Salmo 55 Estudo: A Perseverança Diante da Malícia dos Inimigos

Nessa passagem bíblica, o Salmista clama a Deus pedindo para que o Senhor o escute, e não ignore suas súplicas.

Tudo isso ocorria em contexto de dor e traição, pois ele foi profundamente traído por alguém que amava, por alguém próximo e isto aumentava a dor.

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Essa traição é semelhante a de Judas, apóstolo de Jesus Cristo que o traiu, e ele então pede ao Senhor que o livre de pessoas assim, e que a dor possa passar e conforta-se.

Precisamos, portanto, estar atentos e em oração, com o objetivo de que o Senhor Deus nos guarde e nos livre de pessoas desse tipo. Acompanhe!

Salmo 55 Estudo: Contexto histórico

Esse contexto, trata-se de vida e morte, de livramento do inferno e da presença persistente de Deus. Além disso, fala profeticamente da vivência de Jesus, o Salvador, com várias partes curtas, e suas aparentes interrupções mostram a emoção profunda com que foi gerado.

O poema tem início de uma forma comum nos salmos de lamentação, com um clamor a Deus, uma referência à angústia do salmista, um aviso sobre a presença do inimigo.



(Salmo 55:1-3) Ouve minha oração Senhor

v. 1 Dá ouvidos à minha oração, ó Deus, e não te escondas da minha súplica.

v. 2 Atende-me, e ouve-me; eu lamento na minha queixa, e faço barulho.

v. 3 Por causa da voz do inimigo, por causa da opressão do perverso; pois eles lançam a iniquidade sobre mim, e com ira me odeiam.

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Odeiam é uma palavra rara que transmite a ideia de animosidade e ódio, geralmente ligados a hostilidade (Gn 49:23). Stm enfatiza uma intenção maligna, e não uma zombaria por brincadeira.

(Salmo 55:4-5) A dor do coração que foi traído

v. 4 Meu coração está dolorido dentro de mim, e os terrores da morte recaíram sobre mim.

v. 5 O temor e o tremor vieram sobre mim, e o horror me oprimiu.


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Recaíram e vieram sobre mim retratam um homem tragado por problemas, como se fosse por uma enchente (Sl 32:6-7).

(Salmo 55:6-8) A fuga da tempestade

v. 6 E eu disse: Ó, se eu tivesse asas como a pomba! Porque então eu voaria para longe e ficaria descansado.

v. 7 Eis que então eu vaguearia longe, e permaneceria no deserto. Selá.

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v. 8 Eu apressaria minha fuga da tempestade do vento e da tormenta.

A esperança de escapar é representada como um pássaro voando para um lugar seguro. Esta é a reação de um animal que não tem esperança de se defender de nenhuma outra maneira (Sl 11:1).

(Salmo 55:9-11) A violência e contenda da cidade

v. 9 Destrói, ó Senhor, e divide as suas línguas, pois eu vi violência e contenda na cidade.


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v. 10 Dia e noite eles andam ao redor dela, sobre os seus muros; dano e também tristeza estão no seu meio.
v. 11 A perversidade está no seu meio, engano e malícia não se apartam das suas ruas.

Estes versículos recordam quando Deus castigou os homens que edificavam a torre de Babel (“Babilônia”) confundindo as línguas deles (Gn 11:1-9).

Os termos cidade e muros e a descrição da perversidade a eles associada também têm ligação com a Babilônia. O principal problema deste salmo é o “barulho” do inimigo (v. 3), portanto, este é um pedido muito adequado.

(Salmo 55:12-14) A fortaleza que há dentro de ti

v. 12 Pois não foi um inimigo que me envergonhou, então eu o poderia ter suportado. Nem foi aquele que me odiava que se engrandeceu contra mim, então eu teria me escondido dele.
v. 13 Mas foste tu, homem meu igual, meu guia e meu conhecido.
v. 14 Tomávamos o doce conselho juntos, e andávamos para a casa de Deus em companhia.

Esta mudança é importante por demonstrar que o culpado não eram algum inimigo distante, e sim um conhecido, um companheiro de adoração. Este “conhecido” não abandonou o salmista apenas (Sl 31:11), mas que o envergonhou.

(Salmo 55:15) A hora de deixar a morte se apoderar

v. 15 Deixe que a morte se apodere deles, e deixe que eles baixem rapidamente ao inferno, pois a perversidade está entre eles, em suas habitações.

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Deixe que a morte se apodere deles (Sheol) lembra o destino dos seguidores de Corá em sua rebelião contra Deus (Nm 16:31-33).

(Salmo 55:16-17) O Senhor me salvará

v. 16 Quanto a mim, clamarei a Deus, e o SENHOR me salvará.
v. 17 À noite, de manhã e ao meio-dia, eu vou orar e clamarei, e ele ouvirá minha voz.

A expressão á noite, de manhã e ao meio-dia provavelmente denota oração constante e não horários específicos de oração (Sl 22:2).

(Salmo 55:18-19) O Senhor ouve os aflitos

v. 18 Ele livrou em paz a minha alma da batalha que era contra mim, pois havia muitos comigo.

v. 19 Deus ouvirá, e os afligirá, ele mesmo que permanece desde a antiguidade. Selá. Porque eles não têm mudanças, portanto, não temem a Deus.

Que permanece desde a antiguidade descreve o governo eterno de Deus desde a criação (Lm 5:19).

(Salmo 55:20) O pacto com Deus

v. 20 Ele estendeu sua mão contra os que estavam em paz com ele; quebrou seu pacto.

Neste contexto, seu pacto não é uma referência ao pacto de Deus com Seu povo, e sim uma promessa ou juramento feito entre pessoas, sentido mais “secular”. Aqui o termo se refere àqueles que não temem a Deus (v. 19) e violam a amizade (v. 12-14).

(Salmo 55:21) A guerra que estava em seu coração

v. 21 As palavras de sua boca eram mais suaves do que manteiga, mas a guerra estava em seu coração; suas palavras eram mais macias do que o azeite, no entanto, eram espadas desembainhadas.

Guerra…em seu coração está relacionado ao termo anterior, “lança…ira” (v. 3), que se refere a hostilidade declarada. O ponto deste versículo é que a fala hostil provém de intenções hostis (Mt 12:34).

(Salmo 55:22) Lança o teu fardo sobre o Senhor

v. 22 Lança teu fardo sobre o SENHOR, e ele te sustentará, jamais permitirá que o justo sofra ou seja abalado.

Este versículo é citado em (1Pe 5:7). Construções semelhantes a esta são usadas para descrever a entrega de nosso caminho (Sl 37:5) e de nossas obras (Pv 16:3) a Yahweh.

(Salmo 55:23) A cova da destruição

v. 23 Mas tu, ó Deus, os farás descer na cova da destruição; homens sanguinários e enganosos não viverão metade de seus dias; mas eu confiarei em ti.

Cova equivale a “inferno”, “sheol” (v. 15) e se refere á morte (Sl 28:1).

Conclusão

Concluímos, portanto, assim como Davi entrega as tuas preocupações ao Senhor e ele irá te sustentar, e jamais permitirá que o justo venha a cair.

Desse modo, devemos orar ao Senhor e ter fé que ele irá agir em nossas vidas diante dos inimigos que nos assolam, apenas confie.

O Senhor também fará descer à cova da destruição todos àqueles assassinos e traidores, assim como também eles não viverão nem metade dos seus dias.

Salmo 55 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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