Salmo 137 Estudo: As margens do Rio da Babilônia

Neste capítulo de Salmo 137 estudo, o salmista nos apresenta uma lamentação e há indícios de que foi escrito durante um cativeiro na babilônia.

Observa-se nas palavras do salmista o desanimo e a dor dos cativos, quando ele diz: “ Junto aos rios da Babilônia nós sentamos e choramos com saudade de Sião”.

Porém, como podemos ver, até nos momentos de provas sempre havia um cântico nos seus lábios, pois havia desejo de lutar, viver e vencer.

E isso contrastava com o que a maioria dos cativos faziam que era apenas lamentar, sem nenhuma perspectiva de melhora para o futuro.

O serve para nos ensinar que lamentações não irá resolver a situação, pois é preciso ter fé e clamar ao senhor, sempre tendo em vista perspectivas de que as coisas irão mudar e melhorar.

Salmo 137 Estudo: Contexto histórico

O contexto histórico dos salmos trata-se da parte da bíblia do antigo testamento. É uma passagem feita em forma de poesias, onde eram evidenciados momentos e pensamentos vivenciados na prática.



Experiências essas que poderiam ser individuais ou coletivas. No caso do salmo 137 tratava-se de uma situação coletiva. E tudo isso foi escrito ao longo de vários séculos pelos chamados israelitas.

(Salmo 137:1) As lamentações junto ao rio

v. 1 Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos, sim, nós choramos, quando nos lembramos de Sião.

Os rios da Babilônia eram uma série de canais que corriam pela planície sul (Ez 1:1), (Dn 8:2). Durante o exílio, a comunidade reunida se entristecia ali.

(Salmo 137:2) Os salgueiros da Babilônia

v. 2 Pendurávamos nossas harpas sobre os salgueiros no seu meio.

Os salgueiros da Babilônia não eram as oliveiras e os credos com os quais eles estavam acostumados na terra prometida.

(Salmo 137:3) As canções cantadas diante da opressão

v. 3 Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos requeriam uma canção; e aqueles que nos consumiam nos requeriam alegria dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.


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Ao pedir que a comunidade cantasse canções de Sião, aqueles que nos consumiam, os opressores de Israel estavam atormentando-os e zombando deles (Sl 42:3), (Sl 79:10).

(Salmo 137:4) A impossibilidade de adoração

v. 4 Como cantaremos a canção do SENHOR em uma terra estranha?

Os israelitas não podiam se unir em adoração porque a terra da Babilônia era impura e Israel não tinha templo.

(Salmo 137:5) Lealdade a Jerusalém

v. 5 Se eu te esquecer, ó Jerusalém, deixa minha mão direita esquecer sua destreza.

O salmista jurou permanecer leal a Jerusalém, que representava a cidade, a terra e o templo, símbolos da promessa de Deus a Israel.

(Salmo 137:6-7) As lembranças

v. 6 Se eu não me lembrar de ti, apegue-se a minha língua no céu da minha boca; se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria.


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v. 7 Lembra-te, ó SENHOR, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que diziam: Arrasai-a, arrasai-a até o seu fundamento.

Lembra-te espelha o tema do salmo. Israel se lembrou de Sião (v. 1), fez um compromisso de lembrar-se de Jerusalém (v. 5-6) e pediu que o Senhor Se lembrasse da devastação de Jerusalém pelos edomitas (v. 7).

Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó, e se aliaram á Babilônia na destruição de Jerusalém (Ez 25:12), (Sl 36:5). Arrasa-a significa literalmente “dispam-na, isto é “destruam-na completamente”.

(Salmo 137:8) A recompensa

v. 8 Ó filha de Babilônia, que vais ser destruída; seja feliz aquele que te recompensar como tu nos serviste.

Aquele que te recompensar como tu nos serviste reforça o conceito da (Lat.) ex talionis, isto é receber um castigo equivalente ao crime (Êx 21:23-25), (Mt 5).

Deus retribui ‘aqueles que O rejeitam (Dt 7:10), (Is 65:6) e, em especial, prometeu retribuir á Babilônia pelos crimes que cometeu contra o Seu povo (Jr 51:56).

(Salmo 137:9) O arrebatamento

v. 9 Feliz será aquele que pegar e arrebentar com os teus pequenos contra as pedras.

Esta imprecação (ver nota em Sl 109:1-31) é assustadora. Em um intenso estado emocional, fervendo de ira justa, o salmista pediu uma justa vingança contra os ímpios que provavelmente tinham feito aquelas mesmas coisas (pegar e arrebentar) com os pequenos de Israel (ver nota em Is 13:16).

Conclusão

Portanto, esse salmo nos mostra as suplicas e lamentos que aconteceram nos momentos de dores e angústias que o grupo passou nas margens do Rio na Babilônia.

O salmista olha para os opressores que levaram o povo ao cativeiro e destruíram a cidade principal de Judá.

Todos esses fatos tiveram seus propósitos, entretanto, porém o que devemos aprender de tudo isso é que quando estivermos passando por aflições devemos  lamentar menos e orar mais ao senhor, pois ele sabe de todas as coisas e quer o nosso bem.

Com isso, a justiça e a vingança pertencem a ele apenas, e nós devemos confiar e orar, sempre evitando as lamentações!

Salmo 137 estudo.

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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