de Deus acabou testemunhando a punição por sua incredulidade. Isso nos alerta sobre as consequências da descrença e nos lembra da importância de confiar nas promessas de Deus.
  4. A Generosidade de Deus: Apesar da incredulidade de alguns, Deus cumpriu Sua promessa de prover alimento abundante para o povo de Israel, demonstrando Sua bondade e generosidade. Isso nos encoraja a confiar na generosidade de Deus e a buscar Nele nossa provisão em todas as circunstâncias.
  5. O Chamado para Compartilhar as Boas Novas: Os leprosos, após encontrarem comida e tesouros no acampamento inimigo, decidiram compartilhar as boas novas com os outros habitantes da cidade famintos. Isso nos lembra do chamado para compartilhar o evangelho e as bênçãos que recebemos de Deus com os outros, especialmente os necessitados.

Conclusão

A importância de continuarmos crendo nas palavras de Deus é cada vez mais uma necessidade para todos. Aprendemos com este estudo, que quando somos incrédulos, até podemos ver os milagres, mas não chegamos a desfrutar.

Explicação de 2 reis 7.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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