Mateus 19 Estudo: O Criador Fala Sobre o Divórcio

Em Mateus 19, veremos que para o Criador o casamento é uma instituição sagrada e quando o Deus criou Adão e Eva, o Senhor Deus estabeleceu o princípio: “Homem e mulher”, e disse: “Portanto, o homem deve deixar seus pais e se unir à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne”.

Diante disso, Jesus Cristo concordou que um casamento abençoado por Deus é um casamento entre um homem e uma mulher. Além disso, outro ponto muito importante é que o casamento constitui uma nova família. Acompanhe!

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Contexto histórico

De acordo com o contexto, Mateus 19 inicia contando que Jesus deixou a Galileia e entrou na Judeia, além do rio Jordão.

Além disso, alguns fariseus foram até Jesus para perguntar-lhe sobre as condições nas quais um homem poderia repudiar sua mulher, um discurso no qual Jesus profere um de seus mais famosos ditos.



No entanto, na tentativa de enganar Jesus, eles então perguntam-lhe por que Moisés se divorciou e repudiou sua mulher e a resposta de Jesus foi a base para a crença do adultério e o repúdio ao divórcio. Acompanhe a seguir o estudo de todos os versículos de Mateus 19.

(Mateus 19:1) Jesus parte para a Galileia

v. 1 E aconteceu que, tendo Jesus terminado estas palavras, ele partiu da Galileia, e foi para os confins da Judeia, além do Jordão;

Para a importância de tendo Jesus terminado, ver “Estrutura” na Introdução a Mateus.

(Mateus 19:2-3) Os fariseus fazem perguntas a Jesus

v. 2 e grandes multidões seguiram-no, e ele as curava ali.
v. 3 Os fariseus também vieram até ele, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

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Os fariseus do primeiro século que se associavam á escola de Hilel eram liberais com relação ao divórcio. Eles o permitiam virtualmente por qualquer motivo, inclusive por razões ridículas tais como a esposa queimar o jantar do marido ou ter defeitos físicos como sobrancelhas cerradas.

(Mateus 19:4-6) O Senhor criou o homem e a mulher para que fiquem juntos

v. 4 E ele, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido, que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez,

v. 5 e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne?

v. 6 Por isso, eles não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, nenhum homem o separe. 


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Deus determinou o casamento tanto pela criação quanto por uma ordem. Ele criou dos gêneros complementares, macho e fêmea, e ordenou que um homem e uma mulher se unissem em casamento.

Visto que Deus ordenou o casamento, qualquer tentativa humana de dissolvê-lo constitui um ataque á obra do próprio Deus.

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(Mateus 19:7-9) A dureza dos vossos corações

v. 7 Disseram-lhe eles: Então, por que Moisés ordenou dar-lhe carta de divórcio, e para repudiá-la?
v. 8 Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas esposas; mas não foi assim desde o princípio.

v. 9 E eu vos digo, que quem repudiar sua esposa, a não ser por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada comete adultério.

Embora os fariseus descrevessem o divórcio como algo que Moisés ordenou, Jesus o descreveu como algo que Moisés simplesmente permitiu.

Nenhuma provisão para o divórcio foi dada no princípio. Só depois que os corações ficaram endurecidos pelo pecado é que o divórcio foi permitido.

O coração dos discípulos de Jesus é purificado (Mt 5:8), capacitando-os a serem fiéis ao seu pacto conjugal.


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Jesus permitiu o divórcio e o novo casamento no caso de infidelidade conjugal porque a infidelidade sexual efetivamente destrói a união de uma só carne do casamento.

(Mateus 19:10-12) O laço matrimonial

v. 10 Disseram-lhe seus discípulos: Se tal é a condição do homem a respeito de sua esposa, não é bom casar.
v. 11 Mas ele lhes disse: Nem todos os homens podem receber esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado.

v. 12 Porque há alguns eunucos que assim nasceram do ventre de sua mãe; e há alguns eunucos, a quem os homens fizeram eunucos, e há eunucos, que se fizeram eunucos por causa do reino do céu. Quem é capaz de receber isso, receba-o.

Os discípulos concluíram apressadamente que, se o pacto matrimonial é permanente, uma vida celibatária é a opção mais sábia.

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Jesus sustentava o valor do casamento, mas neste caso Ele confirma aqueles que escolhem o celibato a fim de se dedicarem inteiramente a Deus.

Os eunucos que assim se fizeram são aqueles que voluntariamente se abstiveram do casamento. Jesus não aceitou a auto-emasculação.

(Mateus 19:13-15) O Senhor abençoa as crianças

v. 13 Foram, então, trazidas até ele criancinhas, para que sobre elas impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam.

v. 14 Jesus, porém, disse: Deixai as criancinhas e não as impeçais de virem a mim; porque de tais é o reino do céu.
v. 15 E, tendo-lhes imposto suas mãos, partiu dali.

Sobre jesus abençoando as crianças, (Mt 18:1-5).

(Mateus 19:16-17) O Senhor aconselha que guardemos os seus mandamentos

v. 16 E, eis que vindo alguém, disse-lhe: Bom Mestre, que coisa boa devo eu fazer para ter vida eterna?

v. 17 E ele disse: Por que tu me chamas bom? Não  nenhum bom senão um que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.

Esta pergunta supunha erroneamente que a vida eterna pudesse ser obtida por meio de boas obras. A declaração não há nenhum bom senão um que é Deus tinha intenção de destruir a noção iludida do homem de atingir uma bondade humana que merece a salvação.

(Mateus 19:18-22) O Senhor os convida para que o sigam

v. 18 Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Tu não assassinarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,

v. 19 honrarás ao teu pai e à tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
v. 20 Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha juventude; o que me falta ainda?

v. 21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai vende o que tu tens, e dá-o aos pobres, e tu terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.

v. 22 Mas o homem jovem, ouvindo essa palavra, foi embora triste, porque ele tinha muitas posses. 

A ordem de Jesus vende o que tu tens…e vem, e segue-me tinha a intenção de mostrar ao jovem que

  1. Sua cobiça resistia ao espírito do décimo mandamento;
  2. Sua negligência dos pobres resistia ao mandamento de amor ao próximo, e possivelmente
  3. Seu amor por suas posses ultrapassava o seu amor a Deus, transgredindo assim o mandamento contra a idolatria.

(Mateus 19:23-26) Com Deus todas as coisas são possíveis

v. 23 Disse, então, Jesus aos seus discípulos: Na verdade eu vos digo que um rico dificilmente entrará no reino do céu.

v. 24 E outra vez eu vos digo que é mais fácil um camelo passar por um olho de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.

v. 25 E, ouvindo isto seus discípulos, ficaram extremamente espantados, dizendo: Quem então poderá ser salvo?

v. 26 Mas Jesus, olhando-os, disse-lhes: Com homens isto é impossível, mas com Deus todas as coisas são possíveis.

A imagem do maior animal na Palestina, um camelo, passando por um pequeno orifício constituía uma metáfora para eventos impossíveis.

A salvação de um rico (tão tentado a confiar em si mesmo e em suas posses) é possível apenas por um milagre divino. Para v.26 ver (Mc 10:27).

(Mateus 19:27-30) A recompensa por seguir a Jesus

v. 27 Então, respondendo Pedro, lhe disse: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; o que nós teremos por isso?

v. 28 E Jesus disse-lhes: Em verdade eu vos digo que vós, que me seguistes, que na regeneração, quando o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.

v. 29 E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou esposa, ou filhos, ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.

v. 30 Mas muitos que são os primeiros serão últimos, e os últimos serão os primeiros.

A regeneração é a renovação da criação, a era messiânica. Esta renovação acontecerá quando o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, reinando sobre o novo céu e a nova terra.

O reinado dos 12 discípulos sobre Israel demonstra que os discípulos de Jesus constituem o novo Israel, o povo escolhido de Deus que se beneficiará de Seu pacto com Abraão.

Em uma grande reversão divina na qual os primeiros se tornarão últimos e os últimos se tornarão os primeiros, aqueles que fizeram sacrifícios pessoais por Cristo gozarão de imensas bênçãos e aqueles, como o jovem rico, que amaram mais as riquezas do que a Cristo, serão punidos.

5 principais lições que aprendemos no estudo de Mateus 19

  1. Indissolubilidade do Casamento: Jesus reitera a importância e a santidade do casamento como uma união sagrada estabelecida por Deus. Ele ensina que o casamento não deve ser desfeito pelo homem, destacando a seriedade do compromisso matrimonial e a necessidade de fidelidade mútua. Isso nos ensina a valorizar e proteger os laços conjugais, buscando fortalecer e preservar o relacionamento conjugal mesmo diante das dificuldades.
  2. Humildade e Simplicidade: Ao receber as crianças e encorajar a pureza e a simplicidade que caracterizam a fé infantil, Jesus nos ensina sobre a importância da humildade diante de Deus e dos outros. Ele também desafia o jovem rico a abrir mão de suas riquezas e seguir a Ele, revelando que a verdadeira riqueza está em seguir a Cristo e na comunhão com Ele, não nas posses materiais.
  3. Prioridade do Reino de Deus: Jesus enfatiza que o Reino de Deus deve ser a principal prioridade em nossas vidas. Ele nos exorta a buscar primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, confiando que Ele cuidará de todas as nossas necessidades materiais. Isso nos lembra que devemos direcionar nossos esforços e energias para o serviço a Deus e para a promoção de Seu Reino na Terra.
  4. Desafios da Riqueza Material: Jesus alerta sobre os perigos da riqueza material, destacando que os ricos podem encontrar dificuldades em reconhecer sua dependência de Deus e em entrar no Reino dos Céus. Isso nos lembra que a riqueza terrena pode nos distrair do verdadeiro tesouro que é o relacionamento com Deus e nos exorta a cultivar um coração desapegado das coisas deste mundo.
  5. Recompensas e Sacrifícios no Discipulado: Jesus promete recompensas para aqueles que abandonam tudo por amor a Ele e pelo Evangelho. Ele destaca a importância do sacrifício e do compromisso total no discipulado, encorajando-nos a seguir a Ele com dedicação e renúncia. Isso nos desafia a avaliar nossas prioridades e estar dispostos a sacrificar nossos próprios desejos e interesses em favor do chamado de Deus em nossas vidas.

Conclusão

Portanto, o divórcio não é a vontade de Deus para o casamento, mas há algumas exceções, uma das quais é o adultério.

Entretanto, existem algumas situações onde os cônjuges vítimas de abuso físico ou sexual têm potencial para o divórcio porque sua integridade física está comprometida.

Porém, independentemente da escolha feita sobre os termos do divórcio, Jesus inegavelmente afirmou a preservação do casamento.

Mateus 19 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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