Provérbios 26 Estudo: Conselhos Sábios

Em Provérbios 26, o sábio nos aconselha, entre outras coisas, a não nos cansarmos desnecessariamente com tolos. Diante disso, longos debates com pessoas que são muito apaixonadas por seu assunto, quando estão sob a influência do álcool, mesmo em momentos e circunstâncias inconvenientes, são em sua maioria fúteis.

Portanto, não recomendamos negligência ou covardia, mas cautela. Devemos lembrar que o que foi dito em seus dias foi uma bênção, pois as palavras certas na hora errada possam ser uma grande maldição.

Contexto histórico

De acordo com o contexto, o tolo aqui não significa pessoas simples, porque elas não têm aprendizado, portanto, nenhum conhecimento, mas sim, o tolo retratado em Provérbios pode ser um homem com um anel de médico no dedo, que, apesar de sua educação mundana, não é inteligente em moral, ética e respeito a Deus e ao homem.

Portanto, em Provérbios 26, aqueles que são contenciosos, preguiçosos, fofoqueiros e aqueles que interferem em assuntos que não lhe dizem respeito são considerados “tolos” nesta passagem. Acompanhe a seguir o estudo de todos os versículos de Provérbios 26.



(Provérbios 26:1-12) O tolo

A palavra tolo (Pv 1:22) ocorre em cada versículo nesta seção exceto o versículo 2.

(Provérbios 26:1-2) O tolo não possui honra

v. 1 Como a neve no verão, e como a chuva na colheita, assim a honra não convém ao tolo.
v. 2 Como o pássaro ao vaguear, como a andorinha ao voar, assim a maldição sem motivo não virá.

Finalmente, Deus é quem determina se aquilo que vai se cumprir é uma bênção ou uma maldição (Nm 23:8).

(Provérbios 26:3-5) Não adianta responder aos tolos

v. 3 Um chicote para o cavalo, uma rédea para o jumento, e uma vara para as costas dos tolos.
v. 4 Não respondas a um tolo de acordo com a sua loucura; para que não sejas como ele.

v. 5 Responde a um tolo de acordo com a sua loucura, para que ele não seja sábio em seu próprio conceito.

Uma pessoa não deveria responder a um tolo mediante recurso a método insensatos. No entanto, alguém precisa expor sua loucura, mesmo que ele não ouça (Pv 23:9).

(Provérbios 26:6) O dano de confiar em um tolo

v. 6 Aquele que envia uma mensagem pela mão de um tolo, corta os pés e bebe o dano.

Confiar em um tolo como mensageiro é tão autodestrutivo quando a automutilação ou a ingestão de veneno (Pv 1:19).


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(Provérbios 26:7) A língua do tolo causa danos

v. 7 As pernas do coxo não são iguais; assim é uma parábola na boca dos tolos.

Um coxo tem pernas mas não pode usá-las.

(Provérbios 26:8) Coitados dos que oferecem honras ao tolo

v. 8 Como o que prende a pedra na funda, assim é aquele que dá honra a um tolo.

Uma funda era uma tira de couro com uma bolsa no meio. Uma pedra era colocada na bolsa, em seguida, o atirador segurava ambas as extremidades da tira e a girava sobre a cabeça duas ou três vezes.

Ao soltar uma das extremidades da tira, a pedra soltaria. Seria ridículo amarra á pedra na bolsa. A arma ficaria inútil e poderia até machucar o atirador.

(Provérbios 26:9) A interpretação equivocada feita por um tolo

v. 9 Como um espinho que entra pela mão de um bêbado, assim é uma parábola na boca dos tolos.

Um tolo daria uma aplicação errada a uma parábola, causando confusão e destruição, como um bêbado agressivo agitando um espinho.


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(Provérbios 26:10) As recompensas dos tolos

v. 10 O grande Deus que formou todas as coisas, tanto recompensa ao tolo, quanto recompensa aos transgressores.

O hebraico aqui era difícil de entender antes de se descobrir que rav podia significar arqueiro (Jó 16:13) bem como “grande“.

Contratar um tolo ou alguém ao acaso é tão danoso á sociedade como um atirador frenético (v. 18) a expressão idiomática inglesa “loose cannon” (“canhão solto”, pessoa cujas ações são imprevisíveis e incontroladas).

(Provérbios 26:11) O tolo sempre será tolo

v. 11 Como um cão retorna ao seu vômito, assim um tolo retorna à sua loucura.

Visto que o tolo não aceita a correção (Pv 1:22), ele nunca progride, pelo contrário, ele volta àquilo que todos podem reconhecer como sendo repulsivo.

(Provérbios 26:12) Os castigos para os tolos

v. 12 Vês tu um homem sábio em seu próprio conceito?  mais esperança para um tolo do que para ele.

Um tolo pode ser suscetível ao castigo físico ou á argumentação (Pv 23:3), mas os que se iludem, não.

(Provérbios 26:13) As desculpas de um homem preguiçoso

v. 13 O homem preguiçoso diz:  um leão no caminho, um leão está nas ruas.

Sobre um preguiçoso e suas desculpas, ver (Pv 22:13).

(Provérbios 26:14) O preguiço “trabalha” sobre sua cama

v. 14 Como a porta vira sobre suas dobradiças, assim faz o preguiçoso sobre sua cama.

Essa é uma imagem irônica do único “trabalho” que um preguiçoso faz. Uma dobradiça antiga consista num orifício na soleira no qual girava a porta.

(Provérbios 26:15) Os malefícios da preguiça

v. 15  O preguiçoso esconde a sua mão em seu peito; ela o aflige a levá-la novamente à sua boca.

Nos tempos antigos, o alimento a ser ingerido era tirado com a mão de um prato comunitário. O preguiçoso não tinha iniciativa de levar a comida á boca, e isso traz consequências físicas (Pv 6:9-11).

(Provérbios 26:16) O próprio conceito do preguiçoso

v. 16 O preguiçoso é mais sábio em seu próprio conceito do que sete homens que possam dar um motivo.

Uma resposta sensata envolve discernimento. Sete sugere que esse é um grupo completo de conselheiros (Ed 7:14).

(Provérbios 26:17) Não te irrites em brigas que não são tuas

v. 17 Aquele que passa e se intromete em uma briga que não lhe pertence, é como alguém que toma um cão pelas orelhas.

Se intromete em pode ser traduzido como “se irrita com” (Pv 20:2). Alternativa, o que estava “passando” pode ser o cão, ou seja, um cão abandonado.

Portanto, esse versículo pode ser assim traduzido: “Quem se irrita com uma discussão alheia é como alguém que pega um cão abandonado pelas orelhas. “O ponto é o mesmo”.

(Provérbios 26:18-19) O engano é como uma flecha e morte

v. 18 Como um homem louco que lança tições, flechas, e morte;

v. 19 assim é o homem que engana o seu vizinho, e diz: Não sou eu um brincalhão?

Um mentiroso que, ao ser pego, se denomina um trocista é tão perigoso á sociedade como um guerreiro frenético (v. 10).

(Provérbios 26:20) O prejuízo de onde há mexeriqueiro

v. 20 Onde não há madeira, o fogo se apaga; então, onde não  mexeriqueiro, cessa a contenda.

Sobre mexeriqueiro, ver nota em (Pv 16:28).

(Provérbios 26:21-22) As palavras que ferem

v. 21 Como os carvões para as brasas, e a madeira para o fogo; assim é o homem contencioso para acender rixas.

v. 22 As palavras de um mexeriqueiro são como feridas, elas descem ao mais íntimo do ventre.

Sobre feridas, ver nota em (Pv 18:8).

(Provérbios 26:23-28) O coração perverso e repleto de impureza

v. 23 Os lábios ardentes e um coração perverso são como um caco coberto de impurezas da prata.
v. 24 Aquele que odeia dissimula com seus lábios, no seu interior encobre o engano;Pecado

v. 25  quando ele falar bonito, não acredites nele; pois há sete abominações em seu coração.

v. 26 De quem o ódio é encoberto pelo engano, sua perversidade será exposta diante de toda a congregação.

v. 27 Quem quer que cave uma cova cairá nela; e aquele que rola uma pedra, ela retornará sobre ele.
v. 28 A língua mentirosa odeia aqueles que são afligidos por ela; e uma boca lisonjeira opera a ruína.

Embora os versículos 23, 27, e 28 possam permanecer como prevérbios independentes, com 24-26 eles desenvolvem um único tema.

O hebraico (“impureza da prata”) tem sido corrigido para caco coberto. A impureza da prata– monóxido de chumbo- era usada também como uma cobertura sonhador (Pv 2:16) com más intenções se mostra amável, mas isso é um verniz artificial, um pretexto.

Embora aquele que odeia disfarce as suas intenções, o sábio percebe que o seu coração é detestável. Sua força motriz é o ódio, a paixão do ímpio em destruir tudo o que é bom e piedoso.

A pessoa que odeia eventualmente será exposta diante de toda a congregação (Pv 5:14), e sofrerá o destino que desejou para os outros (Sl 7:15-16). A última linha é ambígua- o mentiroso busca a ruína do piedoso, no entanto, ele provoca a própria ruína.

5 importantes lições que podemos aprender em Provérbios 26

  1. Evitar Discussões Fúteis: O capítulo adverte contra o envolvimento em discussões tolas e sem sentido, pois isso só gera contendas e conflitos desnecessários.
  2. Consequências da Preguiça: O texto destaca os perigos da preguiça, comparando o preguiçoso a um portador de bandeira na mão de um tolo, enfatizando a importância do trabalho diligente e da responsabilidade.
  3. Cuidado com as Fofocas: O provérbio adverte sobre os danos causados pela fofoca e pelas palavras insensatas, que podem inflamar contendas e causar divisões entre amigos.
  4. Desmascarando a Enganação: Ele destaca a importância de discernir entre a sabedoria e a insensatez, indicando que é necessário ser perspicaz para não cair em armadilhas e enganos.
  5. Responsabilidade Pessoal: O capítulo enfatiza a importância de cada pessoa assumir responsabilidade por suas próprias ações e escolhas, destacando que a iniquidade do ímpio eventualmente o alcançará, enquanto o justo será recompensado.

Conclusão

Portanto, de qualquer forma, devemos continuar orando para que nossas palavras sejam sempre para a glória de Deus.

Além disso, que o Senhor nos fortaleça e nos capacite quando for necessário sermos feridos por nossas palavras.

Devemos também, pedir sabedoria a Deus para nos afastarmos dos tolos e dos que não nos acrescenta edificação de espírito.

Provérbios 26 estudo.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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