Mateus 6 Estudo: A Verdadeira Oração e a Importância do Jejum
Mateus 6 contém parte central do famoso Sermão da Montanha, onde Jesus transmite ensinamentos profundos a Seus discípulos sobre questões essenciais da vida espiritual. Ele fala sobre a prática da justiça, a importância da oração sincera, o verdadeiro jejum e a necessidade de confiar no Senhor para suprir todas as necessidades diárias. Além disso, Jesus adverte contra a busca por reconhecimento humano e nos convida a focar no Reino dos Céus.
Este capítulo oferece instruções práticas e transformadoras para uma vida alinhada com os propósitos de Deus. O estudo de Mateus 6 revela princípios atemporais que continuam sendo fundamentais para os crentes de hoje, ajudando-nos a crescer espiritualmente e a viver com mais fé, confiança e dependência no Senhor.
Contexto Histórico
O contexto histórico de Mateus 6 reflete o ambiente religioso do judaísmo da época de Jesus, onde a prática da justiça, especialmente por meio da caridade e das esmolas, havia se tornado algo muitas vezes legalista e superficial. A caridade, que deveria ser um ato de compaixão e serviço a Deus, havia se transformado em uma forma de autopromoção para alguns, buscando reconhecimento público em vez de honrar o Senhor em segredo.
No judaísmo posterior, o ato de dar esmolas era frequentemente profissionalizado, como ilustrado pelo exemplo do coxo na porta Formosa (Atos 3:2), que mendigava “todos os dias”, mostrando como a mendicância havia se tornado uma prática constante e, muitas vezes, organizada. O grito do mendigo, “Abençoe-se dando-me”, revela a manipulação da caridade como uma forma de pressão sobre os doadores, distorcendo a verdadeira essência do auxílio aos necessitados.
Além disso, Jesus critica aqueles que “anunciam com trombeta” ao dar esmolas, uma possível metáfora para a prática de fazer alarde sobre suas boas ações, visando serem “vistos” pelos outros. A palavra “vistos” aqui vem do mesmo termo grego que origina a palavra “teatro”, sugerindo que muitos estavam mais preocupados em encenar uma boa ação diante do público do que em agradar a Deus.
Havia também diferentes formas de doação entre os judeus: a “doação de panela”, que consistia em esmolas menores e diárias, e a “doação de caixa”, que envolvia contribuições maiores e menos frequentes, como as feitas no Templo.
(Mateus 6:1) Jesus Ensina a Verdadeira Forma de Dar Esmolas
1 Tendo o cuidado de não praticar as vossas esmolas diante dos homens, para serdes vistos por eles; caso contrário, não tereis a recompensa de vosso Pai que está no céu.
Jesus, não proibiu os atos públicos de justiça, pois em Mateus 5:16, Ele mesmo incentiva a boa conduta para que outros vejam as boas obras e glorifiquem a Deus. No entanto, aqui, Jesus alerta que a motivação por trás dessas ações é o que realmente importa.
Não basta simplesmente realizar boas obras se o propósito for buscar a aprovação ou os aplausos dos homens. “Tende cuidado de não praticar as vossas esmolas diante dos homens, para serdes vistos por eles”, disse Jesus, mostrando que a intenção deve ser agradar ao Senhor, não conquistar reconhecimento humano.
Ele enfatiza que as boas obras devem ser feitas para a glória de Deus, e não para engrandecer a reputação pessoal. Aqueles que buscam apenas o louvor das pessoas já receberam sua “recompensa” terrena, mas não terão a aprovação de Deus. Para esses, não haverá recompensa do Pai que está no céu.
Nos versículos 2 a 18, Jesus apresenta uma série de princípios para a prática correta da justiça, destacando a importância da humildade e da discrição em atos como a caridade, a oração e o jejum. O objetivo é sempre direcionar o coração para o Senhor, e não para a vaidade. A verdadeira recompensa é dada pelo Altíssimo, que vê o que é feito em segredo e recompensa aqueles que agem para a Sua honra.
(Mateus 6:2-4) A Importância de Doar com Sinceridade e Humildade, Sem Buscar Reconhecimento
2 Quando, portanto, deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade eu vos digo que eles já receberam a sua recompensa. 3 Mas, quando tu deres esmola, não deixa a tua mão esquerda saber o que faz a tua mão direita. 4 Para que a tua esmola seja feita em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompense publicamente.
A instrução de Jesus aqui começa com uma suposição: “Quando, portanto, deres esmola“, o que indica que Ele espera que Seus discípulos ofereçam assistência regular aos necessitados. A caridade fazia parte da vida espiritual do povo de Deus, mas Jesus advertiu contra a hipocrisia que pode corromper esse ato.
A proibição de “tocar a trombeta” se refere ao hábito de fazer doações de forma a chamar atenção. No templo, as caixas de ofertas, conhecidas como “caixas do shofar” ou “caixas da trombeta”, tinham formato de trombeta, com uma abertura larga para receber moedas e um funil estreito que direcionava o dinheiro para a caixa.
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Esse design impedia que os ladrões pudessem alcançar o dinheiro, mas também podia amplificar o som das moedas sendo jogadas, tornando possível que quem doasse fizesse muito barulho e chamasse a atenção para sua generosidade.
Jesus descreveu essa conduta como hipocrisia. A palavra grega “hipócrita” originalmente se referia a atores que interpretavam papéis em teatros gregos e romanos, e Jesus usa esse termo para os que agem como “atores espirituais”, fingindo piedade com o único objetivo de ganhar a aprovação e o reconhecimento das pessoas ao redor. Ele afirmou que aqueles que agem assim já receberam sua recompensa, ou seja, a aprovação terrena, mas não terão recompensa de Deus.
Jesus orienta a dar esmolas de forma discreta: “Não deixe a tua mão esquerda saber o que faz a tua mão direita“. Essa expressão destaca a necessidade de que as boas ações sejam feitas de forma humilde e sem autopromoção. A verdadeira generosidade não busca atenção, mas é realizada em segredo, confiando que Deus, que vê em secreto, recompensará publicamente.
(Mateus 6:5) Jesus Condena a Hipocrisia nas Orações
5 E, quando tu orares, não sejas como os hipócritas; pois eles adoram orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo que eles já receberam a sua recompensa.
Jesus criticou aqueles que oram em pé nas sinagogas ou nas esquinas das ruas com o objetivo de serem vistos pelos outros, revelando que o foco dessas pessoas está no reconhecimento público, e não em uma genuína devoção a Deus.
A expressão “orar em pé nas sinagogas e nas esquinas” era uma prática comum entre os hipócritas, que buscavam impressionar os que estavam ao redor com sua suposta espiritualidade. No entanto, Jesus ensina que a oração deve ser um ato sincero de comunhão com o Senhor, sem a intenção de obter a aprovação ou o aplauso das pessoas. Aqueles que oram dessa forma, buscando exaltação humana, “já receberam a sua recompensa” – ou seja, eles alcançam apenas a aprovação dos homens, mas não a de Deus.
Jesus nos lembra que o Altíssimo valoriza a sinceridade do coração, e não o espetáculo exterior. O verdadeiro propósito da oração é se conectar com Deus, o Criador, de forma íntima e humilde, e não para obter status social ou admiração pública. A prática de orar apenas para ser visto é vazia, pois a oração genuína é aquela que acontece na presença do Pai, com humildade e devoção, mesmo que ninguém mais esteja observando.
(Mateus 6:6) Ore a Deus com Sinceridade e em Segredo
6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
Jesus orienta os crentes a orar em segredo, sem buscar a aprovação dos outros. O “quarto” mencionado aqui (do grego tameion) era um espaço interno da casa, sem janelas ou portas que se abrissem para o exterior, garantindo total privacidade. Esse local simboliza o ambiente ideal para a oração sincera, onde o discípulo busca apenas a aprovação de Deus, e não a atenção humana.
Ao dizer “fechando a tua porta”, Jesus enfatiza a importância de se afastar das distrações e das expectativas sociais. O verdadeiro propósito da oração é um encontro íntimo com o Pai, que está “em secreto”. Deus não está limitado por tempo ou lugar; Ele vê tudo, mesmo nas situações mais ocultas.
Jesus promete que “teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”, mostrando que o Senhor valoriza a sinceridade e a humildade do coração, e Ele mesmo recompensará aqueles que buscam Sua presença de maneira genuína.
Essa passagem ressalta que a oração deve ser uma conexão pessoal e direta com o Altíssimo, longe dos holofotes, e que o relacionamento entre o crente e Deus é profundamente individual e privado. Deus está sempre presente e disponível, até no lugar mais simples e isolado, pronto para ouvir e responder.
(Mateus 6:7) Evite a Repetição Vã nas Orações
7 Mas, orando, não useis de vãs repetições, como fazem os pagãos, pois pensam que por muito falarem serão ouvidos.
Esse passagem nos alerta sobre o uso de “vãs repetições” na oração, fazendo referência às práticas comuns entre os pagãos. O termo “balbuciadas” pode remeter a palavras sem sentido, muitas vezes encontradas em papiros mágicos gregos. Essas expressões, semelhantes ao famoso “abracadabra”, eram sequências de sons desprovidos de significado que as pessoas acreditavam ter algum tipo de poder especial.
Infelizmente, a tradição de repetir palavras ou frases sem reflexão ou conexão sincera com Deus também infiltrou-se entre alguns judeus da época. Eles pensavam que a repetição incessante de orações ou encantamentos poderia garantir que fossem ouvidos. No entanto, Jesus ensina que a eficácia da oração não reside na quantidade de palavras ditas, mas na sinceridade e intenção do coração.
Ele nos convida a abordar Deus de forma autêntica, buscando um relacionamento genuíno e pessoal, em vez de seguir fórmulas vazias ou rituais sem sentido.
Deus, o Criador e Altíssimo, anseia por um diálogo verdadeiro com Seus filhos, onde a sinceridade do coração é mais importante do que a quantidade de palavras. Portanto, ao orar, devemos lembrar que a profundidade da nossa conexão com o Senhor é o que realmente importa.
(Mateus 6:8-9) Jesus Revela o Modelo da Oração
8 Não vos assemelheis a eles; pois vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lhe pedirem. 9 Orai, pois, da seguinte maneira: Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome.
Ao instruir Seus discípulos a “orar da seguinte maneira” em vez de simplesmente “orem isto”, Jesus deixou claro que esta oração deveria ser vista como um modelo, não como um mantra a ser repetido sem reflexão. Essa abordagem destaca a importância da intenção e da compreensão por trás das palavras.
A escolha da primeira pessoa do plural, “nosso”, revela que Jesus desejava que essa oração servisse como um guia para a oração comunitária. Ele não estava proibindo Seus discípulos de orar publicamente em sinagogas ou reuniões; em vez disso, estava alertando contra orações motivadas pela ostentação religiosa. O foco deve estar na sinceridade do coração, e não no desejo de ser visto ou elogiado pelos homens.
A expressão “santificado seja o teu nome” reflete a expectativa de Jesus de que Seus discípulos levassem uma vida que honrasse o nome de Deus, em vez de profaná-lo. Esse aspecto é vital, pois viver de maneira justa e correta é uma pré-condição para que as orações sejam eficazes. Assim, essa oração é um lembrete da relação íntima entre a vida diária dos crentes e suas práticas de oração, como também é abordado em Mateus 5:16, onde é enfatizada a importância de brilhar como luz para que outros glorifiquem o Criador.
Em resumo, ao ensinar a oração do Pai Nosso, Jesus oferece um modelo que orienta não apenas a forma como oramos, mas também a maneira como vivemos, destacando a necessidade de alinhar nossas vidas com os princípios de Deus.
(Mateus 6:10) Aprofundando a Oração: Submissão à Vontade de Deus
10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade na terra, como é no céu.
À luz dos paralelos com orações judaicas contemporâneas e do ensinamento de Jesus sobre o reino de Deus como uma realidade que já está presente, mas que também aguarda uma plena consumação futura, a petição “Venha o teu reino” possui um significado tanto presente quanto futuro. Essa oração reflete o desejo dos discípulos de ver a soberania de Deus se manifestar de maneira mais evidente em suas vidas e no mundo ao seu redor.
Ao fazer essa petição, os discípulos estão sendo chamados a se submeter mais plenamente à vontade de Deus, reconhecendo Jesus como o intermediário do Seu reino. Isso implica em uma mudança de atitude e um compromisso ativo em viver de acordo com os princípios do reino, o que inclui amar, servir e buscar a justiça, como exemplificado nas ações de Cristo.
Além disso, “venha o teu reino” expressa a expectativa de que Deus estabelecerá Seu governo de maneira definitiva e completa no futuro. Essa oração não é apenas um pedido para que o reino de Deus se torne mais presente nas vidas dos crentes, mas também um clamor para a realização plena do plano de Deus, onde Ele reinará soberanamente sobre toda a criação. Essa visão é ecoada em outras partes das Escrituras, onde se afirma que, no fim dos tempos, Deus restaurará todas as coisas e reinará eternamente.
Portanto, devemos orar diariamente pela consumação futura do governo de Deus, em que Ele reinará plenamente sobre o mundo, como afirmado nesse versículo. Essa oração nos encoraja a viver com uma perspectiva eterna, comprometendo-nos a ser instrumentos do Senhor em promover o Seu reino aqui e agora, enquanto aguardamos a sua plenitude no futuro.
Dessa forma, essa petição nos lembra da nossa responsabilidade como discípulos e da esperança que temos na certeza de que Deus está no controle de todas as coisas.
(Mateus 6:11) O Pão Nosso de Cada Dia
11 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
A expressão “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” se refere à necessidade básica de sustento diário, simbolizando não apenas o alimento físico, mas também a dependência constante que temos do Senhor, nosso Criador. Esse pedido é uma lembrança de que a provisão de Deus é essencial para a nossa sobrevivência, tanto no aspecto material quanto no espiritual.
Ao solicitar o “pão de cada dia”, Jesus convida Seus discípulos a viverem em um estado de dependência contínua de Deus, reconhecendo que tudo o que temos vem d’Ele. Esse conceito se alinha com o ensinamento encontrado em Provérbios 30:8-9, onde é pedido que Deus forneça o necessário para a vida, evitando a abundância que pode levar à autossuficiência e ao desprezo por Sua provisão.
Essa oração diária é um exercício de fé e confiança, que nos ensina a olhar para Deus como nossa fonte única e suficiente. Quando pedimos o pão diário, estamos também nos lembrando de que, assim como Deus cuida de nós a cada dia, devemos confiar em Sua bondade e em Seu plano. Essa dependência nos ajuda a permanecer humildes e gratos, permitindo que nossa relação com Deus seja fortalecida a cada nova manhã.
Portanto, ao orar por nosso pão diário, devemos refletir sobre o quão profundamente confiamos em Deus e como reconhecemos a Sua providência em nossas vidas. Isso nos convida a uma vida de gratidão e a um coração que se volta para o Senhor, sempre buscando Sua direção e sustento.
(Mateus 6:12) A Essência do Perdão na Vida Cristã
12 E perdoa-nos as nossas dívidas, como nós perdoamos aos nossos devedores.
Esse versículo revela uma profunda verdade sobre a relação entre o perdão que buscamos de Deus e a disposição que temos de perdoar os outros. A gramática grega enfatiza que o pedido de perdão a Deus deve ser precedido pela prática de perdoar aqueles que nos ofenderam.
Essa estrutura sugere que a nossa atitude em relação ao perdão deve ser recíproca. Em outras palavras, ao pedirmos a Deus para nos perdoar, estamos nos comprometendo a também estender esse mesmo perdão a quem nos deve.
É uma lembrança clara de que o perdão não é apenas uma bênção que recebemos, mas também uma responsabilidade que carregamos. O Senhor nos ensina que a disposição para perdoar os outros é um reflexo da nossa compreensão e aceitação do perdão que recebemos Dele.
Além disso, esse versículo destaca a importância da reconciliação em nossas relações interpessoais. Jesus nos ensina que não podemos esperar receber a misericórdia de Deus se não estivermos dispostos a demonstrar misericórdia aos outros.
Essa prática de perdão é essencial para uma vida em harmonia com os princípios do Reino de Deus, onde o amor e a compaixão devem prevalecer sobre o ressentimento e a amargura. Portanto, enquanto buscamos o perdão de Deus, devemos sempre estar prontos para perdoar aqueles que nos ofendem, criando assim um ciclo de graça e reconciliação.
(Mateus 6:13-15) Exaltando o Reino, o Poder e a Glória do Senhor
13 E não nos conduzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas transgressões, também vosso Pai celeste vos perdoará. 15 Mas, se não perdoardes aos homens as suas transgressões, também vosso Pai não perdoará as vossas transgressões.
Deus oferece perdão àqueles que se arrependem sinceramente de suas ações. O verdadeiro arrependimento vai além de simples palavras; ele se manifesta em uma mudança de coração e em uma disposição genuína para perdoar aqueles que nos ofenderam. “Porque, se perdoardes aos homens as suas transgressões, também vosso Pai celeste vos perdoará.” Esta passagem enfatiza que o perdão que recebemos de Deus está diretamente ligado à nossa capacidade de perdoar os outros.
Quando somos capazes de liberar ressentimentos e ofensas, mostramos que compreendemos a profundidade do perdão que Deus nos concede. Por outro lado, “Mas, se não perdoardes aos homens as suas transgressões, também vosso Pai não perdoará as vossas transgressões.” Isso revela a seriedade do ato de perdoar, reforçando que a falta de perdão em nossos corações pode impedir a reconciliação com Deus.
Portanto, ao orar pedindo que Deus nos livre do mal, também devemos nos lembrar da importância de cultivar um espírito perdoador. A oração não é apenas uma prática ritual, mas um meio de estabelecer um relacionamento verdadeiro e íntimo com o Senhor.
Se desejamos experimentar o amor e a graça de Deus em nossas vidas, precisamos estar dispostos a perdoar como Ele nos perdoou. Essa dinâmica de perdão é fundamental para a nossa caminhada de fé, permitindo que vivamos em harmonia e paz, tanto com Deus quanto com os outros.
(Mateus 6:16) Instruções Para o Jejum
16 Além disso, quando jejuardes, não sejais como os hipócritas, de semblante triste, porque desfiguram a face, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade eu vos digo que eles já receberam a sua recompensa.
Jesus nos alerta sobre a verdadeira intenção por trás do jejum. Ele diz: “Além disso, quando jejuardes, não sejais como os hipócritas, de semblante triste, porque desfiguram a face, para que aos homens pareça que jejuam.” Essa advertência nos leva a refletir sobre a prática judaica da época, onde era comum esfregar cinzas na face e adotar expressões sombrias durante os períodos de jejum.
Esses sinais externos eram uma maneira de demonstrar um luto profundo e arrependimento, evidenciando a seriedade da oração e da busca por Deus. Entretanto, Jesus identifica um problema crítico: muitos estavam usando esses gestos de maneira superficial, buscando a aprovação e a admiração das pessoas ao invés de um verdadeiro relacionamento com o Senhor.
A intenção original do jejum, que deveria ser um ato de sinceridade e entrega, foi corrompida pelos hipócritas, que queriam ser vistos e elogiados por suas práticas religiosas. Ao fazer isso, eles deixaram de lado o verdadeiro propósito do jejum, que é a busca genuína pelo perdão e pela comunhão com o Criador.
Jesus conclui essa advertência com a frase poderosa: “Em verdade eu vos digo que eles já receberam a sua recompensa.” Aqui, Ele revela que a busca pela aprovação humana é, em si mesma, uma recompensa efêmera e insatisfatória.
Aqueles que se concentram em impressionar os outros com suas práticas religiosas, em vez de se voltarem ao Senhor com humildade e sinceridade, perdem a verdadeira bênção que vem da comunhão íntima com Deus.
Essa passagem nos ensina a importância de manter a autenticidade em nossa vida espiritual. Ao jejuar ou praticar qualquer ato de devoção, devemos fazê-lo com o coração voltado para Deus, buscando sua aprovação e não a dos homens. Que possamos sempre lembrar que o nosso relacionamento com o Senhor é o que realmente importa.
(Mateus 6:17-20) Como Jejuar com Intenção e Foco em Deus
17 Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava a tua face, 18 para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. 19 Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. 20 Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam.
Jesus nos ensina sobre a verdadeira natureza das riquezas e como devemos nos preparar para o jejum. Ele diz: “Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava a tua face, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” Aqui, Jesus enfatiza que nossas práticas espirituais devem ser sinceras e voltadas para Deus, não para a aprovação dos homens.
No versículo seguinte, Ele adverte: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem, e onde os ladrões arrombam e roubam.” Essa afirmação acentua o valor passageiro das riquezas mundanas. Jesus usa imagens poderosas para ilustrar como as riquezas terrenas são vulneráveis e temporárias. As larvas da traça, que se alimentam de tecidos, podem rapidamente destruir bens valiosos guardados. Isso representa como o que acumulamos neste mundo pode ser perdido em um instante.
A ferrugem, que significa “consumir”, simboliza não apenas a corrosão das moedas de metal, mas também a deterioração das coisas que consideramos preciosas. Assim como os insetos e a ferrugem podem danificar e arruinar os alimentos e as riquezas que acumulamos, as preocupações e os prazeres deste mundo podem nos distrair de uma vida centrada em Deus.
Jesus contrasta essas riquezas terrenas com os “tesouros no céu”: “Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam.” Aqui, Ele nos convida a concentrar nossos esforços nas coisas eternas e espirituais, que não podem ser danificadas ou tiradas de nós.
Os tesouros no céu representam a recompensa eterna que Deus nos oferece por nossa fidelidade e devoção. Essa é uma chamada para que nossos corações e mentes estejam fixos nas coisas que verdadeiramente importam e que trazem valor duradouro.
(Mateus 6:21) A Relação entre o Coração e o Tesouro
21 Pois onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Essa declaração poderosa de Jesus nos ensina que o que valorizamos verdadeiramente em nossas vidas revela o estado do nosso coração. Jesus nos convida a refletir sobre onde estamos investindo nosso tempo, recursos e emoções, pois isso nos dá uma visão clara de nossas prioridades e da nossa relação com Deus.
O coração de uma pessoa, de acordo com os ensinamentos de Jesus, pertence àquilo que ela mais estima. Se o nosso tesouro está nas riquezas e posses materiais, isso indica que nossa afeição e lealdade estão voltadas para essas coisas passageiras. Em contraste, quando nosso tesouro está em Deus e nas coisas do Seu Reino, nosso coração estará alinhado com Sua vontade e propósitos.
Isso nos leva a entender que o amor às riquezas é uma forma sutil de idolatria, que é condenada nas Escrituras. Como está escrito em Colossenses 3:5, devemos “morrer para a idolatria”, que inclui não apenas a adoração a deuses estranhos, mas também a busca obsessiva por bens materiais.
(Mateus 6:22-23) O Papel do Olho como Luz do Corpo
22 A luz do corpo é o olho; portanto, se o teu olho for puro, todo o teu corpo será cheio de luz. 23 Se, porém, o teu olho for mau, todo o teu corpo será cheio de trevas. Se, portanto, a luz que estiver em ti for trevas, como será grande as trevas!
Jesus nos ensina que “A luz do corpo é o olho; portanto, se o teu olho for puro, todo o teu corpo será cheio de luz. Se, porém, o teu olho for mau, todo o teu corpo será cheio de trevas.” Essa afirmação nos ajuda a entender a importância da perspectiva que temos sobre a vida e as riquezas.
Nos escritos judaicos, o conceito de um “olho bom” representa uma atitude generosa, enquanto um “olho mau” reflete uma postura mesquinha e usurária. Ter um olho puro significa que nossas intenções e desejos são alinhados com a generosidade e a bondade, levando-nos a agir de forma correta e justa.
Por outro lado, um olho mau, que simboliza uma visão distorcida e gananciosa sobre a riqueza, resulta em profundas trevas interiores. Isso não se refere apenas à falta de luz física, mas a uma cegueira moral que impede a pessoa de enxergar e buscar o que é realmente bom e valioso na vida.
Quando o olho é mau, a pessoa se torna incapaz de ver a beleza e as oportunidades que Deus, o Altíssimo, oferece. Essa visão negativa pode criar um ciclo de escuridão, onde a avareza e o egoísmo ofuscam a luz da verdade e da bondade.
Como resultado, a pessoa pode acabar vivendo em um estado de trevas, sem perceber que está perdendo a chance de experimentar a plenitude e a alegria que vem de viver de acordo com a vontade de Deus.
Além disso, Jesus nos adverte: “Se, portanto, a luz que estiver em ti for trevas, como serão grandes as trevas!” Isso enfatiza que a percepção equivocada da riqueza pode levar a uma escuridão ainda mais profunda.
Quando a luz que acreditamos ter é, na verdade, trevas, estamos em uma condição espiritual alarmante. É crucial que avaliemos nossas motivações e desejos, pedindo a Deus que nos ajude a cultivar um “olho bom” que nos permita enxergar o mundo à luz de Sua verdade.
(Mateus 6:24-25) A Impossibilidade de Servir a Dois Senhores
24 Nenhum homem pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. 25 Por isso eu vos digo: Não vos preocupeis pela vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que a comida, e o corpo mais do que o vestuário?
Jesus nos adverte sobre a impossibilidade de servir a dois senhores, afirmando: “Nenhum homem pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro.” Aqui, Ele nos ensina que a lealdade a Deus não pode ser dividida. O Senhor nos convida a refletir sobre as prioridades de nossas vidas, especialmente no que diz respeito ao nosso relacionamento com Ele e com as riquezas deste mundo.
A expressão “Não vos preocupeis pela vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber” destaca a tendência humana de se preocupar excessivamente com as necessidades materiais. Jesus usa um estilo rabínico de argumentação ao nos lembrar que a vida é mais do que as necessidades físicas. Ao afirmar “Não é a vida mais do que a comida, e o corpo mais do que o vestuário?“, Ele nos faz refletir sobre a grandeza da vida em comparação às preocupações cotidianas.
Se Deus, o Criador, nos deu a vida — a realização maior — Ele certamente é capaz de nos prover o que precisamos para vivê-la, que são as necessidades básicas como alimento e vestuário, considerados realizações menores.
Essa lógica nos ensina a confiar na providência do Senhor, que conhece cada uma de nossas necessidades. Deus não apenas criou a vida, mas também se importa com cada um de nós e está atento às nossas carências.
Além disso, essa passagem nos desafia a examinar o que realmente valorizamos em nossas vidas. Quando nos deixamos consumir pela preocupação com bens materiais, corremos o risco de desviar nosso foco da verdadeira essência da vida: nosso relacionamento com Deus. A busca constante por segurança nas posses pode nos afastar do Senhor, levando-nos a uma vida de ansiedade e falta de fé.
Por isso, Jesus nos convida a confiar plenamente no Senhor, o Altíssimo, que cuida de nós. Ele nos lembra que, ao priorizar nosso relacionamento com Deus e Seus propósitos, nossas preocupações e ansiedades se dissipam. Ao invés de nos apegarmos a riquezas que podem ser passageiras e incertas, devemos buscar a verdadeira riqueza que é o Reino de Deus.
(Mateus 6:26) A Providência Alimentar do Senhor
26 Olhai para as aves do céu; pois elas não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celeste as alimenta. Não sois vós muito melhores do que elas?
Jesus nos convida a refletir sobre a natureza das aves do céu, que não se preocupam com o futuro: “Olhai para as aves do céu; pois elas não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celeste as alimenta.” Essa observação simples, mas profunda, nos ensina sobre a providência amorosa de Deus.
As aves vivem no presente, confiando na generosidade do Criador. Elas não têm a capacidade de planejar como os seres humanos, mas ainda assim são sustentadas pelo Senhor. A pergunta que Jesus faz, “Não sois vós muito melhores do que elas?“, destaca nossa dignidade única como seres criados à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Isso nos lembra que, se Deus cuida das aves, quanto mais Ele se preocupará com nossas vidas, que são infinitamente mais valiosas.
Jesus nos mostra que as ansiedades sobre o que comer ou vestir podem nos desviar da confiança em Deus. Quando nos preocupamos excessivamente com as necessidades diárias, podemos perder de vista a bondade do Senhor.
Ele nos encoraja a liberar essas preocupações e a confiar que, assim como as aves são alimentadas, nós também seremos. Essa é uma chamada à fé ativa, que nos desafia a viver com esperança e confiança na providência do Criador.
Portanto, ao olharmos para as aves, somos chamados a cultivar um coração grato e uma atitude de confiança. Em vez de nos afligirmos, devemos lembrar que temos um Pai celestial que cuida de nós de maneiras que muitas vezes não percebemos.
A vida é mais do que as preocupações materiais, e Jesus nos convida a buscar primeiro o Reino de Deus e sua justiça (Mateus 6:33), confiando que o restante será acrescentado.
(Mateus 6:27) A Futilidade da Preocupação
27 Mas quem de vós, com suas preocupações, poderá acrescentar um côvado à sua estatura?
Jesus apresenta uma reflexão poderosa sobre a futilidade das preocupações humanas: “Mas quem de vós, com suas preocupações, poderá acrescentar um côvado à sua estatura?” A expressão “acrescentar um côvado” refere-se à ideia de aumentar a altura ou a longevidade. Aqui, Jesus nos convida a considerar a inutilidade de se preocupar com coisas que estão além do nosso controle.
A preocupação, muitas vezes, se torna um peso desnecessário em nossas vidas. Por mais que tentemos nos angustiar e nos preocupar, isso não mudará nossa estatura ou prolongará nossos dias. Em vez disso, essa prática pode nos causar estresse e ansiedade, desviando-nos da confiança em Deus, que é nosso verdadeiro sustentador.
Jesus está nos ensinando que a vida é muito mais do que se preocupar com as necessidades diárias. O Altíssimo, que criou cada um de nós com propósito e valor, cuida de nossas vidas de maneira profunda e pessoal. Quando nos concentramos em nossas ansiedades, corremos o risco de esquecer que temos um Pai celestial que se importa conosco e que já provê tudo o que precisamos (Filipenses 4:19).
Esse ensino também nos encoraja a direcionar nossa energia e atenção para coisas que realmente importam, como a busca por um relacionamento mais profundo com Deus e a prática da fé no dia a dia. Quando deixamos de lado a preocupação e confiamos na providência do Senhor, experimentamos uma paz que vai além do entendimento humano (Filipenses 4:7).
(Mateus 6:28-30) A Beleza e a Serenidade nas Coisas Simples
28 E quanto as vestes, por que vos preocupeis? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam. 29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, vestiu-se como um deles. 30 Portanto, se Deus assim veste a grama do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais, Oh vós de pequena fé?
Jesus, ao abordar a preocupação com as vestes, enfatiza a falta de fé dos discípulos. Ele menciona os lírios do campo, que crescem sem esforço, e afirma que nem mesmo o rei Salomão, em toda a sua glória, foi vestido com a mesma beleza. Essa comparação ilustra que, se Deus se preocupa com a criação, como as flores, Ele certamente se importará muito mais com os Seus filhos.
A expressão “Oh vós de pequena fé” ressalta que a ansiedade se origina, em grande parte, da dúvida sobre o poder de Deus e de Sua disposição em prover o que precisamos. Quando nos preocupamos excessivamente, revelamos uma falta de confiança na capacidade de Deus de suprir nossas necessidades diárias.
Ademais, Jesus ensina que a preocupação não traz benefícios; ela não altera nossa situação e pode, na verdade, nos afastar da confiança em Deus. Ele nos convida a refletir sobre a beleza e a simplicidade da natureza para relembrar que somos muito mais valiosos para Deus do que as flores. Se Ele cuida de algo tão efêmero como a grama, que é lançada ao forno, quanto mais Ele cuidará de nós, que somos feitos à Sua imagem e semelhança!
Em suma, Jesus nos chama a abandonar a ansiedade e a confiar no Senhor, que é o nosso Criador e Provedor. Essa confiança não apenas alivia o peso da preocupação, mas também nos aproxima do Altíssimo, que deseja cuidar de nossas vidas e necessidades.
Essa abordagem reforça a ideia de que, ao invés de nos deixarmos consumir pela ansiedade, devemos cultivar uma fé sólida, lembrando que Deus está sempre presente, pronto para nos apoiar e prover o que precisamos.
(Mateus 6:31-32) Liberte-se da Ansiedade Relacionada às Posses Materiais
31 Portanto, não fiqueis ansiosos, dizendo: O que comeremos ou o que beberemos, ou com que nos vestiremos? 32 (Porque todas estas coisas os gentios buscam). Porquanto vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas.
A passagem “Portanto, não fiqueis ansiosos, dizendo: O que comeremos ou o que beberemos, ou com que nos vestiremos?” nos convida a refletir sobre nossas prioridades e preocupações diárias. A obsessão com as posses materiais é um sinal claro das prioridades distorcidas daqueles que não conhecem a Deus.
Quando Jesus menciona que “todas estas coisas os gentios buscam”, Ele está se referindo àqueles que não têm a verdadeira compreensão de quem é o Criador e de Suas promessas. Em Colossenses 3:5, Paulo nos adverte a “morrer” para as coisas terrenas, que muitas vezes se manifestam na busca desenfreada por bens materiais.
A preocupação excessiva com o que comer, beber ou vestir nos afasta do que realmente importa: a confiança em Deus, que conhece nossas necessidades e está sempre pronto a prover. Ao reconhecer que nosso Pai celestial “sabe que necessitais de todas estas coisas”, somos incentivados a colocar nossa fé em Seu cuidado e a buscar valores eternos, ao invés de nos deixarmos levar pelas ansiedades do dia a dia.
Essa confiança em Deus nos liberta das correntes da ansiedade e nos direciona a um estilo de vida que prioriza o reino de Deus e a Sua justiça, como destacado nos versículos seguintes. Portanto, em vez de nos preocuparmos com as necessidades materiais, devemos focar em cultivar uma relação mais profunda com o Senhor, crendo que Ele suprirá tudo o que precisamos.
(Mateus 6:33) Buscando em primeiro lugar o Reino de Deus
33 Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Aqui Jesus nos ensina que priorizar o Reino de Deus e Sua justiça é fundamental para o discípulo que deseja viver de acordo com a vontade do Senhor. Ao afirmar “Mas buscai primeiro o reino de Deus”, Ele nos convida a colocar as coisas espirituais à frente das preocupações materiais. Isso implica que o verdadeiro valor da vida não está nas posses, mas em um relacionamento profundo e sincero com Deus.
A expressão “e todas estas coisas vos serão acrescentadas” nos garante que, ao focarmos em viver retamente e em seguir os ensinamentos do Criador, Ele se encarregará de suprir nossas necessidades diárias. Essa confiança não é apenas um ato de fé, mas uma escolha consciente de priorizar o que é eterno em vez do que é passageiro.
Assim, o discípulo não apenas encontra satisfação nas promessas de Deus, mas também experimenta a paz que vem de saber que o Senhor, em Sua bondade e poder, cuida de cada um de nós. Portanto, ao invés de nos deixarmos levar pela ansiedade, devemos buscar diariamente a presença de Deus em nossas vidas, permitindo que Sua vontade prevaleça.
(Mateus 6:34) A Importância de Viver o Presente com Confiança em Deus
34 Não fiqueis ansiosos, pois, com o amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo. Suficiente é ao dia o seu próprio mal.
Jesus não estava se opondo à ideia de planejar o futuro, mas sim advertindo contra a ansiedade que muitas vezes acompanha esses planos. Ele compreendia que a preocupação excessiva com o que está por vir pode roubar a paz e a alegria do momento presente.
Quando diz “Não fiqueis ansiosos, pois, com o amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, Ele nos convida a confiar em Deus e a nos concentrar nas dificuldades do dia a dia, pois cada dia já tem suas próprias demandas e desafios.
A ansiedade sobre o futuro pode ser paralisante, levando a uma preocupação constante que impede de agir e de aproveitar o que temos agora. A mensagem central é que, ao invés de se perder em incertezas futuras, devemos viver com fé e gratidão, sabendo que o Senhor se preocupa com nossas necessidades e que Ele nos dará a força necessária para enfrentar cada dia.
Portanto, em vez de nos afligirmos, somos incentivados a buscar a presença de Deus em nossas vidas e confiar que Ele nos sustentará em todos os momentos, ajudando-nos a lidar com cada situação à medida que ela surge.
Conclusão
Concluímos neste estudo de Mateus 6 que o Senhor nos ensina lições valiosas sobre a oração, a prática do jejum e a maneira como devemos viver nossas vidas. Ele nos alerta que orações repetidas não têm um efeito maior; repetir incessantemente uma oração decorada não é um sinal de fé, mas, na verdade, revela uma falta de confiança em Deus.
Em vez disso, Jesus ensinou a Seus discípulos a orar de maneira autêntica, apresentando-lhes o modelo da oração do Pai Nosso, que reflete a intimidade e a sinceridade que devemos ter em nossa comunicação com o Criador.
O objetivo do Mestre não era que os discípulos repetissem a oração mecanicamente, mas sim que compreendessem e aplicassem os princípios fundamentais da oração ideal. Assim, somos convidados a entrar em um relacionamento mais profundo e significativo com Deus.
Além disso, Jesus enfatizou que o jejum deve ser uma prática discreta, onde o foco deve estar em nossa conexão espiritual com Deus, não em ser visto ou reconhecido pelos outros. Ele nos lembra que as práticas espirituais devem ser realizadas com um coração genuíno e não para obter aprovação humana.
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[…] não era contra o jejum (Mt 4:2), (Mt 6:16-18), mas ao mesmo tempo permitia que Seus discípulos fossem a banquetes (comem e bebem) como o de […]