Números 17 Estudo: A Confirmação do Sacerdócio Araônico

Neste capítulo de Números 17 estudo, veremos que Deus manda que Moisés ordenasse que cada uma das tribos trouxessem um bordão, ou seja, doze bordões, devendo escrever os respectivos nomes em cada um deles.

O nome de Arão, no entanto, seria escrito no bordão de Levi. Estes deveriam ser colocados diante do Testemunho. Então o Senhor informou que o bordão que fosse escolhido por Ele, floresceria, assim cessariam as murmurações dos israelitas contra o sacerdócio araônico e contra Moisés.

No dia seguinte, o bordão de Arão produzira flores e amêndoas. Os filhos de Israel testemunharam isso. Então Deus mandou que Moisés guardasse o bordão de Arão, na arca do Testemunho, para que não mais murmurassem e viessem a morrer.

Números 17 estudo: Contexto histórico

No capítulo anterior, vimos a insurgência de Corá, Datã e Abirão, com alguns israelitas. Corá se rebela contra Moisés aduzindo que toda congregação era santa, não havendo razão para que Moisés e Arão fossem exaltados entre o povo.

Então, Deus se ira e manifesta Sua presença. Moisés intercede pelo povo. Deus, no entanto, castiga os rebeldes. Moisés manda que a congregação se afastasse das habitações de Corá, Datã e Abirão, então, a terra se abre e os engole juntamente com todos os seus bens.

Mesmo após estas coisas, a congregação, ainda, se junta contra Moisés, vez que alegavam que este havia matado homens do Senhor, oportunidade em que Deus se ira.



Então Moisés manda que Arão fosse com seu incensário no meio da congregação, porque a ira do Senhor havia se acendido, enviando uma praga. Quando Arão assim o faz, a praga cessa. Morreram, assim, quatorze mil e setecentos homens.

(Números 17:1-3) O bordão

v. 1 E o SENHOR falou a Moisés, dizendo:
v. 2 Fala aos filhos de Israel e toma de cada um deles uma vara, segundo a casa de seus pais, de todos os seus príncipes, segundo as casas de seus pais, doze varas; escreve o nome de cada homem na sua vara.

v. 3 E escreverás o nome de Arão na vara de Levi, porque será uma vara para cada cabeça da casa de seus pais. 

 A vara era o símbolo oficial de um chefe tribal, usada com frequência na Babilônia e no Egito para representar seu dono.

Uma palavra (Heb. motteh) significa tanto “tribo” quanto “vara/cetro,” cada uma tendo certo sentido de identidade tribal. Neste contexto, os nomes foram gravados para identificar as varas.

Talvez fossem os nomes dos líderes patriarcais que levantaram o censo da milicia no capítulo 1. O nome de Arão foi inscrito na vara da tribo de Levi, embora Moisés fosse o irmão mais velho.



(Números 17:4) O teste da liderança

v. 4 E porás as varas no tabernáculo da congregação, perante o testemunho, onde eu vos encontrarei. 

 A solenidade do teste de liderança foi evidenciada pelo fato das varas inscritas terem sido colocadas no tabernáculo da congregação, perante o testemunho, onde o sumo sacerdote entrava uma vez por ano no Dia da Expia pecados cão, para purificar o Lugar Santo por causa dos do povo.

(Números 17:8) O bordão floresce

v. 8 E no dia seguinte, Moisés entrou no tabernáculo do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, havia florescido, e produzido botões de flores, e brotado renovos, e dado amêndoas.

 A descrição quádrupla da produção milagrosa da vara de Arão (havia florescido, e produzido botões de flores, e brotado renovos, e dado amêndoas) aumentou o drama, com Deus demonstrando a prioridade do sacerdócio araônico.

No chamado de Jeremias ao ministério (Jr 1:4), sua visão do ramo de amendoeira em botão demonstrou a preocupação de Deus em que Sua palavra e Sua vontade se cumprissem na vida do profeta e da nação.

As flores brancas da amendoeira em botão eram símbolo da santidade e da pureza que Deus esperava de Seus servos sacerdotes fiéis. Os sacerdotes araônicos deveriam ser mediadores entre Deus e Israel.


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Santidade e pureza deveriam permear suas palavras quando ensinassem os estatutos e preceitos do Senhor ao povo de Deus (Lv 10:11).

(Números 17:10) A evidência da escolha divina

v. 10 E o SENHOR disse a Moisés: Traze de novo a vara de Arão perante o testemunho, para que seja um sinal para os rebeldes; e acabarás com as suas murmurações contra mim, para que não morram.

 Depois que Moisés mostrou aos outros líderes tribais o conjunto de varas das tribos, eles foram capazes de ver a bênção de Deus sobre a vara de Arão.

Em seguida, Deus disse a Moisés, trouxe de novo a vara de Arão perante o testemunho, para que seja um sinal para os rebeldes.

Moisés colocou a vara em frente da arca do pacto como sinal para os rebeldes de que Deus realmente havia escolhido a linhagem de Arão para o serviço do sacerdócio.

A linhagem sacerdotal de Arão prefigura o sumo sacerdócio de Jesus Cristo, que ilustrou as qualidades de pureza e Santidade em Seu ministério terreno e que, como sacerdote de uma ordem superior – a de Melquisedeque – ofereceu a Si mesmo como cordeiro pascal sem defeito por nossos pecados.

À luz do sacerdócio dos cristãos em Cristo, a necessidade de pureza e santidade no serviço cristão é convenientemente enfatizada.

(Números 17:11) A obediência de Moisés

v. 11 E Moisés fez isso; como lhe ordenara o SENHOR, assim fez.

Moisés, o fiel e humilde servo de Deus, cumpriu as instruções do Senhor apesar da oposição ter colocado novamente um fardo pesado sobre seus ombros.

Ao estilo das palavras de Paulo em Rm 12:1, Moisés ofereceu a si mesmo como sacrifício vivo e santo a serviço de Deus.

Conclusão

Deus, neste momento, ratifica o sacerdócio araônico. A congregação acabara de levantar essa questão, questionando sobre a perpetuidade desse chamado, na descendência de Arão.

Vemos, no capítulo anterior, que Corá aduziu que toda a congregação era santa, não havendo razão para que Moisés e Arão, apenas, viessem a ser exaltados entre eles.

Após, Moisés apresenta sua réplica, dizendo que não bastava Deus ter escolhido Corá, entre os levitas, para cuidados especiais, no templo, agora ele desejava o sacerdócio.

Então, Deus revela que, para que os israelitas não morressem, Ele tornaria pública Sua decisão e, assim feito, determina que o bordão de Arão se tornasse um elemento presente na Arca da Aliança, ao lado dos dez mandamento e do maná, para que servisse de memorial.

Quando Deus chama atenção para algo, a fim de que aquilo se torne memorial, é em razão da relevância no assunto. Arão foi escolhido para exercer a ilustre e difícil missão do sacerdócio.

Como sabemos, esta importante atribuição apontou para Cristo, o qual seria nosso Sumo Sacerdote, para todo sempre, por meio do qual, o Israel do Senhor, a igreja, é considerada reino de sacerdotes, responsável pela missão de fazer distinção entre os demais povos da terra e, assim, revelar a verdade, a luz, que direciona a Deus.

O mundo tenta convencer quanto a relativização da verdade e, inclusive, menciona que todos os caminhos levam a Deus.

Ocorre que o Senhor nos deixou um memorial de Sua escolha, a fim de mostrar ao mundo que o único caminho que leva a Deus é Cristo (João 14:6), junto ao qual, Sua igreja, forma uma edificação, vez que Ele é pedra angular e nós, pedras vivas (1 Pedro 2:4-5).

Números 17 estudo.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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