Lucas 8 Estudo: Milagres de Jesus e a Mulher no Ministério
Em Lucas 8, veremos que durante o desenvolvimento de Jesus, muitas pessoas o seguiram. Contudo, há uma presença marcante: as mulheres. A vida de Jesus marca uma transição histórica em muitos aspectos e este é um deles.
As mulheres não tinham qualquer valor para a sociedade, mas elas puderam se encontrar em Jesus, sentir-se úteis e valorizadas, amadas. Ele deu a elas importância e valor que merecem, e elas não o abandonaram e na ressurreição elas foram as primeiras e vê-lo.
Na parábola do semeador, Jesus mostra que há diversos tipos de ouvintes e cada um deles trata a mensagem de maneira diferente, mas apenas aqueles que ouvem, guardam e praticam são considerados aptos para o Reino de Deus.
Uma semente, e a forma como nós a tratamos influenciará diretamente nossa colheita. Ao contrário da tradição católica, Jesus não demonstra na Bíblia veneração por Maria, deixando bem claro que sua mãe e seus irmãos, ou seja, sua família é qualquer um que faz a vontade de seu Pai.
Durante seu ministério Jesus operou milagres fantásticos, como quando é acordado pelos discípulos durante a tormenta e com autoridade repreende os ventos e o mar apenas com a voz. Isto significa que a natureza se submete a ele como Senhor.
Portanto, não há nada em sua vida que ele não possa resolver. Muitos vivem muita opressão demoníaca e o gadareno era um desses. Ele vivia como um animal entre sepulcros, cortando-se com pedras, comendo carne podre e não havia correntes que o segurasse. Até o dia em que ele se encontrou com Jesus.
Milagre de Jesus
Com poucas palavras o Senhor o libertou e chamou novamente à vida. Os que o viram ficaram maravilhados. Mas o Senhor lhe deu uma ordem: “Volte para casa e conte o quanto Deus lhe fez”. O homem se foi e anunciou na cidade inteira o quanto Jesus tinha feito por ele.
Jesus é poderoso para libertar o mais oprimido dos pecadores. Vimos uma mulher valente, é assim que podemos definir, Esta mulher superou o tempo, a falta de perspectiva, a fraqueza e uma outra série de dificuldades porque queria tocar em Jesus, com a esperança de ser curada. E foi!
O contato de sua mão no corpo dele, aliada a sua fé foi o suficiente: CURADA! Jesus Cristo sentiu que algo de diferente e lhe disse: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz”. Enquanto isso, Jairo procurou Jesus, sua filha estava entre a vida e a morte.
Contudo, os muitos obstáculos do caminho atrasaram o Mestre, os vizinhos foram ao seu encontro e disseram: “Sua filha morreu. Não incomode mais o Mestre”. NOSSA! É como uma bomba na vida de Jairo. E convenhamos, ao lermos, a impressão que temos é de que estavam torcendo contra Jairo.
De toda forma, o autor da vida estava ali e ouviu tudo. Sua resposta foi imediata: “Ouvindo isso, Jesus disse a Jairo: “Não tenha medo; tão-somente creia, e ela será curada”. Quando Jesus ordena a morte se transforma em vida.
Contexto histórico
Vimos um estrangeiro desenvolve mais fé em Deus, do que os israelitas. O Centurião é um exemplo e sua consciência é formidável, ele reconhece a autoridade de Jesus, algo que deixa o Senhor impressionado, além do testemunho que o próprio povo dava a respeito dele.
Aprendemos muito com ele, e ao conhecer a fé daquele homem, Jesus libera a cura. Vimos também a viúva de Naim, que nos mostra o quanto o Senhor se preocupa com as nossas lágrimas. Seu sofrimento não passa despercebido. Sobretudo, crer nele é a certeza da melhor escolha.
Também acontece com João, o Batista, com a certeza de que o havia encontrado o Messias, no entanto, estando preso, suas convicções ficam abaladas a ponto de enviar um mensageiro a Jesus com a seguinte pergunta.
“É você mesmo? Lemos também que Jesus estava na casa de um fariseu, e que uma mulher pecadora entra, convencida de seu pecado, vindo por trás, se abaixa e começa a ungir os pés de Jesus com perfume e lágrimas.
O arrependimento provocado por Jesus lhe fez mudar de vida e suas dores, deixadas para trás. Lágrimas de arrependimento nos leva a assumir o lugar de menor da casa e a lavar os pés, a atitude correta.
Jesus está sempre procurando oportunidade para comunicar o Reino de Deus, Ele dá aos pobres, publicanos e pecadores, mas também aos ricos, autoridades e religiosos.
(Lucas 8:1-3) As mulheres
v. 1 E aconteceu que, depois disto, ele foi em todas cidades e aldeias, pregando e anunciando as boas novas do reino de Deus; e os doze estavam com ele,
v. 2 e certas mulheres, que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios,
v. 3 e Joana, a esposa de Cuza, mordomo de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com os seus bens.
Enquanto ia passando e anunciando na Galileia, Jesus estava em companhia dos Doze (ver nota em Lc 6:14-16) e de algumas mulheres ricas que, agradecidas por Jesus tê-las curado, sustentavam financeiramente o Mestre e Seus apóstolos.
Aqui é apresentada Maria… Madalena (i.e., da cidade de Magdala), que se tornou uma seguidora muito conhecida de Jesus (Mt 27:61).
Joana, que também é mencionada em Lc 24:10, era casada com um homem de posição respeitável no governo de Herodes Antipas, tetrarca da Galileia (ver nota em Lc 3:1). Não se sabe mais nada acerca de Suzana.
(Lucas 8:4-8) O semeador
v. 4 E tendo se ajuntado uma grande multidão, e vindo até ele de todas as cidades, ele falou por parábola:
v. 5 Um semeador saiu a semear a sua semente; e enquanto ele semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; e foi pisada, e as aves do céu a devoraram.
v. 6 E outra caiu sobre a pedra, e, tendo brotado, murchou, porque não havia umidade.
v. 7 E outra caiu entre espinhos; e crescendo com ela os espinhos, sufocaram-na.
v. 8 E outra caiu em boa terra, e, crescendo, produziu fruto, a cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
A partir deste ponto, Jesus usou muito mais a abordagem das parábolas, cujo objetivo é explicado nos v. 9-10. Em uma sociedade agrícola, todos devem ter entendido o que aconteceu quando o semeador saiu ao campo para semear.
Havia pelo menos um caminho atravessando a maioria dos campos, e grande parte do terreno em Israel era rochoso debaixo da fina camada de solo superficial. Era inútil lançar sementes junto a esses caminhos.
Muitos campos eram delimitados por arbustos espinhosos. As sementes que caíam ali não tinham chance de crescer e sobreviver até a época da colheita.
Outras, porém, caíam em solo fértil e produziam uma enorme colheita (a cem por um). Quem tem ouvidos para ouvir, ouça é um desafio a refletir cuidadosamente acerca da história, seu significado oculto e suas consequências na prática diária (Ap 2:7).
(Lucas 8:9-10) Os discípulos não compreendem
v. 9 E os seus discípulos perguntaram-no, dizendo: O que poderia ser esta parábola?
v. 10 E ele disse: A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; mas aos outros por parábolas, para que vendo, eles não possam enxergar; e ouvindo, eles não possam compreender.
Os discípulos de Jesus não conseguiram entender a lição da história, então Lhe perguntaram o que ela significava. Citando Is 6:9, Jesus explicou que usava as parábolas como forma de revelar as verdades do reino de Deus aos cristãos; contudo, a história em si, na verdade, escondia o significado aos incrédulos.
(Lucas 8:11-12) As sementes a beira do caminho
v. 11 Ora, a parábola é esta: A semente é a palavra de Deus.
v. 12 E os que estão à beira do caminho são os que ouvem; então vem o diabo, e tira a palavra de seus corações, para não acontecer que, crendo, sejam salvos.
A chave para entender a parábola é que a semente lançada representa a pregação da palavra de Deus. As sementes que caíram na areia dura à beira do caminho não penetraram nos corações dos que ouviram a palavra de Deus porque o Diabo roubou a semente. E eles continuam não salvos.
(Lucas 8:13-14) As sementes nas pedras e nos espinhos
v. 13 E aqueles sobre pedra são os que, ouvindo recebem a palavra com alegria; mas não têm raiz, os quais creem por algum tempo, e no tempo da tentação se dispersam.
v. 14 E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram, e indo adiante, são sufocados pelos cuidados e riquezas e deleites desta vida, e não dão fruto com perfeição.
As sementes do solo rochoso pareceram brotar no começo, mas não conseguiram criar raízes, então secaram e morreram. A semente que caiu entre espinhos, mas não amadureceu pode ser
- Aquela cuja incredulidade é revelada por sua resposta aos cuidados e riquezas e deleites desta vida; ou
- Cristãos que não são frutíferos (1Co 3:10-15).
(Lucas 8:15) As sementes na boa terra
v. 15 Mas a da boa terra, estes são os que, tendo ouvido a palavra de coração sincero e bom, guardam-na e produzem fruto com perseverança.
As sementes que caíram em boa terra representam os cristãos frutíferos (Jo 15:2), que recebem a palavra de Deus de coração aberto e perseveram na fé.
(Lucas 8:16-18) A candeia
v. 16 Nenhum homem, acendendo uma candeia, a cobre com um vaso, ou a põe debaixo da cama; mas a coloca no castiçal, para que os que entram vejam a luz.
v. 17 Porque não há nada em secreto, que não será manifesto; nem alguma coisa oculta, que não se tornará conhecida e venha à luz.
v. 18 Vede, pois, como ouvis; porque aquele que tem, a ele será dado; e aquele que não tem, até o que parece ter lhe será tomado.
A maneira como uma pessoa responde à revelação de Deus determina se ela irá receber mais luz ou se irá perder a luz que tem. No final, o Senhor trará todas as coisas à luz.
(Lucas 8:19-21) A família de Jesus
v. 19 Então, foram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão.
v. 20 E foi-lhe contado por alguns que disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora, e querem ver-te.
v. 21 E, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são estes que ouvem a palavra de Deus, e a praticam.
Os relacionamentos edificados sobre a fé de ambos em Cristo, na abertura espiritual de um para com outro e na obediência de ambos à palavra de Deus são mais importantes do que os relacionamentos com membros da família biológica, principalmente quando os membros da família não são cristãos.
(Lucas 8:22-25) Jesus acalma a tempestade
v. 22 Ora, aconteceu em um certo dia, que ele entrou no barco com seus discípulos, e disse-lhes: Vamos para o outro lado do lago. E eles partiram.
v. 23 Mas, enquanto navegavam, ele adormeceu; e desceu uma tempestade de vento sobre o lago, e enchiam-se de água, estando em perigo.
v. 24 E, chegando-se a ele, o acordaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e eles cessaram, e houve calmaria.
v. 25 E ele disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Que tipo de homem é este, que ordena até aos ventos e à água, e eles lhe obedecem?
Quando a viagem de barco através do mar da Galileia terminou em uma tempestade de vento, Jesus estava dormindo no barco enquanto Seus discípulos enfrentavam a tempestade, achando que iam morrer.
Quando acordaram o Mestre, Ele demonstrou total autoridade sobre o vento e a água, acalmando a tempestade. Jesus também repreendeu Seus discípulos pela falta de fé.
Se realmente tivessem confiado Nele, eles não teriam temido nem mesmo os ventos e as ondas mais graves.
(Lucas 8:26) A terra de Gadara
v. 26 E eles chegaram à terra dos gadarenos, que está defronte da Galileia.
A terra dos gadarenos provavelmente ficava perto da cidade de Gergesa (ou Khersa), na costa leste do mar da Galileia.
O nome dessa região predominantemente gentia vem da cidade de Gérasa, que ficava cerca de 56 quilômetros a sudeste.
(Lucas 8:27) O endemoniado gadareno
v. 27 E, quando ele desembarcou, saiu-lhe ao encontro, fora da cidade, um certo homem que tinha demônios há muito tempo, e não usava roupas, nem habitava em alguma casa, mas nos sepulcros.
O relato paralelo de Mt 8:28 cita dois endemoniados. Parece que Lucas preferiu focalizar apenas aquele que falou com Jesus.
A expressão nem habitava em casa alguma, más nós sepulcros pode indicar um cemitério a céu aberto, mas como o homem estava nu é mais provável que a referência seja a uma caverna. Foram encontradas várias cavernas naquela região.
(Lucas 8:28-31) A autoridade de Jesus
v. 28 Mas, vendo a Jesus, gritando, caiu diante dele, e disse em alta voz: O que tenho eu para fazer contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu suplico-te que não me atormentes.
v. 29 (Porque tinha ordenado ao espírito imundo que saísse daquele homem. Porque frequentemente se apoderara dele; e guardavam-no preso, com correntes e cadeias; e, quebrando os grilhões, era impelido pelo demônio para os desertos).
v. 30 E Jesus perguntou-lhe, dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; porque muitos demônios tinham entrado nele.
v. 31 E pediram-lhe para que não os mandasse para o abismo.
O demônio que falou identificou Jesus, assim como os espíritos malignos de Lc 4:34 e At 16:17. Filho do Deus Altíssimo foi a expressão usada pelo anjo ao falar com Maria (ver nota em Lc 1:31-33).
Não me atormentes provavelmente se refere a mandar o demônio para o Abismo, lugar em que alguns seres espirituais da maldade já estão confinados (Ap 9:1-2,11).
Os demônios capacitam as pessoas que eles possuem a fazer atos de grande força (quebrando as prisões).
Não está claro se Jesus queria saber o nome do homem ou do ser que o possuía, mas foi o demônio que respondeu.
Uma legião de soldados romanos era uma tropa de 6000 soldados. Portanto, havia muitos demônios possuindo esse homem.
(Lucas 8:32-33) Jesus ordena
v. 32 E havia ali uma manada de muitos porcos pastando no monte; e pediram-lhe que lhes permitisse entrar neles; e ele lhos permitiu.
v. 33 Então, os demônios saindo do homem, entraram nos porcos; e a manada correu violentamente a um lugar íngreme para o lago, e se afogaram.
O fato de haver uma manada de muitos porcos indica que os gentios estavam em peso na região dos gerasenos, porque os judeus consideravam os porcos animais imundos (Lv 11:7-8) e jamais iriam criá-los.
A cruel “propensão dos demônios para a destruição é vista quando,” assim que Jesus lhes permitiu entrar nos suínos, eles os fizeram se afogar no lago (o mar da Galileia).
(Lucas 8:34-37) Os homens o temeram
v. 34 E aqueles que os alimentavam, vendo o que havia acontecido, fugiram e foram anunciá-lo na cidade e nos campos.
v. 35 Então, eles saíram para ver o que tinha acontecido, e vieram a Jesus, e encontraram o homem de quem haviam saído os demônios assentado aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo, e eles ficaram com medo.
v. 36 E também os que tinham visto aquilo, contaram-lhes como o possuído por demônios havia sido curado.
v. 37 Então, toda a multidão da terra ao redor dos gadarenos pediu-lhe para que se afastasse deles, porque estavam tomados por grande temor; e entrando ele no barco, retornou.
Assentado aos pés de Jesus é a postura de um medo ao ver que o homem endemoniado tinha voltado ao normal, porque Jesus exercera um poder que revelou Sua identidade sobrenatural.
(Lucas 8:38-39) A ordem de Jesus
v. 38 E o homem de quem haviam saído os demônios, lhe pedia para que pudesse estar com ele, mas Jesus o despediu, dizendo:
v. 39 Retorna para a tua própria casa, e mostra quão grandes coisas Deus fez por ti. E ele foi pelo seu caminho, publicando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe fizera.
Já que pediram que Ele fosse embora, Jesus disse ao homem curado para permanecer naquela região e dar testemunho do que Deus fizera por ele. O homem obedeceu proclamando quão grandes coisas Jesus lhe fizera.
(Lucas 8:40-42) Jairo
v. 40 E aconteceu que, ao retornar Jesus, a multidão o recebeu com alegria; porque todos o estavam esperando.
v. 41 E eis que veio um homem chamado Jairo, que era um governante da sinagoga; e, prostrando-se aos pés de Jesus, pedia-lhe que fosse à sua casa;
v. 42 porque ele tinha uma filha única, de cerca de doze anos, que estava à morte. Mas, enquanto ele ia, as multidões o apertavam.
Jesus voltou para a Galileia. Ele provavelmente já conhecia esse Jairo. O Mestre havia pregado na maioria das sinagogas da Galileia e Jairo era governante (Gr. orchon, “líder”; provavelmente o principal líder que dirigia os cultos) da sinagoga local.
(Lucas 8:43-46) A mulher do fluxo de sangue
v. 43 E uma mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos, e gastara todos os seus sustentos com médicos, e não pôde ser curada por ninguém,
v. 44 chegando por detrás dele, tocou na orla da sua veste, e imediatamente estancou o fluxo do seu sangue.
v. 45 E disse Jesus: Quem me tocou? Quando todos negavam, Pedro e os que estavam com ele disseram: Mestre, a multidão te aperta e te pressiona, e dizes: Quem me tocou?
v. 46 E disse Jesus: Alguém me tocou, porque eu percebi que saiu virtude de mim.
A narrativa da mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos interrompe a narrativa para mostrar que a demora no momento crítico de enfermidade da filha de Jairo não impediu Jesus de curá-la.
Quanto à mulher, sua hemorragia provavelmente era uma hemorragia menstrual, que a deixara cerimonialmente impura por todo esse tempo (Lv 15:25-31).
Como médico, Lucas foi especialmente sensível ao fato de que essa mulher gastara todos os seus recursos com médicos; e não pôde ser curada por ninguém.
Mesmo com a multidão apertando Jesus de todos os lados, Ele imediatamente percebeu o toque da mulher que fora curada de sua hemorragia naquele mesmo instante. Nenhuma explicação é dada sobre como Jesus sabia que dele saíra virtude para curar.
(Lucas 8:47-48) Jesus se impressiona
v. 47 Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, ela veio tremendo, e prostrando-se diante dele, declarou-lhe perante todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como ela fora curada imediatamente.
v. 48 E ele lhe disse: Filha, tem bom ânimo, a tua fé te sarou; vai em paz.
A mulher foi curada imediatamente, mas é compreensível que tenha ficado com medo quando Jesus a destacou dentre todos. Após ouvir sua explicação, o Salvador disse que a fé que ela teve nele é que fez a cura acontecer.
(Lucas 8:49-50) A filha de Jairo
v. 49 Enquanto ele ainda falava, veio alguém da casa do governante da sinagoga, dizendo: A tua filha está morta; não incomodes o Mestre.
v. 50 Mas Jesus, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente, e será salva.
Durante o atraso causado pela interação de Jesus com a mulher hemorrágica, a filha do dirigente da sinagoga morreu.
A conclusão natural é que agora ela estava além da ajuda do Mestre. Jesus, no entanto, disse que o mesmo tipo de fé que fizera a cura da mulher hemorrágica acontecer, traria a menina morta de volta à vida.
(Lucas 8:51-53) Jesus na casa de Jairo
v. 51 E, ele entrando na casa, não permitiu que nenhum homem entrasse, senão a Pedro, e a Tiago, e a João, e ao pai e a mãe da menina.
v. 52 E todos choravam, e a pranteavam; mas ele disse: Não choreis; ela não está morta, mas dorme.
v. 53 E eles riam dele, para o desprezarem, sabendo que ela estava morta.
Nesta passagem, Pedro, João e Tiago são separados por Jesus como círculo interno dos apóstolos (Lc 9:28 – Mt 26:37).
Os pais da menina, e aparentemente até os apóstolos, estavam com uma sensação tão grande que aquilo era definitivo que, quando Jesus pareceu negar que a menina estava morta (ela não está morta, mas dorme), as pessoas da casa riam Dele.
(Lucas 8:54-56) Jesus ressuscita a menina
v. 54 E ele, pondo-os todos fora, tomando-a pela mão, e clamou, dizendo: Menina, levanta-te.
v. 55 E o seu espírito voltou, e ela se levantou imediatamente; e ele ordenou que lhe dessem de comer.
v. 56 E seus pais ficaram admirados; mas ele ordenou-lhes que a nenhum homem contassem o que havia acontecido.
Quando Jesus ordenou, Menina, levanta-te, o espírito dela voltou para o corpo. Em seguida, ela se levantou e pôs-se a comer.
Não sabemos por que Jesus insistiu que os pais dela não contassem a ninguém que Ele ressuscitara sua filha dos mortos.
A multidão lá fora sabia que a menina tinha morrido de verdade. Agora que o Salvador tinha acabado de entrar para vê-la, ela estava viva. Não havia como esconder o fato de que Jesus a ressuscitara.
5 importantes lições que podemos aprender em Lucas 8
Certamente, aqui estão cinco lições que podemos aprender em Lucas 8:
- Parábola do Semeador: Jesus ensina sobre os diferentes tipos de solo que representam diferentes receptividades ao evangelho. Isso nos lembra da importância de cultivar corações receptivos à Palavra de Deus para que possamos crescer espiritualmente.
- Poder de Jesus sobre a Natureza: Jesus acalma a tempestade no mar, demonstrando Seu poder sobre a criação. Isso nos ensina a confiar em Jesus em meio às tempestades da vida, sabendo que Ele tem o controle sobre todas as circunstâncias.
- Cura da Mulher Hemorrágica e Ressurreição da Filha de Jairo: Jesus demonstra Seu poder de cura e restauração. Isso nos lembra do Seu poder para trazer cura física, emocional e espiritual às nossas vidas, e que Ele é capaz de restaurar o que foi perdido.
- A Importância da Fé: Jesus elogia a fé da mulher hemorrágica e de Jairo ao pedir a cura de sua filha. Isso destaca a importância da fé em receber as bênçãos de Deus e nos incentiva a confiar plenamente em Sua providência, mesmo em situações aparentemente impossíveis.
- Chamado para Ouvir e Obedecer: Jesus enfatiza a importância de ouvir e obedecer à Palavra de Deus, comparando aqueles que ouvem e praticam a Palavra a uma família espiritual. Isso nos desafia a não apenas ouvir a Palavra de Deus, mas também a viver de acordo com ela em nossas vidas diárias.
Conclusão
Concluindo, vimos histórias que nos mostram como os ventos e as ondas, os demônios, a doença e até mesmo a morte obedecem a palavra de Jesus. Hoje, a palavra de Jesus ainda contém esse poder curador.
Conforme ouvimos e obedecemos à sua Palavra, Jesus repreenderá os maus espíritos, as doenças que enfrentamos e, se for necessário, restaurará também a nossa saúde mental e nossa vida espiritual.
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